Sedução Da Noite escrita por Leelan Schaffer


Capítulo 3
Apenas um pouco de sangue


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se...



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Lucian olhava para ela de forma fria, sem nenhum traço do cara sedutor que pagou uma bebida para ela no Metamorphose. Suas presas ligeiramente maiores pressionando seu lábio inferior. O coração do vampiro loiro ainda em sua mão banhada em sangue.

Ele olhava pra ela como se tivesse pego ela fazendo algo errado e estivesse muito zangado sobre isso.

– Se você não tivesse sido tão difícil, não teria passado por isso - Ele disse, apontando para o pescoço dela, onde um pedaço da pele e musculo estavam faltando. Não havia compaixão nas suas palavras, nenhum sentimento, apenas a fria constatação de que ela havia atraído isso pra si mesma.

Alexya estava assustada de mais pra falar qualquer coisa, parecia que seu corpo não conseguia fazer outra coisa além de expelir lagrimas, e olhar de forma assustada para o vampiro na sua frente.

Lucian, Ela pensou. Talvez se eu pensar nele como Lucian, e não como o vampiro, meu corpo consiga reagir.

– Você não é nada mais que uma menininha assustada, não é mesmo? – Ele disse, olhando ela de cima a baixo, em seu estado de estupor. – Eu poderia te deixar aqui, morrendo. Você não sobreviveria tempo suficiente para uma ambulância chegar. Outro vampiro, qualquer um, de qualquer Clã, te encontraria aqui e se alimentaria de você, até você estar completamente drenada. Você não pertence a ninguém, eles não teriam com o que se preocupar.

Alexya ficava cada vez mais apavorada com as palavras que saiam de sua boca. Ela conseguia imaginar tudo que ele disse, outro vampiro encontrando-a ali, indefesa, e alimentando-se dela até não sobrar nenhuma gota de sangue.

– Então me mate agora. – Alexya se surpreendeu ao notar que essas palavras haviam saído de sua boca. Tá maluca? Você quer mesmo morrer?!

Lucian olhou pra ela pensativamente, depois sacudiu a cabeça.

– Não, você é forte de mais pra morrer assim. – Ele disse, aproximando-se dela.

– Aham, muito forte. Sem um pedaço do pescoço e pedindo pra morrer de forma rápida. – É, sarcasmo é um vicio que, ao que parece, você leva para o tumulo.

Ele se ajoelhou na sua frente e deu de ombros.

– Sua mente é forte, difícil de controlar. Mas você é humana, por consequência é frágil. Como uma presa. – Ele rasgou seu pulso com as presas e pressionou contra a boca dela, forçando-a a engolir seu sangue.

Alexya olhava dentro dos olhos de Lucian enquanto o sangue dele corria pra dentro de sua boca. Ela se forçou a engolir, imaginando que o sangue dele teria o gosto metálico como o dela, mas se surpreendeu ao notar que era meio doce, e consideravelmente mais grosso que o sangue que ela estava acostumada a ver quando sem querer acabava por se cortar.

Seu pescoço começou a formigar de uma forma muito esquisita, e mesmo sem olhar ela já sabia que a ferida estava se fechando, e logo ele estaria como novo.

Lucian tinha um olhar felino em seu rosto, como se ao invés dela estar ingerindo o sangue dele, os dois estivessem em um tipo de amaço e ele estivesse seriamente excitado.

Tá, mesmo ele tendo “me salvado” e mesmo sendo um dos homens mais quentes que eu conheço, eu realmente não estou no clima pra ir pra cama com ele. Ela pensou.

Sem aviso prévio, Lucian tirou o pulso da boca dela, a ferida se fechando rapidamente agora que ela não sugava mais o sangue dele.

Como se nunca houvesse estado ali, aquele brilho de excitação sumiu dos olhos dele, e agora ele olhava pra ela de forma séria e fria.

– Eu deveria apagar sua mente, mas, como eu já disse, você é forte, e vai acabar se lembrando de qualquer forma. Acho que é mais fácil se você não tiver que lembrar isso depois. Você pode acabar ficando muito abalada e contando pra alguém sobre nós.

Alexya sabia que o “nós” que ele se referia não era algum tipo deturpado de romance entre eles dois e sim o “nós” de seres que vivem na escuridão. Quem poderia saber quais mais seres se escondiam à noite?

Indiferente aos debates internos dela, Lucian a pegou pelo braço e a ajudou a ficar de pé. Parecia quase impossível se manter equilibrada em cima dos saltos, mas ela não precisava passar por mais vergonha essa noite, então deu um jeito por si mesma.

Se ela acabasse por tropeçar na frente dele, ela poderia simplesmente se ajudar e se suicidar de uma vez. Ela já sabia que aos olhos dele ela era fraca, ela não precisava adicionar “incapaz de se manter de pé” a lista.

– Seu pescoço já esta curado. Tenho certeza que você consegue chegar em casa sozinha. Logo que você se afaste daqui, você não irá correr mais nenhum perigo.

Alexya assentia freneticamente, sua mente se acalmando com as palavras de Lucian. Parecia estranho acreditar no que um vampiro dizia, mas ele havia salvado ela no final das contas. E tinha um algo a mais abaixo da superfície, como se estivesse no interior dela, logo abaixo daquela atração forte que ela sentia por ele. Ele dizia a verdade. Ela sentia isso.

– A gente se vê por ai, Alexya. – Ele disse com um meio sorriso, como se eles fossem amigos que tinham ido dar uma volta e fossem se encontrar outro dia qualquer.

– Não fique contando com isso – Alexya disse por baixo de sua respiração enquanto entrava no carro, embora ela soubesse que mesmo assim ele podia ouvi-la. O mais perto de vampiros que ela pretendia chegar seria nas noites de quinta feira, quando assistisse sua série favorita na TV.

– Ah, a gente vai se ver muito em breve, pode ter certeza. -Ele disse a ninguém em especial, ainda sorrindo, enquanto ela saia do estacionamento e acelerava rumo à segurança do seu apartamento. – Você vira até mim.


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Notas finais do capítulo

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