Greek Madness escrita por AnandaArmstrong


Capítulo 6
V - "And I find you in my arms here, sitting by the ocean".




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– Vou judiar de você um pouco, vamos esperar até estarmos mais longe, sem ninguém por perto. – Sussurrou no meu ouvido, colocando as mãos na minha cintura e acariciando-as com o polegar. Eu nunca havia visto o Jonathan tão safado desse jeito. Ele se afastou e foi em direção á aquela paradinha que guia o barco, que era a motor. Permaneci atônita onde estava, e sorri com o pensamento do que poderíamos fazer quando estivéssemos sozinhos no oceano.

– Jesus, me mostre esse lado mais vezes, certo? – Exclamei, me sentando em uma parada lá. Espero que a função disso seja sentar mesmo, porque eu não entendo nada de barco. Vai que isso serve pra outra coisa.

Ele não respondeu, só balançou a cabeça com uma risada pelo nariz, como se risse de uma piada interna. Ô mania de fazer isso, que saco manolo.

Vi um lugar na cabine que era como se fosse um janelão com vista para o mar, então fui lá, observando aquele marzão azul-esverdeado se estendendo diante de mim, ele poderia me levar a qualquer lugar. Era compreensível o amor que o Nate tem pelo mar, é algo profundo, não dá pra explicar a sensação de sentir aquele cheirinho salgado, o vento no rosto e a visão maravilhosa na sua frente. A sensação do mar te guiando pra onde ele quer que você vá. Ele sempre esteve lá, presente em todos os momentos e encarando tudo de longe. Pena que as pessoas o poluem, destruindo-o cada vez mais.

Voltei minha visão de volta para o Nate, que conferia em um mapa e nos equipamentos o lugar para onde deveríamos ir. Fui até ele, me perguntando se poderia ajudar em alguma coisa. Acho que eu só atrapalharia, não entendo dessas coisas. Me contentei em ficar junto dele, observando. Era fascinante o quanto ele entendia de tudo aquilo, eu estava completamente perdida.

xXx

Nós estávamos isolados no meio do oceano, somente com o som das ondas e da nossa respiração. Era somente eu e ele. Nós dois juntos. E Caroline nenhuma poderia atrapalhar agora. O Jonathan e eu deitados nus no barco, observando o céu, o sol e o mar. Nós já havíamos feito sexo na cabine de comando, no minúsculo quarto do andar de cima, no deque e no mar. Mas foi tudo tão natural, sabe? Como se tivesse que acontecer, nós só deixamos levar. Não é aquele fogo, desejo intenso de foder á qualquer custo só porque estamos sozinhos em um navio e podemos gemer á vontade. Isso também, mas não é só isso. É algo sublime, maior, mais elevado.

– Kiss me, like you wanna be loved, wanna be loved. – Cantarolei no seu ouvido em forma de sussurro.

Ele me olhou nos meus olhos profundamente e mordeu seu lábio inferior, meio que sorrindo. Foi bonitinho, eu sorri involuntariamente. O Jonathan é conforto. O Cocker é fogo. O Nate sempre foi meu amigo. O Cocker é extremamente inconstante. O Nate é fofo e atencioso. O Cocker muda de humor extremamente fácil. Os dois são canalhas, mas o Cocker é mau caráter. E isso ainda dói. É impossível não comparar, e apesar disso, eu gosto muito dele. Que porra. Mas ah, foda-se. Chega de me prender, eu quero mais é viver, ser independente de todos. Não quero saber o que o Cocker vai fazer com a vida dele, ou a Kara, ou qualquer outra pessoa. Não quero saber, não quero. Vou relaxar, vou fumar um baseado e mandar tudo pra a casa do caralho.

– Tem algum baseado por aí? – Sussurrei baixinho enquanto colocava a minha cabeça entre o seu pescoço e o seu ombro. Alisei o lugar com meu nariz, suavemente, ouvindo o barulho das ondas e sentindo o cheiro do mar misturado com o perfume do Nate. Eu estava deitada no seu peito, nossas pernas entrelaçadas e só a serenidade.

– Tenho. – Sussurrou de volta, eu dei um beijo no seu pescoço, de leve, e levantamos como em sincronia. Ele entrou na cabine e eu fui até um equipamento de som que colocamos ali quando chegamos. Peguei um CD em especial e coloquei, é um dos melhores que existe.

Encostei na parede externa da cabine, ao lado do som, e dei play, esperando ele chegar. Não demorou muito e já estávamos acendendo o baseado, protegidos do vento pelo equipamento de som. O Nate fuma ás vezes só pra relaxar, que nem eu, e dá deixa a erva pronta e dixavada. Estava tocando a música “Live Forever”, do Oasis. O CD era uma coletânea de músicas que o Nate julgava serem as melhores da banda. Na minha opinião, há poucas músicas tão boas quanto essa pra se fumar, é pra prestar atenção no ritmo, na letra e na sensação que você está sentindo. É pra sentir o efeito da erva dentro de você. Eu só quero ficar um pouco chapada e me desligar da realidade.

Ele puxou lentamente, aproveitando a sensação de estar com o baseado na mão, e me passou. Foi como um troféu, uma coisa que eu queria há tempos. Peguei saboreando internamente a sensação e a ter em meu poder, e dei a primeira tragada, sentindo a fumaça gostosa dentro de mim. Soltei-a aos poucos, vendo-a se dissipar aos céus. Gradualmente se desfazendo, e ao colidir com o vento, vai para algum lugar longe de mim. Talvez ela vá para perto de alguém que precise desse relaxamento tanto quanto eu, talvez ela vá para perto de alguém bem careta que nunca vai admitir que precise de um pouco de relaxamento nessa vida estressada.

Conseguia sentir o efeito da maconha entrar em ação, encostei a cabeça no ombro no do moreno ao meu lado, e nossas mentes viajaram para longe, bem longe. É como se eu estivesse em uma bolha de tensão, e ela simplesmente estourasse e me tirasse dali. Eu sentia uma sensação maravilhosa por dentro, uma liberdade, era surreal. Ouvia o Gallagher cantando agora “The Masterplan”, era inevitável não fazer uma análise profunda. Ele dizia: “Use o tempo para criar algum sentido para o que você quer dizer, e lance suas palavras sobre as ondas. Navegue-as para casa com aceitação em um barco de esperança hoje, e quando elas alcançarem a margem, diga-as para não sentirem mais medo. Diga isso alto e cante isso com orgulho. E então dance se você quiser dançar, por favor, companheiro, se dê uma chance. Você sabe que eles seguirão o caminho quiserem seguir, e tudo o que sabemos, é que nós não sabemos como isso vai acontecer. Por favor, irmão, deixe acontecer, esquivar-se da vida não vai nos deixar entender que somos todos parte do plano-mestre.”

Dei outra tragada no baseado, e a sensação se intensificou. Era engraçado pensar em mim e no Nate sentados nus em um barco fumando maconha e ouvindo Oasis.

É brilhante pensar que todos nós somos parte de um plano-mestre, um futuro longe, talvez não tão longe assim ou até bem próximo, que rege um grande grupo de pessoas. Uma mulher sofre por um motivo hipotético e comete suicídio, sua irmã e um amigo dela se conhecem. Eles se casam, tem filhos e de repente eles são Noel e Liam Gallagher. O marido sai de casa e a larga com dois filhos, e o Noel compõe “Champagne Supernova”. Essa música afeta milhares de pessoas, ajuda-as a seguir em frente, e todas elas sentem que são compreendidas, pois passam pela mesma coisa. Noel compõe também “Live Forever” e “The Masterplan”, estimulam seus ouvintes, dão-lhes de volta a vida, evita milhares de suicídios e eles ajudam cada vez mais pessoas a cada música. No fim faz contas, se a mulher tivesse continuado sofrendo e tivesse morrido velha e de tristeza, a irmã dela poderia ter se casado com um bom marido e tivesse tido só um filho. Ele seria um cidadão comum. Milhares de pessoas continuariam sofrendo, nunca teriam sido ajudadas por músicas tão brilhantes e o Oasis nunca teria existido da forma que existiu. Ou, ela poderia ter conhecido o cara de qualquer forma, através de uma festa ou algo assim. Não sabemos se é possível contornar os acontecimentos da vida, será que ela está planejada? Será que tudo está minimamente planejado para acontecer em todos os seus detalhes e nuances?

Esse pensamento foi embora de mim rapidamente quando o Nate tocou o meu rosto de leve, voltando minha atenção para ele, me pegou pelo queixo, e começamos a nos beijar. Nossos corpos foram escorregando pela parede, e quando menos notamos, estávamos deitados no chão. O baseado estava na sua mão, ele deu um trago, e colocou na mesinha do som. Ele estava por cima, e suas mãos livres passearam pelo meu corpo, apertando de forma desesperada a cada lugar que tocava. Passavam pelos meus ombros, desceram pelos meus braços, para a minha barriga, alisando com o polegar, e chegaram aos meus seios. Eu mordi meu lábio inferior, e ficava cada vez mais excitada e com o que estava vendo e sentindo, ele era absurdamente gato e me proporcionava uma sensação maravilhosa. Seus cabelos castanho-escuros eram curtos e meio bagunçados, sua pele alva estava levemente corada, e seus olhos eram absurdamente azuis e estavam injetados no momento. Fez um gesto muito sexy, que eu piro toda vez que algum cara faz, passou a língua pelos lábios e deu um sorriso de canto. Minha intimidade ficou absurdamente molhada.

Suas mãos quentes apertaram meus seios com força, e os indicadores estimulavam os mamilos, esfregando-os, e se enrijeceram rapidamente. Dei um suspiro de prazer e pus minhas mãos pra trabalhar, uma delas foi parar nas suas costas, arranhando, e a outra foi para o seu abdômen, apertando toda a sua barriga definida. Nós trocamos de posição, agora eu estava em cima, e seu membro foi rapidamente encaixado em mim. Era normal em tamanho, mas bem grosso, ainda mais estando ereto e deliciosamente quente.

Ele foi fazendo movimentos leves com a cintura para cima e para baixo, deixei escapar um gemido moderadamente alto ao senti-lo totalmente em mim, e fui começando a cavalgar gradualmente. Não quebramos o contato visual, era maravilhoso saber através da sua expressão que ele estava curtindo tanto quando eu.

Apoiei minhas mãos no seu tanquinho definido, arranhando de leve com a ponta das unhas, e suspirei ao sentir sua mão no meu clitóris, estimulando-o com o polegar. Era delicioso e uma sensação de prazer me invadia cada vez mais. Fazia movimentos circulares com o dedo, e sabia exatamente o que fazer com a experiência de quem havia feito isso várias vezes. Eu fazia movimentos pra frente e pra trás, aumentando o ritmo lentamente, colocando seu membro quase todo dentro de mim. Meus seios balançavam e a sua outra mão segurou um deles, apertando e massageando o biquinho do peito só pra me provocar, e em seguida o segurou com a mão toda, apertando com força, mas sem machucar.

E nós fizemos ali, em alto mar, ouvindo Oasis e fumando um baseado.

xXx

"(...) Maybe I just want to fly

I want to live, I don’t want to die

Maybe I just want to breathe

Maybe I just don’t believe

Maybe you’re the same as me

We see things they’ll never see

You and I are gonna live forever (...)"


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