Sempre Estarei Aqui Por Você escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 10
Capítulo 10 - Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoas!

Chegamos ao capítulo 10, dá pra acreditar??? E pensar que era pra ser só uma one shot... rsrsrs Deu pra notar que capítulos únicos não são bem a minha praia, não? u.u



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Após Caroline fazer os exames necessários, ela e Jasper despediram-se de Bella, que iria almoçar com o marido e o filho, e para isso, ainda teria de buscar Benjamin na escolinha antes de encontrar Edward.

Assim que viu o carro da irmã se misturar ao trânsito, o rapaz abriu a porta do próprio carro para que a namorada pudesse entrar, assegurando-se de acomodá-la adequadamente antes de tornar a fechá-la. Em seguida, deu a volta e sentou-se ao banco do motorista, dando partida e dirigindo-se ao restaurante que Bella lhe indicara.

Os pouco mais de quinze minutos necessários para cumprir o trajeto foram percorridos em silêncio. Não que fosse desconfortável ou constrangedor, nada disso. Jasper apenas quis respeitar o espaço de Caroline, que parecia perdida em pensamentos, ou talvez, tentando apenas não pensar em nada. Afinal, ela fora submetida a experiências pouco agradáveis em poucas horas, precisava de um tempinho para se recompor, certo?

– Care? Está se sentindo bem? – Jasper pergunta após estacionar o carro, entrelaçando sua mão à da garota para chamar sua atenção. - Podemos voltar para o hotel, se preferir...

– Não, tudo bem, estou bem! Estava apenas mergulhada em lembranças de uma época em que minha maior preocupação era manter o laço cor de rosa bem preso ao cabelo. – ela responde, virando-se para ele e acariciando seu rosto com a mão livre. – Além do mais, você deve estar faminto, não? Prometi para sua irmã que cuidaria bem de você! E seria uma pena se não apreciássemos a hospitalidade da – uma curta pausa, enquanto ela espiava pela janela para poder ler o nome na fachada do prédio – “Cantina Torrisi”, certo? – completa, com um sorriso.

– Tem razão, seria um desperdício! – diz ele, tentando manter-se sério, sem sucesso. Inclinou-se na direção dela rapidamente e roubou-lhe um beijo, saindo do carro em seguida e abrindo a porta para ela. – Queira me acompanhar, Srta Forbes. – completa, estendendo a mão na direção da garota para auxiliá-la a desembarcar do carro.

– Com todo prazer, Sr. Whitlock!

Entraram no restaurante de braços dados, escolhendo uma mesa mais o centro. Na mesa ao lado, havia uma mulher de cabelos castanhos e rosto em formato de coração, acompanhada por uma menininha de cachinhos cor de mel com pouco mais de um ano, distraída com um bonequinho de morder no formato da Tasha, a hipopótamo amarela dos Backyardigans.

Após fazerem os pedidos ao garçom (espaguete à bolonhesa, o prato do dia), foram surpreendidos com um ruído de vidro partindo, seguido por um “Chloe! O que você fez?” vindo da mesa ao lado. Caroline virou-se e pode constatar que a menininha havia, de alguma maneira, derrubado o copo de sua mãe, molhando-a com suco e fazendo o copo ir ao chão, partindo em vários pedacinhos.

– Precisa de ajuda? – a loira pergunta, erguendo-se e se colocando ao lado da menininha, enquanto esperava uma resposta da mãe dela. – A propósito, sou Caroline!

– Esme! – ela responde, constrangida. - Bem... eu... será que poderia olhar pela Chloe enquanto vou ao toalete limpar essa mancha?

– Ah... lógico! Sem problemas! – a garota responde, sorridente.

– Obrigada. Volto logo, ok? – diz Esme, afastando-se rapidamente.

Caroline observou a mulher se afastar até perdê-la de vista, voltando sua atenção para a menina logo em seguida.

– Olá princesinha! – diz ela, estendendo os braços na direção da criança e a trazendo para seu colo. – Você é muito lindinha, sabia? Sou a tia Care, e vou cuidar de você até sua mamãe voltar, tudo bem? – completa, beijando as bochechinhas rosadas de Chloe.

Jasper observava a cena em silêncio, encantado com o modo como Caroline interagia com a menininha em seus braços. Ela conversava animadamente com Chloe, arrancando gostosas risadas dela, beijava seu rostinho e afagava seus cabelos, além de pegar o bonequinho amarelo e tentar imitar a voz da tal Tasha.

– E este é o titio Jasper, princesa! Ele é bem bonito, não acha? – diz Caroline, voltando-se para ele com um largo sorriso.

– Tio Jasper! – Chloe diz em resposta, pulando no colo da garota e esticando os bracinhos na direção dele. – Tio Jasper, pega Chloe!

– Acho que conquistou o coraçãozinho dela, viu? - diz ela, entregando a menina para Jasper com cuidado assim que ele colocou-se de pé, mas não sem antes dar outro beijo estalado na bochecha dela. – Ela não é linda, amor?

– Ela é sim, querida! Tanto quanto você. – o rapaz responde, afagando o rostinho da menina. – Olá Chloe! Estava se divertindo com a tia Caroline?

– Ela faz a Tasha, tio! Chloe adora a Tasha, e agora gosta da tia Care também. – a pequena responde, sorridente.

– Tio Jasper tinha uma bebê do seu tamanho, a Claire, e ela adorava o Tyrone, sabia?

– Chloe também gosta do Tyrone, tio. Ele é fofinho e dá vontade de abraçar bem apertado!

– Desse jeito? – ele pergunta, abraçando-a com cuidado, sentindo a pequena envolver seu pescoço com os bracinhos em seguida.

– Gosto de você, tio Jasper! Você é bem bonito, e sabe abraçar sem fazer cosquinha no meu rosto. Meu tio Thomas sempre faz cosquinha no meu rosto com a barba, e isso não é legal. – diz Chloe, com um biquinho.

– Você é um amorzinho, princesa! – era Caroline, que agora abraçava ambos, beijando os dois em seguida.

– Só ela? – e quando a garota o encarou, pode ver Jasper imitando a expressão emburrada da menininha em seus braços, e não teve como não rir com aquilo.

– Claro que não, querido. Você também é um amorzinho, ok? – ela responde, afagando uma das mãos dele.

– Espero que ela não tenha dado muito trabalho. – era Esme, que voltava do toalete naquele instante.

– Trabalho nenhum, sua filha é encantadora! – a loira responde, enquanto Jasper entregava a criança nos braços de sua mãe.

– Obrigada, aos dois.

– Não há de quê! Até mais, princesa.

– Tchau tio Jasper! E tchau pra você também tia Care. Foi legal brincar com vocês. – diz Chloe, mandando beijinhos para eles enquanto a mãe encaminhava-se para a saída.

Ainda puderam ouvi-la gritando “Papai!” quando um homem loiro passou pela porta e foi em direção a elas, tomando a pequenina nos braços e depositando um selinho nos lábios de Esme, para deixarem o restaurante logo depois.

– Vou sentir falta dela. – Caroline murmura, ainda encarando a porta.

– Hei... – Jasper começa, puxando-a para o abrigo de seus braços. – Também sentirei falta da pequenininha, mas não quero que fique triste, está bem? Dói em mim saber que está sofrendo querida, e tudo que quero é te ver feliz. Aliás... tenho uma surpresa linda pra você! – continua, erguendo o rosto dela delicadamente até que seus olhares se encontrassem. – Mas preciso de pelo menos um sorriso, ou nada feito!

– Isso é chantagem, sabia? – ela responde, estreitando os olhos.

– Eu sei, mas é por uma causa nobre. Além do mais, sei que vai me perdoar por isso. – diz ele, dando de ombros.

– Mas é muito convencido, não? – e ela não pode conter um sorriso depois disso.

– Ai está o que eu queria ver! – o rapaz sorri em resposta. – E não é convencimento, é amor. – pausa para roubar um beijo e deixá-la nuvens por alguns instantes. – Agora, acho que é uma boa ideia almoçarmos, não é? Afinal, o cheiro está delicioso. – completa, ao ver o garçom colocar os pratos sobre a mesa.

– Ótima ideia! Acabei de me dar conta de que estou mesmo com fome.

Após acomodarem-se em seus lugares, comeram em silêncio por alguns minutos, até que Caroline pareceu lembrar-se de algo que deixara escapar.

– E qual é a surpresa? – ela pergunta, curiosa.

– Surpresa? Que surpresa? – diz ele, fazendo-se de desentendido.

– Não se faça de bobo, Jasper Whitlock! – ela cruza os braços e faz um biquinho adorável – Você disse que tinha uma surpresa linda para mim, e estou curiosa pra saber o que é!

– Ah, essa surpresa! – uma curta pausa - Bem, se eu disser o que é, vai deixar de ser uma surpresa, certo? E eu prefiro o prazer de ver sua carinha de fascinação quando descobrir do que se trata.

– Não vai mesmo me contar? – e nesse momento, ele pode ver a incredulidade nos olhos dela.

– Desculpe Care, mas não direi nada. E sem “mas”, meu bem. – Jasper responde, ao ver que ela iria tentar argumentar. - Não vai me fazer mudar de ideia. E melhor, vamos mudar de assunto, o que me diz? – e sem esperar por uma resposta, ele continuou. – Vamos falar da minha grata surpresa ao ver o quanto você foi incrível com a Chloe. Não sabia que levava tanto jeito com crianças! Achei que fosse enfermeira, não babá.

– Sempre gostei de crianças, cheguei até a fazer estágio de meio período num jardim de infância quando estava no ensino médio. E bem... sou enfermeira formada, só para que saiba. – Caroline responde, fazendo bico. – No laboratório de análises onde trabalho atualmente, resolvemos unir o útil ao agradável. Sou a encarregada de coletar as amostras dos pequeninos, consigo fazer tudo que é preciso sem que eles derramem uma lagriminha sequer. As mamães me amam, sabia? – ela completa com um sorriso, orgulhosa de si mesma.

– Não mais do que eu! – diz ele, tomando as mãos delas nas suas e deixando-a corada no mesmo instante. – Mas diga-me – continua, tentando deixá-la mais confortável, – por que escolheu enfermagem ao invés de pedagogia? Teria muito mais contato com as crianças se fosse professora, não é?

– Bom, Marie sempre disse que eu levava jeito pra cuidar dos outros, e trabalhar com enfermagem foi a maneira que encontrei de colocar isso em prática, entende? Não sei se conseguiria ensinar alguma coisa a alguém tão pequenininho, mas como enfermeira, posso acalentá-los e tornar um momento não muito legal em algo bem menos traumático. Sem contar que eles adoram minhas imitações dos Backyardigans!

– Acredito, você foi perfeita como a Tasha! – diz ele, sem conseguir conter os risos – Ainda acho que teria se saído bem na carreira de professora. Se Alice pudesse... – e ele não conseguiu continuar, as últimas palavras morrendo num sussurro.

– Hei... – diz Caroline, dando a volta na mesa e colocando-se ao lado dele, envolvendo-o num abraço, sem se importar se chamariam a atenção dos demais que estavam no restaurante – Está tudo bem, ok? Estou aqui, querido.

– Me desculpe... – ele sussurra, sem sequer olhá-la.

– Pelo que? Por falar da Alice? – ela pergunta, fazendo com que ele olhasse para ela – Não precisa pedir desculpas por isso, Jasper. Ela é a mulher que você amou por tantos anos, natural que fale dela, não? – continua, afagando o rosto dele - Ela faz parte de sua vida, assim como a Claire! Adoraria que compartilhasse suas lembranças comigo, amor. Só não quero que se sinta triste por isso, e muito menos culpado, está bem? – e dizendo isso, uniu seus lábios aos dele delicadamente, numa tentativa de provar que estaria ali para ele, independente da situação. E mesmo que para Jasper parecesse cedo demais, logo ela encerrou o beijo, afastando-se somente o necessário para olhar em seus olhos. – O que acha de irmos embora, querido? Gostaria de te levar a um lugar.

– Mas... Mas... – e agora ele parecia confuso – Care, você nem mesmo terminou de almoçar! – completa, olhando de relance em direção ao prato dela.

– Isso não importa agora. Só deixe-me cuidar de você pra variar, ok? Venha comigo, por favor! – a garota pede, estendendo a mão na direção dele que, mesmo não achando muito justo o fato de permitir que ela ficasse sem comer direito, acabou tomando as mãos dela nas suas e a acompanhando para fora do restaurante assim que pagaram a conta.

– E para onde vamos agora, senhorita? – Jasper pergunta, ao chegarem ao carro.

– Surpresa! – ela responde com um sorriso, vendo-o girar os olhos – Hei, eu vi isso, sabia? – continua, levando as mãos à cintura. – E faça o favor de me entregar as chaves, sim? – completa, estendendo a mão na direção dele.

– Como? Chaves? As minhas chaves? Do meu carro? – e a cada nova pergunta, mais incrédulo ele parecia ficar. – E você ao menos sabe dirigir?

– Se eu não soubesse, não pediria as chaves, certo? Por favorzinho amor, não seja malvado! – ela suplica, aproximando-se dele com uma carinha pidona e ajeitando o colarinho de sua camisa despreocupadamente. – Prometo que tomo cuidado!

– Chamar de amor é golpe baixo, sabia? – Jasper responde, tirando as chaves do bolso do jeans e entregando para ela – Que grande chantagista você está me saindo!

– Aprendi com o melhor! – a garota responde, roubando um beijo – Agora pare de reclamar e entre logo nesse carro.

– Nem pensar! – ela a segura pelo pulso delicadamente, tomando a frente e abrindo a porta do lado do motorista para que ela entrasse, e só depois que ela estava acomodada, ele deu a volta e tomou o lugar do passageiro. – Não vai mesmo dizer para onde vamos, não é?

– Ah... deixe-me pensar... – uma curta pausa – Desculpe, mas não! – Caroline responde, com um sorriso – Mas você vai descobrir logo, prometo!

*******

Damon acabara de sair da cama, e mais uma vez, sentia a cabeça latejar dolorosamente, consequência de ter esvaziado uma garrafa de vinho e deixado a outra pela metade na noite anterior. Tudo que ele queria era não pensar em nada, e muito menos lembrar, e a bebida o ajudara nessa missão.

Arrastou-se escada abaixo, e só quando entrou na velha cozinha foi que se deu conta de que não comprara nada comestível. Irritado, derrubou alguns utensílios que jaziam sobre a bancada e voltou ao quarto em seguida, onde trocou de roupa, de modo que ficasse apresentável, e pegando as chaves de seu Camaro, voltou a descer para o primeiro andar e saiu pela porta da frente rumo ao centro da cidade, onde procuraria um lugar razoável onde comer alguma coisa.

Como a antiga casa de sua infância ficava a uma distância razoável do centro da cidade, Damon precisou de uns trinta minutos até chegar ao pequeno centro comercial, parando na primeira (e aparentemente, única!) lanchonete que encontrou, torcendo para que nenhum dos antigos moradores estivesse por ali e pudesse reconhecê-lo. Afinal, fazia anos que deixara essa cidadezinha, mas nunca se sabe quando alguém pode recordar de seu rosto, certo? E tudo que ele não precisava nesse momento era de uma viva alma lhe fazendo perguntas que ele não queria e nem iria responder.

Entrou no estabelecimento e logo pode sentir todos os olhares voltados para ele. Desprezando todos, encaminhou-se para a mesa mais afastada que pode encontrar, fazendo questão de sentar-se de costas para que não tivesse de se incomodar com nenhum olhar furtivo.

Pouco mais de um minuto depois, uma garçonete parou ao lado da mesa lhe estendendo o cardápio, e por alguns instantes, Damon pensou estar vendo Caroline ali. Sacudiu a cabeça rapidamente, e ao voltar seu foco para a garota, pode notar as diferenças gritantes: o cabelo era de um loiro mais escuro, os olhos eram castanhos ao invés de verdes, e era levemente mais alta do que sua preciosa Care. E agora, pensando nela, uma onda de inconformismo o tomava, afinal, como ela tivera coragem de esconder-se dele? Ele a amava demais, e quando se ama, o ciúme é normal, não? Para ele, ao menos, parecia o certo.

– Está se sentindo bem, senhor? – a garçonete pergunta, encarando-o intrigada.

– É só dor de cabeça – uma pausa para ler o nome dela no crachá, – Stacy. Aliás, não teria um comprimido aí, não é?

– Bem, tenho alguma coisa na minha bolsa. Posso pegar se não se importar em esperar alguns minutos.

– Eu ficaria muito grato, querida. – Damon responde, forçando um sorriso.

– Desculpe a intromissão, mas... – a garota começa, voltando-se para ele – Aconteceu alguma coisa? Precisa de ajuda? – e ela parecia realmente sincera em sua preocupação.

– Problemas de casal. – ele responde, com um dar de ombros. – Só preciso dar um tempo para Caroline perceber que o lugar dela é, e sempre será, ao meu lado.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, viu?

Aguardo as almas caridosas ali nos comentários! :)

Até mais...

xoxo