Lado A Lado - O Amor E O Tempo escrita por Márcia Pelosi
Notas iniciais do capítulo
Oi meninas,
Desculpem a demora em postar. A vida está bastante corrida! Mas... aqui vai mais um capítulo! Espero que vocês curtam e acompanhem!
Grande beijo
Capítulo 42 – Vai dar tudo certo
Edgar não queria deixar que aquele momento feliz se transformasse em um desentendimento com sua amada, então resolveu não polemizar e não entrou no assunto: volta para casa. Ele se limitou a beijar a mão de Laura e disse, enquanto acariciava os cabelos soltos da mulher que caiam sobre seus ombros.
Edgar: Nada de mais, meu amor... Apenas assuntos do jornal. E a Melissa?
A mulher abriu um sorriso encantador e respondeu.
Laura: Bebeu toda a mamadeira e acabou por adormecer. Edgar, falando nisso... Você reparou como a Mel está mais espertinha? Quando ela foi até sua casa no Rio, dormiu o dia inteirinho...
Ele sorriu e falou todo feliz.
Edgar: É verdade, meu amor... Não sou só eu que me sinto bem sendo cuidado por você...
Neste momento, a tia da professora suspira e arranca sorrisos de todos.
Celinha: Nossa... Que romântico o que você disse Edgar!
Foi a vez de Guerra dizer.
Guerra: Pois é, Célia... Está vendo só? Este meu amigo é um romântico incorrigível... Mas também... A Laura é uma mulher excepcional, e ele não é bobo de perdê-la novamente!
O advogado ficou tão tenso que puxou seus cabelos para trás com as mãos.
Edgar: Não diga isso nem brincando, Guerra! Não deixo mais a Laura escapar!
Ela sorri, olha nos olhos dele e fala.
Laura: E quem disse que eu quero escapar?
Neste momento, Edgar esquece completamente que não está sozinho com Laura e beija suavemente seus lábios. Celinha e Guerra se olham constrangidos e Guerra pigarreia disfarçadamente. O casal enamorado percebe a falta de educação e os dois se desculpam com as visitas.
Pouco tempo depois, Matilde adentra a sala, onde os quatro conversam animadamente.
Matilde: Com licença! D. Laura chegou essa mensagem para a senhora.
A moça pega um envelope das mãos da empregada e agradece. Ela abre o conteúdo e olha para Edgar. Ele, que já imagina do que se trata, pergunta.
Edgar: É a resposta do Ricardo?
A professora ficou um pouco cabisbaixa. Ela coça levemente o pescoço antes de responder.
Laura: Sim... Ele pergunta se pode ser no final da tarde...
O jornalista olha para a tia de Laura e na tentativa de deixar o casal anfitrião mais à vontade, fala.
Guerra: Célia, o que acha de darmos uma volta pela redondeza ao cair da tarde? Gostaria muito que você me mostrasse seus lugares preferidos aqui da fazenda.
Laura percebendo a real intenção do amigo de Edgar e bastante agradecida pela compreensão, deu força.
Laura: Isso mesmo tia! A fazenda está repleta de lugares interessantes para a senhora mostrar ao Guerra! O que me diz?
A tia da moça ruboriza e fala acanhada.
Celinha: Laurinha... Mas não fica bem para uma moça solteira co...
Edgar ajuda a convencê-la.
Edgar: Pode ficar tranquila, D. Celinha! O Guerra só é revolucionário no jornal! Ele é um homem correto e jamais iria lhe faltar com o respeito.
Diante da insistência de todos e louca de vontade de aceitar o convite, só restou à tia da professora concordar.
Celinha: Bom... está certo então....Afinal, eu sou uma moça muito moderna, não é Laurinha?
Todos sorriem e a sobrinha ratifica o que a tia disse.
Laura: Claro, tia! Muito moderna!
O casal de amigos resolveu descansar antes da hora do almoço e assim, cada um em um aposento diferente, Celinha e Guerra subiram em direção aos quartos indicados por Laura. Enquanto Maria cozinhava, Matilde resolveu ajuda-la preparando os aposentos dos convidados. Laura e Edgar entraram no quarto onde a filha do advogado estava instalada. Viram que a menina estava bem e rumaram ao quarto deles. A fazenda era enorme e vários quartos ocupavam o andar superior do casarão. Guerra levou Célia até a porta de seu quarto. Ele beijou a mão da moça, o que causou um arrepio em sua espinha. A tia de Laura não tinha mais esperanças em ter um romance e conhecer o amigo do marido da sobrinha, fez com que essa chama reacendesse dentro dela.
Guerra: Então... Até logo minha cara! Bom descanso!
A moça ruborizou. Colocou a mão da frente de seus lábios e deu uma risadinha sem graça. Ela só conseguiu falar.
Celinha: Até Carlos...
Quando Celia entrou em seu quarto, Guerra foi em direção ao aposento que seria seu e sorriu antes de fechar a porta. Celinha, por sua vez, beijou a palma da mão e pensou alto.
Celinha: Qual será o sabor dos lábios dele?... Preciso descobrir!
Enquanto isso, não muito longe dali, Raul entrava em casa. Ele estava visivelmente abalado com os últimos acontecimentos. Encontrar Ana na rua, a forma com que ela o repeliu, isso o estava irritando. Os pensamentos dele foram interrompidos por uma voz feminina.
Joana: Dr. Raul, já chegou?
Ele falou meio contrariado.
Raul: Sim, Joana... Não está me vendo aqui? Então.... De certo já cheguei!
A velha senhora ficou constrangida com a forma com que foi tratada. Ela abaixou a cabeça envergonhada e falou de maneira quase inaudível.
Joana: Desculpe Dr...
Ele perguntou de pronto.
Raul: E a menina? Onde está?
A empregada da casa ficou com medo de responder, mas precisava dizer alguma coisa, senão a situação ficaria pior ainda para ela.
Joana: Ela foi... até a pracinha com a babá!
O homem virou-se para a mulher e seu semblante estava bastante carregado. O tom de voz era duro.
Raul: Joana... Quantas vezes eu preciso repetir?... Eu não quero esta menina andando pelas ruas desta cidade sem a minha presença!
A senhora abaixou mais uma vez a cabeça e disse.
Joana: Dr. Raul me perdoe!... Mas é que hoje é sábado, a menina não tem coleguinhas... Então pensei...
Raul: Estou perdendo toda a minha paciência! Desde quando eu lhe dou o direito de pensar dentro da minha casa? Você é minha criada e é paga, e muito bem paga, para trabalhar, cuidar da casa e não para pensar! Vou me retirar aos meus aposentos e quero minha filha dentro de casa agora! Corre, vai até a pracinha busca-la logo, mulher!
O homem saiu da sala, contrariado. Lágrimas escorriam dos olhos de Joana. Ela era uma mulher de meia idade, com seus bem vividos 50 e poucos anos. Trabalhava na casa deste homem há muitos anos e só continuava lá porque prometera a mãe dele que continuaria lá e cuidaria de seu filho. A mãe de Raul era uma mulher muito doce, totalmente diferente de seu filho. Carolina teve muita dificuldade para engravidar. Era casada há quase 10 anos e tinha uma grande frustração por não ser mãe. Quando suas esperanças estavam no limite, um milagre aconteceu. Ela engravidou e deu à luz Raul. Um bebê robusto, grandalhão. Pelo fato de ter demorado muito a ser mãe, Carolina mimou muito o menino e tudo o que ele queria, era dado em suas mãos. Quando cresceu, Raul se tornou um adolescente problemático. Bon vivant, gostava de exibir suas conquistas como um troféu. Joana via aquilo e ficava penalizada. Com certeza, não era esse o sonho de Carolina para a vida do filho! A mãe de Raul sofrera um enfarto e morreu com pouco mais de 40 anos.
Raul já em seu quarto se aproximou da mesa de cabeceira e num rompante, com uma das mãos, jogou tudo o que estava em cima da mesinha ao chão. Joana ouviu o barulho, mas preferiu cumprir a ordem dada minutos atrás e foi ao encontro das duas.
No quarto de Laura e Edgar, o advogado sentou-se na cama e puxou Laura, de modo que a moça sentasse em seu colo. Ela sentou-se, mas estava com o pensamento longe. Ele beijou seu pescoço, ao que ela despertou. Ele disse.
Edgar: Laura, meu amor, não precisa ficar assim! Vai tudo acabar bem, você vai ver!
Ele pegou o rosto da moça em suas mãos e beijou suavemente seus lábios.
Ela respondeu com um semblante preocupado.
Laura: Será mesmo, meu amor! Tenho tanto medo de perder esse emprego!
Ele sorri, acaricia o queixo da moça, e diz.
Edgar: Ei... Mas essa não é a Laura que eu conheço!
Ele começa a imitar o jeito dela o que faz com que o semblante antes carregado agora ganhe um sorriso encantador.
Edgar: Destemida... Que sobe o Morro da Providência sozinha...
Ela se lembra do dia em que foi atrás da amiga, Isabel, depois que D. Constância resolveu aprontar das suas e praticamente expulsou a amiga que estava hospedada em sua casa.
Laura: Edgar... Só você mesmo!
Ela o beijou com ternura!
Laura: ... Mas estou falando sério...
Ele pega em suas mãos e as beija.
Edgar: Eu também estou falando sério, meu amor! Vai ficar tudo bem! Vai dar tudo certo e você vai continuar lecionando.
Ela sorri, abaixa a cabeça e fala tentando sugar cada palavra.
Laura: Ai... Viva o seu otimismo! É que eu não posso deixar aquelas crianças, elas precisam de mim...
Ela fala de um modo que Edgar fica totalmente apaixonado. Ele sorri e fala de um jeito maroto, enquanto beija, repetidas vezes, o pescoço da mulher, o que causa arrepios.
Edgar: Humm não faz isso comigo não meu amor... Quem precisa muito, muito de você agora sou eu...
Ela sorri e percebendo as intenções do rapaz, entra na brincadeira.
Laura: Precisa é? E posso saber para que, Dr. Advogado?
O rapaz sussurra alguma coisa no ouvido da moça e ela solta a gargalhada que lhe é característica e que faz o rapaz se derreter completamente. Ele pega a mulher com cuidado pela cintura, devido ao seu estado, e coloca a moça na cama. Ele começa a acariciar todo o corpo da mulher, desfazendo-se dos laços e botões do vestido dela. Ela também o ajuda a despir-se e quando ambos estão sem roupa, começa um jogo de carícias e beijos apaixonados. Eles se amam e depois de algum tempo abraçados, acabam por adormecer.
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E então, gostaram? Quem será esse Raul, hein? Por que ele entrou na história? Só acompanhando para saber!!! Valeu aos que acompanham!
P:S Muito obrigada aos leitores anônimos também que estão acompanhando a história.
Beijão.