Híbrido escrita por Musa, Moon and Stars


Capítulo 51
Rescue


Notas iniciais do capítulo

Gente, aí está o capítulo. Espero que gostem, ele foi bem caprichado. Perseguição, luta, cenas hot... hmmm. Mas agora sério, falando em cenas quentes, preciso falar sobre isso a pedido da Musa. Mas antes, vou deixar vocês lerem o capítulo. Nos vemos lá em baixo ;)



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Isaac estava em pé virado para a grande parede de vidro com vista panorâmica para a cidade de Dallas. Vestia roupas sociais como da última vez e estava ocupado ao celular. A secretária abriu a porta nos dando passagem, deu um olhar sugestivo para Jared, que a correspondeu, canalha.

"Você é um cretino" falei para Jared. Ele sorriu e deu de ombros. Sentei-me na confortável poltrona em frente à mesa, enquanto Jared atacava os biscoitos que estavam próximos ao café. Enfim Isaac terminara sua chamada, se virando para nós sorrindo.

"Katherine" falou vindo em minha direção. Levantei-me para cumprimentá-lo.

"Katherine, o que a faz dar o ar de sua graça por aqui?" Perguntou sentando-se a minha frente.

"Isaac, estou procurando esclarecimento para algumas coisas, mas não sei por onde começar." Falei e lhe expliquei sobre tudo o que eu desconfiava.

"Harahel e eu ao longo do tempo fizemos muitos contatos, acho que posso consultá-los e te ajudar a achar algumas respostas, mas você já começou bem. Procure informações sobre essa tal Lara e sobre a mulher que esta no acidente. Acho que isso se consegue na internet, ou pelo menos pode tentar usar seu namorado para saber. Pergunte a ele."

"Vou tentar." falei já imaginando mil perguntas para Raymond e sua cara confusa com todas elas. "Isaac," eu chamei. "Você acha que seja possível que minha mãe esteja viva?"

"Vamos ver Kate..." ele disse em tom de sinceridade. "Talvez seja tudo só uma estranha coincidência."

"Talvez... Não gosto dessa palavra." Murmurei. Despedi-me de Isaac e fui arrancar Jared das garras da secretária com cara de piranha. Como Isaac foi contratar alguém assim?

"Odeio quando você estraga meus prazeres." murmurou Jared enquanto entrávamos no elevador.

"Mas você gosta quando eu os dou a você." Afirmei sem olhar pra ele, mas pude vê-lo sorrir.

"Por falar nisso,” ele disse "Temos que terminar nossa brincadeira." Eu ainda não o olhava, mas pude sentir seu olhar sobre mim, um olhar maldoso.

"Não. Nossa brincadeira já acabou Jared. Sinto lhe informar, mas já comecei algo do tipo com Raymond." Fui tacada contra a parede de metal e encurralada ali entre ela e o corpo de Jared. Seus olhos estavam fitos nos meus.

"Você está brincando com fogo, bruxinha." Sibilou entre dentes.

"Talvez eu queira me queimar um pouco."

Um sorriso cafajeste nasceu em seus lábios.

"Quando foi que ficou tão insolente?" Perguntou.

"Quando eu beijei um idiota." Inclinei-me para roçar nossos lábios, ralei meus dentes em sua mandíbula até sua orelha. Olhei para o painel de andares, ainda estávamos no terceiro.

"Acho que vou entrar nessa onda de ser má. E sobre o fogo..." abaixei minha voz sensualmente "sei que é um perigo, e descobri que isso me excita." Lambi a lateral de seu rosto no exato momento em que a porta abriu no primeiro andar.

O empurrei. Ele me olhava sugestivo e com um meio sorriso em seus lábios. Procurei caminhar da maneira mais segura o possível. Fui puxada e virada pela cintura dando de cara com Jared, ele se aproximou de minha orelha, senti sua respiração quente.

"Satisfação, perigo... Prazer vem depois." sussurrou e a mordiscou fazendo todos os pelos do meu corpo se eriçar, se afastou e continuou caminhando. Parecia um modelo numa passarela, mas havia algo a mais que postura, havia segurança, e isso fazia com que qualquer mulher que passasse, fosse a top model mais desejada, o olharia e o desejaria, por saber que Jared só estaria ao alcance de quem ele quisesse que o alcançasse. Corri para acompanhá-lo até aonde havíamos deixado o carro, mas passamos direto, e paramos num restaurante de comida árabe ali perto. Ele como sempre se empanturrou até se dar por satisfeito, e ficou me encarando enquanto eu comia minha esfirra.

"O que foi?" Perguntei.

"O dia das bruxas está chegando... O que quer ganhar de presente?" Perguntou me encarando, soltei minha esfirra e ri.

"Mais idiota impossível." Falei.

"Falo sério Katherine." Franziu o cenho pra mim. "Você prefere um vidro com cuspe de dragão ou um pote com cera de ouvido de gnomo?" Ele falava sério o que me dava mais vontade de rir. Bateu na mesa de repente, dando-me um susto. "Já sei! Vou te dar uma fantasia erótica de bruxa sexy!" exclamou vitorioso.

"Oh Luna, e o que eu faria com isso?"

"Um striptease para mim, oras. O que mais seria?" Ele disse. Ri com sarcasmo.

"Claro, claro. Aí eu sussurraria pra você: ‘gostosura ou travessuras?’"

"Boa Kate," ele riu. "Estamos começando a nos entender. Mas vou lhe avisando que sou um menino mau e vou querer uma travessura bem gostosa." Deu uma piscadela.

Revirei os olhos, mas me imaginei fazendo tudo aquilo que havíamos acabado de falar, talvez não fosse uma má ideia. Mas que droga eu estava pensando? Bufei irritada comigo mesma, e olhei a minha volta tentando não pensar nas coisas quais eu estava pensando até meus olhos esbarraram num de um cara que me observava atentamente do lado de fora. Vestia uma blusa quadriculada fechada até o pescoço. Era alto, mas magrela, os cabelos loiros raspados, um rosto quadrado e uma cicatriz no queixo, usava um óculos de geek. Aquele cara não me era estranho. Cutuquei Jared ainda encarando o cara do lado de fora, virei-me para Jared que arqueava uma sobrancelha.

"Olhe discretamente para a janela, tem um cara nos encarando." Falei. Ele virou o rosto com tudo, fazendo exatamente o oposto do que eu mandei ele fazer e encarou a janela por um tempo.

"Não tem ninguém Kate." Falou. Olhei e realmente, o cara não estava mais lá. Talvez fosse um cara qualquer, talvez estivesse apenas vendo o cardápio ou até mesmo encarando outra pessoa. De novo esse talvez. Essa palavra já estava me irritando. Jared pagou a conta então saímos do restaurante, olhei ambas as direções, nenhum sinal do cara, mas sentia-me sendo vigiada. Coloquei-me ao lado de Jared, e procurei fazer algo que eu vira num filme uma vez. Eu estava num lugar aonde havia muitas janelas, carros com reflexos, tudo á minha volta funcionava como um espelho. Procurei alguém agindo de maneira suspeita, com certa discrição e cautela, e depois de muito procurar achei. O cara da janela do restaurante árabe estava a uns 10 metros atrás de nós, seus olhos focados em Jared. O virei de surpresa e dei-lhe um rápido beijo, tentei agir como uma namorada normal acariciando o namorado normal. Passei a mão por seus cabelos e me inclinei nas pontas dos pés para falar algo em sua orelha.

"Estamos sendo seguidos." Sussurrei e o olhei. Ele sorriu e se inclinou como se fosse me beijar.

"Aonde?" Murmurou em meus lábios e continuou me beijando. Parei os beijos descendo por seu pescoço e indo até sua orelha a qual mordisquei.

"Cara loiro, jeito geek, agora a uns..." dei uma olhada de canto. "5 metros da gente." Jared me beijou deu-me um cheiro no pescoço. Pegou-me pelo braço me fazendo andar de novo. Passou seu braço por meu pescoço, nos aproximando.

"É aquele cara que eu apontei naquele dia, no site dos mortos. Ele me segue e não é de hoje." murmurou em meu ouvido e mordeu meu pescoço arrepiando-me.

"O que vamos fazer?" Perguntei.

"Encurralá-lo e ver o que quer." Jared sussurrou um plano e depois me afastei dele entrando em uma loja, procurando agir normalmente. Vi por cima do ombro que o cara seguiu seu caminho, e do outro lado da rua, três caras do mesmo biótipo, fortes, se juntaram a ele. Saí da loja normalmente e os segui. Já era quase noite, as luzes dos postes já haviam sido acesas, carros passavam colorindo a rua com seus faróis. Jared se escorou no carro e avaliou tudo a sua volta enquanto retirava um maço de cigarro do bolso e o ascendia. Os caras o rodearam, ele riu e falou alguma coisa, recebeu um golpe na barriga, então algo caiu de sua mão e ele chutou para de baixo do carro. Foi levado pelos, agora cinco, homens estranhos. Esperei se afastarem para me aproximar do carro, me agachei procurado o que Jared havia deixado cair, as chaves do carro, na hora entendi por que. Entrei no carro e procurei as bolsas presas em baixo do banco, peguei as armas, e as adagas principalmente. Coloquei algumas dentro de minha bolsa e saí.

Saí do carro, mas não avistei nenhuma cabeleira branca, até que ouvi algo batendo e um grito, logo o encontrei novamente. Levou um soco na cara e foi chutado para dentro de uma van. Merda! Entrei no carro e o liguei, eu não sabia dirigir mas tinha uma ideia. Dei ré batendo e ralando em todos os carros a minha volta, a van arrancou e fiz o mesmo com o carro, tentando me manter distante. Agradeci a Jared por gostar de modelos com marcha automática. Enfim saímos de Dallas, rezei a Luna para que a polícia não aparecesse. A medida que íamos nos afastando, o lugar ia ficando mais isolado, com menos carros. Houve uma parte que tive que parar o carro desligando os faróis e os deixei se afastar, logo voltei a segui-los. Uma estrada de terra toda escura, a única iluminação que ainda fazia com que eu os enxergasse era os faróis do carro deles. Enfim pararam em frente a uma velha


Pararam em frente a um antigo depósito de uma fazenda bem mais a frente. "Estacionei" o carro onde ninguém pudesse vê-lo, vesti um casaco preto de capuz do Jared, que me engolia. Preparei duas armas com silenciadores que eu havia encontrado, e coloquei algumas munições na cintura e no sutiã. Observei a entrada à distância, havia dois caras parados na frente do grande portão de madeira com as bordas de ferro. O depósito era em alto, com poucas janelas. Tentei ver as laterais, mas também pareciam ter nada além de uma grande janela lá fechada com tapumes, teria que quebrá-los, mas antes escalar, procurar um jeito de subir, antes disso tudo, teria que passar pelos dois caras. Teria que atirar neles, cabeça e coração sempre os paralisava, se o tiro fosse bom, os mataria. Peguei a pistola e procurei fazer como nos filmes e jogos do Wii. Mirei fechando um olho para que meu ponto de vista, a ponta da arma e o cara da esquerda, ficassem alinhados no mesmo foco. Apoiei minha mão direita na mão esquerda para melhor estabilidade. Respirei fundo, se eu errasse eles viriam atrás de mim, eu não conseguiria salvar Jared. Eu já havia matado muitos zumbis nós jogos, tiros certeiros, não deveria ser tão difícil ou diferente fazer aquilo no real.

Apertei o gatilho e acertei bem no meio do peito do cara da esquerda, o da direita o olhou caído no chão e sacou uma arma, começou a vir na direção onde eu estava, não podia ficar nervosa agora, respirei fundo e atirei em sua cabeça. A adrenalina e o orgulho pulsaram em mim. Esperei um pouco, ninguém havia saído. Caminhei com cautela em volta do grande depósito, e vi que a parte de trás estava aberta, deixando á mostra grande, antigos e enferrujados moedores e outras coisas qual não sabia que eram. Entrei tentando não fazer barulho, o lugar empoeirado atiçou minha alergia e minha respiração começara a ficar difícil. Á medida que eu adentrava, começava á ouvir murmúrios, vozes.

"O que vocês estão esperando para me matar?" Perguntou Jared alto, mas ainda sim calmo. O procurei pela voz, não estavam no andar de baixo, avistei uma escada de ferro velho, de baixo pude avistar um buraco no teto, e Jared numa cadeira bem na ponta, o pescoço enrolado em uma corrente grossa de ferro, as mãos presas atrás das costas. Quatro caras estavam á sua volta, todos altos como Jared e torneados, não musculosos, principalmente o geek.

"Eles já vão chegar." Falou o loiro geek.

"Pressa para morrer Tomás?"

"Não mesmo, até porque não vou." Falou debochado.

"Mas me diz, quem são os outros convidados?"

"Arcanjos." Falou.

"Ué, não se garante para me matar? Creio que sim, porque seus braços mal servem para serem arrancados e serem feitos de remo, você é fraco." Falou. O geek ficou aparentemente com raiva e empurrou a cadeira de Jared para a borda, inclinando-o para trás, quase caindo.

"Sou um neplhim, tenho muito mais força que você." Rosnou.

"Sei... Também vai querer me convencer que tem mais estilo? Sai dessa, cara." Ele inclinou mais um pouco a cadeira de Jared. Tentei atirar dali de baixo, mas minha visão estava turva devido a água dos meus olhos, acabei errando.

"Quem está ai?" Perguntou o geek. Não respondi, ouvi passos nas escadas. Deixei enfim meu espirro sair, e corri para me esconder. Estava tudo muito escuro ali, subi em cima de algo que não consegui identificar e esperei. Visualizei três corpos, todos olhando tudo a sua volta. Mirei em um para atirar, mas quando apertei o gatilho, no mesmo instante, espirrei, o tiro foi errado, o careca correu em minha direção. Dei um grito por susto, ou pelo fato de estar me segurando há tanto tempo para fazer aquilo, corri. Fui chutada nas costas e escorreguei no chão, tentei me levantar de novo, mas fui chutada nas costelas sendo jogada de lado. A arma escorregou para longe, eu odiava quando isso acontecia nos filmes, odiei ainda mais quando acontecera comigo.

Fui pega pelo o cabelo e levantada.

"Olha só, que bonita ela é." Falou o cara que me agarrara, o careca vinha andando na minha frente.

"Bonita mesmo, mas deve ser mais ainda sem roupa." Falou o careca.

"Não ouse." Falei com raiva. Um terceiro com cabelo preto até os ombros chegou dando um sorriso malicioso. Aproximou-se acariciando meu rosto, o chutei, ele tentou se aproximar de novo, dei-lhe um chute na cara.

"Ela é uma mocinha furiosa..." falou o careca "Espero que seja assim na cama." Riu.

"Se você tocar em mim, eu juro que quando me soltar eu corto a sua mão!" falei. O cara que me agarrara começou a cheira meu pescoço, bati minha cabeça na dele e o chutei entre as pernas, dei-lhe uma cotovelada no abdômen. O careca sacou uma faca e veio em minha direção, dei um golpe de capoeira que havia aprendido a muito tempo atrás e Jared havia me ensinado de novo recentemente, tirei a adaga de sua mão e dei-lhe uma rasteira. Pegaram-me pelo cabelo de novo e alguém mordeu minha orelha, o careca se aproximou abrindo o zíper do casaco do Jared. O chutei, mas agarraram meus pés. Merda! Gritei Jared embora soubesse que ele estava tão preso quanto eu. Não podia entrar em desespero, tinha que pensar em algo, e rápido, se me despissem, iriam me desarmar, minhas adagas estavam na cintura. O cara me prendia pelos braços e pescoço, fingi desmaiar.

"Você a apagou?" Perguntou um. Os braços a minha volta se afrouxaram, e as mãos já não seguravam mais meus tornozelos.

"Acho que sim." Falou o outro.

"Vai, tira a roupa dela." Falou um terceiro e fui deitada no chão livremente.

"Rico vai reclamar, se os anjos chegarem e nos verem fazendo isso, vão nos matar." Falou o primeiro. Tentei me concentrar no calor da pele, respirações ou vozes, qualquer coisa que me ajudasse a identificar a localização de cada um.

"Uma rapidinha cada um não mata ninguém." Falou o terceiro.

"Vai, rasgue a blusa dela." Falou o segundo. Senti a ponta da lâmina em meu decote, descendo e rasgando minha blusa, eu tinha que agir. Agarrei rápido em sua mão, virei a adaga e enfiei em sua garganta, sangue respingou em minha cara, o chutei para cima do careca, que caiu. Saquei a adaga da minha cintura e me joguei pra trás numa cambalhota por cima do cara e enfiei adaga em seu peito girando a lâmina. Fui chutada no chão pelas costas, retirei a adaga do peito de um e rapidamente enfiei no peito do careca. O chutei para longe. Parei um instante para um ataque de espirros, e respirei fundo. Subi as escadas às pressas já preparando minha arma que eu havia recolhido do chão. Jared estava bem na borda, a corrente estava sufocando-o, enfim dando cor ao seu rosto, estava vermelho. O geek estava com o pé na cadeira. Um chute e Jared estaria enforcado.

"Se me matar, ele morre." Falou.

"Ponha a cadeira dele de volta no lugar." Falei.

"Se não...?"

"Eu atiro em você. Sabe que enforcar Jared não vai matá-lo, ou vai?" Perguntei a Jared, já estava bem próxima do geek. Ele sacudiu a cabeça negativamente fazendo um esforço doloroso.

"Viu?" Falei.

"Os arcanjos já vão chegar, a morte dele será inevitável." Falou então senti um cheiro de plástico derretido. Num piscar de olhos Jared chutou o Geek e agarrou a corrente de seu pescoço, ficando pendurado naquele vazio.

"Kate, atira!" gritou. O geek me olhou assustado e na mesma hora acertei-lhe o peito em cheio. Ele caiu, então corri para ajudar Jared.

"O que faço?" Perguntei.

"Solte aquilo ali." Falou. Era onde a corrente estava enrolada, pendurando-o. Tirei o pino e em seguida ouvi um estrondo. Corri para o andar de baixo, Jared estava no chão, todo cheio de poeira. Se levantou batendo as próprias roupas e olhou em volta, avistando os três caras mortos.

"Nossa." Falou.

"O quê?" Perguntei me aproximando

"Eu sou um excelente professor." Falou me encarando passando a mão na garganta que aos poucos ia perdendo os hematomas.

"Eu que sou uma boa aluna. O mérito é meu." Falei .Ele aproximou e pôs o dedo do meu decote rasgado, consequentemente alargado e levantou uma sobrancelha.

"Eles tentaram se aproveitar de mim, o resultado foi a morte deles." Falei. "Fica a dica para você." Pisquei ele riu.

"Não vou tentar Katherine, eu simplesmente vou, você não vai ter escolha." Se aproximou e me encarou Nos inclinamos para nos beijarmos, mas ele olhou em volta e me pegou pelo cotovelo puxando-me para fora dali.

"Onde deixou o carro?" Perguntou. Corri na sua frente e comecei a sentir meu corpo todo dolorido, principalmente na altura das costelas, aonde eu havia sido fortemente chutada. Encontramos o carro, Jared entrou no carona e eu iria dirigir novamente.

"Do que estamos fugindo?" Perguntei.

"Anjos. Acelera Katherine." Dei ré e virei como eu fazia num carrinho bate-bate. Acelerei, logo estávamos numa estrada movimentada de novo. Depois de um tempo chegamos em casa, mas não da de Jenna, a casa escondida no meio da floresta. Estava passando bem por entre as árvores, até que bati em uma de tronco fino, olhei discretamente para Jared que me encarava com raiva. O olhei devagar tentando conter o sorriso.

"Ops." Falei. Jared respirava fundo, abriu a porta do carro e saiu pesadamente. Desci do carro e comecei a me afastar, ele estava olhado o carro, até que soltou um palavrão. Na verdade, vários. Ele me olhou de um jeito perigosamente furioso e meu instinto me mandou correr. Comecei a correr e o ouvia correr atrás de mim. Sentia-me um tanto moleca de repente, um pouco com medo de Jared me pegar, mas comecei a me divertir com aquilo, sentia-me muito bem de novo. Abri a porta da casa inspirando o odor de cigarro e loção masculina, a casa estava bagunçada, roupas largadas pelo sofá, pacotes de biscoito em cima da pia, Jared não era organizado. Fui agarrada pela cintura o que me fez gritar, de dor e susto. Fui jogada no sofá e Jared em cima de mim.

"Você estragou meu carro!" Falou entre os dentes.

"Desculpa, mas eu te salvei. Isso não conta?" Ele me encarou com o cenho franzido, contendo a raiva. Bufou e apoiou a testa na minha.

"Vou te ensinar a dirigir." Murmurou.

"Ok." Falei mexendo-me embaixo dele um pouco desconfortável com seu peso, mas eu ainda o queria ali.

"Jared, por que te chamam de Tomás?" Perguntei. Ele tirou a testa da minha e me encarou em silêncio.

"Um outro nome meu." falou se levantando esaindo de cima de mim. "Vou tomar banho" disse tirando a camisa e a jogou em cima de mim.

Tentei ajeitar a casa, não que eu fosse organizada, mas por que estava muito bagunçado. Ele saiu do banheiro com os cabelos ainda úmidos caindo-lhes sobre os olhos, a bermuda caindo em sua cintura, suas entradinhas bem a mostra, oh Luna, ele era muito gostoso.

"Gostando do que vê?" Perguntou Jared sorrindo e caminhando até mim.

"Talvez." Falei terminando de lavar a louça. Ele fuçou meu pescoço com o nariz.

"Você precisa de um banho." Disse com a voz grave.

"Pode me ajudar com as roupas?" Provoquei-o. Senti seu sorriso em meu pescoço.

"Sempre." Pegou na bainha da minha blusa e começou a subi-la, até tirá-la. Tentou tocar meu seio, mas saquei a adaga que estava em minha cintura, e a coloquei em sua garganta.

"Lembra do que eu disse?" Perguntei. Ele pegou em minha mão, virou meu braço e me colocou contra a parede.

"E você? Lembra do que te ensinei?" Murmurou na minha orelha e tirou a adaga de minha mão. Começou a beijar e morder meu pescoço, ombros e desceu a alça do meu sutiã. Suas mãos deslizaram até a frente do meu short, abrindo o botão. Dei-lhe uma cotovelada na barriga, peguei sua mão entortando-a para trás de seu corpo e o derrubei no chão, ele sorria.

"Sim, eu lembro do que me ensinou." Mordisquei sua orelha e sai de cima dele indo em direção ao banheiro. Tomei uma boa ducha enquanto repassava tudo o que eu havia presenciado naquele dia. Uma briga de garotos, uma perseguição e uma luta com pessoas sobrenaturais. É, minha vida nunca mais voltaria a ser a mesma.


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Notas finais do capítulo

Então. A Musa já está arquitetando algumas coisas futuras pra fic e uma dessas coisas são cenas BEM quentes. Ela quer saber o que vocês acham disso, quais são os limites de vocês quanto à nudez, cenas fortes, etc. Ela pede permissão pra tomar liberdades e quer saber se vocês são a favor ou contra. Então não esqueçam de deixar seus reviews respondendo essa questão. É muito importante, ok? Beijared pra todos ;* ~Monique