As meninas saíram de lá arrasadas e foram para a casa da Ju. Chegando lá ela decidiu fazer um brigadeiro para se acalmarem e poderem conversar. Ju estava na cozinha e Lia e Fatinha estavam no quarto da amiga. Quando Lia falou:

- Ai amiga! Essa não era para hoje! Estava tudo tão lindo nós seis ali sentados conversando. Ai! Como se fossemos namorados. Sem aquela perturbação toda, mas sim com alegria e um monte de sentimentos juntos que estavam deixando ambiente muito bom.

- Verdade... Eu e o Brunito estávamos tão bem! Ele estava tão carinhoso. Nós percebemos que por mais que a gente pense diferente, pensamos igualzinho quando a questão é gostar de alguém, querer bem, está apaixonados. Ai que ódio! Falou Fat com uma carinha tristinha.

- Mas, temos que fazer mesmo... Não podemos deixar tudo se perder assim! Falou Lia.

- E nós vamos fazer! Falou Ju entrando no quarto com a vasilha de brigadeiro na mão.

­- Então para começarmos vamos logo admitindo os sentimentos que temos em relação aos meninos. Ok? Continuou falando Ju.

- Certo. Responderam em coro.

- Tá então você começa Ju... Já que foi você que deu a idéia. Falou Lia com uma cara assustada e ao mesmo tempo aliviada.

- Pois, quem tá na chuva é para se molhar com diria Clarice Lispector. Falou Fatinha arrancando risadas das meninas.

- Só você viu amiga, mas tudo bem! Eu que falei vamos lá... Nessa hora Ju suspirou e comeu um pouco do brigadeiro e fez uma pausa e começou a falar. – Sim! Eu sempre gostei do Gil, ele foi o menino que eu beijei primeiro, o qual eu acho mais bonito, o que eu tenho mais coisas em comum e ao mesmo tempo contraditórias. Mas, é ele que faz meu corpo tremer, meu coração disparar, minhas mãos suarem frio. Eu acho que eu o amo. Falou ela suspirando.

­- Você acha? Responderam em coro e dando risada.

- Fiquem rindo... Tá eu tenho certeza EU O AMO, mas podem ir falando suas gracinhas. Falou Ju.

- Tudo bem! Eu falo agora. Quando teve aquela brincadeira de verdade ou conseqüência eu não queria beijar o Vitor. Ela fez uma pausa e as meninas a olharam- porque eu já sentia algo diferente dele e estava com medo de gostar de alguém e a pessoa fizesse a mesma coisa que a Raquel fez com o meu pai, mas como a gente não manda no coração eu gosto, eu amo aqueles olhos azuis. Falou Lia.

- Ai sobrou para mim. Ainda bem que eu não sofro disso. Falou e as meninas olharam para ela com uma cara espantada. Estou brincando, eu sempre gostei muito de beijar, perturbar, mas eu sempre achei o Brunito lindo, mas ele sempre me julgava e eu queria que ele me notasse. Com isso, eu comecei a ficar com outros meninos para ver se ele se importava comigo, se sentia alguma coisa por mim, mas o tempo foi passando e ele nunca me disse nada. Sem contar que foi com ele meu primeiro beijo e é ele que eu AMO, que eu QUERO, que eu GOSTO que eu quero comigo. Falou e uma lágrima saiu dos olhos dela.

Enquanto isso no apartamento de Gil os meninos estavam com uma cara muito feia. Todos retados. Quando Vitor quebra o silêncio e fala:

- Eu não acredito que elas fizeram isso e nós três aqui querendo ser educados, românticos, gentis. Que raiva! Falou ele com uma cara enfezada.

- Nem me lembre disso, que me dar vontade de me matar de raiva, fomos uns panacas, pagamos de otários. E uma hora dessa elas devem estar rindo dos bestas aqui. Falou Bruno revoltado.

- Oh velhos! Perdão que a idéia foi minha, mas não pensei que fosse terminar desse jeito. Ai como eu fui um burro de me apaixonar pela Juliana. Falou Gil com uma cara tristinha.

- Como é que é Gil? Você é apaixonado por minha irmã? Perguntou Bruno dando risada.

- Até parece que ninguém sabia! Falou Vitor dando risada.

­- Ata... sim garanhões, mas só sou eu? Até parece que você Vitor não é apaixonado pela Lia e você Brunão pela Fatinha. Falou Gil olhando para eles com uma cara de que aquilo fosse obvio.

- É... É... Não entendi. Falou Bruno.

- Isso mesmo Bruno. Você sempre foi apaixonado por ela, mas nunca quis admitir por que a Fat tem um jeito diferente do seu, gosta de causar e você fica com medo da opinião dos outros. E você Vitor quer ser o garanhão também e não quer admitir que uma marrenta ganhou seu coração. Nós somos três bestas que não admitimos o que sentimos e vamos perder as mulheres que amamos por medo e por prestar atenção nos outros. Falou Gil e os meninos o olharam com uma cara assustada com a sinceridade do amigo.

- Amigo eu nunca pensava que fosse ouvir isso de você. Falou Bruno.

- Eu também não! Falou Vitor.

­- Mas, é a verdade, mas não me enrolem não. Vocês não falaram nada ainda. Falou Gil olhando com cara de quem estava esperando as respostas para os meninos.

- Pensei que não ia lembrar. Falou Vitor rindo. ­– sim, mas continuando. O que você falou é verdade eu não queria admitir que aquela marrenta tinha ganhado meu coração e que ela tem um lugar reservado só para ela aqui no meu coração e que só pensar em perdê-la eu fico doido.

­- Estou comovido com as falas de vocês. Tudo bem... Eu também sou apaixonado por aquela maluca e fico doido em pensar que alguém pode está beijando aquela boca, ou querendo ela, pois para mim ela é minha e só pode está comigo. A Fatinha me tira do sério, eu me perco naquela loira, naquela boca, admiro demais aquele corpo lindo e provocante. E aquela menina me deixa subindo pelas paredes. Eu sou LOUCO, completamente apaixonado por aquela menina. Pois, ela gosta de tirar onda de mulherão, e ela tem corpo de mulherão, mais é uma menina doce, meiga e que só quer o bem dos outros. Falou Bruno se derretendo.

- Pronto agora está melhor! Todos admitiram o que sentimos. Com isso, já podemos pensar o que iremos fazer. Falou Gil.

- E nós vamos perdê-las para aqueles idiotas? Perguntou Vitor.

- Claro que não! Responderam em coro.

- E o que nós vamos fazer? Perguntou Gil.

Voltando ao apartamento de Ju. Fatinha disse:

­ - Já sabemos o que sentimos um pelo outro, mas o que vamos fazer?

- Pois, não vamos querer perdê-los né? Perguntou Lia.

- Claro que não. Responderam Ju e Fatinha em coro.