Athenas escrita por Duplicata
Notas iniciais do capítulo
Gente! Mil desculpas mas acabei postando errado dois capítulos! Esse era para ser o Nove e o "Confissões" deveria ser o Dez! Desculpem-me se ficar um pouco desconexo para quem já leu. Irei trocar eles de lugar para ficar correto! Beijos :3
[Rovena Marie]
Depois da enorme comemoração que aconteceu entre os componentes do Elmo Azul sai a procura de Jace pelo acampamento, não o achei por ai, então deduzi que tivesse ido dormir assim como a maioria dos Elmos Vermelhos. O outro problema é que eu não encontrava o James também, desde o beijo com Jace eu não o tinha visto, nem mesmo na comemoração, o que era muito estranho.
Andei sozinha rumo ao Chalé 6 e reparei em como eu gostava dele. O Chalé 6 é um prédio prateado, nada elegante, com cortinas brancas simples e uma coruja entalhada na pedra acima da porta. Os olhos de ônix da coruja parecem acompanhar quem os encara. Por dentro, os beliches ficam todos agrupados em uma parede. A maior parte do quarto estava ocupada por bancadas de trabalho, mesas, estojos de ferramentas e armas. Os fundos eram uma imensa biblioteca entulhada com antigos pergaminhos, livros encadernados em couro e brochuras. Há uma mesa de arquiteto com um jogo de réguas e transferidores e com algumas maquetes de prédios em 3D. Mapas de guerra enormes e antigos cobriam as paredes até o teto. Armaduras pendiam sob as janelas, as placas de bronze cintilam ao sol.
Tudo parecia compor um ambiente perfeito para mim e eu amava estar com aquelas pessoas educadas e inteligentes. Sorri ao passar por alguns irmãos jogando xadrez e fui em direção a meu beliche. Tomei um banho, vesti meu pijama preto de cetim e deitei para dormir, mas assim que tateei o travesseiro encontrei um papel dobrado em cima dele. Com uma caligrafia caprichada estava escrito o meu nome, desdobrei e comecei a ler.
“Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar estático da aurora.
Vinícius de Moraes
Reli o poema mais duas vezes e percebi que aquilo era obra de Jace. Ele era simplesmente muito estranho para um filho de Hades, mas eu gostava muito de seu jeito diferente. De repente me peguei sentindo o cheiro dele em minha colcha que ele havia sentado mais cedo cheirava a um perfume que eu nunca tinha sentido, além do cheiro de banho recém-tomado. Fiquei me deliciando com pensamentos e quando me dei por conta Rhanna já caia exausta em sua parte do beliche.
– Boa noite Rhanna, durma bem.
–Boa noite Rov, você também.
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