Eu entrei no carro. Me perguntando porque Edward me ofereceria carona. Eu fiquei por um tempo tentando entender minha situação, será que eu já não vi um filme ou livro com uma história parecida? Não. Então, resumi para mim mesma. Um homem de 21 anos chamado Edward Cullen, que é professor da minha escola, é incrívelmente lindo, rápido, consegue quebrar pescoços de estupradores com muita facilidade, e tem uma pele estranhamente gelada, demonstra um estranho interesse por mim, uma adolescente normal de 15 anos. Ele mora sozinho e não tem namorada apesar de ser lindo. E a melhor parte, eu o conheço faz dois dias e ele já salvou minha vida. 

- Edward, porque você me ofereceu carona?

- Porque ainda falta um ano para você poder dirigir e está muito calor lá fora, eu temo que você possa desmaiar. 

- Hum, e se alguém descobrir que você está me dando caronas?

- Você vai contar para alguém?

- Não.

- Então ninguém vai saber.

- Como você sabia onde eu moro? Ontem a noite, você me levou em casa e eu não te disse onde eu moro.

- Hum, é, hum, porque. - Edward ficou um tempo gaguejando e pensando. - Porque eu já te vi saindo daquele prédio.

- Sei. Mas porque você me ofereceu carona e não pros outros alunos?

- Bella, que tal você ficar um pouquinho sem fazer perguntas?

- Desculpe. - Eu disse abaixando a cabeça. - Eu devia ter percebido quando passei dos limites.

- Não, Bella, me desculpe. Eu não quis ser rude com você, é que tem algumas perguntas que não tem resposta. E eu gostaria que você entendesse isso, mas um dia você vai saber a verdade sobre tudo que está acontecendo.

- Hey, você passou direto do meu prédio.

- Sua mãe não vai ligar se você chegar um pouco mais tarde, ela trabalha, nem vai saber que você deu uma voltinha depois da escola.

- Para onde nós vamos?

- Para um lugar onde nós possamos ficar sozinhos.

- Nós já estamos sozinhos.

- Mas você não merece ficar em um carro, Bella.

- Aqui é onde você mora, certo?

- Certo. Você não se importa de passar a tarde comigo, né? Eu sei que você fica sozinha em casa, e eu também. Você podia me fazer compania.

- Então, eu devo subir pro seu apartamento porque você é meu professor? Porque sempre que um estranho me chama para ir para seu apartamento, eu devo ir, claro, sem medo de serial killers, eu já vou pro inferno mesmo.

- Bella, eu só quero deixar claro que você tem direito de escolha, se você não quiser ficar comigo, é seu direito, se você quiser, eu vou ser muito feliz.

- Tudo bem, uma tarde não mata ninguém.

Era óbvio que eu sabia as consequencias da minha escolha, eu podia estar sendo atraída por aquele estranho para seu apartamento, e ser estuprada, morta, torturada, ou vítima de um programa de pegadinhas. Mas apesar das consequencias, era a primeira vez da minha vida, que eu me sentia viva de verdade, como uma criança roubando doces, ou um adolescente bebendo antes dos 21, ele era minha bebida, meu doce, meu vício. E eu não podia evitar, aquele estranho lindo roubou todo o meu sentido e consciência. Seja o que for, eu não me arrependerei.