Do You Remember? escrita por Nay Aquino


Capítulo 3
Ily


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho dessa vez, mas aí está!
Espero que gostem.
Até lá embaixo, comentem.



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Rachel ficou perdida em pensamentos durante a tarde toda. Quinn acabara ficando curiosa, mas decidiu não perguntar nada. No começo da noite, a morena ajudava a loira a arrumar uma pequena bagagem para os três dias que passariam fora. Continha roupas, roupa de banho, cobertor e até mesmo algumas frutas e comidas leves. Após terminarem, a morena decidiu ir para casa para arrumar as suas e assim descansar um pouco:

“Preciso ir agora, amanhã chegue cedo está bem?” – pronunciara pegando sua bolsa e dirigindo-se até a porta.

“Você está bem, Rachel?” – Quinn perguntara preocupada após perceber que a morena estava mais calada que o normal.

“Estou sim! Só estou um pouco cansada” – respondera a morena abrindo a porta. Rachel não encara o par de olhos verdes da loira e seguia até o lado de fora. Estava reprimida, queria apenas sua cama. Não se despediu direito de Quinn e sentiu-se mal:

“Amanhã te espero, Quinnie!” – gritara enquanto caminhava pela a noite escura. Não morava tão longe da casa de Quinn, eram apenas quatro quarteirões de distância.

Rachel virou-se para seguir com sua caminhada para casa e sentiu uma mão no seu ombro. Parou com o gesto e virou-se para ver quem era. Sorriu ao perceber que era apenas Quinn.

“Eu não deixarei você ir caminhando sozinha até sua casa” – falara a loira enquanto se colocava ao lado direito da morena.

“Não precisa fazer isso” – pronunciara a morena olhando para baixo.

“Eu quero fazer isso, está ficando tarde para você caminhar por aí sozinha” – Quinn buscava os olhos castanhos enquanto falava, mas não teve sucesso.

“Então tudo bem” – Rachel foi seca nas palavras e seguiu caminhando olhando para o chão. Não queria encarar Quinn. Não sabia como encarar.

Quinn apenas seguiu ao seu lado. Sem dizer nada. Ficou sem entender a mudança de comportamento da Rachel, após elas cantarem a morena ficara mais fechada e conversava pouco com ela. Após vinte minutos, chegaram à residência dos Berry:

“É aqui que te deixo, Rach. Até amanhã” – dissera enquanto olhava para a morena.

“Obrigada, até amanhã” – Rachel com frieza respondera a gentileza de Quinn e apenas entrou para sua casa.

Quinn voltava para casa pensando nos próximos dias. Tentou ignorar como Rachel a havia tratado, imaginou que era o cansaço. De repente imaginou a morena dormindo ao seu lado,

Ela deve ser linda dormindo...

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O que está acontecendo comigo? Por que de uma hora outra estar perto dela é tudo o que eu quero? O que está havendo? Por que quando ela estava cantando e tocando o piano eu ficava a fitando e via o quão ela é linda? E ela é realmente muito linda. Não sei por que demorei tanto para perceber que ela é linda cantando e tocando. Sempre soube que ela era linda. Dizia isso a ela. Quando eu estava com Finn sempre tinha medo que ele voltasse para ela porque ela tem o dom de deixar todos malucos com aqueles olhos verdes, aquele sorriso e aquela voz meio rouca e sexy. Sexy? O que eu estou falando? Está tudo confuso, querida folha de papel. Acho que irei enlouquecer.

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Após desabafar para uma folha de papel que se encontrava em cima da mesa de cabeceira. Rachel pegou o seu celular colocou uma música e foi arrumar as suas coisas para o acampamento. Quando terminou, deitou em sua cama e seus pensamentos foram guiados para o memento em que Quinn fazia o solo de piano. O sorriso que ela tinha em sua face. Pegou o celular na cabeceira, procurou o número da loira e iniciou uma conversa:

“Você chegou bem em casa? Ainda está acordada?

“Sim cheguei, não consigo dormir e você?”

“Também não consigo”

“O que você tem, Rachel? Estava muito estranha durante o caminho todo para a sua casa”

“Eu só estava cansada. Perdoe-me”

“Claro que perdoo. Por que não consegue dormir?”

“Muita coisa na cabeça, Quinnie, e você?”

“Pensamentos, Rach. Pensamentos”

“Bons?”

“Ótimos”

“Deve ser sobre aquela pessoa então”

“Sim, é sobre aquela pessoa”

“Espero que vocês fiquem juntos”

“Esperarei por isso por um longo tempo se for possível”

“Realmente você o ama para dizer isso. Quinn, vamos tentar dormir?”

“É amor mesmo, percebo isso a cada dia. Sim, vamos tentar”.

“Ouvi Kiss me do Ed Sheeran e acho que ficaria linda na sua voz. Sei lá, imaginei isso”.

“Sério? Mas você cantando, com toda certeza, ficaria melhor.”

“Não, Quinn. Ela tem o seu tom e sua voz rouca a deixaria ainda mais apaixonante. Até daqui a algumas horas. Dorme bem. Obrigada por ser minha protetora no caminho de volta para casa”.

“Até. Dorme bem também. Não precisa agradecer.”

Ao enviar a última mensagem, Rachel fechou os olhos e esperou o sono chegar. Quinn, ainda tentava imaginar porque Rachel dissera sobre a música ficar mais apaixonante com a sua voz. Relia a mensagem “Não, Quinn. Ela tem o seu tom e sua voz rouca a deixaria ainda mais apaixonante. Até daqui a algumas horas. Dorme bem” e não saía da sua cabeça o fato de Rachel achar a voz dela mais apaixonante. Sorriu. Sorriu ao pensar no dia e ao pensar na morena, então adormeceu.

O despertador tocava exatamente às cinco horas da manhã. Quinn estava com o cabelo curto todo bagunçado e um sorriso estampado no rosto. Levantou-se. Arrumou a cama. E ia cantarolando “Kiss me” até o banheiro. Cantava no chuveiro a música e pensava na morena.

Não muito longe dali, Rachel acordava com seus pensamentos voltados para o sonho que teve. Era um sonho bom, mas muito estranho para ela. Nele Finn e Quinn brigavam por ela e não ela e Quinn brigando por Finn. Isso a deixou mais confusa sobre as coisas. Na tentativa de ignorar tudo, voltou sua concentração em arrumar o que faltava para a viagem e tratou de se arrumar e esperar pela loira.

“Rachel, eu e Brit estamos indo com Finn, Puck e Mercedes no carro da baleia. Esperamos você e os outros no camping. Não demorem a chegar” Santana havia mandado uma mensagem de texto enquanto Rachel estava no banho.

“Irei com Quinn, estou com o mapa e quando chegarmos eu ligo para você” respondeu e desceu para tomar seu café da manhã.

Seis horas davam no relógio quando Quinn tocava a campainha da casa de Rachel. Estava com um vestido bege de alça que batia nos joelhos, uma cesta contendo lanches caso precisassem comer no caminho e uma bolsa contendo roupas. Rachel atendeu a porta após a campainha soar pela segunda vez:

“Bom dia flor do dia” – falara enquanto abrira com um longo sorriso.

“Bom dia, minha flor” – Quinn respondera. “Minha flor? Da onde tirei isso?” se questionava em silêncio, mas sem tirar o sorriso do rosto. Estava feliz em perceber que a morena estava mais Rachel Berry e não uma desconhecida fechada e fria.

“Você quer tomar café?” – perguntara Rachel.

“Não, obrigada Rach, mas já tomei em casa” – respondera a loira.

Rachel usava seus cabelos presos em um coque, vestido azul-marinho e sapatilhas. Deixou Quinn esperando na sala de estar enquanto subia para pegar a barraca, edredons e travesseiros, já que sua bolsa com roupas estava lá embaixo.

“Já podemos ir” – falara para Quinn.

“Vamos colocar essa bagagem toda no carro” – Quinn dissera apontando para o carro.

Colocaram as bolsas e as outras coisas no carro e, por fim, seguiram viagem até o Indian Lake State Park, localizado a pouco mais de 34 km de Lima. Mantiveram-se em silêncio durante uns dez minutos. O que era estranho. Até que Rachel quebrara o silêncio:

“Você dormiu bem, Quinn?” – perguntara.

“Dormi, maravilhosamente, bem!” – respondera a loira com um sorriso meigo, daqueles que não mostravam os dentes.

“Nossa! Quinn!” – exclamara a morena.

“O que foi?” – questionara a loira espantada.

“Você toda apaixonada é tão...” – respondera Rachel com gestos nas mãos.

“Tão...?” – a loira esperara que completasse.

“Tão gay” – Rachel finalmente falou e riu.

Quinn soltou um riso baixo e olhou para Rachel enquanto o semáforo estava vermelho. Não falou nada. Afinal, não queria que a morena começasse a questionar sobre o “menino” por quem ela estava apaixonada. Pois Rachel pensava mesmo que era um menino. Então colocou para tocar uma música. Rachel a fitou porque não acreditara que ela ia cantar aquela música. Então Quinn começou a cantar:

Settle down with me… Cover me up, cuddle me in (Rachel a observara).

Lie down with me, yeah and hold me in your arms (Ficava mais difícil para a morena tirar os olhos de Quinn, tudo que ela queria era abraçá-la).

And your heart’s against my chest, your lips pressed to my neck (“Como eu disse, Quinn cantando essa música a deixou mais apaixonante” pensava).

I’m falling for you eyes but they don’t know me yet and with a feeling i’ll forget, i’m in love now (Rachel procurara os olhos verdes de Quinn e achou-os fitando os seus).

Kiss me like you wanna be loved, you wanna be loved, you wanna be loved (Os olhos verdes fitando os seus, um vago sorriso deixado entre a pronúncia da última palavra e o carro seguindo o rumo).

This feels like falling in Love, falling love, we’re falling in love (Rachel ainda encarava a face calma de Quinn, não tinha vista mais dos olhos que agora visava a estrada, mas do sorriso que ainda habitava a boca da loira. Ela estava tão desnorteada. Um efeito desconhecido tomara de conta do seu corpo, em sua barriga haviam “coisas”).

Settle down with me and i’ll be your safety, you’ll be my lady… (“Preciso que ela pare. Não sei o que é isso, mas estou sentindo algo. Preciso que ela pare” pensava).

“O que você está fazendo?” – questionara Quinn sobre a atitude da morena.

“Trocando de música, não te aguento mais apaixonadinha e cantando essas músicas românticas” – respondera mentindo. Não era essa a razão pela qual trocara de música. Era porque ela não aguentava mais aquelas “coisas” em seu estômago. Mas ao pensar no que havia dito sobre Quinn estar apaixonadinha por alguém, sentiu seu coração doer. Não sabia o porquê, mas ele se apertou. Então ela encostou a cabeça no banco e olhou pela janela. Pensava.

“Rachel?” – chamara Quinn.

“Diga” – a morena foi fria e seca.

“Eu te amo” – Quinn falara baixo. Foi quase um sussurro.

“O que?” – Rachel ouvira, mas quis ter certeza.

“O que está olhando? Eu perguntei” – a loira havia se arrependido de ter falado que a amava. Então torceu para que a morena não tivesse ouvido.

“Eu acho que também te amo, Quinn. Você tem sido uma ótima amiga.” – falara a morena, mas ainda observando pela janela.

“Você também tem sido uma ótima amiga” – Quinn dissera surpresa pelo fato da morena ter escutado o “eu te amo” e desapontada por ter ouvido sobre a amizade. Mas ela não poderia cobrar nada. Seriam sempre amigas e se Rachel descobrisse sobre seu amor, nunca poderia amá-la de outra forma a não ser como amiga. Pensar nisso era uma tortura para a loira.

Tenho passado horas pensando em ti, sonhado contigo, o que será isso? Ao olhar para a loira. Sem puder dizer em voz alta. Questionava-se em pensamentos sobre essa confusão.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Por favor, comentem!
Até o próximo!



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