Crazi In Love escrita por Fields, Zenner


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Narrado por Taylor.



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Bom, oque falar desse lugar? É horrível.
Visitei esse lar de loucos quando era bem pior, eu ainda era criança. Não sei que mãe em seu juízo perfeito traz uma filha de 11 anos á uma excursão no hospício.
Mas essa é a vida, a minha vida.

Trouxeram minhas coisas pra cá antes de mim, cheguei aqui na madrugada de sábado e espero que a louca da minha mãe me tire logo desse lugar. Desde que cheguei ninguém fala comigo, não me dão uma explicação. Eles simplesmente me tratam como louca. Mas eu sou normal, normal para uma garota de 20 anos.

Dra. Lucia, minha mãe, entra na sala onde estou esperando pacientemente há 4 horas. Ela senta atrás da sua mesa e começa a falar:

-Taylor, você vai ficar internada aqui e passar por tratamento até ser curada. O seu caso é frágil e temos que cuidar dele o mais rápido possível- ela dizia tão naturalmente que até dava pra acreditar.

-Mãe, que caso é esse? Eu não tenho nada, sou perfeitamente normal-digo já impaciente.

-Seu caso de achar que gosta de garotas.

Naquela hora eu quis rir, mas a raiva era tanta que não consegui.

-Você é que esta louca. Ser gay não é doença, muito menos uma doença mental – levanto da cadeira.

-Claro que é. Eu sou diretora desse lugar e você vai ficar aqui até que eu diga que esta curada.

-Você diz ‘curada’ como se fosse uma gripe ou outra enfermidade qualquer. Mas eu sou gay, mãe. Eu não estou, eu sou. Entende isso tá? Nunca vou deixar de ser assim.

Ela respira fundo, fecha os olhos e massageia a testa como se expressasse impaciência.

-David! Marcos! Levem-na até o seu novo quarto – ela dá a ordem e os dois brutamontes ao meu lado se aproximam.

Antes que eles me toquem eu digo irritada que sei andar sozinha.
Guiaram-me até um quarto como outro qualquer, paredes cinza, uma cômoda, uma cama e uma pia com espelho.
Meu nome foi escrito no quadro branco na parte de frente da porta.

Fiquei tanto tempo deitada ali que acabei dormindo. Fui acordada ás 9 horas, não tinha relógio ou algo do tipo, mas eu sabia que era essa hora que acordavam os internos pro banho e café da manhã.
No fim do banho me entregaram minhas roupas, usei umas camiseta simples e calças frouxas de pano.
O refeitório estava exatamente igual, típico de colegial. Mas sem aqueles alunos bagunçando e fazendo panelinha. No lugar deles tínhamos um grupo de sete garotas loucas, que a meu ver até agora não me pareciam nada ‘‘anormal’’. Na verdade eu imaginava algo bem diferente, talvez aquelas loucas que não penteiam os cabelos e que falam sozinhas, sei lá. Acho que era uma ala diferente.

Pego minha comida e me sento um pouco afastada.
Sanduiche de geleia de uva e suco de maça, era o cardápio de hoje e o meu café da manha favorito, simples e saboroso. Minha mãe deve ter mandado fazerem isso pra me agradar, como se um sanduiche me fizesse perdoa-la por me internar aqui.
Mas não importa, eu vou fugir. No natal, trabalha apenas um enfermeiro em todo o prédio, ele deve ficar no andar superior que é onde ficam os loucos de verdade. Nesse dia dão uma dose maior de calmantes pra evitar fuga, mas eu não iria tomar nada.
As vantagens de ser filha da diretora era saber bem mais que os pacientes comuns, se é que pode chamar alguém daqui de comum.


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Notas finais do capítulo

Já esta toda escrita mas preciso de reviews para postar o proximo...



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