POV Enzo.

Acordei sentindo um forte cheiro de café, olhei pro lado a procura de Vic sem sinal, apenas uma xícara de café estava depositada sobre o criado mudo ao dado da cama, me levantei enrolado no lençou e segui direto ao banheiro, pela porta entre aberta ouvi o barulho o chuveiro, entrei em absoluto silêncio sua silhueta era visível pelo vidro do box. Abri entrando de uma vez e abraçando por trás.

– Enzo, seu tarado. - esbravejou brincalhona.

– você me deixa tarado. - sussurrei em seu ouvido, senti a água quente fazer os arranhões da minha costa arderem. - acho que você deixou sua marca essa noite. - comentei.

– não só eu né. - debochou afastando seu cabelo e revelando a grande marca roxa em seu pescoço.

– não tenho culpa de você ser tão gostosa. - sorri a puxando para meu colo de forma que quando a prensasse na parede suas pernas ficassem em volta de minha cintura.

– mas você acordou impossível heim. - brandou me beijando em seguida.

Percorri minhas mãos pelo seu corpo a posicionando melhor, Vic encarava profundamente meus olhos, sorri lhe dando um breve selinho antes de me entregar ao prazer de te-la pra mim, sentir sua respiração ofegante, conforme intensificava o momento fazia minha respiração se tornar falha, esse nosso momento de intimidade, continuamos abraçados por um tempo após o deleitante orgasmo, a desci no chão com cuidado.

– opa consegui se manter em pé? - abracei-á vendo-a vacilar.

– para Enzo, assim você me deixa constrangida. - brandou corando bruscamente e me fazendo rir.

– para de ser boba Vic, nada que eu não tenha visto, ou que não tenhamos feito. - disse a fazendo revirar os olhos.

Terminamos o banho sem mais conversa, já que que a moça se encontrava em estado de timidez, terminamos de nos arrumar e arrumar nossas coisas, para enfim podermos ir embora, Vic manteve seu cabelo solto a fim de esconder a grande marca roxa em seu pescoço, sorri de sua tentativa falha, já que ainda era visível, ajudei ela a ajeitar o quarto e descemos, como Mari e Pablo já haviam dito a festa se estenderia fim de semana a fora, porém, preferia aproveitar o resto do tempo livre na minha própria casa.

– ei onde pensam que vão com essas malas? - Pablo nos barrou na escada.

– nós já vamos embora, foi tudo bom, mas precisamos realmente ir. - falei parando ao lado dele.

– ei o que isso na sua costa. - Wil apareceu apertando os arranhões em mina costa, maldita hora em que fui vestir uma regata. - pelo visto alguém teve uma noite e tanto heim. - brincou fazendo Vic adquirir a cor vermelha em seu tom de pele.

– não fica constrangida querida, esses três quando se juntam só sai besteira. - Kristin tentou ajudar. - mas você fez um bom trabalho no pescoço dela. - era oficial eu iria levar uns tapas por conta das piadinhas deles, mas já que o assunto tinha tomado tais proporções aproveitei para brincar também.

– então né é que gostamos tanto do Tomaz.

– Filipe.. - disseram em uníssono.

– ok Filipe, que resolvemos encomendar um pra nós também. - disse de forma seria fazendo com que nos encarecem surpresos e confusos.

– Enzo. - Vic me repreendeu com um tapa no braço.

– a qual é amor é verdade. - Vic revirou os olhos, enquanto os presentes me encaravam sorrindo.

– ok, confesso que não esperava ouvir isso de você, mas fico feliz em saber que finalmente esta se tornando um homem decente. - o tom serio de Kristin escondia um "quê" de diversão.

– não precisa exagerar como se eu fosse o pior dos cafajestes. - fiz me de ofendido.

– desculpe Sr. exemplo a ser seguido. - debochou.

– ai Vic vamos logo antes que me difamem mais para você. - brinquei piscando.

– e precisa disso, não acha que já te conheço bem demais para saber coisas bem piores. - bandou me beliscando de leve.

– isso foi antes de você aparecer com esse jeito de mandona na minha vida. - sabia que estava sendo meloso demais, e estava de proposito logo a frente vi três olhares nada amistosos em nossa direção, não que não fosse verdade, porém não sou de demonstrar, mas se tratando de irritar os outros por que não.

– ai meu Deus trocaram meu namora enquanto dormia. - brincou fazendo os tontos rirem.

– ok Enzo você definitivamente esta apaixonado e isso esta me dando nauseas, vou procurar minha esposa, mas, não se atrevam a ir embora antes do almoço. - revirei os olhos piscando em seguida para Vic.

– ok,ok, vamos deixar as malas no carro e depois vamos pode ser amor?

– ok,ok. - deu-se por vencida.

Deixamos as malas no carro e voltamos para onde um pequeno grupo estava reunido, poucas pessoas ficaram, algumas que muito bem poderiam já ter ido, me sentei perto da piscina junto com os noivos, Wil e Kristin e Grace, mas para infelicidade geral na mesa do lado Samara e Bianca se sentaram tentando se enturmar, sabia que Mari só havia as convidado por serem primas, e sabia que ela não ia muito com a cara delas.

– ei lembra quando faziamos aquela rodinha de musica antigamente?? - Wil perguntou animado.

– claro se não fosse por mim vocês estariam arruinados. - me gabei.

– você canta? - Vic peguntou com um "quê" de encantamento.

– mais ou menos, mas aindo sou melhor que eles. - ri e apontei para os dois á minha frente.

– pior que o desgraçado tem esse ponto a seu favor. - Pablo concordou. - o que já que cantamos uma pra Mari e uma pra Kristin hoje é sua vez de cantar pra Vic, fazemos o sacrificio do ouvi-lo cantar mais uma vez. - revirei os olhos.

– tem um violão ai? - perguntei já sabendo a resposta.

– claro que tem, vou buscar.

– não ligue para os rituias deles, mas preste atenção na letra. - pisquei, pegando o violão.

Dedilhei as primeiras notas olhando diretamente em seus olhos, era uma musica conhecida, de uma banda conhecida, e que de se certa forma transmitia exatamente o que eu sentia por ela, especialmente em nossos momentos intimos.

O tempo está passando, muito mais rápido do que eu

E eu estou começando a me arrepender de não gastar

tudo isso com você

Agora estou, querendo saber por que

eu tenho mantido isso engarrafado aqui dentro

Então, eu estou começando a me arrepender de não dizer

tudo isto para você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Sorri ao vê-lá e fazendo o mesmo.

Você nunca vai estar sozinha

Deste momento em diante

Se você sentir que está desistindo

Não vou deixar você cair

Você nunca vai estar sozinha

Vou te segurar até a dor passar

E agora, enquanto posso

Tenho aguentado firme com ambas as mãos

Porque sempre acredito que não há

Nada que eu precise além de você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Você nunca vai estar sozinha

Deste momento em diante

Se você se sentir que está partindo

Não vou deixar você cair

Quando toda a esperança estiver desaparecido

Eu sei que você poderá continuar

Vamos ver o mundo

Vou te segurar até a dor passar

Ooooh!

Parei a música na primeira parte, ja que nessas poucas frases conseguia demonstrar exatamente o que eu sentia, Vic me encarava com um sorriso encantador e um brilho diferente nos olhos, me puxando para um beijo logo em seguida, sem se importar com as gracinhas dos demais.

– acho que deveria cantar mais para você. - disse a abraçando.

– sim deveria. - por um momento me esqueci de todos que estavam a nossa volta e a puxei para um longo beijo, que foi interrompido pelas gracinhas e o toque incessante do celular dela.

Ela pegou o celular e se levantou para atender, enquanto isso tive que ouvir o quanto eu estava sendo uma pessoa melosa, revirei os olhos lembrando certa vez que havia dito para Vic, que este Enzo existia apenas com ela, sorri com tal pensamento, ouvi um barulho atras de mim e me virei vendo Vic se apoiar em uma mesa com uma expressão de pavor em seu rosto, corri até onde esta a apoiando e pegando o celular de sua mão.

– quem esta falando? - perguntei de maneira seria, estancando com as palavras e o medo na voz da pessoa ao outro lado da linha. - Erick, como assim George descobriu tudo. - perguntei preocupado.

O garoto me explicou que havia mandado uma mensagem para o celular que Vic havia dado a Sarah e que o pai delas viu e ficou furioso, acabando por dar uma surra na garota que caiu da escada, os vizinhos ouviram, chamaram a policia e a garota agora estava no hospital em coma, por causa da batida.

– Ok vamos passar na casa primeiro, precisamos pegar a Sophi e logo estaremos ai. - desliguei depois de sua resposta e puxei Vic que ainda estava estática, para um abraço. - me espera no carro só vou avisar que estamos indo, ok. - ela assentiu se virando e indo, passei a mão pelo cabelo tentando imaginar como um pai pode ser tão cruel.

http://youtu.be/sZ0AhJgSKoU