Todos os dias quando acordo,

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo.

Law sorriu para ela, do outro lado do bar. Nami respondeu com outro sorriso. O grupo resolvera ir para lá comemorar... Nem lembravam o porquê da comemoração. Mas estavam lá, as meninas num canto e os meninos no outro. Porém o moreno não ia ficar ali parado, não enquanto aquela ruiva estava tão bonita e o balcão de bebidas tão atrativo. Fez um sinal, um simples movimento de cabeça, para a jovem, indicando o lugar. Ela ergueu uma sobrancelha, como se dissesse "É o que?", mas assentiu e saiu do lado de Vivi.

- Aonde vai, Nami-san?

- Já volto. – Respondeu com um pequeno sorriso travesso no rosto.

- Ih, Vivi, melhor não esperar ela sentada! – Bonney comentou com malícia.

- Vai catar o Tomate ali e me deixa! – Resmungou e foi para o dito balcão, onde Trafalgar já esperava sentado num dos bancos – Olá. – Sentou-se no banco ao lado.

- Boa noite, Nami-ya. – Ele fitou-a de cima a baixo. Vestido vermelho colado, até o meio das coxas e tomara-que-caia com um decote que só poderia ser classificado como sensualmente pequeno, meia-calça fina e sapatos de salto vermelhos. Um batom carmesim adornava a boca pequena, e nenhuma maquiagem a mais à vista – Está linda.

- Obrigada. Você também não fica atrás. – Observou o melhor amigo. Calça jeans, tênis negro, camisa social branca com alguns botões abertos, deixando à mostra parte do peito definido, e gola alta e sem o boné que ele raramente usava.

- Algum pedido especial, senhorita? – O garçom perguntou, não apenas interrompendo a conversa, como também devorando a mulher com os olhos.

- Duas vodcas, por favor. – Law pediu no lugar dela – Para mim e minha acompanhante.

- Claro, senhor. – O homem resmungou, desgostoso.

- Law, você é louco? Isso é muito forte!

- Não se preocupe, Nami-ya, é uma das bebidas mais fracas daqui. Ou você tem medo de ficar bêbada?

- Eu não fico bêbada nem com trinta copos de sakê, e você sabe disso. – Sim, ele ainda se lembrava da competição que a ruiva fizera com Zoro, e de como o homem mal chegara à caneca de número vinte e cinco, enquanto a ruiva já tomava a trigésima primeira.

- Então qual é o problema? – Ofereceu o copo recém-obtido e, assim que Nami o pegou, tomou o outro em sua mão – Vamos brindar. – Ergueu o recipiente.

- Claro. – Bateu de leve o seu com o dele e tomou.