Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 36
Inferno astral e um quase casalzinho


Notas iniciais do capítulo

Ainda tem leitora me amando? 3
Entrei em hiatus porque eu tava toda lascada na vida, gente. Quase não passo de módulo no meu curso técnico e tava sem tempo pra vcs. Vou postar bastante hoje, tá? Num me odeiem, não.
O capítulo 36 foi arrumado, então leiam de novo. Até pra lembrarem o que aconteceu, pq né.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369744/chapter/36

Duas semanas.

A merda da chuva caía há duas semanas. Aquela brecha que ela tinha dado? De merda! No dia seguinte, não era mais chuva. Estava nevando. Uma tempestade de neve!

Uma desastrosa tempestade, que passara destruindo tudo. Vez ou outra, quando ligávamos a TV, aparecia um plantão de notícias com o número de casas destruídas e pessoas feridas ou mortas nas periferias suíças.

E nós? Os doze adolescentes problemáticos e cheios de hormônios aflorados trancados num quarto?

Perduramos ali, praticamente mofando pelas duas semanas. Clara não veio, estou quase sem vodka... A vida está linda. Meu café está quase no fim, também. Eu sem café, sem vodka e de TPM. Não é uma condição nem um pouco favorável às pessoas que me cercam. Digamos que eu estava surtando.

Nem falar eu falava. Passei o dia em cima da minha cama e, quando saí, foi para pegar um pacote de salgadinhos no armário com a etiqueta Heloise.

— Divide a comida – disse ela.

Sentamos e comemos. Quando terminei, saí dali e deitei em minha cama, resmungando baixinho. Gabes sentou-se ao meu lado na cama.

— Fica assim não, daqui a pouco passa – sussurrou, beijando minha testa.

— Você vem dizendo isso há duas semanas, Gabriel.

Ele riu sem graça, como se admitisse que dissesse aquilo há tempo demais e até tinha certo motivo para estar estressada. Quando até aquele garoto admite uma coisa dessas, há algo de errado acontecendo.

— Ok, mas eu até que to feliz. Quer saber por quê? – disse, me fitando. Apenas o encarei – Nem vou esperar você responder. Eu to feliz porque eu fiquei mais perto de você sem apanhar nessas duas semanas do que eu ficaria em um mês em aulas normais.

Pronto. Agora tudo valia a pena por minha causa? Venhamos e convenhamos... Eu não tenho nada de tão atrativo que prenda um ser humano ao meu lado por duas semanas, aturando meu mau humor e me ouvindo reclamar.

— Tudo por mim?

— Você é a causa primária de tudo isso. Se não fosse você, eu já teria dado um jeito de sair daqui. É tudo por você, pequena.

Aquilo ecoou na minha cabeça por algum tempo. Quanto uma pessoa precisa gostar de mim para que me aguentar possa ser a única coisa boa das últimas duas semanas de sua vida? Ri baixinho e me deitei pensando a respeito. Gabriel deitou-se atrás de mim, ajeitando-se.

— O senhor pode me explicar que porra é essa? Solte-me antes que eu te deixe estéril.

— Para. Tá frio, me deixa aqui.

— Fica aí, vai – resmunguei – Já ficou assim durante duas semanas mesmo. Folgado pra caralho.

— Você gosta – sussurrou ele, mordendo minha orelha e afagando minha cintura.

Pulei da cama. Sempre que ele começava de graça, eu fazia isso. Joguei-me ao lado de Thiago, que já não estava numa relação muito íntima com sua namorada. Não eram um tipo de casal que sobreviviam a essa pressão de conviver 24h por dia.

— Que acontece com o meu anjinho?

— Tédio – resmunguei, afundando a cabeça em seu peito.

Ajeitei-me e deitei a cabeça em seu peito, a fim de ouvir seu coração bater. Adorava aquilo. Tinha um ritmo suave e fazia com que eu me inebriasse com o perfume quase infantil de Thi.

Bruna e Lucas sentaram ao nosso lado.

— Cara, você tem certeza de que não tá pegando? – disse Lucas, me encarando – Quero dizer, ele larga da namorada dele, porque brigarampor algum motivo idiota. Até aí, ok! Eu e Brubs brigamos o tempo todo porque ela não suporta o fato de eu entender mais de cabelo do que ela, e...

— Foco, Lucas – resmungou Bu, beliscando o braço do namorado.

— Ai, vadia! – gritou ele. Levou um tapão e pediu desculpas, beijando a bochecha da namorada – Enfim.  Daí vocês ficam aí abraçadinhos porque você largou o Gustavo lá sozinho na cama e o Gabriel foi tomar um banho frio depois de te dar uma encoxada, e não quer que eu pense merda?

— Meu filho, você pode pensar o que quiser, mas eu não tenho nada com nenhum dos três.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Colégio Interno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.