Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE! Eu consegui! Terminei de revisar o cap e consegui postá-lo! Se ferrou escola!
Ok! Calma parei!
Se vocês não entenderam meu surto não se preocupem! É normal! É que a escola tá sugando o meu tempo ai eu meio que fiz uma aposta com ela de que eu conseguiria revisar o cap e postá-lo antes de segunda, que tem umas trinta paradas para entregar (tipo relatorio de química, biologia e física mais uns pc chatinho)!
Bom é isso, espero que aproveitem!



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Ok! Alguém me explica como infernos eu vim parar aqui mesmo? Me perguntei mentalmente. A situação desesperadora era a seguinte: Eu e o prof. Snape tivemos que ir juntos para a porcaria do Beco Diagonal, já que minha querida professora Clair se esqueceu de corrigir os trabalhos do sétimo ano que teria que entregar amanhã pela manhã. O problema é que eu estou com Snape! Merda! Agora vocês se perguntam: por que Snape? Hogwarts não tem um corpo docente bem vasto? Simples: ele precisa de preencher o seu estoque de ingredientes. Logo para economizar tempo eles me mandaram com ele.

– A senhorita conhece bem o caminho até Olivaras! Me encontre aqui em no máximo uma hora, não quero ficar a procura de crianças! – Disse ele, mal-humorado como sempre. Me afastei sem falar nada, poupando meu tempo e paciência.

Caminhei pelo Beco Diagonal até que encontrei a loja. Aberta como sempre. Sorri e entrei. Olivaras parecia não esperar ninguém, pois tão logo eu entrei ele se assustou.

– Senhorita Granger? O que faz aqui? – Perguntou-me. – Já tem uma varinha, não?

– Caso de varinha sequestrada! – Sorri forçadamente. – Roubaram minha varinha, e preciso de outra urgentemente.

– Oras, mas isso pode ser quase impossível. E a senhorita deve muito bem saber disso! – Reclamou ele. Buscando algumas varinhas pela loja.

– Sim, eu sei! Só existe uma varinha para cada bruxo. Pode conquistar a lealdade de outra varinha, mas ela jamais será sua! – Respondi-lhe.

Testei uma de videira e não deu muito certo. Foram sete varinhas testadas. Cinco de Videiras, uma de teixo e outra de salgueiro. Já estava cansando. Olivaras também parecia surpreso com toda aquilo. Nenhuma varinha parecia querer me obedecer. Ele me deu mais uma, mogno esculpido, núcleo de corda cardíaca de dragão com 36 cm. Outra varinha que dera errado.

– Hn... Isso não está certo! – Disse ele. Eu me sentei em um banco, prevendo que demoraria muito para encontrar uma varinha. – Ah não ser...

– A não ser que? – Incentivei-o a continuar a frase.

– Bom... Existe uma varinha. Ela é muito velha! Acredita-se que foi feita em 5 a.C.

– Por que você acha que ela poderia me escolher?

– Porque um dia a gêmea dela escolheu uma pessoa.

– Gêmea?

– Sim. – Ele pegou uma caixa de ferro na minha frente. Havia a imagem de uma mulher esculpida na tampa da caixa. Era linda. – Por volta do ano 400 d. C. foram encontradas duas caixas no Vale do Loire, com o mesmo estilo. Em cada caixa continha uma varinha de feitio peculiar. Muitos bruxos tentaram utilizar as varinhas, e nenhum conseguiu. Aqueles que insistiam morriam. Nem mesmo Godric Gryffindor ou Salazar Slytherin conseguiam controlá-las. – Eu comecei a sentir uma energia poderosa vindo daquela caixa. – Quando perceberam que aqueles que insistiam demais nela morriam ninguém mais as quiseram, e elas foram jogadas ao vento. Nem mesmo os ministérios queriam a varinha com poder tão desastroso. Mas um dos meus antepassados ficou simplesmente fascinado com as varinhas. Então em 613 d.C as varinhas, conhecidas agora como Gêmeas de Loire, foram tragas para cá.

A cada palavra ficava cada vez mais fascinada com a historia das varinhas que ele me contava. Percebi que as varinhas foram tragas para a Inglaterra no mesmo ano em que Hogwarts fora fundada e me surpreendi.

– Você disse que uma dessas varinhas já entregou sua lealdade a alguém...

– Sim... – Ele concordou com um sorriso no rosto. – 755 anos depois que chegaram aqui. No ano de 1368. Uma jovem chamada Morgana adoeceu por volta de 1367 e ficou muito tempo recebendo cuidados de seu irmão meio-irmão, Arthur. Quando se recuperou totalmente percebeu que sua varinha já não erra leal a ela, não obedecia a seus comandos e sempre rechicoteava o feitiço. Então ela veio até a loja, depois de testar muitas varinhas, ela testou uma das Gêmeas, nesse momento a varinha a aceitou. Em 1377 Morgana desapareceu junto a varinha.

– Quando diz Morgana, você...

– Morgana Le Fay. – Arregalei os olhos.

Morgana fora uma das maiores bruxas já existente, sendo sempre comparada com seu arqui inimigo, Merlin. Dizem que era mais bela e poderosa até mesmo que Rowena Ravenclaw.

– Não... Acho que não! – Digo enquanto vejo Olivaras abrindo a caixa.

Nela havia uma varinha maravilhosa. Seu cabo era de alguma madeira negra, na ponta havia um cristal que deduzi ser quartzo, o punho era de um tipo de pedra branca e no fim do punho havia uma peça de metal que deduzi ser prata. Era linda e eu pude sentir a magia vinda dela. Mas não era para mim.

– Experimente-a! – Eu fiquei um pouco temerosa. – Ou prefere ficar sem varinha.

Engolindo seco eu segurei a varinha em minhas mãos. E foi como a primeira vez, só que mais forte. Minha magia e a varinha se conectaram. E uma aceitou a outra. E eu não sei o que houve, mas por um instante, eu me senti um pouco tonta. Mas logo melhorei.

– Vejo senhorita... Que sua nova varinha a serviu muito bem! – Disse-me.

– Certo! Quan... – Recuperei o fôlego e a consciência. – Quanto custa?

– Essa varinha? – Ele riu. – Essa varinha não possui preço, Srt Granger. Essa varinha simplesmente pertence a alguém e pronto.

– Mas...

– Não tem mais nada criança... – Disse com a varinha em mãos. – 30cm, punho é feito de pedra da lua, o cabo é de ébano polido, a capa de punho é prata talhada e a ponta é de quartzo branco e o núcleo é desconhecido. – Guardou a varinha na caixa e me entregou. – Ela é sua!

Eu a aceitei. Me despedindo fui embora. Ainda pensava na historia da varinha. Gryffindor sabe que Olivaras não é de contar historias. Apenas quando são verdadeiras: como a historia das Gêmeas da Fênix e a da Varinha das Varinhas. Estalei a língua e esperei pelo professor exatamente no ponto em que havíamos combinado. Ele chegou irritado e eu revirei os olhos. Logo que chegamos em Hogwarts pela rede flú eu fomos recebidos por Fontaine.

– Então conseguiu o que procurava? – Perguntou ela.

– Não é da sua conta! – Disse Snape, grosso para com Fontaine.

– Cale-se Severo, não estou falando com você! – Retrucou ela o olhando raivosamente. – Então querida?

Snape logo saiu do escritório de Dumbledore e deixou-nos a sós. Retirei da minha bolsa a caixa da varinha. E ela se assustou assim que a viu. E quando eu retirei a varinha ela ficou pálida. Para não dizer branca como papel. Naquele instante Dumbledore chegava junto ao professor Termopolis e a Sra Fontaine no escritório. As reações também foram de surpresa. E eu percebi que eles sabia sobre a varinha.

– A Gêmea do Loire! – Murmurou a Sra Fontaine.

– Ela me aceitou! – Eu disse com um pequeno sorriso.

– Isso é incrível! – Disse Clair que olhou para a varinha na minha mão. – A dona da outra Gêmea do Loire foi a maior bruxa de todos os tempos!

Eu suspirei. Era verdade. A outra Gêmea pertencera à Morgana Le Fay. A maior Bruxa de todos os tempos. A Rainha de Avalon. A Fada.

– As Gêmeas do Loire são realmente interessantes, senhorita Granger. Mas já deve ter ouvido a historia por Olivaras.

– Sim diretor!

– Com isso, acredito que já possa se encontrar com seus amigos, eles já devem a aguardar! – Eu sorri em resposta e deixei o escritório de Dumbledore, a procura de Rony e Harry.

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Olhei para o jardim, e mesmo não admitindo, meu olhos buscavam por ela. Estava preocupado com Hermione. Não a via no café da manhã e nem depois disso. Certo! Se continuar assim vou acabar paranoico. Logo vi Testa Rachada e Pobretão andando calmamente pelo jardim, enquanto conversavam com a Weasley Fêmea. Fiquei um pouco nervoso ao constatar que ela não estava com eles e me irritei. Onde esta louca se enfiara?

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Alguns minutos antes...

Caminhava até a Farmácia Mullpeppers logo após ter me livrado da presença de Granger. Suspirei resignado quando me lembrei que a maldita Fontaine pediu para que Dumbledore me mandasse trazer a menina inconveniente para comprar uma nova varinha já que a sua fora roubada por um comensal. Me irritei ainda mais quando descobri que Dumbledore achava a ideia algo brilhante.

Logo que entrei na Farmácia fui atendido por Dosólio Arkthan, o dono do lugar. Não estava muito cheio e logo fiz meu pedido. Ele não demorou muito para pegar tudo, não com a ajuda de seu filho Desteu. Tão logo consegui tudo o que eu precisava me virei e foi quando vi uma maldita cabeleira ruiva.

Ela estava usando uma roupa trouxa: calça jeans, blusa azul (um tanto indecente, diga-se de passagem) e uma jaqueta de lã também azul. O azul de sua roupa também fazia contraste com seu longo cabelo vermelho.

– Dangers!

– Snape! – Respondeu-me com uma voz desgostosa. Infernos, o que essa garota faz aqui? – Como está? Infernizando muito a vida de seus alunos?

– Eles tem que crescer!

– Tenho certeza de que está fazendo de tudo para ajudá-los. – Disse com a voz amarga. Logo sua feição se suavizou. – Como está a senhorita Granger?

– Muito bem, já recebeu alta.

– Muito bom... Lena vai gostar de saber disso! – Suspirou aliviada e levemente animada. – Bom deixe-me comprar minhas poções. Bye teacher! – Despediu-se e caminhou sem me dar chance de despedir.

Mas que se exploda. Aquela garota não faz nada da vida alem de me provocar. Aquela que me irritava desde que eu me tornara seu professor, quando esta estava em seu terceiro ano. Kimberly Dangers. Aquela que conseguiu arruinar o meu dia inteiro, apenas com sua repentina aparição.

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Continuava a procura de Granger e quando me aproximei da ala onde ficava o escritório do professor eu pude ouvir sua voz. Me irritei. Granger não falava sozinha, isso significa que tinha alguém com ela. Escondi-me atrás de uma coluna e logo a vi, a pessoa que estava com ela se encontrava de costas, mas consegui reconhecer como Blaise.

– Não deveria ficar saindo assim, sem avisar aos outros, fiquei preocupado.

– Eu estou bem Blaise, juro!

– Certo! Mas então? Onde está sua nova varinha?

– Tá de varinha nova, Granger? – Perguntei, saindo de trás da coluna.

Blaise pareceu não gostar muito da minha presença, mas eu não me importava. Ele estar sozinho com Granger também não era algo que eu gostasse. Ela por outro lado apenas sorriu para mim e nos mostrou sua nova varinha. Ela era muito diferente das varinhas normais e eu era capaz de sentir uma forte energia vinda dela. Franzi o cenho, varinhas dificilmente possuíam energia.

– Quase destruí a loja de Olivaras para achá-la. – Disse com um sorriso tímido.

– Nossa!

– É muito bonita... – Disse Blaise, me fazendo lembrar de sua existência. – Do que é feita?

– Bem... punho é feito de pedra da lua, o cabo é de ébano polido, a capa de punho é prata talhada e a ponta é de quartzo branco e parece que o núcleo é desconhecido! – Disse ela.

– Núcleo desconhecido?

Por Slytherin! Isso não existe. Todos sabem que o núcleo de uma varinha é a fonte de seu poder e o que permite a interação da varinha com o bruxo. Como poderia não saber qual é o núcleo dela?

– Sim, parece que a varinha foi encontrada a mais de mil anos atrás, como ninguém conseguia sua lealdade fora colocada de lado.

– Entendo... Algum bruxo deve ter tentado criar uma varinha poderosa, mas por não obteve sucesso, não como queria, e deve tê-la abandonado. – Sugeriu Blaise.

Vi Granger dar um pequeno sorriso, concordando com o que ele disse e aquilo me enfureceu. E eu me perguntei por que. Era por causa da aposta? Era por isso que eu não conseguia mais se quer olhar para ela sem me lembrar daquele beijo? Era por isso que não queria que seus sorrisos fossem dirigidos a outro? Por causa disso que eu não parava de pensar nela? Se sim, por que eu não conseguia prosseguir com meu plano para conquistá-la, sabendo que no fim ela se machucaria? Se não, por que?

Muitas perguntas se passavam na minha cabeça. E no fim, eu só não queria machucá-la. Eu queria protegê-la, de tudo e de todos. De meus colegas de casa. De meus pais. Dos comensais. De Voldemort. Eu queria protegê-la de tudo e todos. E isso era algo que eu jamais poderia negar.

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Milhares de notícias chegavam por dia no Ministério. Desde ataques de Comensais, à usos de magia na presença de trouxas. Até mesmo coisas mais simples como algumas pequenas revoltas de criaturas mágicas e coisas do gênero. Mensagens daquele tipo geralmente era passadas para os Secretários de Departamento (os cargos mais altos depois do Vice Ministro), de acordo com suas propriedades, e dependendo da gravidade da situação era repassadas para o Vice Ministro, e então para o Ministro.

Mas naquele dia em especial chegara uma noticia diferente, nem um pouco esperada nas mãos do Ministro Scrimgeour. Essa veio em forma de carta. Entregue por uma coruja familiar de um velho amigo. Não passara por Chefes de subdepartamentos ou pelos secretários, nem pelo Vice Ministro. Chegara diretamente em sua mão. Mas não era essa a peculiaridade, a peculiaridade estava na carta. No que estava escrita nela.

– Mas será possível? – Perguntou-se lendo a carta novamente. Os três secretários de departamento ali presentes olharam-no com curiosidade.

– Aconteceu algo, Ministro? – Perguntou Demetrius Winterhart, o Secretário do Departamento de Mistérios.

– A Outra Gêmea do Loire... Ela entregou sua fidelidade... – Todos ali presentes se surpreenderam com o que ouviram. A Primeira Gêmea do Loire entregara sua fidelidade a bruxa mais poderosa que já existira, a segunda não faria por menos.

– A quem? – Perguntou Carol Birdly, a nova Secretária do Departamento de Cooperação Internacional em Magia.

O outro Secretário, Luke Amorin, do Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas, parecia tão curioso e espantado quanto aos outros presentes. Mas por algum motivo seus olhos adquiriram um estranho brilho, talvez esperançoso – eu não saberia dizer ao certo. O Ministro leu a carta novamente, como se quisesse se certificar de algo. E suspirou. Mas no fim respondeu.

– Granger, a melhor amiga de Harry Potter... Hermione Granger!


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Notas finais do capítulo

caixa > http://www.medievalcollectibles.com/p-6681-white-magic-jewelry-box-by-meredith-dillman-jessica-galbreth.aspx
imagem esculpida > http://www.medievalcollectibles.com/images/Product/large/CC7554.png
varinha > http://acmewandsupply.com/images/2051_collage.jpg