The Professor escrita por Marie Fic


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Nossa, 3 semanas sem computador, quase pirei. Estou de volta com mais um capítulo. Me perdoem meus leitores, não vou mais ficar tanto tempo sem postar. Espero que gostem desse capítulo!



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Eu entrei no apartamento, mesmo sendo a segunda vez que eu entrava naquele lugar, bom, a primeira consciente. Era como se fosse meu lar, eu sentia uma constante segurança quando estava lá.

– Onde posso deixar minha mochila? - Perguntei admirando o lugar.

– Hum, pode deixar no chão.

Eu larguei a mochila no canto e olhei para Edward, que me olhava com um olhar cuidadoso, como se esperasse que eu saísse correndo ou começasse a gritar.

– E agora? O que faremos? - Perguntei tentando quebrar o gelo.

– Hum, eu não pensei nessa parte. - Ele disse divertido. - O que você costuma fazer em casa durante a tarde?

Eu costumo pensar nele, escrever sobre ele, ouvir músicas que me lembram ele, me imaginar beijando ele. Mas eu ia pular essa parte para algo mais leve.

– Eu gosto de assistir filmes.

– Perfeito, assistiremos um filme. Pode escolher o que você quiser. - Ele disse apontando para uma prateleira cheia de filmes.

Eu olhei todos e vi muitos clássicos, mas como eu disse, eu queria algo mais leve. Então escolhi uma comédia, Curtindo A Vida Adoidado. E Edward botou o filme no DVD.

– Você sempre fica assim sem fazer nada durante as tardes? - Eu perguntei curiosa, afinal, Edward é um professor, um adulto, deveria ter outra ocupação além de passar a tarde assistindo filmes com uma adolescente. - Você não tem testes e provas pra corrigir ou outras coisas?

– Hum, eu costumo fazer essas coisas de madrugada.

– Você não dorme de madrugada?

– Digamos que eu não tenha muito sono.

– Como?

– Bella, quantas vezes eu tenho que te dizer que tem algumas perguntas sem respostas? Um dia você saberá a verdade, e você poderá fazer a sua escolha, mas por enquanto, você precisa saber quais são as suas opções.

– Me desculpe, eu não faço mais perguntas, mas eu não entendi nada do que você falou. Eu só queria te entender, queria saber o significado oculto nas coisas que você me diz, eu queria saber a verdade.

– Por que tudo pra você precisa ter um significado oculto? Por que você não aceita que eu simplismente te amo?

– V-vo-você me ama? C-como? - Eu gaguejei e tropecei nas palavras, por que eu estava tropeçando dentro da minha cabeça, dentro da minha vida, não tinha sentido, nada disso, como ele pode me amar? Eu, uma humana comum, simples, normal. Isso só pode ser um sonho, daqueles arrebatadores que não fazem nenhum sentido, que quando você acorda, você só quer ser puxada pra dentro do sonho de novo.

– Eu te amo, essa é a verdade, Bella, não a única, mas uma delas. Eu te amo desde que eu te vi pela primeira vez, eu te amo desde que eu ouvi sua voz pela primeira vez. - Ele botou a mão no meu rosto e acariciou a minha bochecha, eu senti a sua pele gelada no meu rosto corado. - Desde que eu te toquei pela primeira vez. Eu posso não ser humano, mas eu te amo, Bella.

Eu levei um tempo para poder falar, eu estava congelada no meio da sala de estar do Edward, recapitulando a história do dia que nós nos conhecemos até agora, o momento em que esse homem não humano disse que me ama. Uma das verdades, o que ele quis dizer com isso? A escolha, o que ele é? Eu acho que vou...

Acordei, sentindo um brilho bater no meu rosto. Eu estava deitada no sofá de Edward e ele estava sentado no chão segurando a minha mão, com os olhos vidrados em mim.

– Eu desmaiei de novo?

– Sim. Eu te devo umas explicações, você desmaia demais.

– Umas explicações? Você me deve umas respostas, eu sei que tem perguntas que não tem respostas, mas eu já estou envolvida demais, eu mereço essas respostas.

– Faça as suas perguntas e eu te darei as suas respostas, eu prometo que nunca mais vou te decepcionar.

– Você nunca me decepcionou Edward, você só me deixou meio maluca. - Eu disse rindo, ele riu meio triste e concordou com a cabeça. - Eu quero saber, o que você é, se você não é humano? Você é forte, rápido, não dorme, é frio, o que você é?

– Eu também não como, eu só bebo, uma bebida um tanto quanto peculiar, me diga você, eu sei que é inteligente o bastante para isso.

Antes que a loucura que estava me consumindo me fizesse desmaiar de novo, eu pensei, e cheguei a conclusão óbvia.

– Vampiro.

– Esse é o seu melhor palpite? - Eu fechei os olhos e quase me bati por ter chegado a uma conclusão tão estúpida. - Você está certa.

– O que?

– Você está certa, eu sou rápido, forte, frio, imortal, bebo sangue e estou apaixonado por uma humana adolescente, sou um ser desprezível, você já pode ir embora.

– Eu não quero ir embora.

– Por que? Você já sabe da verdade, você não vai me querer, você é pura e perfeita.

– Eu não sou perfeita, ninguém é. Você não disse que depois que eu soubesse da verdade eu poderia fazer a minha escolha, então, eu estou fazendo a minha escolha, eu quero ficar com você. - Quando eu terminei de falar eu notei que Edward ainda segurava a minha mão, então eu cruzei nossos dedos e sorri para ele.

– Eu não entendo. Eu pretendia passar o tanto de tempo que eu pudesse com você até que você se tocasse e me deixasse, que você percebesse o que você estava fazendo e que não era certo que você gastasse a sua vida comigo. Eu passei 100 anos vagando por aí sozinho, bebendo o sangue de animais, me perguntando quando algo iria acontecer. Então eu decidi fazer algo, eu ia dar aulas e tentar ensinar um pouco de cultura pros humanos, eu já tinha o diploma mesmo. E quando eu cheguei lá minha primeira aula, eu encontro você e perco todos os meus sentidos.

Eu ouvi todo o seu discurso e entendi tudo o que ele falou. Eu ainda tinha um milhão de perguntas que eu deveria fazer, mas ele me esclareceu bastante as coisas.

– Com quantos anos você virou um vampiro?

– Em 1918, eu tinha 17 anos e virei um vampiro, transformado por um vampiro que eu vi bebendo o sangue de um animal, ele teve pena de mim e me transformou ao invés de me matar, tendo me transformado, eu nunca poderia contar a verdade pra ninguém.

– Eu amo você. - Eu admiti a mais pura verdade, eu o amava.

– Você o que?

– Você ouviu, eu te amo. Eu não quero que você ache que eu não deveria saber a verdade, ou que você não deve ficar comigo, eu te amo e eu já fiz a minha escolha.

Edward se agachou no chão, botou a mão no meu rosto e me puxou devagar para perto dele e encostou levemente os lábios nos meus. Eu não resisti e botei a mão no seu pescoço e o puxei com força, e o beijei, nossas linguas se encontraram e o beijo fluiu loucamente, eu não conseguia resistir ao seu sabor. Edward pausou o beijo e se sentou no sofá, e me colocou no seu colo, com as pernas em volta da sua cintura, e eu continuei a o beijar cada vez com mais intensidade.

Enquanto eu estivesse nos braços de Edward, eu esquecia de tudo, de todos os empecilhos, de todos os obstáculos de todas as obrigações, de tudo. Eu só queria estar nos seus braços.

Eu fui diminuindo o beijo e o olhei nos olhos, e encontrei todas as respostas que eu queria. Ele, ele era o que eu queria, era ele que eu devia ter, eu o amo, e eu não posso mais evitar, eu enfrentarei todas as dificuldades, eu pertenço a ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Eu estou amando! Bem quente esse capítulo, ne? Eu acho que todo mundo já sabia que o Edward era vampiro, mas mesmo assim, foi uma surpresa. Espero que tenham gostado muito, comentem. Beijúsculos!