LUCY:

Por que as coisas ruins só acontecem comigo? Lembro-me de ter ido para escola depois de mais uma das tão comuns brigas com meus pais, lembro de brigar com Sharon. Ah Sharon! Preferiria mil vezes ouvir suas babaquices, a esta aqui nessa maldita maca, que por sinal é muito desconfortável, mas fazer o que, a vida é assim né?

Estava tão perdida em meus pensamentos, que nem percebir quando o Martin adentrou a sala. Ele começou a mexer nos cabos, e pegou uma seringa com um líquido estranho, e veio caminhando até mim.

–Tá na hora de mais um dos testes. -Disse ele

– O que vão fazer comigo dessa vez?-Pergunto

– Nada de mais, o mesmo de sempre. -Disse ele dando um sorriso sínico.

Ele aplicou a injeção, e pouco depois comecei a sentir meu corpo dormente,

Como se estivesse a ponto de um colapso, e de repente uma forte dor veio e tudo apagou não via mais nada. Aos poucos sentir algo em meu interior,como se estivesse me queimandoo de dentro para fora, gritei agonizando,mas parecia que doía mais, não sabia o que fazer,estava em desespero, mas de repente algo me fez despertar daquela dor incomum, era como se alguma coisa em mim quisesse se libertar.

MARTIN:

Logo após sair da sala, fui ao encontro de Rick e Albert, os achei dando os últimos retoques na máquina, e revendo a pesquisa dos Potts.

Tem certeza que dessa vez vai dá certo? Perguntei. -- Já faz dois meses que estamos fazendo testes, e nada até agora!

Calma Martin! A pesquisa está meio confusa, mas já estamos quase conseguindo a fórmula certa. -Disse Rick.

Pronto! - disse Albert- podemos começar.

–- Como vai ser dessa vez?-Pergunto

–- Vamos expor ela aos raios. -Disse Albert

–- Como assim ‘’aos raios’’? Vocês estão querendo expor ela aos raios gama e cósmicos ao mesmo tempo?-Perguntei já meio alterado.

–- Não temos outra escolha, já fizemos de tudo e nada funcionou. -Disse Rick

–- Vocês são loucos? Isso vai matá-la!-Eu falei.

–- Ela não vai morrer. - Albert disse já alterado também.

–- Só porque ela sobreviveu da outras vezes, não significa que ela vai sobreviver agora. – Falei

–- Vai da certo! – Rick gritou– Tem que dar!

Depois dessa nossa ‘’pequena’’ discussão, decidimos começar. Rick ligou a máquina, e ficamos observando Lucy pelo vidro, minutos depois ela começou a se debater e a gritar. Fiquei desesperando, não agüentava vê-la sofrendo daquele jeito, sai desesperado a seu encontro, mas a porta não abria.

–- Desliguem a máquina!-Gritei desesperado, mas eles simplesmente me ignoraram, corri até os controles para tentar desligar,mas Rick me conteve, comecei a me debater mais não funcionava.

–- Parem com isso agora, precisamos vê o que tem de errado! –Disse Albert.

De repente, no meio de toda aquela confusão, as luzes se apagarão, e um barulho alto chamou a nossa atenção.

Corrir cegamente até os controles, para tentar abrir a porta, e quando finalmente conseguir, entrei na sala e me surpreendi, pois no lugar onde estava Lucy não tinha nada.

–- O que nós fizemos?-Gritei para mim mesmo.