O Céu Negro escrita por ValentinaV


Capítulo 5
Perseu não está em perigo?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, fiquei muito feliz! Como prometido, está aí o capítulo 5 :)



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POV Annabeth

Descemos na estação que era perto do centro da Vila. O lugar lembrava a Europa nos tempos antigos, as construções eram típicas, com telhados projetados para a neve, e as casas pareciam ser bem vedadas contra o frio. As ruas eram estreitas, e as calçadas estavam limpas. Eu até apreciaria, se não fosse naquela situação.

– Olha! – Grover apontou um cartaz grande em um muro – É o mapa da Vila, e parece que tem o caminho até o castelo.

Era verdade. O mapa indicava onde estávamos mais ao sul, mostrava o castelo, que já não era na parte urbana da Vila. Segundo o mapa, eram apenas cinco quilômetros da Vila até o Castelo.

– É perto! Vamos de táxi! – Grover disse.

– Ele pode estar aqui na vila. – Jason ponderou.

– Vamos nos dividir. – eu decidi – Jason e Piper, vocês procuram ele na vila. Eu e Grover vamos ao Castelo. Quem achar alguma pista, manda uma mensagem de Íris. Vocês tem dracmas?

– Temos. – Piper mostrou um saquinho de dracmas – Tudo bem, vamos começar.

Eu e Grover entramos no táxi e partirmos pela paisagem campestre, com alguns aglomerados de floresta espalhados pelo caminho. Chegamos rápido na entrada do castelo.

– Ocês vão ficar aqui miesmo? – o motorista disse, com sotaque carregado – Ceis num tem cara di convidado não.

– Vamos ficar aqui, obrigada. – eu disse com pressa, e saímos do táxi.

O muro do castelo era enorme, devia ter uns cinco metros de pedras empilhadas organizadamente. O portão era de madeira negra, e estava fechado.

– Estou sentindo um cheiro familiar... – Grover comentou.

– Está? – eu fiquei eufórica – É o Percy?

– Ou é o Percy, ou é atum... – ele levantou o nariz e fungou – Béh, o cheiro não está tão bom assim, então é o Percy.

– Eu sabia! – abracei Grover – Vamos entrar nesse lugar!

POV Grover

Demos a volta pelo Castelo – uma volta enorme – e chegamos aos fundos. Havia duas entradas para serviçais, e uma delas estava aberta, com uma van saindo.

– Grover, eu entro com o boné, espero um pouco até não chamar atenção e abro o portão para você. – Annie disse – E se te perguntarem algo, você é o acessor dos funcionários, é você quem organiza garçons, cozinheiros, e tudo mais. Seja convincente.

Em alguns minutos Annie abriu o portão para mim. Entrei e ela fechou.

– Annabeth? – sussurrei – Não tenho visão de invisibilidade.

– Essa visão não existe, Grover – ela tirou o boné – Fique aqui, vou buscar dois uniformes.

Me escondi em um arbusto e esperei Annie voltar. Me distraí, pensando em Juniper, e as saudades que eu estava dos seus cabelos verdes e das nossas brincadeiras entre os arbustos.

– Grover.

– Aaaaaaa! – gritei fino – Santa Hera! Que susto, Annabeth. Cadê você?

Ela tirou o boné e me deu o uniforme.

– Vou me vestir aqui? Eu tenho vergonha, Annie! – eu disse.

– Aqui sim! Vai logo. – ela virou de costas.

Fui rápido. Me troquei e logo comecei a farejar o cheiro de Percy. Annie colocou o boné e foi atrás de mim. Entramos no Castelo. Era gigante. Tinha inúmeros corredores largos, que ligavam várias cozinhas, almoxarifados, quartos dos funcionários, depósitos... Passamos para a parte principal, e entramos num salão enorme, que parecia ser o hall, o centro do Castelo. O chão e as paredes eram de mármore bege perfeitamente polido. Havia detalhes esculturais por toda a parte, desde o corremão revestido de ouro das escadarias até os pilares de sustentação.

– Poxa vida hein, uow. – eu disse.

– Foco, Grover! – Annie falou – Onde está o Percy?

Andei pelo hall e entramos num enorme salão. Era o salão de refeições, e a mesa que devia ter trinta metros estava cheia até a metade. Muitas pessoas tomavam café da manhã, riam e discutiam animadamente sobre alguma coisa. O barulho era tanto, que parecia uma feira.

– Será que era cheiro de atum? – perguntei, inseguro.

– Não, não era atum. – Annie rosnou.

– Caraca. – sussurei – Annie, olha o Percy lá! Ele parece bem. E aquela é a Stephanie!

– Parece bem até demais. – Annie disse com a voz embargada.

– O que você está fazendo aqui? – um funcionário bem vestido perguntou – Seu trabalho é na fiação do jardim! Ande!

O cara me empurrour até o jardim, e de lá, Annie me puxou para um canto escondido. Ela não tirou o boné.

– Vamos avisar Piper e Jason. – ela jogou um dracmar, evocando Íris.

– Piper McLean e Jason Grace. – eu disse para a névoa.

– Se são duas pessoas, são dois dracmas. – a deusa sorriu.

– Mas que abuso! A inflação não subiu tanto assim, Íris. – joguei outro dracma à contra gosto.

Piper e Jason apareceram.

– Encontramos Percy. – eu disse – E Stephanie também.

– Como ele está? – Piper perguntou – E cadê a Annie?

– Estou com o boné – ela respondeu – Ele está bem, muito bem. Preciso que vocês venham até aqui.

– Certo, mas talvez demoremos – Jason disse – Encontramos um rastro de três monstros, e parece que eles estão a leste. Os bombeiros já foram para lá, os humanos estão vendo um incêncio pela Névoa, mas precisamos ajudar.

– Ok – Annie respondeu – Quando chegarem, vão até o fundo do castelo e mandem uma mensagem de Íris, eu vou abrir o portão para vocês.

– Ok. – Piper disse, preocupada – Descanse um pouco, Annie. Até mais.

Annabeth me puxou até uma salinha pequena, na área dos funcionários. Ela trancou a porta e não disse nada.

– Tira esse boné, Annie. – eu pedi – Eu sei que você está chorando, não precisa se esconder.

Olhei ao redor da sala até encontrá-la sentada no chão, com o rosto vermelho. Sentei-me ao seu lado.

– Como sabia?

– Eu te conheço, Annie – eu sorri – Você se faz de insensível, mas é a pessoa mais sensível que conheço. Não precisa ter vergonha dos seus sentimentos.

Ela encostou a cabeça no meu ombro e chorou baixinho.

– Calma, loira. – eu disse – Vamos entender tudo ainda hoje.

Annabeth não resistiu muito e dormiu encostada em mim.


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Notas finais do capítulo

Hehehe, aguardem o próximo capítulo :D Reviews?



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