POV Chama

Engraçado que eu nunca sei o que fazer recentemente, não é?

#FlashBack on

- FLAME? - Ele entrou no castelo com uma expressão confusa.

- Princesa? Majestade, você pode me dizer o que está acontecendo?

- Claro, Príncipe de Fogo. Eu queria apresentar minha filha, mas pelo visto vocês já se conhecem.

- Pai, o que você está tramando? – eu disse me arrependendo de ter feito essa visita.

- Nada, maligna filha. Eu só gostaria que você se envolvesse com pessoas a sua altura, nobres.

- Primeiro que eu não sou maligna. Eu mudei, será que você não entende? E segundo, eu jamais vi problema em ser amiga de ‘’inferiores’’ – falei usando aspas com as mãos.

- Claro, querida. – Ele parecia não ter ouvido uma palavra que eu disse. Arg! Pela cara dele eu sabia o que ele queria.

- Isso é ridículo o que você esta tentando fazer, sabia? Se me deem licença ou não, eu vou embora. – Estava inconformada com aquilo. Sai voando pelas portas do castelo, eu só queria ir pra casa. Porém quando eu estava perto de casa, ouvi alguém gritar meu nome.

- PRINCESA! PRINCESA DE FOGO! – Era o Flame. Eu não queria vê-lo, estava envergonhada pelo que meu pai estava tentando fazer. Era obvio que ele queria nos ver juntos. Depois que soube que eu estava namorando o Finn e que ele não era nobre, sua raiva só aumentou e ele me atormentava noite e dia para o nosso namoro dar errado. Quando terminamos só faltou pular de alegria. O príncipe se aproximou – Princesa, eu te juro de pés juntinhos que eu não fazia ideia do que seu pai estava planejando e...

- Tudo bem, Flame. Eu conheço meu pai. É a cara dele fazer esse tipo de coisa. Eu tenho que te pedir desculpas por ele.

- Não, imagina. Ele estava pensando no seu bem... Eu acho.

-‘’No meu bem’’  - repeti. Encostei-me à árvore atrás de mim e sentei no chão. Ele me observava com uma cara preocupada e sentou ao meu lado. – Ah, mais uma coisa: não me chame de ‘’princesa’’. Por mais que meu pai insista eu abandonei meu reino e eu não teria que ter mais esse título. 

- Ok, ‘’P.F.’’ - *facepalm* mesmo assim eu dei risada.

- Você não tem jeito...

E ficamos ali, em silencio, sem fazer nada. Era o que eu estava precisando, uma companhia que me trouxesse paz.

POV Finn

Na manhã seguinte eu sabia quem poderia me ajudar: minha equivalente de AAA, Fionna. Mesmo sendo como em dimensões diferentes, os acontecimentos de AAA não são os mesmo de OOO, mas sofreram um pouco de influencia das terríveis histórias do Rei Gelado.  Peguei minha mochila e saí sem café, deixando um bilhete para Jake que ainda dormia.

O dia estava ensolarado e quente, com uma brisa perfeitamente fresca. Naquelas circunstancias eu não tinha opção senão tirar a touca e aproveitar. Estava tudo maravilhoso, como uma mensagem de que algo bom fosse acontecer. Não andei muito até a casa da árvore onde eu avistei que do lado de fora Fionna e Cake lutavam contra um estranho castor gigante.

- Essa é minha garota! – Gritei me aproximando.

- Tava demorando, ein, pirralho? – Ela respondeu sem se virar, dando a volta do animal e usando uma pedra de degrau, pulou na cabeça da fera dando um golpe com a espada. O animal urrou e com as mãos na cabeça saiu correndo de volta a floresta. –E É MELHOR NÃO VOLTAR! – Ela colocou a franja de volta no lugar e se voltou pra mim. – Acredita que aquele bicho queria roer minha árvore?

- Ele aprendeu do jeito mais difícil que não se mexe com um Mertens. – Levantei minha mão e ela socou com força – Olha só se a pequena não está comendo mais feijão recentemente, não é?

- Haha, o que você quer?

- Nossa, não posso nem visitar minha Fionna pra ver como ela está?

- Claro, mas você nunca vem só por isso. Me conta, o que aconteceu?

 Olhei para Cake que nos observava desconfiada de longe. Ela nunca gostou muito de mim, dizia que detestava meu cheiro de cachorro e, portanto, odiava o Jake.  Fionna era como uma irmã pra mim, ela me entendia como ninguém (por que será?), então eu sempre confiava a ela meus segredos e problemas, e ela a mim. Não que eu não tivesse essa relação com o Jake, mas uma opinião feminina ajudaria muito, principalmente agora.

- Que tal nós andarmos um pouco e eu te conto? - Caminhamos pela campina e sentamos no meio da grama. Ela me encarava sorrindo – Por que está me olhando assim?

- Seu cabelo... é que você nunca solta... – Senti minhas bochechas esquentarem.

- Ah, é. Isso me lembrou, me desculpe por não ter te recebido direito quando você foi me ver esses dias.

- Não esquenta. Você ficou bem mal por causa da Chama né? Eu entendo.

- Pois é, mas está tudo bem agora, é o que importa.

- Então se você está bem com isso, está com problema em alguma coisa?

- Bem,  sim. Na verdade não. Não é bem um problema, eu só queria saber sua opinião.

- Manda ver.

- Tem quase 2 meses que nós terminamos e, bem... é muito cedo pra eu me envolver com outra pessoa? – Ela esbugalhou os olhos e fez uma cara engraçada.

- Mas já? Você não perde tempo mesmo.

- Tem razão, é muito cedo. Deixa pra lá. – Eu me levantei pra ir embora, mas...

- Hey Finn, não leva isso a sério, só fiquei surpresa. Olha, se você estiver a fim, vai atrás! Se te fizer feliz é o que importa, ok? Minha sugestão é que você agora falar com ela. – Ela fez uma cara meio ( ͡° ͜ʖ ͡°)  .

- Boba. Obrigada, Fionna. – Ela sorriu e eu sai correndo. Tinha assuntos a tratar.

POV Marshall Lee

Tá, eu estou ficando doente. Como eu saio daquele jeito com a Marcy e ai chega na hora e eu... eu... Aff. Eu esperei tanto tempo pra impressionar a vampirinha e nada, simplesmente travei. Eu nunca fiquei daquele jeito, nervoso, sei lá. Estava jogado no sofá pensando no encontro com ela, coisa que eu não tinha parado de fazer desde o tal, lembrando de como foi divertido, como conversamos e como o sorriso dela era... Sem palavras fiquei feliz e então percebi que estava sorrindo, sozinho em casa, olhando para o teto... é, eu preciso de um soco. Ou de ver ela mais uma vez.

Eu to é frouxo. O que essa menina fez comigo?