POV Fionna

Antes que eu pudesse perguntar quem era a garota misteriosa, Finn saiu correndo. Então quer dizer que ele está realmente afim dessa menina, hm, fiquei curiosa.

- Cake, vou dar uma saída! – gritei.

- Ah, se você passar pelo reino doce diga ao Mono que...

- Tá bom, tchau – Não podia perder tempo, ele já havia se embrenhado na floresta e a essa altura eu já o teria perdido se eu não fosse rápida o bastante. Ele saiu da trilha e pegou um atalho que dava no Reino Doce. Suspeito...

Caminhamos um pouco pelo Reino, eu mantendo distancia, quando em fim ele parou, olhou em volta e foi até uma garota rosa que conversava com um vendedor de uma barraquinha. A Princesa Jujuba?! O FINN IA CHAMAR A PRINCESA JUJUBA PRA SAIR?? Não podia ser. Bem, todo mundo sabe que até os seus, sei lá, 15 anos o Finn era super apaixonado por ela, mas achei que ele já tinha superado isso.

Cheguei um pouco mais perto para ouvir a conversa, me escondendo atrás de uma carroça vazia próxima a eles, mesmo assim não consegui ouvir bem o que conversavam. Eles pareciam normais, nenhuma reação diferente no rosto da Jujuba, por isso conclui que ele não havia convidado ainda.

POV Marceline

Acordei esta manhã e fiquei um longo tempo deitada, pensando. Sentia-me um tanto... Solitária. Não saia de casa há algum tempo e sentia falta das outras pessoas, dos meus amigos, Jujuba, Jake e Finn... Finn... Eu gostava muito de sua companhia, riamos muito juntos, lutávamos e pregávamos pegadinhas. Mas quando ele ia embora eu ficava triste... Não era a mesma coisa. Ele tinha crescido muito recentemente, bonito. Lembro-me de seus olhos azul céu e sua risada e.. grrrrrrrrrrrrrrrr... Isso foi meu estomago?

 Desci a escada faminta e fui até a geladeira: nada. Completamente cheia de vento... Droga, tinha que sair pra comprar comida. Troquei de roupa e fui ao Reino Doce, já que se eu fosse à floresta teria que procurar, e bem, eu não quero.

Para minha sorte, havia muitas barraquinhas com maçãs, morangos e outros itens vermelhos deliciosos. Enchi uma sacola e já ia pra casa quando eu reparei numa menina que se escondia atrás de uma carroça.

- Fionna? – Ela se assustou e puxou meu braço para eu me esconder com ela – Mas o que você está fazendo?

- Xiu – Ela disse com o dedo na boca antes de responder – Estou espionando o Finn.

- Por quê?

- Ele veio desabafar comigo hoje, disse vai chamar uma garota pra sair.

- Uma garota? – Levantei um pouco pra ver. Lá estava ele e a Bonnie conversando despreocupadamente... felizes...

- Aham, e pelo visto, essa garota é a Jujuba. – Não podia acreditar nessas palavras. Levantei e sai o mais rápido que eu podia. Meu peito doía, eu estava... magoada? Não, eu não tinha nada com o Finn, por que eu ficaria desse jeito? Mas aquilo acabou com meu dia. Eu tinha planos para sair, talvez passar na casa da árvore mais tarde, mas agora só queria ir pra casa e ficar lá de onde não devia ter saído esta manhã.

Flutuei depressa até minha caverna e bati a porta atrás de mim assim que passei. Encostei as costas na porta e sentei no chão. Eu não devia estar assim. Que coisa mais ridícula. O Finn é só meu amigo, porque eu deveria ter esperanças ou algo assim? É, não devia estar agindo desse jeito. Deve ser porque estou carente ou algo do tipo.

Talvez fosse alguma pegadinha do destino, pois mal terminei essas palavras e alguém bateu na porta. Levantei-me e abri para ver Marshall Lee sorrindo pra mim.

- Oi, Marcy!

- Oi Marshall. – Ele ficou me encarando um pouco, será que tinha alguma coisa no meu rosto? – An, precisa de alguma coisa?

- Ah, sim, é. Eu queria te ver... – Pronto, veio pra tirar uma com a minha cara.

- Hm, acho que está vendo. – Não queria ser grossa, mas ainda estava com fome e toda aquela encarassão estava me deixando um pouco assustada.

- Na verdade eu preciso falar com você. – Agora seus sapatos pareciam bem mais interessantes.

- Tudo bem, entre. Quer beber algo?

- Obrigado, mas não. Eu tenho que falar logo antes que eu perca a coragem... – Parecia ser sério, nunca tinha visto ele desse jeito.  – Eu... bem... Na verdade, desde o nosso encontro eu... – A cada palavra ele se aproximava um passo. Toda essa enrolação já estava me deixando nervosa.

- Desembucha Marsh. – A essa altura ele já estava muito perto, podia sentir sua respiração e hipnotizada por seus olhos negros de brilho avermelhado. E então ele me beijou. Um beijo doce e suave, levou uma das mãos ao meu cabelo e a outra a minha cintura. Fechei os olhos e me deixei levar...

Quando então nos separamos e eu abri os olhos, pude ver pela janela Finn se afastava de cabeça baixa. Ele viu tudo.