And If Everything Was Different ? escrita por Dreamer N


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz que tenham gostado das minhas ideias malucas nessa fic kkkkkk que aí vem mais pra vocês. ;)



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–Filho ? -Daniel perguntou assustado. Então percebera que a mulher também estava acorrentada, mas esta usava um vestido longo, parecido com o de uma Rainha, porém as vestes estavam sujas, o que mostrava que ela deveria estar alí a bastante tempo.

–Sim, meu filho. Eu sabia que um dia eu o encontraria, eu sabia. -a mulher chorava agora e sorria ao mesmo tempo.

–Não, a senhora deve estar enganada. Minha mãe morreu quando eu nasci, meu pai logo em seguida, sempre fui sozinho. -ele dizia isso. Essa sempre fora a história que escutou da ama que o criou, mas agora, depois de tudo o que havia acontecido, ele já não tinha mais tanta certeza disso.

–Não, não. Você é o meu filho. -ela repitiu e ele a fitou confuso, então antes que pudesse falar algo, uma voz o interrompeu:

–Ainda não entendeu ? Quer que eu te explique ? -quando Daniel se voltou para as grades da cela viu Rei Frederico. O ódio daquele homem a sua frente era tanto, que por um segundo ele tentou se levantar e ir até ele se esquecendo das algemas. Mas logo parou voltando a realidade.

–Frederico, por favor, solte-o. Não o machuque, não como fez com o seu irmão. -a mulher gritou desesperada por entre as lágrimas.

–Irmão ? -Daniel já não entendia mais nada.

–Eu acho que eu preciso lhe contar uma histórinha meu rapaz. Não que eu lhe deva alguma explicação, mas será mais legal ver a sua reação antes de morrer, sabendo de tudo. -ele riu sarcástico. E então continuou: -Quer começar Justine ? -ele se voltou a mulher.

Justine, então era esse o nome dela. Da sua suposta mãe, Daniel pensou. Mas logo desviou o pensamento quando a mulher começou:

–Eu e seu pai, Rei Augusto, governávamos esse reino. Mas então ele ficou doente e se foi quando eu estava grávida. Grávida de gêmeos. Sim, você tinha um irmão. Então eu conheci Frederico... -ela falou o nome dele com certo nojo - ... e nos casamos. Assim que os gêmeos nasceram ... -ela foi interrompida pelo Rei.

–Assim que você e seu irmão nojento nasceram, eu percebi que teria de me livrar dos dois, afinal vocês seriam os herdeiros do trono, mas eu queria ele só pra mim. Então mandei meus guardas o levarem a um vilarejo do reino vizinho, isso mesmo, bem longe. Alguém deve ter os encontrado e cuidado de vocês, para minha infelicidade. -ele riu.

Daniel escutava tudo com atenção, tudo parecia loucura, mas ele acreditava em tudo, acreditava que aquela era a sua história. Então Frederico continuou:

–Mas muitos anos depois, o seu irmão apareceu. Eu pensei que você tivesse morrido, por isso me preocupei só com ele. Aquela foto que você viu dele é a única lembrança, porque eu o matei. Tive que fazer. -ele mantinha seu sorriso sarcástico e cheio de maldade no rosto.

A rainha começou a chorar, como se aquela lembrança lhe partisse o coração, e partia. E então quando conseguiu parar, fitou o Rei com certo ódio e cuspiu as palavras:

–E então, ele me trancou aqui. Eu sabia que era ele que havia o matado. -ela se virou para Daniel com o olhar triste. -Tantos anos pensando ter os perdido para sempre, mas você está aqui meu filho. -ela mais uma vez se virou para o Rei e disse cheia de ódio. Nem parecia ser a Rainha que antes conversava com Daniel. -SOLTE-O ! Deixe meu filho em paz, me mate se quiser, mas deixe-o.

–NÃO ! -Daniel gritou. E então Rei Frederico saiu do lugar rindo, apenas se virou para dizer:

–Vou deixar mãe e filho se conhecerem, afinal logo, logo terão que se despedir. -E então sumiu no corredor, mas sua risada foi escutada por todo o castelo.

A mulher baixou os olhos:

–Não, eu não posso te perder, não de novo.

–Eu não vou deixar que nada aconteça. -Daniel sorriu para ela quando esta ergueu a cabeça o olhando. -Justine, certo ? Eu sou Daniel.

–Daniel ! -ela repetiu voltando a chorar. -Daniel, meu filho.

...

Assim que nos separamos do abraço, minha mãe andou impaciente para o outro lado da cabana. Ela parecia frágil. Cora, minha mãe frágil ? Pensei. Então percebi que seria a minha única chance de perguntar aquilo a ela.

–O que fez com meu pai ?

–Ele está morto ! -ela respondeu com rapidez.

–O quê ? Morto ? -comecei a chorar. -Como pode ? -gritei para ela que me fitou por um longo segundo.

–Por quê se preocupa tanto com ele ? Apenas seu pai é importante ? E eu ? Eu sou o quê pra você ?

Então eu percebi que ela estava se deixando ser mãe, se deixando sentir algo, se deixando chorar.

–Mamãe ! -eu corri abraçá-la de novo. Eu estava magoada, ela havia matado meu pai ! Mas pela primeira vez eu a tinha visto ser mãe, e não poderia deixar esse momento escapar tão fácil. -Você é minha mãe. Mas mais do que ninguém, a senhora sabe que quem sempre cuidou de mim foi meu pai. -eu já chorava sem parar, e a cada palavra meu peito doía, mas eu precisava dizer.

Então ela se levantou, remexeu o ar com as mãos e então uma nevoa roxa apareceu em sua mão, assim que se desfez no lugar dela havia uma caixa pequena.

–Pegue Regina. -Eu a olhei sem entender o que aquilo era. -Pegue, e abra !

Então eu peguei a caixa e assim que a abri não podia acreditar no que estava vendo. Era o coração dela alí.

–Seu coração ? -ela assentiu com a cabeça.

–Eu o arrancei, não queria sentir mais nada, nunca. A vida não foi fácil pra mim, eu fui humilhada e eu precisava de vingança, então achei que a melhor maneira seria você se tornando Rainha. Minha filha Rainha... -ela pareceu viajar em seus pensamentos. -... seria tudo o que eu queria ter sido, mas nunca pude.

Eu escutava tudo com atenção, ainda segurando a caixa com o coração em mãos.

–Mas eu não sei o que aconteceu Regina, eu não sei. Esses longos meses aqui com você, com um bebê... -ela apontou para minha barriga. -... nesse tempo eu quis ser boa de novo, e mesmo sem um coração Regina, eu consegui sentir algo. -ela sorriu pra mim, pela primeira vez. -Então faça o que eu sei que não conseguirei fazer, coloque-o em mim de volta. Por favor !

Por um momento eu me assustei, será que eu conseguiria fazer isso ? Mas a verdade era que ela estava se deixando ser a pessoa que eu sempre quis que ela fosse. Então peguei seu coração e o coloquei nela. Não sabia como fazer, mas apenas me deixei guiar pelo que eu queria: Uma mãe. E assim que terminei de colocar seu coração no lugar, lá estava ela sorrindo pra mim e chorando.

–Minha filha ! -ela me abraçou da maneira como eu sempre quis que ela me abraçasse. Finalmente eu tinha a minha mãe.





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Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam ? Cora tinha que ter redenção, afinal o propósito dessa fic é mostrar como seria se tudo tivesse sido diferente. Gostaram do momento mãe e filha delas ? E da história do Daniel ? Ainda tem muito pra acontecer. >.
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