Incompatíveis escrita por Puella


Capítulo 9
O novo queridinho de Asgard


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Após a rendição de Karmilla, que não teve outra escolha a não ser voltar para seu reino, derrotada, Loki a acompanhou, ambos estavam bem acabados, porem mais ela do que ele. Amparada por alguns de seus homens a rainha dos norns voltou para casa.

Loki chamou Heimdall que logo o teletransportou de volta para a Bifrost, um mortal ficaria tonto com aquela puxada rápida, já Loki não, porém no estado em que se encontrava não tinha como ignorar a tontura, estava  bem mais pálido que o normal.

Heimdall o analisou de cima a abaixo, fitando o caçula de Odin com certa preocupação, algo raro da parte dele.

- Não acha que se excedeu, Loki?

O jovem encarou o guardião com os olhos cansados sem deixar seu lado irônico.

- Preocupado comigo, Heimdall? – ele respondeu caminhando em direção a saída da Bifrost.

- Não – disse o guardião – mas pela quantidade de poder que vi o senhor liberar sobre aquela bruxa, imagino que o seu corpo deve está deveras debilitado – terminou falando com sua expressão séria.

- Isso é problema meu – disse Loki passando por ele.

- Que seja – disse o arauto.

Loki andou a passos largos tentando ignorar a tontura que queria se apoderar de seu corpo, pegou seu cavalo e cavalgou pela ponte até chegar a muralha da cidade, os sentinelas ao verem abriram as enormes portas, ao entrar Loki se deparou com uma multidão que o esperava, e para sua surpresa estavam gritando o seu nome.

“Loki! Loki! Loki!”

Geralmente era o nome do seu meio irmão que sai da boca do povo asgardiano. Loki sempre queria ver o dia em que gritasse somente o nome dele. Imaginava a vibração, a gloria e o poder que sentiria num momento. Mas, naquele momento em que esse sonho finalmente se concretizou, ele não sentia exatamente aquilo que esperava sentir, pelo contrário, o barulho das vozes só o deixava desconfortável  e cada vez mais tonto. Mais ao longe estavam ao centro Odin e seus guardas e generais. Frigga e Sif estavam ali próximas, a jovem o fitava seu amado ansiosa, mas guerreira sentiu seu coração falhar ao ver Loki vestido aos trapos, mas não era isso que a preocupava, e sim o fato de perceber que ele não parecia se sentir bem.

Loki sentiu a vista escurecer, piscou os olhos rapidamente, balançando a cabeça, não podia fazer papel de fracote ali no meio do povo, desceu do cavalo, sentiu outra tontura e se segurou no animal mantendo se em pé, com rosto abaixado.

Odin fitou o filho preocupado.

- Há algo errado – disse o pai de todos caminhando em direção ao filho.

Odin se aproximou do filho notando que ele respirava com dificuldade.

- Loki, meu filho, você está bem.

Loki fitou o pai, tinha uma expressão cansada, porém com seu sorriso de sempre.

- Eu consegui meu pai – disse ele lhe estendo as pedras norns – aqui estão as pedras... – o jovem entregou as pedras na mão do pai.

Loki sentiu que o peso de seu corpo estava indo para frente, ele não estava mais conseguindo manter-se em pé. O jovem só não foi ao chão porque Odin o amparou.

- Loki! Meu filho! Fale comigo! – o velho falou com certo desespero.

A população se calou, logo as pessoas olhavam aquilo aturdidas. Sif não se conteve e foi até os dois ajudando Odin a amparar o filho, a jovem acabou chamar atenção dos demais. Sif deve leves tapinhas no rosto do jovem que abriu os olhos com certa dificuldade fitando os olhos verdes da garota.

- Loki – ela disse preocupada – fale alguma coisa...

Ele a fitou de forma meio débil, sorrindo de forma fraca.

- Eu só quero uma boa cama – disse com certo humor.

Odin ficou aliviado ao ver que o filho, apesar de fraco, estava bem.

- Vamos leva-lo daqui – disse o pai de todos – ele precisa é de um bom e merecido descanso.

-

Loki dormiu por alguns dias, ao fim da semana ele acordou, se sentia recuperado, sentiu um peso em seu braço e notou a cabeleira negra de Sif, a jovem dormia, porem ao sentir que ele acordou ela levantou o rosto acordando.

- Bom dia belo adormecido – Sif disse zombeteira.

- Bom dia – ele disse coçando um dos olhos – há quanto tempo estou aqui?

- Quatro dias – disse Sif – e quer saber mais? Você é assunto em toda Asgard, agora você é um héroi para o povo – disse ela sorrindo.

Loki a fitou com uma expressão de descrença.

- De odiado a herói? Sif você tem certeza de que eu ainda não estou dormindo?

- Está duvidando? – disse a jovem.

- Não faz sentido – disse o rapaz s arriando na cama – há uma semana atrás todos davam a minha derrota por certa e agora só porque venci a feiticeira e livrei Asgard de uma guerra agora eu sou o héroi.

Sif encarou Loki com estranheza.

- E o que há de sem sentido nisso? – disse a jovem.

Loki levantou da cama caminhado até a janela, o jovem deu suspiro pesado e fitou a jovem que ainda estava sentada na cama lhe encarando sem compreender.

- Eles querem um substituto – Loki disse com certa frustação - Será que eu nunca irei passar disto?

Só então Sif entendeu o que Loki dizia. Ele se referia ao povo ver nele agora o antes viam em Thor, porem o loiro estava ausente, e agora os asgardianos viam Loki com seu novo “Thor”. A jovem percebeu o quanto realmente era complicado ser irmão de alguém tão estimado e importante ao de ofuscar-se, ao ponto de sumir diante da grandeza do outro.

- Eu sempre havia pensado que era inveja – disse a jovem – mas agora, acho que estou começando a entender você.

- Era inveja também – disse Loki – na verdade, por mais que eu tente, todos irão me comparar com ele, até mesmo meus pais. Eu só queria ser visto da maneira que eu mereço ser visto, apenas como eu sou, individualmente, e não a sombra de outro. Eu não quero ser o herói substituto, eu só quero reconhecimento sem necessariamente ser um herói.

- Mas você é um herói, Loki – disse Sif se levantou indo em direção ao jovem, lhe acariciando o rosto pálido.

-  Eu sou o vilão, esqueceu? – ele disse lhe sorrindo de maneira triste.

- Não mais – a jovem aproximou seu rosto do dele – eu não vou deixar que você vire vilão de novo.

Loki deu um meio sorriso.

-

Mais alguns dias se passaram e os três guerreiros que estavam em Midgard voltaram para a cidade dourada, sem Thor é claro, que continuava zangado com o pai. Vostagg, Hoggun e Frandal entraram na cidade e notaram algo estranho no ar, Asgard parecia diferente.

- Será que perdemos alguma coisa? – disse Frandal.

Os três homens cavalgaram de volta ao palácio real, ambos foram recebidos por Frigga, que é claro queria novidades sobre o filho mais velho.

- Ele ainda está zangando com o pai de todos minha rainha – disse Vostagg, o volumoso.

- Isso é lamentável – disse a rainha.

- A proposito minha rainha – disse Frandal – aconteceu alguma coisa em Asgard nesse últimos dias?

Frigga sorriu.

- Passamos por um breve período de tormenta. Karmilla queria invadir nosso reino, provocar uma guerra – os três homens arregalaram os olhos – mas Loki nos livrou, graças á uma estratégia brilhante ele salvou Asgard de um possível derramamento de sangue!

- Loki? – disse Hoggun descrente.

- Sim – disse Frigga – só posso dizer que vocês perderam muita coisa por aqui.

- Pelo visto perdemos mesmo – disse Vostagg, que ainda estava tentando digerir aquela informação.

A rainha então pediu licença aos três guerreiros se retirando. Os três homens continuaram caminhando quando Frandal olhou algo que lhe chamou a atenção, uma jovem estava sentada no jardim do castelo, a jovem usava um  vestido avermelhado, delicado com detalhes brancos na manga e na barra lateral da saia, os cabelos negros soltos caiam graciosos sobre os olhos.

- Por que parou Frandal? – perguntou Vostagg.

- Quem é aquela garota? – disse o loiro.

Hogun e Vostagg foram ver a jovem que Frandal fitava.

- O céus! Pelas crinas de meu cavalo – Hogun falou com sua voz desprovida de emoção – é a Sif!

- Sif? – disse Frandal – Oh! É ela mesma! Nossa, ela está tão...

- Feminina – disse Vostagg – Minha mulher costuma dizer que isso só acontece quando uma jovem esta apaixonada por um homem.

- Há, meu caro Vostagg, seu estomago deve esta vazio – disse Frandal – desde quando que Sif gostaria de outro homem, ele sempre amou Thor.

- Minha mulher disse isso – falou Vostagg franzindo o cenho – está dizendo que minha mulher mente?

- Não – disse Frandal  levantando as mãos – só estou dizendo que isso é impossível.

- Talvez a mulher de Vostagg esteja certa – disse Hogun – Olhem só!

Os três olharam quando Sif sorriu em uma direção próxima a entrada do jardim, e quando a figura de Loki apareceu os três ficaram embabascados.

- Loki? – Frandal balbuciou incrédulo.

O jovem casal se fitou apaixonadamente, Sif se jogou em seus braços e então os dois se beijaram.

- Eu estou vendo o que estou vendo? – disse Hogun.

- Mas isso é impossível, esses dois sempre se odiaram – Frandal falou descrente.

- Pelo jeito não se odeiam tanto assim como todo mundo pensava – Hogun falou.

- Eu disse que a minha mulher não mentia – Vostagg o volumoso disse por fim encarando junto com seus companheiros o casal se beijando ao longe no jardim.


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Notas finais do capítulo

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