Pode Me Chamar De Percy escrita por bersange


Capítulo 8
Aulas diversas


Notas iniciais do capítulo

/bersange/
um capítulo maior e no meio da madrugada do meio de um feriado escrito no laptop da péssima internet da minha namorada! eu sou ou não sou uma heroína, galera? rsrs
esse capítulo é mais para apresentar as turmas de percy exatamente e acabar logo a primeira semana. no próximo capítulo eu devo falar sobre os testes de basquete e a partir daí a fic deve andar mais depressa.
E FINALMENTE CONSEGUI ENCAIXAR DOIS DOS ANTAGONISTAS NA FIC! olho neles!!



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Depois de ficar nervoso com a possibilidade de fazer novos amigos e ficar nervoso com o primeiro dia de aula, o problema passou a ser o teste de basquete.

Eu ainda treinei naquela noite de segunda-feira com o pessoal. Também jogaram Will Solace e Lee Fletcher, que eram meus rivais por uma vaga. Os dois eram muito bons e seria duro competir com eles.

No dia seguinte, acabei me atrasando na fila do banho e quando cheguei na sala, a aula já tinha começado. Eu me sentei no canto da classe, longe das pessoas que eu conhecia: Annabeth estava na fila da frente, com expressão de profunda atenção, e Rachel Elizabeth Dare estava na fila do meio. A professora passou bastante matéria, então eu só pude falar com elas quando o sinal tocou.

Annabeth se despediu rapidamente, pois teria aula com a senhora Dodds. Rachel, entretanto, teria aula comigo de Geografia, e fomos conversando.

Rachel era legal e divertida. Extremamente fácil de conversar e brincalhona. Falamos sobre as aulas, filmes, livros, músicas...

– Não conheço metade dessas bandas que você falou...

– Se você continuar minha amiga, vai acabar conhecendo todas elas, porque eu vou te apresentar - comentei, rindo.

– E quem disse que quero ser sua amiga, Percy Jackson? - ela disse, séria.

– Eu, hã...

– Estou brincando, mané - ela desatou a gargalhar. - Claro que quero ser sua amiga. Você é ótimo, cara.

– Ah, bem - disse, rindo também. - Você me deu um susto agora, sabia?

Não conhecia ninguém além de Rachel na sala, então conversamos a aula inteira. Ao fim dela, percebi o professor olhando feio pra gente.

Fui almoçar com Tyson em Williamsburg e aproveitei para comprar fones de ouvido novos para o meu celular (que tinha uma preciosa playlist).

– Você tem CDs, discos, pode ouvir música pelo computador do Nico se ele emprestar... Porque você também tem música no celular? - perguntou, enquanto nós dois esperávamos na fila do caixa.

– É pra poder ouvir quando eu quiser e aonde eu quiser, cara - expliquei.

Depois disso, fui até a aula de Matemática com a senhora Dodds. Lá, encontrei Grover, mas não pudemos conversar muito porque logo a aula começou. Dodds começou a corrigir os deveres de casa (que eu tinha feito com Grover correndo na noite anterior). Ao perceber que todos os alunos tiveram muitas dificuldades com os exercícios, ela deu um longo sermão sobre como éramos mimados e incompetentes. Eu pensei que era exagero reclamar tanto de um exercício que ela passou para o dia seguinte, mas não falei nada.

Eu e Grover fomos juntos para a aula de Inglês após sermos liberados daquele massacre. Lá, encontramos Tyson e Annabeth. O professor passou um exercício o qual fizemos rapidamente. Enquanto esperávamos o resto da turma terminá-lo e a correção ser feita, conversamos.

– Eu acho que a Annabeth está certa - respondi.

– Não pode estar - comentou Grover. - O final de Lost não era assim. A ilha era o purgatório!

– A ilha era só uma ilha - afirmou Annabeth. Era curioso como um assunto emendava em outro: começamos falando sobre o exercício, falamos sobre a escola, partimos para cinema e travamos nessa discussão sobre o final de Lost.

– Como você pode dizer que a ilha era só uma ilha? E a Dharma? E os ursos polares?

– Bem, era uma ilha incomum, mas era uma ilha.

– Vocês estão esquecendo de uma coisa - disse Tyson. - Jacob e aquele irmão dele.

– Isso - falou Grover, animado. - Como pode ser só uma ilha com o Jacob lá? Ele mesmo falou que a ilha era a rolha do inferno.

– Quando isso? - perguntei.

– Naquela conversa dele com o Richard.

– Olha, talvez a ilha tivesse um pé no metafísico sim, mas eles não morreram no acidente.

– Claro que morreram.

– Se eles morreram, duas coisas então que você tem que me explicar: como eles conseguiram sair da ilha e o que era a vida alternativa que vimos na última temporada.

– Fácil, Annie - disse Grover. - Eles saíram da ilha porque conseguiram enganar a morte. Mas perceberam que era errado, tanto que o Jack convence todo mundo a voltar.

– Então eles morrem na segunda queda do avião? - perguntei.

– Sim.

– Mas alguns conseguiram escapar de novo - ponderou Annabeth.

– Porque eles enganaram a morte de novo - propôs Tyson. - E a vida alternativa aconteceu porque eles se negavam a aceitar a morte. Jack foi o último a ter aceitado, então é o último a se juntar a Igreja.

– Exatamente - concordou Grover.

– Não, deixa eu explicar o que aconteceu. Eles caíram naquela ilha maluca - começou Annabeth. - Quem sobreviveu a queda, sobreviveu. A ilha tinha as coisas estranhas dela, por isso era impossível de achar e quase impossível de sair, mas Jack, Kate e os outros conseguiram. Eles se arrependeram de ter deixado os outros para trás e voltaram. Alguns conseguiram ser resgatados e outros não. Hurley virou o novo Jacob, junto com o Ben.

– E a realidade paralela? - perguntou Tyson.

– Esse sim era o purgatório - respondi.

– Bem, eu não acho que seja isso. Na primeira temporada... - começou Grover. A discussão durou bastante, mas Grover não cedeu. Eu tinha certeza que Annabeth e eu estávamos certos, mas ele não aceitou. Tyson disse que ficou em dúvidas e concluiu que não tinha entendido muito do seriado mesmo.

Após nossa discussão sobre Lost, o professor conseguiu corrigir o dever antes da sineta tocar. Fui solitariamente para a aula de Biologia, onde vi Jason e Reyna namorando de um lado e Frank e Hazel conversando como confidentes de outro. Observei este casal por um tempo. Frank gostava de Hazel, estava escrito na testa dele. Eu me perguntei se era mútuo ou se Hazel ao menos percebera algo. Eu não sabia dizer.

Ainda reconheci um menino e uma menina que vi conversando com Frank rapidamente pela manhã e, se eu não estivesse muito enganado, se chamavam Bobby e Gwen.

Sentei-me ao lado de um garoto magricela com cara de enjoado e do lado de uma menina que eu ouvi Bobby a chamando de Dakota e esperei o professor chegar. Não demorou nem cinco minutos e ele apareceu. O cara era hilário e parecia ser bem maneiro, apenas explicou o curso e nos liberou mais cedo.

Jason e Reyna foram para um lado, de mãos dadas, e Frank e Hazel foram para o outro, rindo alto. Decidi passar no meu armário e ir mais cedo para o ginásio, onde teria a última aula do dia. Antes, entretanto, o garoto magricela me chamou:

– Ei, Perseu!

– Percy - corrigi. - O que foi?

– Você vai fazer o teste para o time de basquete semana que vem?

– Vou, e daí?

– Eu sou do time.

– Você é o tal do Octaviam? - perguntei. - O pessoal mencionou você algumas vezes.

– Sou. E vou te dizer uma coisa: se você acha que ficando amiguinho dos jogadores vai conseguir vaga no time, você está enganado.

– Eu, hã... - respondi, confuso. - Do que diabos você está falando, meu irmão?

– Estou falando de justiça. Eu vou falar com o treinador Hedge e garantir que ele fará uma avaliação justa, entendeu?

– Ah, legal - respondi, segurando a raiva. Do que aquele imbecil estava me acusando? - Faça o que quiser. Vou nessa.

Saí dali, passei no meu armário e guardei o material. Tyson havia me dito que não era necessário usar uniforme no primeiro dia de Ginástica, pois seria apenas uma palestra do treinador Hedge.

Antes de chegar no ginásio, vi os gêmeos Stoll entrando em um corredor. Eles me viram e me chamaram.

– Ei, Percy, quer vir? - perguntou Connor. Ele tinha um baseado na mão. Eu apenas balancei a cabeça, negando.

No ginásio, esperei algum tempo, mas o lugar rapidamente encheu. Sentaram ao meu lado um cara chamado Butch, que era grande e ameaçador mas bem educado, e uma menina bonita que ouvi uma das amigas a chamando de Drew.

O treinador Hedge anunciou que os testes para os times seriam em uma semana e que cada aluno poderia fazer parte de um único time, o que me deixou triste. Queria fazer natação e basquete. Apesar de gostar muito de nadar e ser muito bom, eu me sentia obrigado a tentar o basquete somente. Ele explicou que os treinos dependiam da modalidade e que a ginástica teria tratamento diferenciado para os atletas, para evitar lesões e etc.

Acabei não jogando basquete naquela noite, fiquei jogando baralho com o pessoal na praça em frente ao dormitório.

No dia seguinte, tive aula de Filosofia e Sociologia pela manhã, e as duas eram com a mesma turma. Além disso, a turma era formada apenas com os meus amigos, praticamente, o que a fazia divertida e bagunçada. Aproveitando a deixa, fomos todos juntos almoçar em Williamsburg. Mas lá nos separamos: eu fui com Luke, Annabeth, Beckendorf e Silena no restaurante de comida italiana. A Academia Minerva oferecia um passe aos estudantes que nos permitia almoçar na cidade algumas vezes por mês.

Voltamos todos juntos para a aula do senhor Brunner, de História. Era impressionante que ele conseguia ensinar de forma leve e engraçada. Depois dele, tivemos mais uma aula de Inglês.

Finalmente, fui com Annabeth para a aula de Física, onde mais nenhum conhecido fazia parte da turma. O professor, um baixinho chamado John Leneu. Ele ignorou que era o primeiro dia de aula da matéria dele e passou coisa pra caramba. Eu tive dificuldades para acompanhar. mas Annabeth resolveu os exercícios com facilidade e me deu uma ajuda.

Após o sinal tocar, Annabeth me explicou que aquele era o tempo reservado para esportes e clubes e que, na primeira semana, era vago. Fiz a coisa mais lógica então: joguei basquete. Os irmãos Stoll e Nico jogaram um pouco com a gente também, mas os três eram péssimos.

– Eu disse que não sei jogar esta coisa - comentou Nico, quando esperávamos na fila do banho.

Na quinta-feira, acordei animado com a primeira aula. Não por ser Geografia, mas por ser uma boa oportunidade de conversar com Rachel.

– E aí, Percy Jackson? - ela cumprimentava. Percebi que ela tinha a mania de me chamar pelo nome completo, então decidi revidar.

– Tudo bem. E com você, Rachel Elizabeth Dare? - ela fez uma careta engraçada e começamos a conversar. Rachel me explicou que amava pintar, desenhar e criar e que tinha uma ótima veia artística e ainda me mostrou alguns desenhos e esboços no caderno dela e, era preciso admitir, eram ótimos.

Depois de conversarmos a aula inteira (e receber mais olhares estranhos do professor), eu me dirigi para a aula de Química. Rachel não era dessa turma, então nos despedimos enquanto eu pegava meu livro no armário.

A primeira pessoa conhecida era Thalia, que sentou ao meu lado mas não puxou conversa. De fato, nós dois escutávamos música no celular. Eu vi o casal Annabeth e Luke chegando, conversando alguma coisa, provavelmente sobre a aula anterior pela cara de tédio dos dois. Grover se despediu de Juníper, que o acompanhou até a porta, e também entrou na sala. E pouco antes da professora chegar, apareceu também o Ethan Nakamura. A aula de Química foi um tédio infinito e quando ela acabou, fui correndo almoçar. Estava com tanta fome que almocei no refeitório da Academia Minerva mesmo.

De tarde, tive uma torturante aula de Matemática com a senhora Dodds e uma ótima aula de Biologia. Para mim, a aula de Biologia era a segunda melhor de todas, só perdendo para História e a frente até de Sociologia e Filosofia, que foram a maior zoação com todo mundo na mesma classe.

Finalmente, fechei o dia com uma aula tranquila de Economia (junto com boa parte da galera, mas nem todo mundo) e de Artes (com outra boa parte da galera). Para esta última, fiquei decepcionado por não ser da classe de Rachel, que falara tão apaixonadamente sobre.

A noite, o mesmo grupo de basquete se reuniu, mas eu e Luke preferimos não jogar e acompanhar as meninas e os que não jogavam (que frequentemente ficavam assistindo e zoando nossos erros) em Williamsburg. Andamos pelo shopping e jantei no McDonald's de lá.

Na sexta-feira, o despertador não tocou e nós quatro do dormitório só aparecemos na metade da aula de História da Arte. Depois fui para a aula de Física com Annabeth, onde mal entendi a matéria que era passada e almoçamos junto com Luke, Juníper e Grover. Eu me senti meio mal segurando vela ali e subitamente pensei que gostaria que Rachel estivesse ali. Acho que eu estava começando a... bem, eu não sabia direito.

Apenas Juníper não era da aula seguinte, de Química. Depois, fui com Annabeth para a aula de Literatura, em que mal prestei a atenção conversando com ela e com Frank e Hazel.

Fui para a aula de Ecologia, onde voltei a encontrar Rachel Elizabeth Dare. Além dela, as duas pessoas que se sentaram próximas de mim no ginásio na terça faziam parte da classe: Butch e Drew. Também o Octaviam, o que me deixou chateado - mais uma aula para suportar com aquele imbecil.

– Você conhece alguém aqui dessa turma?

– Conheço você e o Butch de falar. Outros eu conheço de vista.

– Aquela menina ali, Drew. Você a conhece?

– Infelizmente, sim. Aquele pessoal em volta dela são os puxa-sacos oficiais. O que é uma pena, pois eles são legais.

– Quem são? - perguntei, curioso.

– Aquele é o Austin, - começou, apontando discretamente - aquela de camisa rosa é a Lacy e a do lado dela é a Kayla. Aquele menino sentado é o Mitchell e a outra é a Laurel. Bem, esses são os atuais.

– Como assim?

– Vira e mexe ela muda de amigos - explicou Rachel. - Melhor dizendo, os amigos cansam dela. Gente boa, sabe? Katie Gardner, Lou Ellen, os irmãos Wine...

– Irmãos Wine?

– Castor e Pollux.

– Ah, certo.

– A Miranda Gardiner também.

– Ela é parente da Katie?

– Não - respondeu Rachel. - Elas só tem sobrenome parecido.

– Certo.

– E um dos ex-namorados, o Clovis, que está dormindo ali no canto da sala - disse, apontando. - Aquele do lado dele, o Malcolm, também namorou ela, coitado.

– Eu acho que ele é da minha turma de Filosofia ou Sociologia. Ou das duas, sei lá.

– É, pode ser. Geralmente as turmas de Sociologia e Filosofia são as mesmas.

– Dei sorte, pois só tem gente que eu conheça nelas. Exceto você, claro.

– Nós só faremos o que juntos? - perguntou.

– Ecologia, Informática, Francês e Geografia.

– Ah, até que a gente vai se ver muito na semana - disse Rachel, sorrindo.

Depois, fui para a aula de debates, que era no auditório e eu apenas conhecia Beckendorf e Silena, além de alguns do grupo de Drew que Rachel havia me mostrado.

– Ei, Percy! - chamou Beckendorf depois da aula. - Vamos pra quadra?

– Vamos, vamos - respondi.

– Ai, vocês são tarados por basquete, hein? Que saco - disse Silena.

– Mas isso é até Percy entrar no time. Depois, só nos treinos - disse Beckendorf.

– Se eu conseguir entrar, né?

– Você vai tentar entrar no time? - disse um garoto que em me lembrava de ter visto nas aulas de Biologias. - Boa sorte, eu tentarei pela quinta vez!

– Vai tentar esse ano de novo, Jacob? - perguntou Beckendorf.

– Claro - ele disse. - Eu nunca vou desistir.

– Boa sorte - eu disse.

– Obrigado.

Eu não joguei muito tempo, pois cansei logo. Tomei banho mais cedo e fui ouvir música no quarto. Aproveitei e ensinei a Nico um pouco sobre as músicas que eu ouvia. Fomos dormir logo depois que Tyson e Grover chegaram.

– Se divertiu nessa primeira semana de aula, Perseu? - perguntou Nico, se preparando para apagar a luz.

Resisti ao impulso de corrigir o meu nome. Respondi então, genuinamente feliz:

– Muito.


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Notas finais do capítulo

/percy/
mal posso acreditar que há menos de duas semanas eu estava com medo de não fazer amigos...

/bersange/
gente, umas coisas importantes que eu tinha pra falar: a primeira é que o time de basquete não vai tomar muito espaço da fanfic, apenas o necessário para demonstrar a importância para percy na sua enturmação, popularidade, etc.
segundo que a fic deverá ser mais longa do que eu planejava, mas acho que isso é bom.
...
ia falar mais alguma coisa, mas me esqueci. é isso, bjos!