My Secret escrita por Dark Angel


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou maior o/ E tem um novo personagem aparece! Quem será...?
Muito obrigada pelo reviews, vou responder o que faltou agora! Gomem sou meio enrolada com isso D:
Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369538/chapter/3

Não sai do quarto depois daquilo. Tomei um banho, me sentando no chão de mármore, deixando a água quente cair na minha cabeça por muito tempo, se juntando com minhas lágrimas que insistiam em cair.

É por isso que gosto de estar debaixo da água. Quando estou nela não tenho certeza se estou chorando.

O que podia dizer para ele me deixar ficar? Simplesmente revelar meu passado para um completo desconhecido? Não consigo fazer isso. 

Passei sabonete pelo meu corpo todo, e lavei meu cabelo não sei quantas vezes. Estava enrolando ao máximo, tentando achar qualquer coisa para fazer que me levasse para longe desses pensamentos.

Por fim, saí do banho. Minha pele ardia, e estava enrugada como uma ameixa seca. Puis as bandagens em volta dos seios, afinal não quero que o incidente se repita, e por cima uma camiseta larga e comprida. Apesar das bandagens, não sumia por total, assim camisetas justas nem sonhando. 

- Lucy, você é uma idiota. Uma maldita idiota burra. - suspiro e deito na cama, empurrando a mochila com os pés, depois me enterrando debaixo da cobertas. - Espero que me matem sufocada. 

- Nisso, eu te ajudo com prazer. - Algo pesado é jogado da minha barriga, me fazendo gemer de dor, e me sentar irritada me deparando com um rosado. Nele estampado um maldito sorriso arrogante na cara. Me senti orgulho de mim mesma por não tacar de volta, o que  quer que seja, aquilo que havia me acertado. 

- Humf. - Me deito novamente, virando de costas para ele. Não antes de chutar o objeto desconhecido no chão. 

- Sabe que não precisa usar as bandagens com apenas nós dois no quarto, não é? - Nossa isso sim que eu chamo de mudança de humor. Decido não responder nada, e ele bufa irritado. Ouço o barulho de objetos se batendo. Talvez estivesse procurando alguma coisa.  O som para, e de repente meu coberto é tirado brutalmente de mim.

- Hey! - grito irritada, e dessa vez eu quem sou ignorada. - Olha eu acabei de te conhecer, mas quero que você saiba que eu não gosto de você. 

- Então temos um sentimento reciproco. - diz com um sorriso sínico na cara. - Estique os braços. 

- Por que eu obedeceria você? - Isso soou como aquelas crianças que se recusam a obedecer outra da mesma idade que elas. Observo sua expressão, e me surpreendo.  Com certeza estou enganada, mas ele parece... Preocupado. Então meus braços simplesmente vão até ele, sem me pedirem permissão antes.

- Desculpe por isso. - Fico confusa mas reparo em hematomas, não muito graves, ao redor de meu pulso.

 Ele pega um lenço e passa por um dos pulsos, depois pega uma bolsa de gelo e coloca por cima, ficando ali por alguns minutos, repetindo o processo com o outro. A marca melhorou bastante, mas não sumiu por completo o que o fez franzir a testa. Ao menos eu acho que esse foi o motivo. 

- Você devia ter feito isso antes. - Me repreende. 

- Ah, então agora a culpa é minha? - Ele morde o lábio inferior, e se afasta, levando a bolsa de gelo para o freezer ( que eu nem havia notado sua existencia) e depois se senta em sua cama de frente para mim.

- O que ainda faz aqui? Achei que quando voltasse já teria ido embora.

- Pode parar de fazer isso? - grito o assustando, mas ele estava seriamente me deixando louca. - Primeiro você foi legal, até minutos depois descobrir que eu era uma garota então surtar, ai você se preocupa comigo e agora que se livrar de mim? 

Ele me olha irritado, e vai para o banheiro murmurando algo sobre tomar um banho para esfriar a cabeça. Soco o travesseiro e desço da cama num pulo,  indo para minha mochila e pegando alguma calça jeans larga, obviamente. Agradeço aos céus por homens não usarem legging, nem calças apertadas. 

Saio do quarto tentando me lembrar se vi alguma cozinha mais cedo, e é um completo fracasso. Milagrosamente acho uma placa indicando a cozinha, dando um sorriso de vitória. Sigo o caminho, praticamente pulando, pois não como nada desde o café da manha, e agora que reparei já estava escuro. 

A cozinha estava acesa, e vejo que mais alguém teve a ideia de usa-la. Eu devia dar meia volta, mas estava realmente feliz por encontrar alguém mais baixo do que eu. Certo eu sei que esse motivo é ridículo, mas... Há qual é? Você se sentiria do mesmo jeito.

Seu corte de cabelo era perfeito, feito por um verdadeiro profissional, era mais castanho do que loiro e incrivelmente brilhoso. Seus olhos verde escuro, possivelmente só estava assim pela luz, caso o contrario não teria percebido. Ele estava concentrado em alguma receita, olhando para o livro e batendo furiosamente uma massa, que acho que era de panquecas.

- Quer ajuda? - Ele pula, caindo com a massa na cabeça, me olhando ferozmente como se fosse me matar. Apesar disso eu comecei a rir, me obrigando a parar depois de um tempo. Sou muito jovem para morrer atacada com uma colher de pau, usada para misturar massa de panqueca. - Desculpa.

- Olha o que você fez! Meu trabalho duro... Desperdiçado. - Suspira derrotado, observando o estrago feito. - E quem é você?

- Er, Luca. E você...?

- Minha mãe me ensinou a não revelar nada a estranhos. 

- Certo, então posso te chamar de Sr. Panqueca? Ou seja lá o for isso. 

- Isso era uma panqueca. - Suspira novamente. - O que você vai fazer sobre isso? To com fome. - Ele é tão fofinho, mesmo irritado. Acho que isso o deixa mais fofo. Suas bochechas estavam vermelhas pela raiva, e sujas de farinha. Agora o cabelo e as roupas estavam cobertos de massa de panqueca. 

Pego um pano de prato, e o umedeço um pouco com água. Vou até ele, tirando o pote, e começando a limpar seu rosto. Ele se afasta como se tivesse levado um choque. 

- E-ei! - Olhava para mim como se fosse algum monstro. 

- Quer ficar sujo? Venha deixa eu limpar. - Dessa vez ele concorda, e limpo cada centímetro de seu rosto, com certa diversão, já que seu rosto agora estava corado de vergonha e parecia querer me dar um soco depois correr. - Prontinho. 

- Hum. - Vira o rosto, e vai até o pote. 

- Deve ser muito tarde para fazer panquecas, o que acha de onigiris com ameixa? - Seus olhos brilham e eu dou uma leve risada. Onde eu morava havia muitas crianças pequenas, e ele me lembrava elas.

Os próximos minutos foram mais ou menos assim: Primeiro ele procurou uma receita sobre como fazer onigiris, ignorando meus protestos ( que não precisava da receita, já que eu sabia perfeitamente como se faz, e não conheço alguém que não saiba), depois de encontra-la mandou eu buscar os ingredientes. 

Demorou um pouco para encontra-los, afinal era minha primeira vez na cozinha. Então ele se irritou, e ele mesmo teve que junta-los. Nenhum de nós sabíamos onde encontrar uma maquina que cozinhe o arroz, então tive que fazer a moda antiga, o fervendo na panela. Ele surtou dizendo que na receita falava claramente que era uma máquina, mas aceitou depois de um tempo. 

Enquanto eu observava o arroz amolecer, ele procurou pelas ameixas, e voltou com um saco cheio. Comemos algumas esperando o arroz cozinhar, e depois ele esfriar. Depois o moldamos. Em sua primeira tentativa, o onigiri despedaçou, na segunda apertou muito a ameixa deixando-a amassada, na terceira ficou aceitável. 

Agora estávamos sentados deliciando-se com uma receita fácil, que de algum jeito foi muito cansativa. Ele embalou algumas para depois, e fiz a mesma coisa, mas para leva-las ao Natsu como uma oferta de paz. Quando estava indo embora ele grita meu nome. 

- Eve Tearm. - grita e sai correndo, pela outra porta com o rosto vermelho. Dou uma risada breve, conhecer ele foi com certeza a parte mais legal do meu dia.

Olho em volta tentando lembrar o caminho que fiz até chegar aqui. Depois de algumas voltas, acho o corredor e a bendita escada. Era meio assustador andar nele, sem nenhuma luz o iluminando. Ando até a última porta e o quarto também estava todo escuro. Acendo a luz e me seguro para não dar um berro. Natsu estava sentado na cama me olhando assustadoramente. 

- Porque diabos a luz está apagada se você não tá dormindo? - digo tentando acalmar meu coração, que queria saltar pela boca. - Toma. - Entrego o pote com os onigiris, ele abre e revira os olhos.

- O que é isso no meio dele?

- Er... Ameixas? - digo sarcástica.

- Eu sou alérgico a ameixas. Uma delas e posso morrer. Acho que isso seria bom para você. 

- E-eu não sabia! 

- E é isso que torna mais assustador. Você tem até amanha para sair daqui, ou eu conto seu segredinho. - diz dando enfase na última parte. Legal, minha oferta de paz foi o estocaupe para a guerra.

- Eu... Eu faço tudo que você quiser! - Fico de joelhos, tocando suas mãos. - Limpo o quarto, cozinho, nada com ameixas eu juro, qualquer coisa! Serei como um gênio da lampada, mas em vez de três você tem infinitos desejos!

Ele me levanta, e logo me deita em sua cama, ficando por cima de mim e segurando meus pulsos,de alguma forma com delicadeza. Se inclima e morde o lóbulo da minha orelha, descendo há lateral do pescoço, então foi beijando até à parte da frente.  

Eu me sentia como um inseto preso numa teia, porém nem me debater eu conseguia. A surpresa havia me deixado congelada. Demorou um tempo para mim assimilar o que estava acontecendo, e quando percebi ele havia voltado a mordiscar minha orelha, me fazendo arrepiar. Fui obrigada a morder meu lábio inferior, quando ele voltou a  beijar meu pescoço, e não correr o risco de soltar um gemido.

Finalmente tomo forças e o empurro, mas ele era mais forte do que eu. E no fundo eu sabia que estava gostando. A voz na minha mente dizia para continuar, e depois pensar no que havia feito, mas há voz da razão dizia que eu estava sendo imatura. E vamos encarar, ele está tentando me assustar não me seduzir.

- Você deve tomar cuidado com o que vai dizer. - diz finalmente me soltando, praticamente me empurrando de sua cama. - Ótimo. Vamos ver até onde você aguenta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? O final não era para ser assim, maaas... Eu não imaginei outro jeito dele aceitar o acordo e deu nisso, então...tomare que tenham gostado haha
Ainda não comecei o próximo mas vai ter o feriado de amanhã e vai juntar tudo XD Tentar escrever ele!
Beijos