As Mãos Negras escrita por Flandre Scarlet


Capítulo 12
Capítulo 12 - O irmão


Notas iniciais do capítulo

Bem finalmente terminei o capítulo espero que gostem.



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Cheguei à sala de aula totalmente confusa sobre as perguntas que aqueles homens de preto fizeram para mim, eles devem ser do governo e estão querendo saber se fui eu que matei as pessoas que não tiveram explicações, eu terei que matá-los. Ao chegar à sala percebi que todos estavam me olhando e apenas Carla e Vitoria estavam com os olhares preocupantes, já sabia que algum dia eles iriam me pegar. O professor me olhou de soslaio, todos ficaram cochichando, já sabia que alguma hora chegaria meu fim.

Depois que acabaram as aulas de terça-feira fiquei aliviada, mas sabia que meu irmão iria aparecer amanhã, seria o pior dia do mundo! Corri até chegar em casa para que ninguém me parasse para me perguntar algo. Ao chegar em casa só via minha mãe feliz e meu pai que tinha folga hoje deitado no sofá, fui pro meu quarto e quando eu menos espero ouço barulhos de câmeras, não fiz nenhum movimento apenas ouvi e em minha mente pedia para as mãos negras retirassem as câmeras de dentro de meu quarto.
– Mestra. - Disse algo em minha mente.
– Sim. - Respondi em minha mente.
– Iremos retirar as câmeras, não se preocupe.
– Apenas façam isto, rápido, e sejam discretas. E falando nisto, são quantas câmeras?
– No total, vinte, então em todo quarto, estamos nos preparando para retirá-las.
– Andem logo, eu quero trocar de roupa.
– Sim senhora.
Fiquei mais dois minutos em pé e ouvi barulhos e quando me virei vi várias câmeras quebradas, elas fizeram o que eu mandei perfeitamente. Olhei para os cabos e levavam ao quarto do meu irmão. Fui até o quarto dele e vi a sua janela aberta e com o computador ligado, bisbilhotei e não vi nada e quando fui ver na janela apenas vi dois garotos, só podiam ser eles, Pedro e Kulon. Já não bastasse o meu irmão voltar amanhã, eles me perseguem.

Acordei bastante desanimada e quando fui para a cozinha estava lá meu irmão mais velho de dezesseis anos, Ronan, sentado na cadeira da mesa olhando para mim, ele não estava com gesso nem nada, estava como antes, seu braço foi posto de volta ele ficava me observando com a cara de raiva.

– Oi irmãzinha. - Cumprimentou Ronan indo a minha direção me abraçando.

– Oi mano. - Respondi abraçando-o também.
– Sentiu saudades?
– Um pouco.
– Me desculpa pelo o que fiz aquele dia, eu me arrependo por tudo que fiz.
– Tudo bem já passou, passado é passado, lembra?
– Sim, quer ir ao cinema comigo na próxima quinta feira?
– Claro. Papai e mamãe vão pagar os ingressos?
– Não, eu mesmo vou pagar.
– Tem certeza?
– Sim, quero passar um tempo com minha irmãzinha.
– Está bem, seu bobo.
– Sua chata.
Ficamos rindo até que deu o horário de ir para a escola de novo, ele andou de mãos dadas comigo até a minha sala eu fiquei me perguntando se ele tinha esquecido que eu arranquei o braço dele, mesmo assim só queria ter um dia normal ao lado das minhas amigas.

Recreio, a hora em que varias pessoas sentam-se em várias cadeiras para conversar e comer seus lanches. Fiquei com Carla e Vitoria falando de creppypastas, já que nós os adorávamos, Carla gostava do Slender Man, Vitoria do Jeff The Killer e eu da Sally. Estávamos pensando em criar uma historia em quadrinhos quando Franceline, a menina mais popular da nossa sala, chegou na nossa mesa e começou a falar:


– Meu Deus, quem e que vocês estão falando? - Perguntou Franceline fingindo um olhar de duvida.
– Bem, estávamos falando sobre as creppypastas. - Respondeu Carla.
– Vocês deviam parar de falar sobre isto, e tudo fictício, eles não existem. - Respondeu Franceline saindo de perto da mesa rebolando a bunda pra um lado e para o outro.
– Ela devia saber que tudo que ela lê nas revistas de moda, são mentiras também. - Falei bem baixo, mas Carla e Vitoria ouviram e começaram a rir.
– Exatamente, Kanade, ela devia saber mesmo. - Disse Vitoria ainda rindo.
Foi um recreio ótimo e quando tocou o sinal fizemos uma corrida para quem chegava primeiro na sala de aula, e adivinha quem ganhou? Eu, como sempre, não é atoa que era campeã em corrida de dez metros.

Quando tocou o sinal para irmos embora o meu irmão estava me esperando na porta da escola já com sua mochila preta nas costas.


– Pensei que ia ficar mais um pouco, maninha. – Disse Ronan enquanto caminhávamos até em casa.
– Por que acha isto? Não sou do tipo de patricinha que fica mais de duas horas depois do sinal da escola pra ficar se maquiando pra desfilar na rua. - Respondi.
– Calma, só estou brincando.
– Eu também, seu bobalhão.
Fomos em uma sorveteria e compramos dois picolés e fomos direto para casa depois de tomá-los, onde quem estava nós esperando na sala? Sim, dois homens de terno preto fazendo perguntas para meus pais. Eu já sabia que estava chegando minha hora, eu precisava matá-los, mas não podia na frente dos meus pais. A única coisa que vinha em minha mente era matar, matar e matar, mas tinha que me controlar. Eles me viram e me olharam como se eu fosse algum experimento, então finalmente ouvi a voz que eu queria muito ouvir em minha mente.
– Mestra...


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Notas finais do capítulo

Bem até a próxima leitores.



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