O Passado Nos Condena escrita por Fernanda Melo


Capítulo 18
A Brecha da Esperança em Meio a Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe por não postar no domingo, andei doente este fim de semana e acabei inventando de escrever a fic e certas partes em minha opinião não ficaram bem do jeito que eu queria, mas ta valendo...
Boa leitura!



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Quando Alice acordou naquela manhã de domingo pôde estranhar sentir um vazio ao seu lado da cama. Ela temeu em abrir os olhos, mas quando os abriu vasculhou cada canto daquele local e nada de vê-lo por perto. Ela tirou a coberta sobre si e olhou para seu tornozelo, o inchaço havia diminuído e havia uma horrorosa marca roxa presente por lá. Alice testou colocar o pé no chão e tentar andar, tinha um pouco de dificuldade, mas estava melhor do que ontem.

Logo após a sua higienização e de um belo banho, ela foi para sala pedindo a empregada de James que lhe arrumasse um pouco de gelo. A mulher logo atendeu ao pedido, ajudou Alice a colocar o pé sobre uma mesinha de centro e com algumas almofadas em baixo.

Alice não perdeu a oportunidade de perguntar sobre James, mesmo com um desejo enorme de que ele sumisse.

– Ele saiu para fazer caminhada. – A mulher respondeu docemente. – O que deseja para o café da manhã?

– Apenas um suco, não estou me sentindo muito bem. – A mulher assentiu e voltou para a cozinha voltando algum tempo depois com o suco que Alice havia pedido.

Quando Alice ouviu um barulho no lado de fora sentiu sua pele arrepiar e o pânico tomou conta de si. James havia voltado e agora seu coração batia forte e sua respiração não estava mais compassada, passou sua mão fria sobre sua testa e tentou distrair-se com uma revista e não pôde deixar de ficar ainda mais nervosa quando sentiu a presença de James parado logo adiante.

– Vou tomar um banho e já volto. – Ele disse com um tom de voz normal, como se estivesse tediado demais para fazer qualquer coisa. Ela não fez nada nem ao menos virou a cabeça para dizer um simples ‘está bem’, não queria mais olhar nos olhos do homem que lhe apontou uma arma ontem e hoje finge que nada aconteceu.

Ela levantou-se e foi respirar um pouco de ar fresco e nem percebeu quando as horas voaram e já era quase onze horas, pensou que logo sua família estaria ali e não sabia se sentia bem com isso ou um pouco receosa pelo motivo de James guardar uma arma em casa. Ela subiu as escadas para se trocar, colocou um vestido adequado para aquele dia de domingo.

– Espero que saiba fingir bem hoje. Não quero seus pais desconfiados de mim, pelo menos não antes de nosso casamento, depois irei sumir com você daqui.

– Eu virei uma ótima atriz depois que comecei a namorar você James. – Alice manteve seu olhar triste fixo no relógio nem ao menos percebeu quando ele chegou perto de si puxando seu braço bruscamente. – Se você quer mesmo fazer isso é melhor cancelar o almoço.

– Você está me contrariando hoje. – Ele disse com uma fúria contida em sua voz.

– Eu já não me importo com o que você faz comigo.

– Talvez vá se importar com o que eu faça com sua família.

– Se você mexer com a minha família, você irá me perder de uma forma ou de outra.

Ela se levantou da cama pegando seu cardigã e direcionando para o banheiro, tratou de colocar um sorriso em seu rosto, fingir agora não seria tão difícil assim, enganar Riley é que seria, mas se tivesse uma conversa com ela talvez a garota ficasse quieta.

Agora seria apenas esperar a chegada de sua família, talvez com isso seu coração ficasse mais ameno, mais sereno, talvez sua mente se perdesse na nostalgia de esquecer-se de sentir medo e sentir-se feliz, nem que fosse por pouco tempo.

***

Riley acordou um pouco mais cedo do que o esperado o dia lá fora ainda começava a ganhar cores no céu. O pesadelo fizera com que ela soasse e aquilo lhe incomodou. Levantou decidida a não dormir e foi para debaixo do chuveiro, havia lavado sua cabeça ontem, mas a ideia de sentir a água passar por toda a extremidade de seu corpo lhe fez sentir melhor.

Quando terminou o banho e terminou de se vestir saiu de quarto para ir até a cozinha, no meio do caminho encontrou-se com sua mãe já de pé.

– Já de pé? – Riley olhou para mãe como se estranhasse esse ato que já era comum para a mulher.

– Eu acordo cedo todos os dias, mas hoje eu acabei acordado um pouco mais. Mas o que lhe fez sair da cama? – Ela passou seu braço em torno do ombro de sua filha.

– Pesadelo... E não, não quero falar sobre isso até porque foi apenas um mero pesadelo.

– Tudo bem. Vamos preparar um café da manhã então.

Quando ambas já se alimentavam Carlisle apareceu, movido pelo cheiro do café de sua mulher. Beijou a bochecha da filha e lhe desejou bom dia e para a mulher ele reservou seu constante ato de amor.

Riley sorriu apreciando o amor que existia entre seus pais e tudo que mais desejava era sentir isso também, mesmo amando Josh não acreditava que seguiriam muito adiante, talvez Ben tivesse mesmo razão, há muitas garotas na faculdade e ela é somente uma garotinha prestes a completar seus 16 anos. E se as garotas do colégio já eram atiradas quem dirá as da faculdade.

– Tudo pronto para hoje querida?

– Tudo sim papai, vocês já sabem não é mesmo?! Tratem James como antes, não deem bandeira.

– Sim senhora. – Carlisle concordou em seguida bebericando um pouco do café.

Riley olhou de um lado para o outro pensando em dizer algo, sua mente andava muito conturbada e cheia de dúvidas. O fato de aquilo tudo estar enfim se desenrolando a deixava eufórica e ao mesmo tempo preocupada por não saber qual resultado aquilo daria.

– Está bem, já que contei tudo para vocês ontem tenho que dizer mais uma coisa. Vou instalar câmeras na casa de James hoje.

– Filha isso é...

– Arriscado, ilegal, mas não consigo provas, sem que Alice vá prestar queixa na polícia é impossível prendê-lo. É o único jeito.

– Filha. – Carlisle levantou-se e foi sentar-se ao lado da filha. – Entenda que isso é errado, mas sei que seu coração está pensando em algo bom. Você quer apenas ajudar sua irmã e é por isso que estamos lhe apoiando, mas de agora em diante prometa contar tudo para nós, certo?

– Sim pai.

– Ótimo, agora conte-me de onde você tirou dinheiro para comprar câmeras?

– Jasper. – A menina no mesmo momento fez cara de piedade. – Eu juro que não pedi a ele dinheiro, ele se ofereceu para ajudar, essa ideia na verdade é dele.

– Certo, terei que ter uma conversa com ele também. – Carlisle levantou-se no mesmo instante e dirigiu-se para a cozinha imaginando quando aquilo havia se tornado um verdadeiro plano de investigação.

Quando o horário do almoço ia se aproximando Emmett apareceu na casa dos pais, sua expressão séria estava evidente, o pesadelo estava de volta e não acreditava que havia deixado sua irmã ir para o mesmo rumo que sua mãe havia ido anos atrás.

– Pirralha onde você está? – Emmett gritou na sala batendo o pé com extrema impaciência. Quando a garota apareceu ele apenas abriu um de seus enormes sorrisos. – Pensei que não fosse mais descer.

– Estava pegando minha insulina caso você não queira que eu vá para o hospital. – A menina queixou-se.

– CIA ou FBI?

– Nenhum dos dois ainda não pensei o que quero ser na minha vida.

– Saiba que você seria uma ótima investigadora.

– Certo, mas sou doente e eles não me aceitariam, então...

– Eu mando eles irem se ferrar. Sou seu irmão, tenho esse direito.

– É também tem o direito de ir preso se quiser. – A menina riu enquanto seu irmão tentava aliviar a situação.

– E a Rose?

– Pedi para que ela ficasse em casa. Não quero minha filha e minha mulher frequentando a casa daquele filho da mãe.

– Melhor assim. Então vamos?

– Claro. – Carlisle disse enquanto levantava-se do sofá. Acompanhou sua mulher e filha até o carro enquanto Emmett iria no seu.

Quando chegaram à casa de James foram bem recebidos pelo o homem e quando avistaram Alice sentada em uma das poltronas ao lado de fora ficaram se perguntando o que ele havia feito desta vez para a perna da mesma estar enfaixada. Ela veio com a desculpa de ter caído, mas foi muito típico para quem sabia o que acontecia ali, mas Emmett tirou sarro da cara da irmã lhe chamando de desengonçada e Esme ficou preocupada. Carlisle disse a filha para tomar mais cuidado e Riley apenas olhou para James, afinal ela sempre desconfiou dele.

Quando o almoço foi servido ao ar livre todos conversavam alegremente menos Riley claro, fazendo seu ótimo papel de irmã carrancuda.

– Alice onde é o banheiro tenho que aplicar minha insulina.

– Eu te levo lá.

– Tudo bem. – Ela não se queixou até porque queria que Alice soubesse do que estava planejando e ela teria que colaborar. Até porque não seria todos os cômodos que estariam sendo vigiados e querendo ou não Alice teria que colaborar e colocar James na frente das câmeras para mostrar a sua verdadeira face.

Ambas caminharam silenciosamente e quando Riley parou em frente à entrada da sala observou bem à lareira, seria um lugar perfeito.

– Está tudo bem Riley?

– Sim está. – Disse continuando a andar mais perto da irmã, o banheiro social estava em reforma, então usariam o do andar de cima, até mesmo parecia que tudo estava conspirando á favor da jovem garota. O longo corredor continha cinco portas, a primeira a direita sabia que era o banheiro agora faltava saber o que tinha nas outras.

Riley entrou sozinha no banheiro conversando algo com a irmã de como conseguia passar tanto tempo ali naquela casa com o troglodita do noivo dela e Alice apenas suspirou como resposta. Riley aproveitou o momento para mandar a mensagem para Emmett.

“Câmera na sala sob a lareira, segundo andar no corredor, quando terminar de subir as escadas haverá um quadro sob sua cabeça”.

Quando saiu do banheiro com a insulina já aplicada, ela olhou bem para Alice e sua expressão sem muita vivacidade, mas ainda sim com um sorriso caloroso no rosto.

– Ele tem muito dinheiro para gastar não é mesmo? Carro de luxo e uma mansão, típico de um mauricinho perturbado.

– Isso pouco importa pra mim.

– Você sabe que ainda tem como voltar atrás não é? Jasper ainda te ama.

– Não posso largar isso... Esse inferno. – Alice disse com a voz embargada.

– Ele te fez alguma coisa esses dias Alice? Conte para mim, eu estou bem, estou segura.

– Você não está segura, não aqui. Não com ele por perto.

– Ele te ameaçou não é? Comigo, com a mamãe?

– Foi você, mas não conte isso aos nossos pais, principalmente a mamãe, ela ficaria tão abalada me vendo viver o mesmo pesadelo que ela passou.

– Me desculpe Alice, mas eles já sabem... – Alice olhou a menina incrédula. – Sim mamãe ficou abalada e até a ouvi dizendo que devia ter cuidado melhor da garotinha dela. Então se você não quer ver nossa mãe em prantos sob seu caixão colabore para que Jasper e sua família te ajude está bem?

– Você não devia ter feito isso. – Alice disse, mas foi mais como forma de pedido do que de negação. Riley abraçou a irmã e sem rodeios concluiu o diálogo antes que voltassem para o almoço.

– Sala conjugada com a copa, seu quarto e o corredor, esses são os pontos das câmeras, Emmett logo irá querer conhecer o ambiente, papai irá junto para distrair James e mamãe ficará com você enquanto ficarei escondida com meu laptop dando as coordenadas para Emmett.

– É perigoso demais, por favor, parem com isso.

– Não Alice, eu amo você, amo tanto que sou capaz de arriscar a minha vida por você ou por qualquer um de nossa família, não me peça para desistir de você. Não assim.

Alice estava prestes a se desmontar quando Riley tocou seu rosto com ambas as mãos forçando com que ela olhasse em seus olhos.

– Você me ajudou quando precisei me passou segurança quando temi a diabetes e eu não vou deixar você. Sei que faria o mesmo por mim. Agora mude essa sua cara de espanto, posso ter quase 16 anos, mas sou um terror maninha, você não sabe nem da metade do que apronto. – Riley sorriu singelamente. – Seja a boa atriz que está sendo agora, ele nunca irá desconfiar.

Alice apenas concordou com um singelo balançar de cabeça e em seguida seguiu a irmã, ela não podia negar que estava contente em ver Riley assim. Enfim uma onde de esperança lhe atingiu. Não sabia o rumo que aquilo daria, mas tinha fé que daria certo e aquela energia positiva que lhe rodeava é que estava lhe dando forças para mentir para disfarçar durante a tarde toda.

O roteiro foi seguido, em uma parte escondida Riley permaneceu vendo como as câmeras ficavam enquanto Emmett fingia conversar através do fone com Rose. Discretamente ele colocava cada câmera em seu devido local. Sobrando apenas uma no final.

Antes que os homens retornassem Riley voltou para o lado de sua mãe e irmã que conversavam na base dos cochichos.

– Sobrou uma câmera, tem mais algum lugar que possa colocar?

– Sei sim, mas esse terá que esperar um pouco, deixe comigo.

– Tudo bem. Ouça, tudo ficará gravado, em meu laptop caso aconteça alguma coisa eu irei até a delegacia.

– Tudo bem. – Alice sorriu de tal modo que não sorria há tempos. Estava esperançosa, sentia-se enfim começar a se libertar das algemas do medo, o receio do que poderia acontecer era mero sentimento, um pequeno sentimento em vista dos outros na verdade.

– Alice podemos conversar um instante? – Riley pediu com a voz um pouco dengosa, sentia falta da irmã ao seu lado nas noites, quando conversavam sobre problemas pequenos.

– Acho que esse é o sinal da mamãe bater retirada. – Esme levantou beijando em seguida a bochecha de cada uma das filhas.

– Mãe... Pode ficar se quiser, na verdade gostaria que você ficasse.

Esme não pôde deixar de sorrir ao ver a filha dizer aquilo. Voltou com um largo sorriso em seu rosto e sentou-se na mesma poltrona de antes, a menina sentou-se em seguida olhando bem para ambas as mulheres que lhe encaravam a espera de alguma palavra.

– Está bem... O que vocês acham de Josh, em ponto de vista em geral como pessoa, como meu namorado.

– Está preocupada com ele na faculdade? – Alice redirecionou a pergunta para mãe.

– Ele não liga desde aquele dia que esteve aqui. – Esme concluiu.

– Eu cheguei a pensar até mesmo que ele havia se acidentado sem documentos e perdido a memoria. Um absurdo eu sei.

– Você está pensando que ele está te... – Alice disse.

– É uma grande possibilidade não é mesmo? E entre nós eu fui inventar de querer namorar justamente o menino mais pegador do colégio.

– Emmett tinha fama de pegador e ele ficou apenas com duas garotas antes de conhecer a Rose. – Alice riu ao relembrar daquele assunto. – Na verdade uma delas mudava a cor de cabelo no mínimo quatro vezes ao ano. - Hei fique calma, faculdade é complicado toma seu tempo, e ele te ama de verdade, o modo como ele olha para você e cuida de você é único.

– Alice tem razão querida. Vocês estão na flor da idade, por isso acham que tudo no mundo tem uma complicação, quando você menos imaginar ele estará de volta e será sua vez de estar o preocupando na universidade.

– Veja pelo lado positivo, pelo menos ele não terminou o relacionamento de vocês para ir para universidade e acabou cansando-se com outra mulher. – Alice riu da brincadeira que a pouco tempo achava trágico, mas estava aprendendo algo com cada erro de sua vida, com cada saudade, com cada amor vivido.

– Olha você e esse singelo rapaz ainda se amam está bem?! – Riley disse baixo para que somente elas ouvissem e até mesmo Esme sorriu com o bom humor que atingia as filhas.

Depois de dez minutos os homens voltaram do tour pela mansão de James e Emmett que estava logo atrás do mesmo piscou para a irmã que entendeu o recado de que tudo estava pronto e bem cuidado.

– Vejo que está mais alegre querida. – James redirecionou-se para Alice, passando perto de Riley que virou o rosto no mesmo momento.

– Relembrando de acontecimentos familiares.

– Vocês estavam tão contentes que não duvido nada que tenha sido algum fato sobre Riley.

– Eu sou mesmo a mais cômica da família muito obrigada, ao contrario de você que sempre chega para estragar os momentos não é mesmo Sr. DeNiro?

– Riley Cullen. – Carlisle interveio engolindo a vontade de rir, percebeu que Emmett não conseguiria disfarçar se não fosse a ajuda de seu celular e, Esme e Alice continuaram com a mesma cara de que nada estava acontecendo. – Não me faça ter que voltar para casa mais cedo mocinha.

– Até que não seria uma má ideia. – Riley levantou e saiu do local.

O assunto perdurou durante algum tempo e Riley permaneceu quieta na sua mantendo longa distância mesmo querendo estar ali com eles. O primeiro a se despedir foi Emmett que já estava com saudade de estar com a mulher e a filha, passaria na casa da sogra agora para busca-las e informaria Jasper sobre o plano.

Alguns minutos mais tarde Carlisle se despediu juntamente com Esme e Riley, voltando para casa um pouco satisfeito do dia que tiveram, Esme podia se dizer que estava apreensiva demais por não saber o que James faria com sua filha assim que saíssem de lá.

Riley permaneceu grudada em seu laptop apenas ouvindo as conversas toscas de James com Alice e aquele seu fingimento de papo romântico. Jasper não conseguiu manter sua curiosidade anestesiada por muito tempo e ligou para a garota. Mas como não havia muita novidade a conversa não rendeu muito tempo.

Alice manteve a micro câmera por perto, sempre no bolso de sua blusa, até que chegasse algum dia que eles voltassem para aquele quarto escuro. Ela sabia que aquilo não demoraria muito para acontecer. A tranquilidade e a paz que mantinham seu coração com batidas compassadas fazia também sua esperança arder em seu peito, tinha fé que desta vez se livraria de James de uma vez por todas.

Rezava pela segurança de sua família e pediu fervorosamente para que ele não descobrisse nada. Sua liberdade estava ali, prestes a acontecer e não conseguiria vê-la ir embora de tal forma. Aquela esperança que reinou sobre ela aquela noite fez com que ela pensasse em Jasper, em como sentia falta de passar a mão naquele cabelo loiro e de seus lábios tocando o dela.

O modo como Jasper segurava sua mão delicadamente e o respeito que ele tinha por ela. Jasper é um verdadeiro cavalheiro, ela pensava consigo mesmo. E não conseguia acreditar como o mundo havia separado ambos daquela maneira, mas Jasper estava correndo atrás dela, ele a amava ainda, ele nunca desistiu de Alice em momento algum de sua vida, nem mesmo quando se casou com Maria. Ele lembrava-se dela todas as noites a cada instante.

Era aquilo que ele estava fazendo também naquela noite, apenas pensando quando aquilo tudo chegasse ao fim, não saberia se a pediria em casamento ou se simplesmente a levaria para outro estado ou país. Mas por enquanto se contentava em imaginar que no dia que James fosse preso apenas abraça-la e beijá-la, chama-la de sua novamente, aquilo já valeria a sua vida.

Tinha certeza que dali para frente não deixaria que ela escapasse mais de si, ela é a mulher de sua vida e deixou as circunstâncias afastá-los de tal modo, até mesmo uma pouco cruel de se aceitar. Ele olhou para seu garotinho deitado ao seu lado na cama e pediu perdão por fazer isso a Maria, por não ter amado ela tanto quanto ama Alice, mas ela sempre obteve o maior respeito dele e parecia que aquilo para ela havia bastado.

Imaginou se teria chances de ter filhos com Alice, ficaria extremamente eufórico e um sorriso apareceu juntamente com uma lágrima de esperança. As estrelas brilhavam lá fora e ele olhou para uma delas, aquela que mais brilhava e nem podia imaginar que a mulher que ele tanto pensava estava também observando a mesma estrela enquanto pensava nele. A estrela mais brilhante no seu que poderia representar o brilho do amor de ambos. Um sorriso se abriu na face de cada um e Jasper prometeu que nunca desistiria dela, jamais. Enquanto Alice mentalmente também fez a mesma promessa enquanto deixava seu corpo ser abatido pelo cansaço.


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