Yeah, this was your city

You did it all and more

Broke every law except for one, babe

Attraction, are you ready?

I know you feel it

Pull you nearer 'til you feel it again, oh

I wanna do something right

But we can do something better

Ain't no time like tonight

And we ain't trying to save it 'for later

– E a noite de vocês ontem? – Finnick perguntou e saiu entrando no meu escritório. Folgado. A Katniss corou com a pergunta, e eu posso explicar o porquê disso.

Ontem a noite discutimos, porém no final eu a beijei e ela se acalmou. Depois a convidei para podermos ir a minha casa e ela aceitou, ligou para a mãe e fomos. Ao chegar na minha casa tentei não forçar muito o assunto, mas o silêncio ficou um pouco incomodo.

– Me perdoa. – Falou e olhou fixamente para baixo – Eu... Eu não queria.

– Katniss, já disse que está tudo bem. Quando você se sentir pronta para me contar, me conte. – Eu falei e ela continuou olhando fixamente o chão – No que tanto pensa? – Falei e a puxei para perto.

– Qual a razão de tudo isso?

– De tudo o que? – Perguntei um pouco envergonhado.

– Nós. Por que se arrisca tanto em continuar comigo?

– Você é importante para mim.

– Eu posso te machucar. – E foi a primeira vez que ela me olhou fixamente em meus olhos aquela noite, e tudo se congelou. Estavam marejados. – Não que eu queira.

– Sei que você não quer...

– Mas eu posso Peeta! Presta atenção! Não é bom ser tão próximo a mim assim... Eu sou... Eu sou...

– Especial.

– Diferente. – Ela bufou e deitou a cabeça em meu peitoral – Diferente de um modo perigoso. Não gosto de imaginar você correndo perigo.

– Eu sei me cuidar... – Falei acariciando sua cabeça – Não precisa se preocupar em me machucar emocionalmente, sei que você não é disso. – Eu falei e ela me olhou e arqueou a sobrancelha, abriu a boca para falar mas desistiu. Eu continuei acariciando seus cabelos. – Quer ver um filme?

– Na verdade... – Ela falou e começou a sorrir. Lá vem.

– Na verdade...

– Já foi a praia de noite? – Ela falou e perdeu seu olhar em algum ponto da parede.

E lá fomos nós no meio da noite a praia.

(...)

– É linda a onda, não é? – Ela falou quando chegamos e começou a saltitar pela areia.

– Lindas... – Balancei a cabeça e continuei a observar. Ela respirava e inspirava fundo como se o ar da praia fosse algo raro para ela, e que quisesse aproveitar ao máximo. A areia era misturada com camadas de neve aqui e ali e o mar estava um pouco congelado, mas ainda tinham pequenas ondas que quebravam nele.

– Veem! – Falou e me puxou pelo braço. Começamos a correr um atrás do outro na praia, passamos pela beirada do mar, jogamos um pouco de água um no outro e estávamos rindo a toa. A peguei no colo e ameacei jogar ela completamente na água e ela começou a gritar comigo em meio as risadas, então levei ela para areia e a deixei de pé, porém ela se desequilibrou e acabou caindo sobre mim.

– Desastrado! – Ela falou e me deu alguns tapas, mas eu subi por cima dela e a prendi pelos braços.

– Fraca! – Falei e mordi seu lábio – Muito fraca... – Ela corou.

– Você não quer me provocar... – Me deu um sorriso malicioso. E começamos a nos beijar, e nos beijar.

Mas antes que começássemos a fazer outras coisas eu a abracei forte. Ela continuou a acariciar minha nuca e ficamos ali pela noite. Somente nós dois na praia, abraçados na areia.

– Você é a razão. – Sussurrei em seu ouvido antes dela cair no sono e a deitei no banco de trás do carro.

(...)

Chegamos na minha casa e ela esfregou os olhos.

– Peeta? – Murmurrou e eu sentei ao lado de suas pernas.

– Eu mesmo.

– Você é um idiota. – Lembrei! A Katniss costuma falar quando dorme. Mas por que me xingar enquanto isso?

– Sou?

– Sim, é. Mas é um idiota que eu amo demais. Eu confio no nosso amor, me desculpe ser tão complicada. Mas eu confio no nosso amor. Confio demais em você. – Ela falou e eu dei um selinho.

– É uma pena amanhã você naõ se lembrar dessas palavras.

– Quem te garante? – Ela falou e abriu os olhos dando uma piscada e se virou para o lado para voltar a dormir. Eu comecei a rir.

Essa mulher é incrível.

– Vai fazer suspense é? Ok! – Falei e me deitei atrás dela, sabia que colar nossos corpos iria a provocar calafrios.

– Golpe baixo.

– Realmente. – Comecei a rir e ela se virou para mim e começou a me beijar suavemente. E de suave passou a ter mais intensidade cada beijo, cada abraço, cada passada de mão. Tudo estava mais intenso.

E fizemos a noite valer.

(...)

– Você é a razão. – Ela sussurrou antes de eu dormir. E foi a última vez que me olhou fixamente nos olhos aquela noite.

– Isso é coisa que se pergunte Odair? – Falei entre gargalhadas ao ver a Katniss.

– Já vi que foi boa. – Ele disse e bebericou um pouco de seu café.

– Finnick! – A Katniss falou e nós dois rimos ainda mais.

– É a vida KitKat. É a vida. – Ele falou.

– E a sua com a Annie? – Falei sorrindo. Para ele estar tão saltitante assim... – Pensando melhor, não quero saber.

– Que intimidade é essa Mellark? Para você é Senhorita Cresta Odair. – Ele falou fingindo seriedade.

– Perdoe-me pelo meu desvio senhor, não cometerei mais. – Fingi seriedade também e a Katniss só faltava ficar sem ar de tanto rir.

– Falando em intimidade, tinha um cara que ligou para cá querendo falar com você Peeta. – O Finnick falou e se jogou no sofá.

– Por que ele não ligou para minha sala?

– Vai saber...

– Qual era o nome dele?

– Algo com Gai.

– “Gái?”

– É... Alguma coisa assim...

– Finnick!

– Espera! Eu anotei o nome! – Ele falou e pegou um papelzinho no bolso – Aqui. Gale. Gale Hawthorne.

– O que? – A Katniss falou de um jeito meio esganiçado.

– Conhece? – O que, claramente, me fez perguntar o porquê disso.

– Conheci ele na escola... – Ela sorriu meio envergonhada.

– Você pareceu muito contente com a vinda dele para cá. – Ela frizou a testa. Droga!

– Mellark... Está com ciumes?

– Pára de rir Odair! – Falei, o que só fez com que ele risse mais. – O que queria?

– Uma entrevista de emprego.

– Ótimo. Mande-o vir hoje as 17:00. Será um prazer conhecê-lo. – Falei e não escondi meu sorriso.

– Peeta... – A Katniss falou de modo preocupado.

(...)

– Com licença. – Ouvi uma voz masculina na recepção quando estava passando para tomar mais café junto ao Finnick.

– Diga. – E a voz da secretária quase desmaiando...

– Escritório do senhor Mellark, por favor?

– Quinta porta à direita.

– Obrigada. – Me virei para olhar. Ouvi alguns sussurros e vi sorrisinhos.

Quem é esse cara?

(...)

– Com licença. Estou procurando o senhor Mellark. – Alguém me cutucou quando eu estava indo para minha sala – Me disseram que a sala dele era por aqui... Mas não sei nem se quer sua aparência.

– Sou o “senhor Mellark”. – Pigarreei. Era o cara de pouco tempo atrás.

– Ah! Prazer. Sou Gale Hawthorne. Espero nos darmos muito bem.

– Vamos nos dar sim.

– É o que desejo. Afinal, essa empresa é do meu pai. – Ele sorriu quase que me chantageando.

– Oi? É do meu pai.

– Exatamente. – Engoli a seco.

– Quem é você?

– Gale Hawthorne Mellark. Temos muito o que falar. – Ele sorriu.

– Temo que sim.