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“Precisamos conversar...”

Essas duas palavras não saiam da mente da rainha desde o “encontro” não planejado com o pirata na lanchonete da vovó. Regina se encontrava sozinha em sua mansão, Henry havia ido se encontrar com Emma a pedido da loira, aparentemente era algo relacionado ao pai do garoto, o filho de Rumplestiltskin, ela esperava não ter nada a ver com casamento, formar uma família ou algo do tipo, pois assim correria o risco de perder Henry de novo, e uma coisa que ela não queria era ficar sozinha, se bem que ficar sozinha era uma das últimas situações que ela não ficaria. Isso a fez lembrar de Hook novamente. Ela não havia pensado no que diria a ele na próxima vez que o encontrasse ou que ele fosse procurá-la, coisa que não demoraria a acontecer. A rainha não sabia como seria entrar em um relacionamento depois de tanto tempo, no fundo ela queria, sentia atração pelo pirata e além disso, tirando as cantadas fora de hora e os momentos de traições, de ambos, ele era uma boa companhia. Regina foi tirada de seus pensamentos por uma batida na porta. A rainha calçou os belos saltos e desceu para abrir, sabia que era o pirata, não seria necessário perguntar. Abriu e o viu de costas para a porta, ele estava diferente, usando roupas de gente normal, esse pensamento a fez rir por dentro, achou até que poderia ter pego roupas emprestadas com David, se eles se dessem bem.

“Pois não?” – Sua voz fez com que ele se virasse e admirasse a visão a sua frente. “Ela está linda!” pensou o pirata, não que ele já não a tivesse visto com esse tipo de roupa, roupas de prefeita, mas ela estava deslumbrante naquele vestido vermelho um pouco acima dos joelhos, terninho preto e saltos divinos. Hook não era muito de reparar nos detalhes, mas seu lado apaixonado fazia isso por ele.

“Precisamos conversar, posso entrar?” – Regina se afastou, abrindo espaço para ele entrar, em seguida o acompanhou até a sala e indicou o sofá, de frente para ela.

“Aceita beber alguma coisa, uma taça da melhor cidra de maçã que já provou?” – Ele negou e Regina se serviu, sentando diante dele.

“Apenas quero conversar e gostaria que você não fugisse como da última vez. Regina, eu sei que é difícil, que você tem medo de se entregar, mas confia em mim, eu prometo não trair sua confiança de novo, você deve estar pensando que não se deve confiar nas palavras de um pirata, mas é o que eu tenho pra te dar, além do meu amor e da chance de ser feliz. Por favor Regina, me permita te amar, se permita amar.” – A essa altura, a rainha já chorava de cabeça baixa, o pirata se aproximou e abaixou-se diante dela, segurou seu rosto e o levantou para vê-la de olhos fechados e com o rosto marcado por lágrimas, secou-as devagar e selou seus lábios aos da morena. Regina hesitou por um momento ao sentir os lábios do pirata aos seus, mas se deixou levar e abriu a boca para dar passagem a língua dele, se permitindo corresponder ao beijo. Depois de pouco tempo o beijo já tinha se tornado necessitado e cheio de desejo. Regina já se encontrava encostada ao braço do sofá e suas mãos se reversavam entre o pescoço e o cabelo do capitão, enquanto Hook pressionava o corpo ao dela, com uma mão na cintura e a outra no rosto da rainha, até que se separaram pra respirar.

“Fica comigo, eu posso te proteger e te fazer feliz.” – Hook encostou a testa na de Regina, olhando em seus olhos.

“Promete?” – Ele assentiu, arrancando um sorriso do belo rosto da morena. Hook sorriu e a beijou novamente, puxando-a para seu colo. O pirata desceu os beijos para o pescoço e logo retornou, mordendo o lóbulo da orelha dela e sussurrou: “Podemos subir?” Regina nem pensou, apenas sorriu e afirmou, sentia falta de alguém desde Graham, mesmo que ele tenha sido apenas diversão. A rainha levantou-se do colo do pirata, puxou sua mão até a escada e subiu com o capitão passeando as mãos pela cintura dela e distribuindo beijos por seu pescoço.