Apaixonada Por Um Demônio escrita por Cecília An


Capítulo 5
O desconhecido Arthur




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Não reagi de imediato, será que estava sonhando novamente? Não, ele estava mesmo ali, parado na minha frente, esperando eu dizer algo, porém eu estava tão assustada que paralisei no momento em que pus os olhos nele. Como ele entrou?  Não escutei um ruido sequer. Ele, vendo que eu não falei nada, puxou a cadeira e sentou-se a minha frente.

 - Não se assuste, eu só vim para conferir se estava bem. – ele sustentou o olhar nos meu rosto esperando minha resposta.

- Nã.. não sei o que dizer. É... estou bem. Mas como entrou na minha casa? Não costuma tocar a campainha ou bater na porta? – eu perguntei sem rodeios. Ainda não entendia como ele tinha entrado ali.

 Ele me olhou, sua expressão era indecifrável. Então se levantou e caminhou até a porta da sala.

 - Estava aberta – ele apontou a porta destrancada –eu chamei, como ninguém me atendeu, entrei para te esperar. Me desculpe se a assustei, não queria. – Olhei com toda cara se surpresa que alguém pode fazer, como a porta estava aberta? Eu tinha certeza de ter trancado, ainda mais depois de tudo que aconteceu comigo.

 - Não, não. Isso não está certo! Eu tranquei a porta, tenho absoluta certeza disso! – olhei para a porta e tornei a olhá-lo. Será que eu estava acordada mesmo?

 - Meu nome é Arthur – ele estendeu-me a mão – não nos apresentamos ainda. – Apertei-a , estava extremamente gelada, estaria nervoso, talvez.

 - Eu me chamo Damares Martin, prazer. E a propósito, muito obrigada por me salvar, se não fosse por você nem sei o que me teria acontecido... – as lembranças daquele dia estavam vivas em minha mente.

 - Fiz o que era necessário. Tem que tomar mais cuidado... – ele não demonstrava qualquer reação, era completamente neutro. Isso me assustava um pouco. Por que viera aquela hora me ver?

- Eu estou cansada, muito obrigada pela sua preocupação, mas tenho que levantar cedo amanhã, desculpe... – eu não confiava nele, era ainda um estranho que entrou na minha casa sem pedir. Me salvara, mas isso não dava o direito de ele entrar na minha casa na hora que quisesse.

- Eu queria te convidar para almoçar amanhã, posso me apresentar melhor, isso a deixará mais tranquila em relação a mim... – será que ele sentiu que eu não confiava nele? Seus olhos agora era azuis, intensos, se não fosse os olhos, o chamaria de senhor gelo. Não havia nem reparado nas roupas que ele usava, percorri os olhos rapidamente, uma jaqueta de couro preta, calças jeans escuro e sapatos pretos. Estava bem vestido pelo menos.

- Não sei de devo aceitar, não te conheço, não sei quem é, a não ser que dou muito grata pelo que me fez, mas, não tenho certeza se seria uma boa ideia sair com você... – não sairia com uma pessoa só sabia o primeiro nome.

- Meu nome é Arthur Nowak , agora sabe meu nome completo, pode aceitar sair comigo amanhã... – ele abriu um semi-sorriso, não lembro te ter pensado em voz alta. Será que estava com tanto sono assim?

 - Tudo bem, aceitarei seu pedido como agradecimento pelo que me fez. Mas será apenas um almoço de amigos. – deixaria isso claro para ele, sem segundas intenções, apesar de achá-lo muito atraente, agora, ali na minha frente, não pude deixar de repará-lo, tinha traços raros, começando pela cor dos olhos, que tinha certeza mudarem de cor, o rosto pálido, de quem odeia tomar sol, rosto extremamente quadrado, queixo delicadamente desenhado para o seu rosto, os cabelos lisos, castanho muito escuro,estavam desalinhados pelo vento, que na noite pareciam pretos, suponho que deveria ter 1,90m, era forte, se notava mesmo com aquela jaqueta grossa, suas mãos, além de geladas, eram grandes e ásperas, talvez praticasse alguma luta, pela agilidade de prever o perigo e agir em seguida. Parei de examiná-lo, pois ele me olhava fixamente, notando minha curiosidade. 

 Ele caminhou até a saída e antes de sair pela porta, me olhou nos olhos e seu um sorriso frio, tanto quanto ele:

 - Boa noite. Tome cuidado, tranque bem a porta. Passo ao meio dia te pagar para almoçar, fique pronta. – então saiu.

 - Boa noite. Tudo bem, estarei te esperando ao meio dia então. – ele não se virou ao ouvir minha resposta, apenas caminhou até desaparecer. Tranquei a porta e retornei a cozinha, o fogo tinha apagado. Fui para meu quarto. Já na cama, minha mente começou a meditar, minha vida saiu da rotina, em apenas três dias tudo virou de cabeça para baixo. Minha pacata vida de trabalho e casa terminara desde o acidente, desde esse homem aparecer e me salvar, desde alguém ter entrado em minha casa e ter queimado minhas fotos... Tantas coisas acontecendo, e ainda tinha meu emprego, não podia deixá-lo em segundo plano por causa das coisa que estavam acontecendo comigo. Me cobri e me aconcheguei na cama na intenção de dormir, porém o sono desaparecera. Como queria que Méri estivesse aqui, só para conversarmos até pegarmos no sono, como fazíamos quando éramos adolescentes.

 Quem era esse homem afina? Qual sua intenção ao se aproximar de mim? Como entrou assim na minha casa? E se ele fosse perigoso? Eram pergutas que não saiam da minha cabeça, e que faria um esforço para descobrir nesse almoço. Com essas contantes perguntas sem respostas ainda, adormeci. 


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