Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 20
Paparazzi




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Cap. XX – Paparazzi

Roy arrumou o café e depois de tomarem café os dois deitaram no sofá para conversar. Roy estava deitado com as pernas flexionadas e Amy estava sentada sobre o abdome do moreno com as costas apoiadas nas pernas dele.

- Então você gosta de ler, né Loy? Tem muitos livros aqui...

- Eu gosto de estudar, sou um alquimista... Preciso estar sempre procurando me manter informado.

- Hum... A mamãe também lê muito.

- E você já está aprendendo a ler?

- Eu já sei escrever meu nome, e o da mami, e do padrinho...

- Hum... Você faz o jardim II?

- Isso.

- E o que você gosta de ouvir histórias?

- Gosto. Por que está fazendo tantas perguntas?

- Eu quero saber mais sobre você.

- Mas eu também não sei muita coisa sobre você e não fico fazendo tantas perguntas.

- E o que você quer saber? Pode perguntar, Amy.

- Quantos anos você tem? Você faz o que mesmo? Você gosta de brigadeiro? Por que quando você e o padrinho se vêem parece que vai sair faíscas dos olhos de vocês? Por que você fica todo bobo me olhando às vezes? O que você gosta de comer? Você sabe andar de bicicleta? Porque eu não sei... – ela para e respira – Humm... Tem mais, mas eu num lembro agora.

Roy riu.

- Bem, eu tenho trinta anos. Sou alquimista federal com a patente de general, não sou fã de doces – mas às vezes como, sobre o seu padrinho é complicado demais... E por que eu não ficaria bobo? Você é tão fofa e lindinha. Eu gosto de comer massas e sim, eu sei andar de bicicleta.

- Humm... Mas por que é complicado? O padrinho é tão legal!

- Claro que é... – na verdade, Roy queria xingar Kaio, mas não podia fazê-lo na frente dela – É por causa da sua atenção! Nós dois queremos que você goste da gente.

- Mas eu gosto de vocês dois.

- Eu sei, eu sei...

Roy puxa a filha e lhe dá um abraço. Céus, jamais se imaginou gostando tanto de uma pessoa. Mas não tinha como não gostar daquela coisinha fofa!

Amy era tão doce e meiguinha, mas tinha muita personalidade. A cada instante com ela, Roy tinha certeza de que não ter estado com Riza desde o começo fora o pior erro de sua vida.

Não se arrependia da vida que levava, mas aos vinte e cinco anos, já tinha tido farra o suficiente. Tanta coisa importante que perdeu... O que eram noites de farra, comparados a ver os primeiros passos, as primeiras palavras, os primeiros sorrisos...

- Eu vou fazer o almoço... Quer me ajudar?

- Não, eu vou brincar com o Tuff.

- Então trás ele aqui para baixo.

- Tá.

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Já era quase hora do almoço, Riza sabia que Roy já deveria estar arrumando Amy para levar para casa. Estava com tantas saudades da pequena.

Desde que chegara, sentiu alguns olhares curiosos sobre si e sabia o motivo, mas não queria falar sabre aquilo. Tudo o que sempre abominou estava começando a acontecer.

Os rapazes deveriam achar que ela era mais uma das garotas do Roy, e agora deveriam jurar que tinham um caso. Era o que faltava...

Uma noite! Somente uma noite e agora estava naquela situação!

E Amy não era o problema, na verdade, a via como solução. Mas o que ela representava aos olhos dos outros é que não queria que acontecesse.

Elizabeth Hawkeye não era garota de ninguém. Tinha nome e sobrenome. Tinha também suas próprias conquistas e agora não passaria de mais uma que passou pela mão de Roy.

Por um instante, aquela idéia de fugir com a pequena não lhe parecia não ruim. Só que fazer isso era covarde, tinha errado e agora assumiria as conseqüências.

- Certo, o que querem falar?

- Nada.

- Olha, eu sei que devem estar achando que eu e o general temos um caso. Mas não temos e não quero que isso influencie a visão que vocês tem de mim. Nada mudou. Aqui dentro ainda sou a capitã Hawkeye.

- Nós sabemos disso, apenas estamos curiosos...

- Vocês devem ter visto a Amy, não há nada mais.

- Ela é muito esperta, irritou o Edward.

Riza deixou um meio sorriso escapar.

- Ela tem muita personalidade. Agora trabalhem.

- Hai.

Ninguém ali duvidava que Riza falava a verdade. Ela não era como as garotas com quem Roy saia, o moreno geralmente saia com as que eram muito bonitas, mas pouco pensantes. Até porque ele não queria conversar muito.

Já Riza era bonita e inteligente. Era meio malvado dizer isso, mas só mesmo completamente alcoolizada que ela cederia a Roy. E o que mostra que ela tinha mais fibra, foi o fato dela não ter corrido atrás dele exigindo casamento ou mesmo culpando-o.

No entanto, também não parecia justo que ela tivesse a pequena só para si. Não tinham filhos, mas imaginavam que um laço como aquele não podia ser negado, por mais errado que fosse o pai.

Não sabiam muito sobre Riza, mas pelo que viam, aquilo tinham um ar de vingança no fundo. Roy provou o gosto da própria indiferença. Ele nunca dava moral as namoradas depois de uma semana... Ela o ignorou na manhã seguinte e teve uma filha, tirando dele a chance de ser pai.

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Roy levou Amy ao apartamento de Kristen. Tinha que ir para o quartel, mas se pudesse, ficaria o dia todo com a filha. Sabia que estava conquistando seu espaço, via naqueles olhinhos.

- Tchau, Amy.

- Tchau, Loy. – Ela acenava do colo de Kristen, a menina gostava mesmo de um colinho – Então o que vamos fazer?

- Eu tenho que estudar algumas figuras de linguagem... Quer me ajudar?

- Palavras difíceis!

- Muitas delas!

- Wou... Vamos logo, Kris.

O Mustang entrou no carro e seguiu para o quartel, já estava conquistando a filha, agora só precisava conquistar a mãe. E ai é que estava o problema, Riza jamais o deixaria chegar perto demais.

Mas ela tinha que sentir alguma coisa!

Riza não dormiria com ele por nada!!

E bem, já tinha notado que ela sentia o que podia se chamar de ódio. E só se odeia o que se ama ou amou! Isso era um bom começo!

Só ele próprio sabia como desejava ter uma vida com ela. Cuidar da Amy, quem sabe ter outro filho...

O homem parou o carro na vaga e suspirou passando a mão sobre os cabelos e dando um sorriso sem graça. Sabia que a loira viria com dez pedras na mão devido ao deslize com Amy.

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Como o esperado, o almoço já tinha acabado e os rapazes não estavam onde deveriam estar. Só apareceriam dali meia ou uma hora. Geralmente usaria esse tempo para dormir, mas imaginava que Riza iria querer conversar.

O que não aconteceu. Ela simplesmente lhe cumprimentou e voltou o olhar aos relatórios.

Ficaram um tempo naquele silêncio, com Roy esperando que ela começasse. Mas nada disso aconteceu.

- Não vai perguntar como foi?

A loira suspirou e levantou o olhar dos papéis para o Mustang.

- Como foi?

- Estranho, mas muito bom. Ela não dá trabalho nenhum.

- Hum... Só isso?

Ele não gostou daquele tom de desdém, preferia-a com raiva, do que indiferente.

- Foi sem querer, eu fui ver quem estava na porta e a deixei desenhando. Só que o Black pegou o lápis dela e saiu correndo... Ela acabou aparecendo na porta, ao meu lado.

- Olha, você poderia sim ter evitado, mas ficar falando isso não vai mudar nada. E quer saber, todos vão ficar sabendo mesmo...

Ela suspirou cansada.

- O que foi? Não parece nada feliz com isso.

- Olha, cada pessoa nesse quartel jura que temos um caso e vão ter a certeza quando souberem da Amy. E sabe como vou ser taxada? A garota do general... Irão se esquecer de todas as minhas habilidades, vão esquecer o meu nome. Vou ser a mãe da filha do General Mustang. Por que eu tenho que gostar disso?

- A gente não precisa contar para todos.

- E você acha mesmo que nenhum repórter sensacionalista vai ficar sabendo?

- Vai passar.

- Olha, eu não posso fazer nada e mesmo que pudesse não faria porque tenho escrúpulos demais. Mas eu não quero mais nenhum contato do que o necessário com você, por isso eu não faço mais hora extra. Vai ter que se virar.

- Okay. – Roy ficou um minuto em silêncio – Não se preocupe, você é muito melhor do que isso. Ninguém vai te estereotipar.

- Espero.

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Alguns dias se passaram e oficialmente Roy era o pai da pequena Amy. Ele estava terminando uma papelada, naquela noite iria vê-la, estava com saudades daquele sorriso.

Riza já tinha ido embora, já era quase sete e meia, se passasse em casa para tomar um banho rápido, até às oito iria chegar.

Estava pensando em levar as duas para jantar. Comemorar que oficialmente era pai da pequena, mas teria que arrumar outro pretexto, para Riza aquilo não era lá uma coisa muito boa.

O Mustang passou correndo em casa e foi para o apartamento de Riza.

Logo depois de bater na porta, ela se abriu mostrando uma saltitante Amy. E atrás, cerca de dois segundos depois, da cozinha apareceu Riza.

Ela estava com uma saia até o joelho, uma regata colada branca, cabelos presos com um palito e uma rasteirinha bordada. E trazia um pano branco em uma das mãos.

- LOY!!?

Amy pulou em cima do moreno e ele se abaixou para dar um abraço nela.

- Oi, Amy.

- Você veio para jantar com a gente? – ela virou a cabeça para a mãe – Por que você não me contou, mami?

- Er... Eu não sabia querida. Olá, Roy.

- Eu só vim te ver um pouquinho, não quero incomodar.

- Mas você vai ficar para jantar comigo, não vai? A mami não importa, não é mami?

- Claro que não, jante conosco. Eu acho mesmo que fiz comida demais.

Com Amy o olhando daquele jeito, não tinha como dizer não. Roy colocou o casaco no cabide e foi para sala enquanto Riza voltou para cozinha.

Um cheiro agradável de comida estava no apartamento. Parecia que Riza estava fazendo macarrão. Ele sentou-se na sala com Amy, ela brincava de chazinho com os ursos e o moreno viu uma barraca montada no canto da sala onde a pequena brincava.

Parte que parecia especialmente separada para ela brincar.

- Sabe, Loy, eu estava vendo ontem e o nome do urso que você me deu não pode ser Tuff!

- Por que não?

- Porque eu já tenho um Tuff!

Ela traz um pandinha de pelúcia até o moreno que tinha um lacinho amarrado no pescoço.

- Esse é o Tuff! A mami ganhou para mim num festival...

- Mas você não disso que o Tuff tinha cara de Tuff?

- É que o urso parece com o Tuff... Olha só! – ela levanta o ursinho – Só que é pequenininho.

- Então como vai chamar o urso.

- Cremildo.

Roy riu.

- Como?

- Cremildo. C, R, E, M... Ildo.

- De Tuff para cremildo?

- Pois é. – Ela sorriu –

Riza entrou na sala.

- O jantar está pronto. Vamos lavar as mãos, Amy.

- Tá!

Roy chega na cozinha e vê a mesa posta. A travessa com macarrão no centro, salada mais ao canto, alguns temperos para a salada, uma jarra de suco...

- Você montou a barraca para ela?

Roy sentou-se em uma das cadeiras.

- Não. Foi o Kaio, ele veio antes de ontem e montou para a gente brincar com a Amy.

A cena da família feliz não fez Roy Mustang nada feliz.

Ele entortou os lábios em sinal de desgosto.

- Os papéis saíram.

- Eu sei. Você gosta de torta de chocolate?

- Gosto...

- Fiz uma de sobremesa.

- Fez?

- Não fazer hora extra me dá algum tempo de sobra.

- Isso foi uma indireta? – ele deu um meio sorriso –

- Talvez.

Amy entra e se senta a mesa.

O jantar foi bem harmonioso, Riza parecia até a vontade e isso deixou Roy satisfeito, talvez estivesse conseguindo pular o muro que ela tinha feito em volta do coração.

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Num café não muito longe do apartamento da jovem Elizabeth...

- O que faz por aqui, cara? Não tinha uma festa na Mercy’s?

- Tem sim, mas a notícia aqui é melhor.

- Jura? Melhor que um bando de riquinhos que quer esconder o que faz nas festas?

- Muito melhor. Sabe o general Mustang?

- O Casanova da central?

- O próprio. Ele anda meio fora das pistas atualmente... E quer saber, acho que tem mulher no meio disso.

- Jura? – o rapaz usou um tom de escárnio – Desculpe te falar meu rei, mas com ele sempre tem mulher no meio.

- Eu não estou falando mais uma daquelas que ele pegava, agora a coisa é séria, o cara anda vindo num prédio de condomínio fechado com freqüência... E você não imagina quem mora ali.

- Me surpreenda!

- Elizabeth Marie Montaclaire Hawkeye, a princesinha do deserto.

- A neta do grumman? O cara não tem um quarto das terras daquele lugar?

- Pois é... E a garota é nada menos que o braço direito do Mustang.

- Ele estar no prédio do dela não quer dizer nada.

- E ele sair com uma menininha de uns quatro anos no colo pode ser a manchete do século.

- Se já tem a foto, por que não fez nada?

- Eu quero confirmar. Vou dar uma fuçada por ai... E se essa menina for quem eu penso que é, vão me pagar muito, mas muito bem.

Continua...

 

 Ai gente, eu sei que parece que a história não está andando nada, mas garanto que esta! E desculpe muito por não poder postar todas!!

Jáexplquei os motivos em Military!!

Não se esquyeçam da campanha dos biscoitinhos!!!

Espero coments!!

kiss kiss

 

 

 


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