Absence escrita por Thalita Moraes


Capítulo 11
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/370435/chapter/11

Gajeel estava pensativo, um tanto entristecido, tentando tirar vantagem da situação. Aparentemente, Lucy não lembrava de ter comido alguma vez a comida de Gajeel. A primeira vez que ele cozinhara, Lucy não lembrava. O que em parte, era algo bom, porque ele teria uma segunda chance de marcar uma primeira impressão.

Mas, se ela não lembrava daquele episódio, o que mais será que Lucy não se lembrava? Será que ela ainda lembrava do acordo que fizeram?

"Do quanto exatamente ela se lembra?" Pensou Gajeel, um segundo antes de trompar com Natsu, de cabeça abaixada enquanto tentava esconder as lágrimas. Mas Gajeel viu o reflexo da luz naquelas pequenas gotas d'água. Então, ele começou a ponderar sobre o que teria acontecido para Natsu — o Natsu — começar a chorar.

Quando pulou pela janela, entendeu um pouco mais a situação. Lucy estava chorando. Provavelmente, ela tinha dito para Natsu aquilo que ela tinha segurado por dois meses. 

—Você está bem? 

É uma convenção. Quando você vê uma pessoa num estado ruim, você sempre perguntará "você está bem", mesmo que você saiba que a pessoa não esteja bem. Mesmo que você saiba que ela dará uma resposta sarcástica, mesmo sabendo que ela mentirá.

—Sim. — Disse Lucy, secando as lágrimas no susto que tivera ao ouvir Gajeel. Ela não o ouvira entrar. Fingira um sorriso ao dizer — Caiu um cisco no meu olho. 

Gajeel ignorou-a por um segundo. Entrou, colocou as compras em cima da mesa e ligou a torneira da banheira. Então, foi novamente até Lucy. Ele não faria nada quanto ao choro dela, não tinha nada que ele falasse que pudesse fazer as coisas melhorarem. Apenas, pegou-a no colo. Ela protestou um pouco.

—O que você está fazendo? 

—Você não daria conta de andar até a banheira, estou apenas ajudando.

Ele disse, abrindo a porta do banheiro. Lucy não conseguia ficar de pé e não tinha forças suficientes para revidar. Ela corou violentamente. Ele tiraria a roupa dela? É isso? 

Não. Gajeel a sentou na tampa do vaso e deu a ela a toalha para que ela se enrolasse na toalha assim que tirasse a roupa. Então, ele virou-se de costas, corando, apenas imaginando como seria o corpo dela. 

Lucy estava admirada com as ações dele. Mas aquilo não iria fazer com que ela o obedecesse.

Ela fez como ele pediu. Tirou suas roupas e cobriu-se com a toalha. Mas só porque ela fez o que ele pediu não significava que Lucy ia deixá-lo fazer o que quiser. Ela levantou-se, apoiando-se na parede, tentando se virar sozinha, procurando não gemer de dor. Sua perna tremeu violentamente, como se sua sustentação fosse falha. Meu Deus, será que ela não conseguiria mais andar normalmente? 

A dor era lacinante.

Ela deu um passo para dentro da banheira, procurando se apoiar na perna de trás para não escorregar na banheira. Mas a perna de trás não aguentou e falhou, seu pé escorregando na banheira, fazendo barulho. Seu corpo inclinou-se para trás e, antes que ela pudesse cair, temeu sua cabeça batendo na tampa do vaso. Mas isso não aconteceu. Quando abriu os olhos, antes fechados de medo, se viu sendo carregada mais uma vez por Gajeel, a toalha caída por entre seus seios, seu pé direito pingando no chão. Lucy puxou a toalha para cobrir seus seios, corando em vergonha e impotência.

Sem falar nada, Gajeel a coloca na banheira já quase cheia. 

Ela queria saber quanto tempo mais ela teria de aguentar aquilo. Ser carregada para um lado e para outro, como se fosse uma boneca de porcelana.

Gajeel saiu e fechou a porta atrás de suas costas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
O próximo, acho que já sabem, sai em 3 dias.