–será que é muda ou me ver de baixo para cima é mais encantador? O que acha Alainy?

Do ponto de vista de Arya ele parecia no minimo...repugnante; não era muito velho porém tinha um brilho jovem de ser no olhar. Rodeava uma garrafa de run com toda a extensão do braço e tinha uma rapariga por baixo do outro.

– Jack é sempre encantador- e riu a prostituta

– Capitão querida, capitão Jack Sparrow- disse pondo um dedo abaixo o queixo de Alainy

A garota, assustada, levantou-se com um salto e pôs-se a correr em disparada rua a cima para a casa de seu amigo Ruy. Adentrou a ferraria em tal velocidade que deu de encontro com o garoto, que entrando no espirito de uma possível "brincadeira" comum entre os dois, se defendeu saltando pra cima da garota. Quando o ferreiro, pai de Ruy, desprendeu a atenção das marteladas na espada recém tirada do forno e se virou, só viu uma confusão embolada de cabelos morenos e ruivos rolando por todo o patio do lugar. Acostumado, virou e saiu porta a fora em entrega de algumas ferraduras encomendadas dias antes.

Quando enfim bateram num monte de feno e a garota conseguiu explicar o ocorrido, o ruivo riu dizendo:

–A ?! claro que a senhorita irritadinha saiu correndo sem no minimo xingar o sujeito!Brava e marrenta do jeito que é!- disse em tom irônico.

– Eu-não-sou-brava seu estupido!!- gritou a menina, fazendo o garoto cair na gargalhada.

–Ui ui- fez o garoto para tomar ar.-Você se irrita com a roupa que seca devagar demais, ou o sol quando esta muito quent... -sem tempo de terminar voltou a lutar contra unhas furiosas, sem perder o riso.

Após um tempo de luta os dois se levantaram com o peito arfando. Arya olhou para a grande janela e viu que já estava quase escurecendo. A garota observou o local, ainda bem iluminado por conta da grande fornalha. Lembrou-se então de que a mãe a havia pedido brevidade em sua visita:

–Ei sr.labareda- apelido do garoto por conta dos cabelos ruivos- Já esta tarde, preciso voltar.

– Não me chame assim- mostrando a língua em desaprovação - e vamos, vou te acompanhar para o caso do Bêbado Jack abordar a senhorinha de novo.

– HAHA- gargalhou alto a menina- Como se você- dando enfase na palavra- Pudesse fazer algo.

– é vai ver ele só queria um beijinho.- disse fazendo beicinho.

Para a surpresa de Arya ele não parou, ao contrário começou a se aproximar, fixando seus profundos olhos azuis nos finos lábios vermelhos da garota. Já muito perto, foi afastado com brusquidão e surpresa da amiga.

Após um longo silêncio instalado Ruy declarou seriamente:

– Vamos, vamos logo.

No caminho Arya percebeu que o garoto andava pesadamente, e com irritação, com as mão dentro da leve blusa azul, chutara diversas pedras no caminho.

A garota sentiu um aperto no coração, ela gostava dele, gostava muito dele. "mesmo tendo aquela estupida ideia, eu.. eu não estava preparada.

Mal podia acreditar que o garoto cujas portuárias admiravam ao bater no metal sobre a luz da fornalha, tinha se aproximado, se.. interessado.

Era difícil de acreditar.

Chegando em casa entrou, e viu o amigo virar rapidamente de volta a rua.

–Hey labaredas! - chamou apressada.

O garoto virou-se instantaneamente já preparando o xingamento quando sentiu lábios doces nos seus. depois de separados, se olharam nos olhos e a garota entrou em sua casa, não antes de ver o menino ir embora com um sorriso esperto no rosto e dois dedos nos lábios.

Quem sabe um dia possamos ficar juntos ?– pensou Ruy

Mal sabiam eles que não teriam tempo.

Ao terminar de amarrar seus sapatos gastos de courino preto lembrou-se de seu amigo a deixando em casa no dia anterior. Sorriu com a lembrança.Ela queria descer para o porto e ver se a agitação ainda estava lá. Queria ver se Jack estava lá.

Desceu os poucos degraus e viu seu pai e sua mãe conversando:

–Jenna, ele não vai causar problemas.

– Mais ele a estava olhando Iman.

–Claro ela é- parou assim que observou a garota .

–Querida bom dia, venha cá.

Arya comprimentou seus pais e seu irmão mark o qual pequenino, brincava com uma moeda. Após uma rápida refeição. levando em conta a pouquíssima comida na mesa Arya se preparou para levantar e ir falar com Ruy, como fazia todos os dias. Mas, assim que afastou a cadeira e pôs seus pés no chão, a mãe desesperada, falou dois tons mais altos:

– Querida onde pensa que vai?

– Ver o Ruy, horas

– Não mas nem pensar, esquecestes que dia é hoje? Hoje é dia de coleta!