Laços Sombrios escrita por And Allegra, Donatella Acarella


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Muitas pessoas contribuíram para que essa estória fosse escrita, nossos agradecimentos especiais à: Myia Uchiha, Loli Fanfics, Estefanny Brito, Coffee, AmoManga, nossas famílias e algumas outras pessoas.
Espero que gostem da estória e que comentem nela, boa leitura.



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Lentamente abri meus olhos e fiquei encarando o céu vermelho sangue, um friozinho estava me incomodando no estomago e eu tinha a sensação de que algo estava errado. Sentei-me e observei a grama cinza, apesar da cor estranha ela ainda era tão macia quanto a normal, no horizonte eu vi uma grande mancha dourada. Antes que eu percebesse meus pés haviam se movido sozinhos e eu estava na beira do lago.

“Você veio”. Uma voz sussurrou alegremente, olhei ao redor procurando alguém, porém eu estava sozinha. Olhei novamente para o lago e acabei encontrando uma garotinha na minha frente, assustada eu dei alguns passos para trás tentando avalia-la.

Cabelos castanhos curtos e um pouco bagunçados, olhos azuis pequenos, rosto redondo e um pequeno sorriso. Ela era idêntica a mim em uma foto de quando eu tinha seis anos.

“O que você quer comigo?” Eu perguntei a minha mini eu.

Em resposta ela sorriu maldosamente para mim e um calafrio percorreu minha espinha. Comecei a ouvir gemidos e lamurias, olhando ao redor notei que algo saia do lago.

Bichinhos de pelúcia destruídos, pessoas do meu passado que agora pareciam zumbis e antigos sonhos perdidos. Pode parecer idiota eu ter me assustado com aquilo, mas ali eles eram reais e poderiam se livrar de mim assim como um dia eu fiz com eles, só que seria mais doloroso.

Assustada eu recuei alguns passos, mas a garotinha puxou meu braço e logo depois senti uma dor profunda nele, ela tinha me mordido! De algum modo seus dentes haviam virado presas e seus olhos lembravam os daqueles vampiros de filmes de terror.

Soltei-me dela e corri de volta para o lugar de onde eu havia vindo, ainda assim aqueles seres se arrastavam e vinham atrás de mim.

Algum tempo depois a grama cinza deu lugar a uma espécie de areia azul que cobria praticamente tudo, exceto a pequena cabana sinistra no meio daquele deserto.

Entrei na cabana e fechei a porta, vasculhando o lugar descobri que nele havia três cômodos, os dois primeiros estavam cheios de moveis velhos e cheios de poeira.

Quando abri a porta do terceiro escutei um rangido como o de alguém em uma cadeira de balanço, o quarto estava todo vazio exceto pela mulher que estava sentada bem no fundo dele.

Ela vestia um vestido longo e preto e seu rosto estava coberto por um véu também preto, ela retirou o véu e a surpresa por encontrar outra versão de mim me paralisou.

Ao contrário da garotinha essa versão era ao mesmo tempo parecida e diferente comigo, ela era alguns anos mais velha. Seus olhos azuis não tinham o mesmo brilho que os da minha versão mais nova, eles pareciam cheios de um sofrimento silencioso e de uma sabedoria que eu provavelmente nunca teria. Do resto ela se parecia com a minha imaginação de como eu seria no futuro, mas ela era ainda mais bonita.

Ela abriu sua boca e eu estava esperando por algo assustador como por exemplo insetos saindo de sua boca, ao invés disso o único som que entendi foi o do toque de saída da minha escola.

“O que?” Eu perguntei confusa.

Porém antes que ela pudesse responder algo atingiu minha cabeça e eu acordei assustada, olhando ao redor notei que a aula havia acabado e que eu era uma das únicas pessoas que ainda continuava ali. Irritada comigo mesma por ter novamente dormido na sala de aula eu estiquei meus braços tentando me alongar. A dor aguda no meu pulso me fez ficar mais desperta, duas marcas profundas como as de um animal haviam do nada aparecido ali e estava sangrando um pouco.

“Como isso veio parar aqui?” Murmurei assustada comigo mesma.

De repente lembrei-me do sonho onde a garotinha havia me mordido naquele mesmo local, mas aquilo havia sido somente um sonho, como tinha se tele transportado para a realidade? Um calafrio percorreu meu corpo e resolvi que por hora era melhor esquecer tudo aquilo.

Guardei meus materiais na mochila e corri para o banheiro, eu tinha que dar um jeito de esconder aquele machucado ou provavelmente meu querido padrasto iria começar novamente com sua conversa sobre eu estar me drogando.


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Notas finais do capítulo

Não tem previsão de quando o próximo será postado, estamos aguardando ansiosamente pelos comentários.



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