Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 22
Por amor ou por dinheiro?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/36846/chapter/22

Cap. XXII – Por amor ou por dinheiro?

 

Conforme o sol aparecia, a cidade ia tomando vida e claro, se informando através do Jornal Central. E a notícia que estampava a capa era bombástica.

Cada um que lia comentava com outro, dessa maneira, antes das nove da manhã todos já sabiam da noticia que ilustrava o folhetim.

Por amor ou por dinheiro?

É de conhecimento geral a fama que carrega o oficial Mustang. Nosso Don Juan, o CasaNova do século XX... O que não sabemos é o real motivo disso. Com apenas trinta anos, Roy Mustang já chegou a patente de general, tendo um longo currículo de vitórias e não podemos nos esquecer de seus feitos em Ishival.

Seria esse jeito espalhafatoso uma máscara? Uma maneira de esconder a sua real situação? Muito jovem esse rapaz, e já conquistou em doze anos, o que muitos homens levaram uma vida para conseguir. Não estaria essa ascensão meteórica ligada a algo mais do que simples competência?

E é aqui que máscaras caem. Riza Hawkeye, ou deveria ser dito Elizabeth Marie Monteclaire Hawkeye? A herdeira de uma das dez maiores fortunas desse país é sua subordinada, mas existe muito mais do que uma relação superior e comandada ali. Existe uma criança.

E não é muita coincidência que essa menina tenha a mesma idade que a promoção do jovem comandante a coronel e posteriormente a general? Afinal, o pai de uma criança que herdará tanta influência não podia ser um simples tenente-coronel.

O que nos resta é perguntar se o que aconteceu com a bela e rica Elizabeth foi amor verdadeiro, ou uma simples ilusão pregada para que ele conseguisse o que queria?

Roy ficou sem ação ao ler aquilo.

Que tipo de gente fazia uma coisa daquela?

Uma raiva começou a subir e se espalhar por cada parte de seu corpo. Era inaceitável uma coisa daquela, quem escreveu aquilo e o jornal iriam pagar muito caro!

- Man!!!

Maes entrou exaltado na sala.

- Eu já vi o jornal, Maes.

- Jura? Nossa! Pensei que fosse ter uma crise de raiva!

- POR QUÊ? PORQUE ESTÃO FALANDO QUE EU ME APROVEITEI DO NOME DA RIZA PARA SUBIR NO EXÉRCITO? POR QUE ESTÃO FALANDO QUE EU ME APROVEITEI DA RIZA? OU SERÁ POR QUE ISSO TUDO É UMA CALUNIA DA PIOR ESPÉCIE?

Roy bateu com força o punho fechado sobre a mesa. Não sabia bem o que fazer primeiro, se tinha um ataque de raiva ou se processava logo os responsáveis.

- Respira, Roy.

- Vai te catar, Maes! Eu não quero me acalmar!!!

- Se continuar nesse ritmo vai ter um treco!! E você tem uma filhinha para criar, não é hora de ter um treco!

- Vaza daqui, vai!!

- Quanta grosseria!!

Maes si da sala e logo após os rapazes entram um pouco assustados. Roy de mau humor não era uma coisa muito saudável!

Mas ninguém comentou nada, sabiam que Roy podia ter todos os defeitos do mundo, mas ser aproveitador não era um deles. E sabiam quanto ele respeitava Riza.

Na verdade, começavam a achar que ele sentia algo a mais pela bela moça. No fundo, sempre desconfiaram que ambos sentiam algo a mais um pelo outro, era tão explícito, tanto que rolava um boato de que eram amantes.

E também, como julgar Roy um aproveitador depois da cena que viram em sua casa? Era um cuidado e um carinho tão grande, e fazia tão pouco tempo que ele conhecia a pequena.

Riza, estava no campo de treinamento, não devia saber de nada ainda. Mas o problema não era ela, mas sim os superiores.

E não demorou muito até que uma carta chegasse as mãos de Roy. O marechal queria falar com ele. Sabia que aquilo não era cabível de punição, as leis de confraternização militar não era muito rígidas, apenas exigiam decoro no ambiente de trabalho e que as relações não afetassem a vida profissional, no entanto, Roy era um oficial que tinha por obrigação zelar do bem estar do povo, esse tipo de propaganda que fora pregada através dele não era muito boa. Era como dizer que o exército era um lugar onde influência contava mais do que trabalho duro.

O moreno respirou fundo e depois queimou a carta, assim como fazia com boa parte da correspondência e se levantou ficando em pé diante da janela.

Riza entrou e notou que alguma coisa não estava bem.

- O que aconteceu? Parece que todos exaltados.

- Não leu o Jornal Central hoje?

- Não, Taisho.

- Pois leia a primeira página.

Riza achou estranho o que Roy lhe pedira e mais estranho ainda ninguém falar nada. Silêncio e decoro com o ambiente de trabalho não combinavam com aquelas pessoas.

Caminhou até a mesa de Roy e pegou o jornal. Passou os olhos sobre a página e sentiu o sangue parar de correr. O que era aquilo? Quem era aquele colunistazinho? E por que um jornal tão importante se prestou aquele papel?

Com toda certeza iria entrar com um processo por uso não autorizado da imagem de Amy, que era menor, e claro por calunia.

Mas ali não era lugar de ter uma crise de raiva. Então tudo o que fez foi dobrar o jornal e recolocá-lo sobre a mesa, indo para seu posto logo em seguida.

X-X-X

Roy entrou no grande gabinete do marechal e bateu uma continência antes de sentar. Foi lhe oferecido uma xícara de chá, essa que foi aceita.

O homem parecia constrangido em começar o assunto.

(N/A: Amores, não contem como fuhrer o King Bradlay, sei lá, é um outro cara qualquer...)

- Bem, general, deve imaginar o motivo de tê-lo chamado.

- Creio que sim, senhor.

- Mas, se pudesse responder, gostaria de saber se essa criança existe mesmo. Não posso obrigá-lo a falar sobre sua vida pessoal, mas também se for verdade você não pode esconder algo assim a vida inteira.

- Existe. Tem quase cinco anos e é filha da capitã Hawkeye. Mas ela não tem nada a ver com minha vida militar.

- uma risada ruidosa ecoou pela sala – Eu sei disso, rapaz. Não era eu que estava no poder quando foi promovido a coronel, mas fui eu quem te promoveu a general.

- Então qual o motivo dessa conversa?

- Eu não posso e nem vou puni-lo, pois não quebrou regra alguma, mas tem que entender que é um homem público. Cada militar é a imagem do exército e a sua imagem agora não está favorecendo muito a ninguém.

- Eu vou cuidar de processar os responsáveis, senhor.

- Olha, eu sei que sou apenas um homem velho e que a juventude carrega alguns novos padrões... Mas talvez... É só um conselho, talvez você devesse se casar com a jovem Elizabeth.

Dessa vez foi Roy que riu.

- Eu acho que ela não concorda com essa opinião.

- Bem, o que eu queria era saber de fonte segura a real história e pedir para que você tentasse minimizar o mais rápido possível essa polêmica.

- Eu vou cuidar de tudo. Com licença.

- Toda, rapaz.

X-X-X

Riza dirigia e Roy olhava a rua. Tiveram que sair do quartel pela porta dos fundos para não serem bombardeados pelos jornalistas.

- Importa-se de uma mudança de percurso?

- Não.

Roy não tinha motivos para temer ou não querer alguma coisa vinda de Riza. E também, ela não podia brigar com ele.

A viu sair da área urbana, dirigiu para a velha Central. Uma parte mais aproveitada para o turismo e que aquela hora não deveria ter muita gente.

Parou em uma praça onde tinha um coreto. Era um lugar muito bonito e calmo. Possuía algumas árvores e tinha uma bem cuidada quantidade de flores e grama.

Ela parou o carro e desceu. Roy seguiu a moça e os dois se escoraram no parapeito interno do coreto.

- Olha, não é minha culpa dessa vez.

- Eu não te culpo por tudo o que acontece.

- Eu não teria tanta certeza, mas não quero falar disso.

- Mas eu quero.

- Riza... Agora não. Vamos lavar nossa roupa suja depois, eu não estou com cabeça para brigar e, na verdade, nem quero brigar.

- Olha, eu sei que o jornal mentia.

- Que bom... – ele suspirou –

- Roy, eu sempre vivi a minha vida cuidando de mim, eu nunca quis precisar de ninguém. Mas veio você e derrubou todas as barreiras... Eu não gostava de você no inicio, mas eu não consegui manter esse sentimento por muito tempo... Mas tanta coisa aconteceu desde a infância até agora.

- A pior delas foi o Kaio.

Riza riu.

- Eu acho que não.

- Como não? Você põe na sua vida um cara chato, metido, grudento, implicante.

- O Kaio não é tudo isso.

- Como você quer que eu goste de um cara que quer o meu lugar?

- Amy já te ama.

- Eu não estou falando dela.

Riza sentiu as faces ficarem rosadas.

- Eu não quero falar disso.

- Eu sei que não. Você não suporta a idéia de me colocar na sua vida e eu não te culpo, mas gostaria de uma trégua pelo menos.

- Uma trégua?

- Eu nunca sei como falar com você. Num dia tudo está bem, no outro, parece que eu sou o culpado de tudo. Você grita, fica com raiva...

- Desculpe.

- Tudo bem. Mas não iria doer você confiar em mim como homem... Eu não sou tão ruim assim.

- Eu sei que não.

- Então porque adora soltar os cachorros?

- Porque eu sei bem demais que posso confiar e eu não quero jogar em você problemas que não são seus.

- Quando eu fiquei confiável?

- Quando eu vi seu olhar em cima da Amy.

- Eu queria mesmo ter estado com você.

- Foi melhor assim.

- Eu quero estar da próxima vez.

- Não vamos apressar as coisas.

- Isso quer dizer que eu posso ter esperanças?

- Isso quer dizer que nem se eu dissesse “não” você desistiria. – ela olha para cima – Eu sei o que está tentando fazer, e eu não posso garantir que vai funcionar, mas algum motivo eu tive para ter cedido aquela noite...

O celular de Riza toca. Era Amy. Ela atende fala alguma coisa sobre a pequena ir dormir pois já era tarde e depois vão embora.

Continua...

Amores... Eu sei que a encrenca não correspondeu as expectativas de vocês. Mas os que me acompanham, sabem que sou péssima em criar problemas e dar continuidade a eles.

Na verdade, minhas fics são carentes nesse ponto! Eu não consigo ferrar com a vida dos personagens, não consigo fazer tudo dar errado com meus queridinhos...

I’m sorry!

Bem, mas me façam feliz e comentem. E dêem boas vindas aos Cookies! Eles chegaram!! Estamos fazendo uma festa regrada a muito leite e chocolate!

Hahahhahahaha

Kiss kiss

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonho de Uma Noite de Verão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.