O Elmo Roubado escrita por Jota a


Capítulo 12
Salvos por Frank - o dragão.


Notas iniciais do capítulo

Lembrando novamente que os detalhes sobre o castelo de Eros são fictícios e não seguem à mitologia! Boa leitura!



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JULLY

A mulher semi-nua nos mandou entrar e Eros nos mandou sentar. Eu olhava assustava a todo aquele pudor. Eros era um cara baixinho, parecido com as representações de cupido: cabelos cacheados e louros, bochechas rosadas e corpo bem rechonchudo. Parecia uma criança travessa. Travessa de mais para meu gosto. Ao seu lado, uma mulher com um vestido e batom vermelho. Parecia ter a mesma idade que eu, a não ser pelo corpo repleto de curvas. Os cabelos louros caiam ondulando até a altura da cintura. Não sei dizer exatamente, mas ela parecia aquele do tipo mulher-que-todo-homem-deseja.

- Esse casal precisa de meus serviços? Deixa eu adivinhar: precisam de um up nas relações, correto?

- Não! A gente precisa de informações. – meu estomago embrulhava com o cheiro daquele lugar.

- Ora, então, pergunte meu bem! – ele sorriu e os olhos brilharam. – o que querem? Algumas posições do kamasutra?

- Não, lorde Eros, só precisamos saber com quem está o elmo de meu pai.

- Ah, o Elmo da Escuridão! Assustador ele, hein?! Mas eu não sei onde está. Vocês não querem mesmo um quarto? Ou uma cama com colchão de água? É ótimo parar fazerem...

- Eros! Você realmente não sabe de nada? Uma guerra entre os deuses Hades e Ares pode começar se não acharmos o Elmo. E almas inocentes estão pagando por pecados que não cometeram nos campos de punição! – Tentei usar charme na voz, como Piper fazia. Mas eu estava constrangida de mais com tudo aquilo e além do mais: não sou fica de Afrodite para ter persuasão.

- Ahhh, tudo bem – Eros bufou – Mas em troca, seu namorado...

- Hã, ele não é meu namorado, Eros.

- Não é? Não é isso o que vejo que querem! Bom se não são namorados, melhor ainda. Ele terá que passar uma noite com minha bela filha Hedonê.  Então temos um acordo?

 - O quê? – Eu e Nico dissemos em um uníssono.

- Não podemos lhe oferecer outra coisa? Sei lá... Dracmas? – Eros riu

- Menino, você terá a chance de ter uma noite de prazer com a deusa do prazer! Vai recusar?

A ideia de Nico e aquela mulher maravilhosa em uma cama... Fez meu estômago dar um milhão de piruetas.

- Hã, na verdade, vou sim.

- Ah, o garoto está apaixonado. Que porcaria! Tudo bem, vai ser da maneira difícil então.

Os olhos de Hedonê ficaram vermelhos de luxúria.

- Você está me recusando? – Alguma força ergueu Nico da cadeira e o jogou do outro lado da sala. Ele bateu na parede, caiu e colocou a mão na barriga.

- Nico! – Gritei e tentei me levantar da cadeira para ir ajuda-lo. Em vão. Amarras surgiram da cadeira e me prenderam na mesma.

- Olha, eu tenho um lado sadomasoquista, meu anjo. Talvez eu devesse usá-lo com você. – Hedonê se aproximava de Nico, deu-lhe um chute na barriga e Nico se contorceu de dor. Eu tinha que fazer alguma coisa. Tentei de todas as formas me solta da cadeira.

- Desista, filha de Ícelus. É inútil. Nós iremos assisti-los de camarote open food. Aceita uma flor de lótus?

A ideia não me agradou. Meu coração estava apertado. Em um golpe, Hedonê prendeu os braços de Nico atrás das costas e sentou-se em cima de seu corpo, indefeso. Ela puxou seu rosto e olhou para mim em seguida para ele.

- Talvez, se vocês aceitassem você não teria que assistir a isso, filha dos pesadelos. Ah –ela soltou uma gargalhada- acho que seu maior pesadelo será este: ver seu amado sendo usado por mim. – Ele riu e começou a fazer uma linha de beijos desde o pescoço de Nico até seus lábios. Quando Nico tentava virar o rosto, ela puxava seus braços com força, o que fazia Nico gemer de dor.  – Isso, gema para mim, meu bebê. – Ela começou a dar mordidas na curva de seu pescoço olhando para mim. – Você queria estar no meu lugar, não é?

Me virei. Não suportava a ideia de que estavam obrigando Nico a fazer uma coisa que não queria. Olhei para Eros, e esperei que ele tivesse um pouco de compaixão. Meus olhos estavam marejados.

- Então, vocês deverão ir para Detroit, para encontrar a dona de discórdia. É fácil achar ela! É só procurarem por discórdia. Dã. A cidade é um caos. Não vai ser nada difícil. Ah, tentem não aborrece-la. A forma dela aborrecida não é a das melhores. Agora, vamos assistir ao pagamento!

- Não tem outra coisa que deseje? Por favor, eu faço qualquer coisa, só deixe Nico em paz.

- Jully, eles não vou tocar em você! – Nico disse em um tom severo.

- Uh, uma controvérsia! – Eros vibrava em sua poltrona.

Fitei Hedonê com toda minha força. Talvez eu conseguisse ver qual era seu maior medo e fazer como os esquilos. Vi ratos. Hedonê deu um grito e soltou a cabeça de Nico que bateu no chão.

- Ah, esse cena está ficando entediante. Parte-me o coração! – Eros disse fingindo um soluço de choro – Tudo bem, Hedonê, meu bem. Solte o garoto.

- Mas, papai!

- Solte-o!

Ela soltou Nico e ele acariciou os braços, com certeza estavam doendo. As amarras que me prendiam se soltaram, passei a mão pelos pulsos que estavam marcados pelas amarras apertadas.

- Então, vamos negociar. – Ele juntou as mãos em cima da mesa. – O que vocês podem me oferecer? Você é bem poderosa, Jully, vi o que fez com Hedonê, por que não se junta a nós?

- Hã – eu tinha que pensar rápido, definitivamente não queria ficar ali – você não iria querer uma pessoa que assustaria as outras pessoas com pesadelos, iria?

- Não falo sobre isso, você também pode se transformar no sonho das pessoas. – ele disse com um sorriso travesso.

Vi Nico se mover em direção à janela. Talvez ele tivesse um plano. Tentei distrair Eros ao máximo.

- Hum, é uma oferta tentadora, meu deus. Mas eu estou em uma missão e... hã, não posso perder o foco, se é que me entende.

- Ah, deixe essa missão tola de lado! Hades nem é seu sogro oficialmente. Convenhamos.

- Mas é pelo bem de Ares também e... – eu estava sem argumentos. Comecei a olhar em volta para ver se alguma coisa me vinha na cabeça, mas tudo que tinha ali eram quadros e esculturas indecentes.

 Então um dragão de cerca de três metros quebrou a imensa janela da sala. Frank! Eros e Hedonê recuaram para a porta, mas as esculturas de ouro e bronze caíram sobre eles. Hazel! Avistei Nico e o ajudei a levantar e peguei o papel em cima da mesa. Subimos nas costas do dragão/Frank e saímos voando para longe dali – para minha sorte, não tive que atravessar aquela ponte precária, mas para meu azar, o dragão voava a cerca de duzentos metros do chão. Senti uma tonteira tomar conta do meu corpo. Nico me abraçou por trás e sussurrou um vai ficar tudo bem, se segure! O dragão pousou próximo ao carro e eu fui cambaleando até entrar no mesmo. Frank e hazel fizeram algumas perguntas, mas eu e Nico estávamos envergonhados de mais para respondê-las no momento. Apenas agradecemos a ajuda e partimos para Detroit, onde segundo Eros, encontraríamos a dona de discórdia.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de cometar! :D