O Elmo Roubado escrita por Jota a


Capítulo 4
Finalmente, renunciada.


Notas iniciais do capítulo

Não esqueça de deixar seu cometário no fim do capítulo! Boa leitura!



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JULLY

Essa não era a minha ideia para “Um jantar será maravilhoso”. Algumas filhas de Afrodite brincavam com as pontas do cabelo e caçoavam dos outros. Outras se mantinham atentas a qualquer movimentação, assim como o chalé de Ares e o de Atena –que pareciam calcular a situação como uma operação –. De resto os chalés estavam conversando ou cochilando em cima das mesas.

– Travis Stoll está dormindo! Jully entre em ação. –Rachel disse, chamando a atenção da maioria dos campistas dali.

O que ela queria dizer? Não faço ideia. Fiquei imobilizada quando todos os olhares do acampamento se dirigiram até mim. Rachel estaria pedindo para eu me vingar da última vez em que os Stoll colocaram carrapichos no meu sapato?

– Vamos, meu bem! Já, já ele acorda. Você não tem muito tempo.

Aproximei-me de Travis, sem saber o que eu deveria fazer.

– Faça-o ter um pesadelo! – Rachel deu um sorriso largo, como se esperasse para aquilo há dias.

Não fazia ideia do que Rachel estava falando.

–Concentre-se, meu bem! Coloque sua mão na cabeça dele e imagine coisas que você acredita que ele tema.

Assim o fiz. Pensei em aranhas, não sei de onde surgiu esse pensamento, mas o fiz. Imaginei um quarto coberto de aranhas por toda parte.

Travis acordou num pulo com os olhos úmidos e a respiração acelerada. Pensei em pedir desculpas, mas quando ele se virou para mim, seu olhar se pousou em cima de minha cabeça.

Não consegui destinguir o que era aquilo, mas era escuro e sombrio.

– O símbolo do pesadelo! – Quiron disse espantado!

– Bem vinda novamente, Jully, filha de Ícelus!

JULLY

Peguei todas as minhas coisas do chalé de Hermes e Annabeth me levou até o chalé 31. Por fora, lembrava vagamente o chalé de Hades, porém não possuía caveiras nem símbolos da morte. Era preto com detalhes em bronze. Grande de mais para o chalé de um deus menor e que, até então, não havia recebido ninguém. Annabeth não entrou comigo, disse que não podia. Então, eu respirei fundo e entrei.

Por dentro era medonho. Era rodeado por janelas pretas que me deixaram sonolenta, não havia nada nele, até que vi uma porta que exibia uma escada até um porão. Havia uma adaga de bronze em cima de uma escrivaninha. Peguei e ela pareceu encaixar-se em minha mão – diferente das espadas e flechas que havia treinado – Coloquei minha mochila em cima da cama e observei aquele quarto mal iluminado. Eu não gostava daquilo. Mas me sentia melhor do que no chalé de Hermes. Meus olhos se fecharam e eu adormeci. Tive um pesadelo, mas quanta ironia!

Uma mulher alta, bonita e com uma risada maléfica – o que lembrava muito a bruxa de Branca de Neve – brincava algo parecido com um capacete.

– Ah, o Elmo da Escuridão – ela suspirou e sorriu encantada com o capacete, digo, Elmo. – enfim, a discórdia. –Ela acariciava o Elmo como se fosse a maça envenenada

– Você tem certeza que Hades vai por a culpa em Ares? Não sei se a senhora se lembra, mamãe, mas Ares está em uma missão. Não teria tempo para roubar o Elmo de Hades.

– Olhe só, logo você perguntando se eu me lembro de alguma coisa, Lete! Claro que eu me lembro, seu imbecil! Mas o máximo Hades irá fazer é mandar alguém resgata-lo. – Ela deu uma gargalhada – Possivelmente aquele filho dele, qual o seu nome?

– Hum, não me lembro direito, Mica... Mico... Mi... Mi...

– Nico! – ela acariciou o Elmo novamente – Estou te aguardando, Nico.

Ela olhou em minha direção e minha visão ficou escura.


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Notas finais do capítulo

Críticas construtivas são sempre bem-vindas!