Candy escrita por Charlie


Capítulo 6
6. Madness


Notas iniciais do capítulo

Oi :)



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– Hora de acordar Rachel! – A garota nem se mexeu. – Rachel pare de brincadeira e levante, não podemos nos atrasar.

– Eu não quero ir... Seja lá aonde vamos. – Rachel disse contra seu travesseiro.

– Eu também não quero ter esse trabalho, mas eu não posso deixar a minha casa sob seus cuidados. E meu tio espera te conhecer. – Quinn disse ligando a luz do quarto.

– Pelo visto você voltou a ser enérgica. – Rachel disse se sentando em sua cama. – Que horas são?

– Quatro horas da manhã.

– Por Deus! Aonde vamos?Cruzar o país? – Rachel pediu.

– Para Keene, em New Hampshire. Temos um festival de verão para participar.

– Por que estamos saindo de um lugar pequeno para um menor ainda? – Rachel pediu.

– Bem, se esperava cidades grandes deveria ter ficado em Nova York. – Rache revirou os olhos. – Minha família participa desse festival desde o primeiro. E New Hampshire é o lar dos Fabrays.

– Você está ciente que eu não posso sair, certo? As pessoas vão me reconhecer!

– Foi o que eu pensei... Se passe de sósia de Rachel Berry. Diga que todo mundo se confunde, sei lá, a atriz aqui é você.

– Eu posso trabalhar com isso... – Quinn assentiu e saiu do quarto. – Quinn!

– Hm?

– O que eu devo levar? Eu nunca fui nesses festivais.

– Evite saltos, leve roupas leves e frescas e casacos, se tiver trazido.

– Estamos em plano verão!

– Estamos, mas também estamos á três horas do Canadá, ou seja, as noites costumam ser frias. O que é bem contraditório. – Quinn deu de ombros. - Apenas arrume suas coisas, meu tio estará aqui em uma hora. – Rachel assentiu.

Quinn voltou para seu quarto, sua cama estava uma bagunça. Camisetas, toalha, livros... Como ela sentia falta de sua mãe naquele momento. Certo, eu tenho idade suficiente para arrumar minhas coisas como uma boa adulta, eu tenho? Enfim, é uma semana... Dividindo a cama com Rachel Berry... Foco! Uma semana... Mãe? Telepatia seria uma boa agora.

Quinn passou um bom tempo arrumando suas coisas, nunca sabia o que levar, por mais que sua mãe sempre repetia o que ela havia dito para Rachel. A morena provavelmente havia levado metade do tempo que Quinn havia usado para arrumar suas coisas.

– Quinn, seus tios já chegaram! – Quinn ouviu Rachel gritar da sala. Desceu rapidamente.

– Relembrando, você é Lena Flowers, nos conhecemos na internet, você tem 19 anos e você é de Boston.

– Quinn, eu já tinha decorado isso há uma hora. – Rachel revirou os olhos.

– De onde você é?

– Boston.

– Qual é seu nome?

– Lena.

– Onde nos conhecemos?

– Internet.

– Quantos anos você tem?

– Jesus! 19 anos.

– E você é judia, Jesus não existe pra você.

– Quinn, cala boca. Você ta mais nervosa que eu! Não vamos anunciar nosso noivado para a rainha Elizabeth.

– Se aparecer paparazzis nesta casa e garotos iguais o Jesse, eu juro que coisas boas não vão acontecer. – Quinn tentou parecer ameaçadora.

– Ótimo, estou com medo. – Rachel disse sarcasticamente. – Vamos de uma vez, seu tio vai pensar que morremos na porta. - Quinn abriu a porta e encontrou a camionete de seu tio. Sorriu para seu tio e Jesse, que estavam nos bancos da frente.

– Finalmente! – Quinn ouviu Ethan – Jesse disse que vocês tinham desistido e voltado á dormir! – Ethan riu.

– Minha vontade era essa, tio. Mas, nossa convidada queria conhecer o festival. – Ethan a encarou.

– Fabrays e St. James sempre participam do festival, já não basta seus pais faltarem! Você iria querendo ou não.

– Eu sei tio, eu tenho que honrar essa família, ainda mais quando eu carrego os dois sobrenomes. O senhor me diz isso em todo festival. – Ethan sorriu.

– Essa é minha garota! Agora coloquem essas mochilas ai atrás e vamos para nosso festival. – Quinn fez o que fora mandado e arrumou para Rachel também, dando a chance dela se apresentar para seu tio, por mais que ele não fosse a maior ameaça para ela, quer dizer, seu tio nunca assistia televisão, já sua tia... Bem, Rachel teria que ser muito boa atriz para conseguir convencer a Sra. St. James.

– Então Lena, é amiga de Quinnie há muito tempo? – Ethan pediu.

– Oh... Seis meses ou mais... Não costumo contar essas coisas, tendo a amizade dela já me basta. – Rachel disse, enquanto Quinn entrava no carro.

– Que coisa bonita de se dizer Lena. – Ethan sorriu.

– Pai, você pode chamar ela de Lea se quiser, não é Ra... Lena? – Jesse disse.

– Claro, até prefiro Lea. – Rachel sorriu.

– Pois eu prefiro Lena. – Quinn disse.

– Lea é mais bonito. – Rachel.

– Lena é mais bonito. Lena é um nome grego, sendo grego torna as coisas mais bonitas.

– Lea significa abrigo! Eu posso ser o abrigo de alguém!

– O significado do nome só serve para o nome em si e não para o apelido.

– As duas podem parar de discutir sobre nome? Sério, existem tantas outras coisas para ter DRs e vocês estão desperdiçando isso. – Jesse disse, enquanto Ethan ria. – Qual das duas deixa a toalha na cama ou deixa as roupas jogadas no chão? Isso são discussões de casais normais.

– Cala boca Jesse. – As duas falaram em coro.

A viagem fora calma, por mais que Rachel falasse algo que deixasse Quinn desconfortável ou se aproximava demais dela. Jesse assistia a tudo de camarote, muitas vezes ajudando para que as duas ficassem sem graça e Ethan fitava as duas com certa admiração. “Formavam um belo casal” como ele havia dito durante a viagem.

Depois de uma hora de viagem, Quinn já conseguia avistar o casarão perto do lago onde passou boa parte de sua infância com Jesse e Brittany. Também viu a quantidade de carros estacionados ali e o nervosismo começou a ficar mais presente em Quinn. Rachel percebeu, mas preferiu não comentar nada, apenas olhou para Quinn e sorriu suavemente. Era o momento de ela mostrar porque ganhou seu Tony.

Quinn tentou fazer as contas de quantas pessoas podiam estar naquela casa e tinham no mínimo umas quinze pessoas ali. Até hoje ela se perguntava como podia caber tanta gente numa casa só, e o que se passava na cabeça de seu avô para ter tanto filho.

– Chegamos! – Ethan disse, com um largo sorriso. – Vamos Quinn, apresente sua amiga para o pessoal, eu levo suas coisas lá pra cima.

Quinn saiu do carro, junto de Rachel e Jesse. Na varando já podia ver seus primos, Kitty e Sam. Espera... Eu pensava que seria a única Fabray aqui! Eu poderia estar em casa, sendo a única pessoa da vizinhança em casa! Os cumprimentou, apresentou Rachel, que aparentemente não fora reconhecida por eles, passou por alguns tios e tias, alguns comentaram, mas Rachel soube como agir e até fazer alguns rirem. E depois de vinte minutos apresentando Rachel para a superpopulação da terra chamada Fabray/St. James, só faltava à cozinha e sua tia estava lá. No meio do caminho reconheceu uma voz que vinha da cozinha.

– Frannie? – Quinn disse entrando na cozinha. Quinn sempre fora muito apegada á ela, tanto quanto é por Jesse. Frannie sorriu ao ver a irmã e foi abraça-la. – Estava com saudades. – Quinn disse apertando a mais.

– Eu também maninha. – Elas se separaram. Os olhos de Frannie pararam sobre Rachel. – Eu te conheço de algum lugar?

– Eu ia fazer a mesma pergunta. – Jane St. James disse. Jane tinha a altura de Quinn, os olhos verdes e o semblante generoso. Quinn a adorava, principalmente suas histórias.

– Oh... Provavelmente vocês conhecem Rachel Berry. – Rachel riu, era muito estranha toda a situação. – Eu sou Lena Flowers, amiga de Quinn. – Rachel sorriu.

– Por Deus! Vocês foram clonadas? – Jane disse, antes de rir levemente. – Acho que a diferença seja no nariz, o de Berry é maior. – Rachel mordeu o lábio para não falar nada desnecessário.

– Então... Eu vou mostrar a casa para Rachel. – Quinn disse puxando o braço de Rachel.

– Tudo bem Q, nos conversamos depois. – Frannie disse sorrindo.

As duas subiram as escadas, e Rachel pode ver várias fotos penduradas nas paredes do andar de cima. Parecia sua família, com a única diferença de que se fossem eles, aquele lugar seria um pandemônio para Quinn. Assim que chegaram ao quarto, Rachel pode se maravilhar com a vista para o lago, aquilo definitivamente pareciam férias para ela.

– Gostou? – Quinn pediu assim que percebeu a vista.

– É lindo. – Rachel disse sorrindo.

– Você vai ver isso durante uma semana... De nada. – Quinn riu.

– É eu tenho pelo o que agradecer. – Rachel disse, indo para a varanda.

– Só conseguiu isso pelo meu tio ter me forçado e mentido. Me sinto sendo parte da máfia. – Rachel riu.

– Você precisa parar de ver as coisas pelo lado negativo, Fabray.

– Eu tento... Juro, eu tento. – As duas ficaram em silencio.

– É bem melhor te ver sorrindo. – Rachel disse, encarando o lago.

– Você nem está me vendo para saber disso.

– É bem fácil de te ler Quinn, ainda mais quando você está alegre.

– Eu sou? – Quinn pediu se aproximando.

– Às vezes. – Rachel deu de ombros e se virou para Quinn. Sentiu seu estomago revirar o sentir o quão Quinn estava perto.

Os olhos de Quinn estavam fixos nos de Rachel, e a morena sentia arrepios em sua coluna, Quinn se sentia ansiosa para fazer algo, mas tudo o que conseguia fazer era ficar encarando Rachel. Umedeceu os lábios e Rachel se aproximou mais. Bem... Agora ou nunca. Mexeu sua mão com a intenção de leva-la até o rosto, mas batidas leves na porta tirou sua atenção.

– Sim? – Quinn disse se afastando de Rachel.

– Sou eu, Jesse.

– Esta aberta. – Jesse entrou.

– Alguém tem uma motosserra? Eu preciso me livrar de Sam. – Jesse disse se jogando na cama.

– Não... – Quinn disse. Jesse se levantou e olhou as duas.

– Eu interrompi alguma coisa? – Jesse pediu com ar sugestivo.

– Não. - Sim. Quinn disse dando de ombros.

– Por que algo me diz que eu interrompi? – Jesse pediu sorrindo.

– Porque você é o defeituoso da família.

– Me senti incrivelmente ofendido Quinn Fabray. – Jesse virou a cabeça para o lado e cruzou os braços. – E sua irmã está te procurando. – Quinn arqueou a sobrancelha.

– Pobre donzela, não se entristeça. Chamarei Sam para alegrar a sua vida. – Quinn sorriu cinicamente.

– Não se atreva!

– Eu tentarei! – Quinn disse já fora do quarto.

Encontrou sua irmã aos pés da escada, a esperando, sorriu para ela. Frannie a convidou para dar uma volta pelo bosque, costumava brincar leve e até perderam uma vez, por mais que agora o conheçam como a palma da mão.

– Então... Como estão as coisas em Chicago? Papai disse que talvez você tivesse que se mudar para Nova York.

– Se Mark conseguir uma transferência para lá eu vou, senão continuo em Chicago. – Frannie suspirou. – Sabe Quinn, sinto falta de morar em Bennington com vocês... Chicago é tão Chicago. – Quinn riu.

–Você não vem porque não quer. Até fiquei surpresa que tenha vindo.

– Uma vez na vida eu tenho que deixar Mark de lado. Pode parecer estranho para você, mas até ele anda me irritando ultimamente.

– Você é a irmã irritada, lembra? – As duas riram.

– E você a apaixonada. – Quinn revirou os olhos. – Falando nisso, como você está sobre... Você sabe.

– Brittany? Oh... Conversamos ontem, foi bom... Sabe, ficamos de bem. Já tava na hora de me conformar que aquilo não voltaria.

– Ou tem alguém novo nesse coraçãozinho. – Frannie riu.

– Ou não.

– É a sua amiga? – Frannie pediu tentando não rir

– O que!? Não, ela só minha amiga Fran. Eu não dou em cima de todas as minhas amigas.

– Bem, ela te olha de um jeito diferente. – Quinn a olhou feio. – Quinn, imagina namorar com a sósia de Rachel Berry. Pensa, se ela morrer, colocam Lena no lugar e vocês enriquecem.

– Frannie você é muito criativa quando quer.

– Com a história de Rachel Berry estar sumida, é bem provável que procurem uma nova no lugar dela.

– Ah, isso é piti de atriz... Logo ela volta. – Quinn revirou os olhos.

– Isso se não sequestraram ela...

– Não, teriam ligado atrás do dinheiro... Ela deve estar se escondendo por ai, sabe-se lá o porquê.

– Não faz muito sentido um famoso querer fugir de seus deveres.

– Nunca se sabe o que se passa na cabeça dessas pessoas Fran, às vezes querem chamar a atenção ou simplesmente fugir disso. – Quinn disse, dando de ombros.

– Uh, Quinn Fabray, a desbravadora de mentes famosas. – As duas se encararam, até rirem uma da outra.

Caminharam por um bom tempo, enquanto contava sobre o que havia acontecido no ultimo ano que não haviam se visto. Quinn sempre gostou de conversar com Frannie, ela conseguia lhe entender e aconselhar como ninguém. E sempre quis que sua irmã se separasse de Mark, ele não a merecia e era um babaca quando queria, mas assim como Frannie não podia se meter nos assuntos particulares de Quinn, ela não se mentia nos assuntos de Frannie.

–--

No inicio da tarde Quinn se encontrava completamente entediada. Jesse havia saído com Rachel e Kitty, Frannie lia alguma coisa na varando e 20% de toda a galera que estava na casa foi para seus devidos chalés, o que foi ótimo para Quinn. E agora a loira se via entediada, sem absolutamente nada para se fazer, a não ser encara o lago em sua frente e esperar que algo aconteça, além do festival.

– Entediada? – Ouviu a voz de Rachel soar atrás de si.

– Sim. Muito.

– Isso não é um tanto irônico vindo de uma pessoa que mora numa cidade com a mesma movimentação? – Rachel pediu se sentando ao lado de Quinn.

– Talvez.

– Tem um festival acontecendo, alguns quilômetros daqui.

– Já foi lá? – Rachel assentiu.

– Sim, Jesse me levou.

– Bicha desgraçada, ele me deixou mofando aqui, é isso?

– Bem, usando esses termos eu até entendo porque ele te deixou aqui. – Quinn riu.

– É forma carinhosa, não se preocupe.

– Se você diz... Então, o que temos para fazer aqui?

– Nada e nada... Nada. – Rachel arqueou a sobrancelha. – Temos trilha e só. Até onde eu sei.

– O que diabos você faz aqui durante os outros festivais?

– Eu passava os festivais com Brittany, eu definitivamente não sabia o que estava acontecendo... Ou lia.

– Era de se esperar... – Rachel revirou os olhos – Podemos fazer a trilha, você mesma disse que não temos nada para fazer.

– Podemos...

– Ótimo, então se levante e vamos para a trilha. – Rachel disse, já de pé.

– Tenho a leve impressão de que eu não quero me levantar.

– Pois é melhor que você esteja errada, agora se levante. – Quinn o fez.

– Só me deixa pensar qual podemos fazer... Tem uma que eu não vou há um bom tempo e eu me lembro de ter uma visão linda.

– Então vamos nesta.

– Temos que tentar chegar antes de por do sol.

– Por quê?

– O por do sol é o melhor. – Quinn sorriu.

Rachel se deixou guiar por Quinn, com o único problema de a garota andar rápido demais pela trilha. A loira teve que parar no mínimo umas quatro vezes para Rachel a acompanhar. A morena não podia negar que o caminho era muito bonito e demorado. E Rachel estava um pouco aérea depois do que se passara na manhã. Precisava conseguir o maldito beijo, mas sempre que tentava ou Quinn o impedia, ou quando Quinn ia dar o próximo passo, Jesse aparece. É extremamente frustrante para a morena não conseguir isso, até porque havia se acostumado conseguir tudo de mão beijada e agora ela se via numa missão impossível para conseguir e ela ia, de alguma forma, mas ia.

– Cansada? – Quinn pediu depois de um bom tempo sem falar com Rachel.

– Um pouco.

– Estamos chegando. – Quinn sorriu.

– Agora é sério? Porque você me disse isso uns dois quilômetros atrás.

– Sim. – Quinn riu. E de fato elas estavam chegando.

– Eu estou no paraíso? – Rachel pediu assim que chegaram.

– Não, você só esta vendo vale Keene. – Quinn riu. – Mas é quase isso.

– Nós subimos uma espécie de morro?

– Sim... Valeu a pena?

– Espero que sim. – Rachel sorriu, sua frase tinha segundas intenções.

– O festival esta em algum lugar por ali. – Quinn apontou para o lago oeste.

– Sério? A gente deu a volta pelo vale?

– Não, a gente só se afastou o suficiente para ver uma parte dele. – Quinn disse se sentando.

– Como você descobriu esse lugar Quinn? – Rachel pediu, ainda maravilhada com a visão.

– Quis ser uma mocinha e segui meu pai e meu tio... Me lembro até hoje das caras deles quando me viram junto deles. – Silencio.

Rachel se sentou um pouco afastada de Quinn e ficou admirando a paisagem, com um leve sorriso. Não se lembrava de ver um lugar tão... Bonito. Ela olhou por um instante para Quinn, ela parecia se lembrar de algo, Rachel mordeu o lábio e voltou a olhou para o vale, aproveitando a brisa fresca vindo do mesmo.

– Vamos ficar aqui até o por do sol? – Rachel pediu.

– Você quem sabe. – Quinn disse, ainda com o olhar vago.

– Bem, provavelmente ele esta perto.

– São quatro da tarde Rachel. – A morena riu.

– Me desculpa se eu não tenho um bom senso de horário como você. – Elas riram.

– Eu não tenho, mas eu tenho uma tecnologia chamada relógio, caso você conheça. – Quinn disse, tirando o pequeno aparelho de seu bolso.

– Idiota. – Rachel disse rindo.

– Isso vai para seu aluguel Berry. – As duas riram. Quinn se levantou.

– Aonde vai?- Rachel pediu.

– Só precisei esticar as pernas. – Rachel também se levantou, por puro impulso.

– Quinn...

– Sim?

– Não acha que deveríamos conversar sobre o que aconteceu entre a gente?

– Como? – Quinn pediu se aproximando.

– O que quase aconteceu duas vezes entre nós.

– Não acho que devemos conversar sobre algo que nunca aconteceu, você não acha? – Quinn a encarou com o semblante sério. Rachel ficou em silencio por alguns segundo.

– Não... Eu quero saber o porquê deles não acontecerem. Só isso. – Rachel deu de ombros

– Eu estou tentado sair de vez daquela tristeza sem fim Rachel, e se apegar em algo incerto... Me parece burrice. Você tem namorado e uma vida toda fora disso tudo. – Rachel continuou em silencio fitando Quinn. – Além do mais, se eu responder a esse desejo imensamente irritante de querer te beijar, desde aquele dia do baile, eu sei que algo dentro de mim vai querer mais e mais, até eu me ver caindo de cabeça em algo que tem data de validade.

– Sabe Quinn... Às vezes eu acho que você se priva demais de coisas que você quer, você mesma disse que quer me beijar, então o faça. Nesse ponto não somos tão diferentes, mas isso não impede de agirmos com adultas e saber a hora de parar.

– E se não soubermos a hora de parar?

– Então não paramos. – Rachel sorriu. Quinn mordeu o lábio e desviou o olhar.

– Isso é insanidade, você sabe disso. Querer criar todo um relacionamento para durar duas semanas.

– Mas você quer isso. – Rachel deu de ombros.

– Você e o Jesse precisam parar com essa mania de ler as pessoas nos momentos inadequados. – Rachel sorriu.

– Como eu disse, você é bem fácil de ler... Ainda mais, quando você baixa todas as defesas. - A morena se aproximou mais de Quinn.

– De qualquer forma, é nesses momentos que a pessoa não quer se transformar em um livro e ser lida livremente. – Rachel riu e se aproximou mais.

– Vamos Quinn... Apenas tente, se você não gostar... Simplesmente não de a continuidade.

Quinn umedeceu os lábios, ela definitivamente não sabia mais o que estava fazendo. Ela fitou os olhos de Rachel, até seus olhos caírem para os lábios da morena. E por fim, se deixou levar pelo momento. Sentiu os lábios de Rachel roçarem levemente nos seus e as mãos de Rachel pousarem em seus ombros. O beijo não se estendeu por muito tempo, Rachel o cortou.

– O que acontece quando se quer a continuação? – Quinn.

– Você cala a boca e continua. – Rachel disse, antes de atacar os lábios de Quinn.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam!
Me desculpem algum erro de português e a demora para postar. Mas como eu havia dito, escola e minha péssima imunidade resolveram não me deixar fazer nada nessa semana, a não ser estudar e estudar e tossir. Enfim, eu acho que era isso mesmo, eu vou voltar para meus estudos e esperar que o meu resfriado passe haha.
Até logo.