Sempre Estarei Aqui Por Você escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 12
Capítulo 12 - Convite e Implicâncias


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Capítulo fresquinho chegando... :)



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Horas antes

Ao sair da lanchonete, Damon até cogitou a hipótese de se aproximar das três meninas que o observavam do banquinho da praça, mas como queria evitar chamar ainda mais atenção, apenas acenou na direção delas e dirigiu-se ao carro, dando partida e saindo em disparada dali.

Não queria, de maneira nenhuma, voltar para a velha mansão Salvatore tão cedo. Ter de aspirar todas aquelas lembranças por mais tempo do que o estritamente necessário não estava nos seus planos. E como ainda queria esperar algum tempo até ligar para sua doce garota fujona, ele teria de arrumar uma maneira de passar o tempo.

Mesmo que odiasse a ideia que sua mente lhe oferecia, pois ela só lhe traria ainda mais tormento, acabou tomando o caminho que o levaria até a única pessoa que lhe amara sem fazer julgamentos, a única que dera sua vida pela dele.

Minutos mais tarde, estacionava o carro em frente ao portão enferrujado do pequeno cemitério da cidade. Desembarcou sem muita vontade e pôs-se a percorrer o caminho que o levaria ao túmulo de Eleonora Salvatore, não levando mais do que cinco minutos para alcançá-lo.

– Quanto tempo, não é mamãe? – diz ele, encarando a foto da mulher de longos e ondulados cabelos negros, tal como os dele, feições doces e sorriso gentil. – Mas não há nada que eu possa fazer se não me agrada voltar pra cá, para aquela casa, pra essa cidadezinha... Nunca gostei daqui, certo? – continua, sentando-se na beirada do tampo de mármore. – E bem, não pretendo me demorar muito por aqui, na verdade. E espero, sinceramente, que nunca mais precise voltar...

Deixou-se ficar ali por mais algum tempo, olhando para um ponto indefinido à sua frente, sem pensar em absolutamente nada. Ergueu-se de repente, e sem olhar para trás, voltou ao seu carro e partiu dali cantando pneus.

No caminho que faria até a velha casa, parou em um pequeno e, aparentemente, mal cuidado barzinho que sequer havia notado enquanto dirigia até o cemitério, sentando-se ao balcão e pedindo ao garçom que já deixasse a garrafa de whisky ao seu lado, pedido que foi acatado com uma certa resistência do rapaz.

Damon esvaziou aquela garrafa e deixou mais uma pela metade, deixando o bar algumas horas depois, um tanto alterado por conta do álcool.

Estava de volta à mansão em um espaço de tempo assustadoramente curto, prova de que excedera, e muito, os limites aceitáveis de velocidade. Sem se dar ao trabalho de desembarcar, tirou o celular que pertencera à garçonete de dentro do bolso da jaqueta e discou o número que memorizara há alguns meses atrás.

Foi preciso esperar quase até o final dos toques para ouvir a voz de Caroline ecoando do outro lado da linha.

– Alô? – e o simples som da voz dela fez um misto de sentimentos controversos atingi-lo em cheio. Havia desejo, raiva, carência e ciúmes...

– Olá minha querida! Sentiu minha falta? – ele responde, da maneira mais controlada que pode.

– Damon... – a garota responde, e parecia realmente surpresa e assustada. “Bom” pensou ele, sem conseguir conter um sorriso de satisfação. “Muito bom!”

**********

Caroline foi tomada por um arrepio involuntário ao ouvir a voz de seu ex-namorado. Estava tão feliz ao lado de Jasper, compartilhando lembranças e bons momentos, que se permitiu esquecer Damon por algum tempo. Pena que o próprio fez questão de lembrá-la de sua existência...

– O que houve amorzinho? Por acaso o gato comeu seu língua? – o moreno pergunta do outro lado da linha, e a garota tinha certeza de que ele sorria ao dizer aquelas palavras.

Mas a garota nem teve a chance de dizer mais nada, pois no instante seguinte Jasper estava ao seu lado, tomando o telefone de suas mãos e encerrando a ligação. Em seguida, desligou o aparelho definitivamente, para não correr o risco de Damon voltar a ligar.

Jogou o celular sobre o sofá e puxou a garota para o abrigo de seus braços, abraçando-a apertado. Ele não podia demonstrar, mas aquilo o deixara preocupado. Pode senti-la estremecer levemente enquanto tentava tranquilizá-la, afagando seus cabelos delicadamente por alguns minutos.

– O que ele disse, querida? – Jasper pergunta assim que percebe que ela está mais calma. – Ele ameaçou você?

– Não... ele só perguntou se eu sentia a falta dele. – Caroline responde, ainda abraçada a ele. – Sabe que, por um momento, eu me permiti esquecer a existência dele? É como se tudo que passei com ele não fosse nada além de um longo e doloroso pesadelo.

– Infelizmente Damon é bem real, Care. – diz ele, erguendo o rosto dela para que olhasse em seus olhos. – Mas prometo que o manteremos afastado, ok? – completa, beijando a testa da garota.

– Obrigada amor, por tudo! Acho que nunca poderei agradecer o suficiente.

– Apenas não fuja de mim, certo? Não posso imaginá-la em outro lugar que não seja ao meu lado. – e o sorriso que ele deu depois de tais palavras desarmou Caroline por completo, fazendo-a envolver o rosto dele com suas mãos e unir seus lábios aos dele num beijinho rápido.

– Prometo que não vou fugir! – ela responde, com um sorriso.

– Perfeito! E agora que está mais tranquila, vou levar nossas coisas lá pra cima, ok?

– Quer ajuda com isso Jazz?

– Acho melhor você descansar um pouquinho, querida. Lembre de que a Dra. Lexi recomendou repouso por alguns dias, certo? Foi pra isso que ela lhe deu um atestado médico. Tecnicamente, você ainda está se recuperando. – diz ele, fazendo-a sentar no sofá. – Além do mais, temos passado por tanta coisa nos últimos dias que me admira que consiga se manter de pé, Care. Deve ser mais forte do que aparenta. – continua, olhando-a com um misto de carinho e preocupação. – Mas não convém abusar, não é?

– Você tem noção de que, se estou sendo forte, é por você, certo? Por nós dois, Jasper. – a garota responde, afagando o rosto dele. – Foi você quem me deu motivos pra me manter de pé.

– Faço minhas as suas palavras, loirinha – o rapaz responde, voltando a beijar a testa dela e colocando-se de pé em seguida.

Pegou as malas de ambos e dirigiu-se à escada, olhando na direção de Caroline mais uma vez ao alcançar a metade do caminho, para se certificar de que a garota permaneceria sentada antes que sumisse de suas vistas. Após um piscadinha para ela, Jasper subiu os degraus que faltavam, chegando ao quarto que seria ocupado pela garota em poucos passos.

Depositou a mala vermelha sobre a cama e dirigiu-se ao quarto ao lado, que pertencera à sua mãe na infância, mas o encontrou trancado e sem a chave na fechadura. “Será que Matilda levou a chave embora por engano?”, ele pensa consigo, achando aquilo no mínimo, inusitado.

Seguiu até a porta do antigo quarto de hóspedes, mas o encontrou igualmente trancado. “Só pode ser brincadeira, certo?”, ele resmunga, sacudindo a cabeça levemente. Sem opções, deu meia volta e levou sua mala para o primeiro quarto, colocando-a ao lado da outra e refazendo o caminho até a sala em seguida.

– Algum problema? – Caroline pergunta, ao vê-lo se aproximar com uma expressão um tanto confusa no rosto.

– Bem... não exatamente. – ele responde, e se põe a explicar melhor ao ver a dúvida estampando a face da garota. – Parece que teremos de dividir o mesmo quarto, pois os demais estão trancados e sem as chaves. Só não sei dizer se foi descuido da governanta, ou algum tipo de pegadinha daquela senhora sacana! – completa, sem conseguir conter os risos.

– Jasper! Isso lá é jeito de falar de uma senhora? – a garota pergunta tentando parecer zangada, mesmo que quisesse rir junto com ele pela maneira que ele havia falado, colocando-se de pé com as mãos na cintura e o pé batendo ritmadamente no chão.

– Matilda não é uma simples senhora, Caroline! Ela aprontou algumas comigo e com a Bella na nossa infância, sabe? Imagine o nosso trauma ao receber um limão descascado e picadinho ao invés de uma tangerina como lanche da tarde!

– Ela realmente fez isso? – ela pergunta, surpresa, vendo-o acenar afirmativamente logo em seguida. – Que velhinha safada!

– Viu só? Foi o que eu falei! – Jasper responde com um largo sorriso, aproximando-se dela e enlaçando sua cintura. – Aposto que ela teve uma ideia um tanto errada a nosso respeito e armou essa situação.

– Mal sabe ela que já dormimos juntos mais de uma vez, não é?

– Verdade! Dividimos a cama no hospital, o sofá no hotel... Mas tudo de maneira muito respeitosa, certo?

– Com certeza. O senhor é um perfeito cavalheiro, Sr. Whitlock! – a garota responde, circundando o pescoço dele com os braços. – E esse é um dos motivos que me fazem amar você.

– É... realmente faz parte do meu charme. – diz Jasper, sem conseguir conter os risos.

– Bobo! – diz ela, acariciado os cabelos dele.

– Sabe, acabo de me lembrar de que D. Cora nos convidou para o jantar...

– E você só me diz isso agora? – diz Caroline, levemente histérica, liberando-o do abraço de repente. - Devemos estar super atrasados, não? Desse jeito, seus pais vão pensar que sequestrei você!

– Care... acalme-se, ok? Eles não vão pensar nada disso. – Jasper responde, segurando-a pelos ombros para que olhasse pra ele. – Agora... Não seria melhor declinar do convite e marcar para uma outra ocasião? Foi um dia longo e cansativo meu bem, seria bom descansar um pouco.

– Sua mãe não ficaria chateada conosco? – ela pergunta, tentando pesar os prós e contras de recusar o convite de Cora.

– Mesmo que minha mãe passe uma imagem de “linha dura”, ela é bastante compreensiva. Acredito que entenderia nossa situação.

– Jazz... - ela começa – Entendo que esteja preocupado, e lembro bem do que a Dra. Lexi me disse, mas acho que deveríamos ir, mesmo que não fiquemos por lá muito tempo. Seus pais devem estar sentindo falta de ver o sorriso em seu rosto, sabe? E bem... não quero dar a impressão de estar me colocando entre vocês, de querer afastá-lo ainda mais deles.

– Não está se colocando entre ninguém querida, não se preocupe à toa, ok? Se está se colocando em algum lugar, é ao meu lado, onde eu espero que permaneça. – ele responde, beijando-a suavemente por breves segundos.

– Não tenho intenção nenhuma de deixar esse posto, acredite! – Caroline diz, com um sorriso.

– Bem, se faz questão de ir, vou ligar e confirmar com minha mãe. Mas primeiro, deixe-me levá-la até o quarto para que possa se arrumar. – diz Jasper, tomando a garota em seus braços e levando-a no colo escada acima.

Ao alcançarem o quarto, o rapaz a colocou no chão, indicando onde ficava o banheiro da suíte e informando-lhe que, se desejasse, poderia até mesmo aproveitar os benefícios de um relaxante banho de banheira. E mesmo que a ideia fosse tentadora para a garota, ela se viu obrigada a deixá-la de lado por hora, pois não queria que se atrasassem ainda mais para o compromisso com os pais de seu namorado.

Assim que Caroline entrou no banheiro, Jasper apanhou o celular no bolso do jeans e discou o número da casa de sua mãe. Após alguns toques, uma voz familiar soou do outro lado da linha, mas não exatamente aquela que ele esperava ouvir.

– Residência dos Whitlock.

– Bella? – ele exclama, surpreso por ter sido a irmã a atender o telefone.

– Eu mesma. Esperava quem? A rainha da Inglaterra? – ela pergunta, aos risos.

– Não palhaça! Até porque, se fosse a tal velhinha, era capaz de ela me oferecer chá. E você sabe muito bem que não sou o maior fã dessa água de capim, certo? – e ele se viu rindo também com sua piada tosca. – E bem, eu esperava que fosse nossa mãe a atender, só isso.

– Sinto muito desapontá-lo, benzinho! Mas diga, por que ligou? Não vai dizer que é pra desmarcar o jantar, né?

– Não, eu... – mas foi bruscamente interrompido pela morena.

– Porque se estiver pra me dizer que não virá, vou te dar uns petelecos pelo telefone, está ouvindo? – diz ela, muito séria. – Papai está ansioso para conhecer a nova nora e Ben quer dizer um “oi” para a nova namorada do tio.

– Bella, eu...

– E nem pense em ficar de sem-vergonhice com a menina, entendeu? Caroline acabou de sair do hospital, tenha modos mocinho! Vai ter muito tempo pra isso, mas só depois do jantar em família!

– Será que pode fechar a matraquinha e me ouvir, por favor? – diz ele, torcendo para que ela ficasse mesmo quieta. Ao perceber que o silêncio imperava na linha, ele continuou. – Mesmo que eu tenha cogitado a hipótese de declinar o convite de nossa mãe para que minha princesa pudesse descansar, Caroline faz questão de comparecer a esse jantar. Acho que ela tem medo de causar uma má impressão se não formos.

– Ela já está pensando como uma de nós irmãozinho, como uma garota Whitlock! Apenas aceite isso e faça o que ela diz, ok?

– Não sabia que existia um clubinho das garotas Whitlock... – diz ele, debochado.

– Está muito mal informado para um investigador, não? Agora, o que acha de desligar de uma vez e ir se arrumar, hein?

– Ok senhora Masen, seu pedido é uma ordem. Te vejo em mais ou menos uma hora, ok? – e sem esperar por uma resposta, encerrou a ligação, jogando o celular sobre a cama e procurando em sua mala o que iria vestir.

Mas no exato momento em que ele abria o zíper da própria mala, Caroline saiu do banheiro olhando-o com uma expressão meio maníaca, enrolada apenas em uma toalha cor de rosa e com os cabelos úmidos.

– Parado aí, senhor investigador!

– Mas... mas... o que eu fiz de errado? – pergunta ele, confuso, erguendo as mãos em sinal de rendição.

– Nem pense em desorganizar essas malas, ou vai acabar amassando as roupas e serei obrigada a passá-las, o que vai acabar nos atrasando ainda mais.

– O que disse? – diz Jasper, meio aéreo. – Não pude prestar atenção com você parada só de toalha na minha frente. E a propósito, belo par de pernas! – completa, com um sorriso sacana.

– Mas... – ela começa, completamente corada. – Vá já pro chuveiro Jasper, seu... seu... sem graça!

– Eu, sem graça? Por favor, sou uma fonte inesgotável de sorrisos! Além do mais, ainda não sei o que vestir.

– Entre nesse chuveiro agora mesmo. Eu escolho algo e te entrego depois. – diz ela, fazendo bico e cruzando os braços.

– Sabe... – e ele se aproximou lentamente dela, - aposto que isso é apenas uma armação sua para entrar no banheiro e me espionar.

– O que? – ela pergunta, indignada. – Acha mesmo que eu preciso desse tipo de truque? Está muito enganado, viu? Agora pare de enrolar e vá logo pro banho! – completa, dando um tapinha de leve no ombro dele.

– Ok senhorita “eu não preciso de truques”, seu desejo é uma ordem. – Jasper responde, dando-lhe um beijo no rosto antes de encaminhar-se para o banheiro. – E Care... – continua ele, espiando pela frestinha da porta. – Esteja deslumbrante quando eu voltar, ok? Quero que todos vejam o quão incrível e linda minha namorada é.

– Prometo que vou tentar, ok? – a garota responde, sem conter os risos.

– Ótimo! Ah, antes que eu esqueça... Amo você!

– Também amo você, lindinho. Agora pare de enrolar e vá logo pra debaixo desse chuveiro!



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Notas finais do capítulo

E é isso pessoal, até a próxima semana!

Espero vocês nos comentários, viu?


xoxo