Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 55
Explicações, sossego e boatos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto porque to sem tempo



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Meus olhos se arregalaram e eu me levantei, cobrindo meu corpo com o edredom. Ivan remexeu-se na cama e eu o encarei por algum tempo. Com certo temor, olhei debaixo do que me cobria e, para meu alívio, estava vestida com um moletom de Gabriel e um shortinho. Cutuquei delicadamente Ivan, que acordou e me encarou.

— Ah, bom dia, pequenina – disse ele, sorrindo – Dormiu bem?

— Sim – disse, ainda desconfortável – O que diabos você está fazendo aqui, Ivan?

Ele riu e se sentou à cama ao meu lado. Percebi que estava sem camisa, o que me deixou três vezes mais desconfortável. Eu havia esquecido como ele era... Gostoso.

Ivan não era muito forte, mas seu abdômen era definido. Bastante. Por um segundo pensei em deslizar a mão pelos gominhos de sua barriga, mas isso soaria um tanto convidativo para que ele me agarrasse.

— Resolvemos dormir todos no quarto de vocês – disse ele, prendendo o riso – Daí a Bruna pediu pra que você dormisse comigo para que o Gabriel não abusasse sexualmente de você. Foi o que ela me disse. Eu era o mais sóbrio e confiável.

Sorri, aliviada, o abraçando de lado e beijando sua testa. Deitamos novamente, porque percebi que éramos os únicos que ainda estavam acordados. Ele jogou o braço por cima de mim e passamos algum tempo conversando sobre o gesso e minha perna.

Quando todos acordaram, Gabes se apoiou sobre a beliche e beijou meu braço, sorrindo pra mim. Dei-lhe um selinho.

— Bom dia, meu príncipe.

— Está me beijando sem escovar os dentes? É algum tipo de milagre?

Eu ri e mostrei a língua, fazendo-o rir e me ajudar a descer da cama. Sentei-me no sofá e ele se jogou ao meu lado, encostando a cabecinha sobre meu ombro. Suspirei, afagando seus cabelos muito louros e mordendo seu ombro.

— Hoje ainda é quarta-feira – resmunguei – Você tem aula, meu anjo.

— E você pretende ficar aqui sozinha?

Assenti. Depois de muitos argumentos meus para convencê-lo a ir para a maldita aula, consegui um pouco de sossego. Aos poucos, todos foram e eu pude finalmente ficar só, manquei até a cozinha para preparar meu café. Algumas torradas, cookies, café quentinho. Nada é melhor do que isso.

Acho que passar aquele dia todo sozinha era tudo o que eu precisava para relaxar. As brigas de Bernardo e Gabriel estavam me matando. Precisava de um pouco de paz, pra variar. Colocar meus pensamentos no lugar, e nada melhor para isso do que passar horas em paz enquanto eles estudavam. Era tudo o que eu precisava.

Assisti a seriados, filmes, li, desenhei, dormi. Foi um dia maravilhoso,a té que Gabriel voltou pra casa na hora do almoço, jogando um saco de papel com um cheeseburguer e umas batatas.

— O que foi? – perguntei, encarando-o. Ele parecia um tanto puto, o que me assustava – Ei, meu amor, o que aconteceu?!

Ele mal quis olhar em meus olhos, o que me deixava realmente preocupada. Ele bufou, coçando a nuca e massageando as têmporas.

— Eu odeio essa galera fofoqueira, só isso – disse, muito sério – Odeio o fato de não poder dormir com a minha namorada sem um monte de gente começar a achar que ela tá grávida.


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