Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 37
Omeletes e um pedófilo




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— Ela o ama como amava o Pie – disse Bruna, entendendo o que eu quis transmitir ao olhar pra ela.

— Não, o Pie é o Rodriguinho – disse eu, rindo baixinho – O Thiago é mais como o Bernardo.

— Você tá comparando o que sente por mim ao que sente pelo Rodrigo? Sujo isso, muito sujo!

— Ele é como o meu irmão, não insulte o meu irmão!

Soltei Thiago e saí correndo, pulando em cima de Rodrigo, que riu baixinho e me colocou no chão.

— Meu irmão!

— Sis! – gritou ele.

— Pelo amor de Deus, cara, que viadagem – eu disse, encarando-o.

— Ah, de fato – disse ele, arqueando a sobrancelha – Você poderia me bater?

Eu ri, batendo três vezes em sua boca. Depois disso, resolvi sentar um pouco e sossegar o cu, deixando cada um de meus irmãos com suas namoradinhas. Peguei Percy Jackson pela 121675ª vez da bolsa e o abri. Gustavo sentou-se ao meu lado, abraçando-me e encostando a cabeça em meu ombro.

— Que vai ler? – perguntou, mordendo meu ombro.

— Percy Jackson.

— Posso ficar aqui?

Ri, assentindo. Deitei-me no sofá e ele se deitou ao meu lado. Continuamos lendo assim por algum tempo, até que meus instintos naturais me atrapalharam.

— Fome – resmunguei.

— Que novidade – gritou Gabriel, deitado em minha cama.

— Vou preparar uma omelete – disse Thiago, caminhando confiante até a cozinha.

— Alguém detenha esse homem!

Então, só se viu a imagem de Rodrigo Bartzen jogando-se em cima de Thiago, como se este fosse um meliante ou coisa parecida.

— Não! – gritou Rodrigo, com o joelho apoiado no esôfago de Thiago.

— Tudo bem, era só falar – tartamudeou Thiago – Não precisava me dar um golpe ninja, cara, já entendi.

Eu ri enquanto Rodrigo tentava pedir desculpas pra Thiago e saía de cima dele devagar, enquanto este, puto, deitava-se ao lado de Heloise. Rodrigo abaixou a cabeça e caminhou até a cama de Chloe, dormindo ao lado dela.

— Ok, eu mesma faço.

Levantei-me e caminhei até a cozinha. Rodrigo pulou da cama e caminhou ao meu lado, tagarelando incessantemente sobre como seria divertido cozinhar comigo e como ele era o ajudante perfeito.

— Ok, meu amor, então quebre os ovos pra mim.

— Por que eu?

— Lucas, vem cá me...

— Não! – gritou ele.

— Não, você não quer mais me ajudar. Venha, Best. Digo, segundo Best depois do Thiaguinho.

— Claro.

— Bruna, vem lavar a louça!

Bruna veio resmungando da vida e falando que nem ia comer. Normal. A garota só sabe reclamar, dia e noite. Lucas cortava os legumes e eu preparava as omeletes como uma grande família feliz. Conforme terminava as omeletes, ia entregando, por ordem de mortos de fome. Quando terminei, estávamos todos sentados, em silêncio, comendo.

— Como? – disse Rodrigo, após um longo suspiro.

— Ãhn?

— Amanda, isso num parece omelete – disse, rindo – Parece algo muito mais refinado.

— Para – disse, corando.

O fato era que eu realmente adoro cozinhar. E mamãe e Pietro sempre me disseram que eu tinha um dom pra coisa.

— Minha pequena mestre cuca – disse Thiago, beijando minha testa.

Senti minhas bochechas corarem de novo e eles riram da minha cara. Fitei Natalie isolada por um instante e cheguei a sentir pena. Como eu a adorava quando chegamos aqui...

Peguei meu livro novamente e Gustavo deitou-se ao meu lado no sofá. Meu celular tocou.

— Alguém faça o favor de trazer o celular até a pequena mestre cuca?

— Alou? Celular de Amanda Frankfurt? Fondue friozinho? Frankie e Jones? O celular da Mandie? – disse Rodrigo – Ei, quem é você? Com quem estou falando? De onde você a conhece? VOCÊ QUER COMER MINHA PEQUENA?


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