And If Everything Was Different ? escrita por Dreamer N


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, mais um capítulo pra vocês. Eu tinha escrito ele mais cedo, só que quando fui postar deu erro e eu peri ele inteiro D: .. tive que reescrever kkkk ;s Espero que gostem ! :)



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A noite havia chegado, estávamos todos prontos para o grande plano. Eu iria chamar minha mãe até o castelo e dizer a ela que estava arrependida de tudo e que eu iria me casar com o Rei Leopoldo. Então quando ela já estivesse convencida, os guardas do Rei a surpreenderiam. Nós sabíamos que ela tinha magia e seria impossível vencê-la, mas tínhamos uns aos outros e isso nos ajudaria a pegá-la.

Rei Leopoldo estava preocupado com Snow, pois todos corriam perigo estando dentro do castelo quando minha mãe chegasse. Então ele se voltou a garota e lhe disse:

–Minha filha, eu quero que saiba que não importa o que aconteça hoje, eu sempre vou estar aqui com você, porquê eu te amo minha pequena.

Snow o olhou com carinho e então disse:

–Eu te amo pai ! -e então o abraçou, para depois subir as escadas correndo. Ela não escondia as lágrimas a cada passo que dava.

Meu pai veio até mim, mas antes que ele falasse, quem falou fui eu:

–Pai, eu sinto muito pelo que está acontecendo. Eu sinto muito mesmo, eu não queria fazer o senhor passar por tudo isso.

–Não sinta minha filha. A culpa não é sua. Eu é que sinto muito por não ter sido um pai melhor pra você ... -eu o interrompi.

–Pare com isso. Você é o melhor pai do mundo, o melhor e o único que eu poderia querer.

Ele me deu um sorriso, mas antes que nos abraçássemos, ele abaixou a cabeça e continuou:

–E, Regina .. eu sinto muito pela sua mãe.

Eu o abracei, e quando nos separamos eu o olhei e disse:

–Eu também sinto. Mas saiba que eu te amo pai !

–Eu também te amo minha filha !

Então eu me virei e fui até Daniel, ele tinha uma expressão triste no rosto e isso fez meu coração pulsar tão forte, cheio de dor.

–Regina, eu não queria que tudo isso estivesse acontecendo. Eu sei o quanto dói pra você ter que lutar com a sua mãe, mas eu não posso pedir para que você não faça isso. Eu não posso pedir, porque seria o mesmo que desistir de você, e eu jamais desistiria de você.

–Daniel, meu amor. Não se sinta assim. Não importa quantos caminhos apareçam para mim, eu sempre vou escolher aquele que me leva até você.

Nós nos beijamos, como se fosse a última vez que fazíamos aquilo, e o meu medo era de que realmente fosse a última vez.

–Eu te amo Regina !

–Eu te amo Daniel !

E então eu me dirigi até as escadas, antes de tudo eu precisava falar com mais alguém, eu precisava falar com Snow.

Eu a encontrei em seu quarto, deitada na cama perdida em lágrimas, o choro aumentou quando eu me aproximei dela e me sentei ao seu lado. Ela se levantou me olhou por um longo instante e então disse:

–Regina, eu não quero que isso aconteça. Eu não quero que você se machuque, nem que o Daniel, nem que ninguém. Você mesma disse que as pessoas que se amam tem que ficar juntas, como uma família. Não é mesmo ?

–Sim, minha querida. Mas ás coisas nem sempre saem como imaginamos, por isso eu não quero que você fique triste. Quando algo ruim acontece para quem amamos, a melhor maneira de fazer tudo melhorar é sermos felizes, sabendo que é isso que deixaria a outra pessoa feliz também.

Quando terminei de falar, Snow me deu um sorriso tímido, eu retribui e então ela me abraçou. Nosso abraço só foi interrompido quando Daniel me chamou:

–Regina, está na hora.

Eu me levantei e fui até a porta, dei um último sorriso para Snow e me virei. Então quando Daniel e eu estávamos passando pelo corredor, Snow veio correndo e segurou em uma das minhas mãos e em uma das mãos do Daniel. Continuamos andando assim, todos conectados por mãos dadas e ambos sorrindo, um olhando para o outro. Snow quebrou o silêncio dizendo:

–É assim que uma família deve ser !

...

Rei Leopoldo e Snow estavam na sala. Meu pai e Daniel haviam se escondido em algum cômodo do enorme castelo, e eu estava em um dos quartos. Respirei fundo e coloquei o plano em ação. Comecei a chamar por ela:

–Mãe, mãe, eu sei que pode me ouvir. Venha até aqui por favor. Mãe !

De repente uma fumaça roxa apareceu no meio do quarto e em instantes minha mãe se materializou em minha frente.

–Regina, você deve ser mesmo muito corajosa para me chamar até aqui. Consegue imaginar o tamanho da minha raiva ? Pensou que conseguiria me enganar ? Pensou que tudo seria assim tão fácil ?

Eu já não conseguia segurar as lágrimas, que cada vez ficavam mais fortes e mais constantes. Meu coração se apertava a cada palavra e a cada segundo que se aproximava de tudo o que iria acontecer.

–Mamãe, pare por favor !

–Não Regina, eu não paro. Você precisa escutar. Você precisa sentir essa raiva toda que está dentro de mim.

–Mamãe, isso dói tanto, por favor não continue.

–Dói, não é mesmo Regina ? Pois dói mais ainda em mim. Eu criei você a vida toda para ser uma rainha e olha só o que você escolheu. Uma vidinha fútil, no campo. Não era isso o que eu queria Regina. E continua não sendo.

Nesse momento eu não aguentava mais, mal conseguia respirar em meio as lágrimas. E então eu sabia que precisava dizer tudo a ela, nem mesmo que para isso eu desistisse de todo o plano. E foi isso o que eu fiz.

–Pare. Eu nunca quis essa vida de Rainha, e nunca vou querer. Eu sei bem o que eu quero e isso nunca vai mudar. Essa vida perfeita que a senhora idealizou pra mim, é a vida que você quer mamãe, não a que eu quero.

O plano já havia ido por água abaixo, ou por lágrimas abaixo. E então antes que eu pudesse continuar, ela fixou seu olhar em um canto, apontou para um espelho e disse:

–O que é aquilo Regina ?

–É só um espelho.

–Não, não é. Aquele espelho era meu. Por certo alguém desse reino o roubou de mim nos tempos de guerra. Eles invadiam nossas casas e levavam tudo. Eu pensei que tivesse o perdido, afinal faz tanto tempo, eu nem sonhava em ter ...

–Magia ? -eu adivinhei. Senti uma expressão diferente se formar no rosto dela ao se lembrar do passado. Então tomei coragem para dizer as próximas palavras. -Mamãe, por favor, esqueça o passado apenas por um instante. Eu percebi que se comoveu ao falar dele. Por quê tudo não pode voltar a ser como antes ?

–Não seja boba Regina ! -ela riu sarcástica. -Você acha mesmo que eu trocaria uma vida toda de poder, para voltar a ser aquela filha do moleiro ? Jamais. Naquela época eu não poderia fazer isso. -Então ela passou as mãos pela borda do espelho, o iluminando. -Pronto, agora ele está enfeitiçado, ou amaldiçoado se preferir. Espero que ninguém toque nele daqui para frente.

–Mamãe, esqueça o poder e pensa em mim, na sua filha. Se voltasse a ter a vida de antes, nós poderíamos ser uma família. Você não seria apenas a filha do moleiro, seria a minha mãe. Isso não basta ?

–Claro que não. Nada basta, nem mesmo uma família. Isso não existe, o que realmente existe são pessoas que querem ser melhores, e agora eu posso provar a todos que a melhor sou eu.

Eu já não aguentava mais, as lágrimas haviam voltado e eu sentia raiva. Como aquela mulher que eu sempre chamei de mãe poderia preferir o poder ao invés da filha. Então fiz a última pergunta.

–Mamãe, você me ama ?

Ao terminar de dizer, ela abaixou a cabeça e eu percebi que sua resposta seria não. Meu peito se explodiu em dor e antes que eu pudesse pensar já havia disparado contra ela, cheia de raiva e com um impulso eu a empurrei em direção ao espelho, fazendo-a cair dentro dele. Quando me deparei com o que havia feito, tentei segurar em sua mão e a puxar de volta, mas era tarde, ela já tinha sumido e eu não sabia para onde. Então tudo o que restou naquele quarto, foi a imagem de uma Regina desesperada no espelho. Naquele espelho.





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Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam ? Eu gostei muito de escrever esse capítulo. Espero que tenham gostado também. Acho que a Cora não terá redenção mesmo, vocês acham que ela deveria ter ? Ou deixamos isso para uma outra história, ou talvez uma continuação ? Enfim, deixem Reviews, please ! *-*