Depois de alguns segundos ele interrompe o silêncio com uma... risada? Ele estava zombando de mim? É isso mesmo?

-Ora, mas por que você esta rindo? –Falo em um tom um pouco mais alto

-Olha garotinha, não é hora para brincadeiras, sorte sua que estou de bom humor hoje.

-Quem disse que estou brincando?

-...

-...?

-Tá, mas o que você esta fazendo sozinha nesses corredores movimentados?

-Ér... eu esqueci a muleta que eu uso pra me movimentar na sala da direção.

-Como você consegue esquecer uma coisa dessa?

-Vai me dá sermão ou me ajudar?

-Ok ok. Eu te levo até à sala da velha, mas não vai se acostumando não.

-Oh! Esta bem, sr. Gentleman

Fiquei esperando, será que ele ainda estava ali?

-Ei! –Ele me chamou. –Você não vem? -Completou

-Onde você está?

Só senti ele pegar nas minhas mãos e me levar com delicadeza (lê-se: pegou nas mãos e arrancou o braço)

-Está entregue.

Ouvi passos, ele devia estar indo embora.

-Ei! –O Chamei. –Posso saber o nome do gentleman?

-Castiel.

-Obrigada, Castiel.

Ele não respondeu.

Bati na porta. Até que alguém a abriu.

-O Que deseja? Ah! Angelina. –Era a voz de Nathaniel.

-Oi. Ér, eu acabei esquecendo minha mochila aqui.

-Eu percebi. Havia ficado preocupado. Aliás, como conseguiu chegar aqui?

-Um garoto me ajudou.

-Um garoto é? Poderia saber quem seria? –Ele não parecia ter gostado

-An... Ah sim! O Nome dele é Castiel, sei apenas isso.

-Castiel?

-Sim. Conhece?

-Conheço. Tem certeza que o garoto que TE AJUDOU se chamava Castiel?

-Tenho sim. Algum problema?

-Não não... só é estranho porque el... deixe pra lá!

-Uh, ok.

-Venha comigo. Irei te levar até sua sala de aula.

Eu já estava com a muleta. Nathaniel me acompanhou até a sala de aula. Ele foi embora e eu entrei.

-Ah! Você deve ser a senhorita Helfer. A Nova aluna.

-S-Sim.

-Precisa de ajuda?

-NÃO! Digo, não.

-T-Tudo bem. Classe, essa é a nova aluna Angelina Helfer. Ela é deficiente visual, porém muito inteligente. Por isso sem gracinhas, ouviram?

-Sim –Os alunos responderam em uníssono

Ele me acompanhou até a classe. Número 6, já havia decorado.

-Senhorita Helfer, as carteiras aqui são em pares. O Aluno que senta com Lysandre não veio hoje, de novo. Então você pode sentar com ele hoje. Tudo Bem?

-Sim.

Eu ia sentar mas alguém pegou em minha mão e a beijou. Deveria ter ficado bem vermelha nessa hora.

-Será um prazer ser seu parceiro de estudos hoje, senhorita. –Ele tinha a voz calma, serena e.. sexy. Oh god!

-I-Igualmente.

Passaram-se horas, as aulas eram até legais. Lysandre sempre tentava me ajudar nas matérias, mas era sempre eu que acabava o ajudando. Durante a aula conheci várias pessoas legais. Rosalya, Íris, Violette, Kim e Melody. Melody não parecia ter gostado muito de mim, e fazia várias perguntas sobre mim e Nathaniel. Estranho.

Hoje sairíamos mais cedo, por isso não teve intervalo. Bateu o sinal, nós já poderíamos ir para a casa.

-Você vai para a casa sozinha? –Perguntou Lysandre

-Não. Vou com Nath.

-Quer que eu te leve até o grêmio estudantil?

-Não quero te incomodar..

-Nada disso. Gosto da sua companhia.

-E-Esta bem.

Ele me deixou no grêmio. E Me despedi dele.

-Nathaniel?

-Angel! Eu to cheio de coisas pra fazer aqui. Tem problema nós chegarmos um pouco mais tarde em casa?

-Não da pra eu ir sozinha?

-Você sabe o caminho?

-Sim, é só ir para a esquerda direto e quando chegar em um muro, dobra para direita e pronto.

-Tem certeza que consegue?

-Claro que sim.

-Não sei, acho melhor não.

-Por favor!

-...ta. Mas tome cuidado! Qualquer coisa grite e chute tudo pela frente. –Ri

-Ok ok.

-Aqui estão as chaves.

-Obrigada, tchau!

Os corredores já estavam vazios. Eu já havia decorado o caminho da saída e de algumas salas. Até aí ocorreu tudo bem.

Estava fazendo o caminho normal para a casa, na hora de atravessar não ouvi o som de nenhum carro ou moto. Então caminhei tranquilamente quando já estava na metade deixei a mochila cair um pouco pra trás e tive que voltar. Quando segurei ela, ouvi o som de uma moto se aproximando. Tentei correr mas acabei caindo, ela ia se aproximando mais e mais, até que alguém me segurou e me empurrou para a calçada.

-Você quer morrer é? –Era Castiel.