O Playboy E A Abusada... escrita por Alponcho Scharf


Capítulo 8
Capítulo 8 - MUDANÇAS DE HÁBITO




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367816/chapter/8

Colégio Beta.

Segunda-feira...
A sala de aula já estava cheia. Júlia estava correndo pelo corredor atrasada para a aula.
Ela entra na sala disfarçadamente tentando não ser vista pelo professor que estava escrevendo tarefas no quadro.
Ela olhou para as fileiras de carteiras cheias. Seu olhar foi de encontro a uma cadeira no fundo da sala em frente a de José que estava com as mãos na nuca se apoiando. Ele a olhou com o olhar de desdém.
Ao caminho da cadeira, os olhares de todos na sala era para a garota que não foi pega pelo professor. Júlia colocou o livro sobre a mesa e olhou para José que estava fijindo estar enteressado na aula, ela se sentou e soltou os cabelos que estava preso em um cóqui.
Júlia agora estava de cabelos soltos revoltosos e era atenção dos garotos na sala que ficavam babando pela sua beleza.
– Senhores! - gritou o prefessor - Façam duplas, pois hoje vocês farão um teste surpresa.
Todos reclamaram!
– As duplas serão formadas por quem tiver a sua trazeira (sentado atrás de você) - falou o professor!
De emediato um garoto ruivo que estava a frente de Júlia se virou para ela sorrindo.
– Não! Você fazerá com a garota a sua frente! - Júlia disse lhe mostrando.
Ela estava certa.
Júlia correu seus olhos para Hannah que já estava em dupla com uma garota que estava a sua traseira. Hannah a olhou se lamentado.
José estava pondo sua carteira do lado de Júlia. Ela bufou ao ver o garoto.
– Cadê Daniel? - Júlia mordia o lápis.
– Essa não é a aula dele - falo José sentado todo despojado na carteira - Vocês ficaram bem amiguinhos - disse ele virando a cabeça em sua direção.
– Problemas? - disse Júlia se virando para o garoto.
– Nenhum! Estou apenas comentando - disse ele balançando a cabeça.
Foi então que José percebeu uma mancha roxa no pescoço de Júlia.
– O que foi isso Júlia? - ele tirou o cabelo da garota e pois atrás de sua orelha - Anda brigando?
Júlia o olhou e pois a mão no pescoço tapando a mancha.
– Por que você sempre tem um motivo para ficar me tocando? - Júlia estava olhando o garoto.
– Eu só perguntei que mancha é essa! - disse ele - Não vai me dizer que foi da briga com Vegas? - ele deu um breve sorriso.
Júlia não lhe respondeu, mais seu silêncio foi a confirmação.
– Tudo por minha causa! - José se apoiou na carteira olhando a sua frente.
A garota sorriu.
– Por sua causa? - falou ela irônica - José, você se acha o ultimo biscoito do pacote, né? - Júlia não se aguantava.
– Não foi? - disse ele a olhando confuso.
– Não! Foi por honra - falou ela prendendo o cabelo com o lápis - Ela veio para cima de mim, e por ciúmes - falou Júlia olhando o garoto.
– Ciúmes? De que? - disse ele não acreditando - Você não contou nada para ela? Contou Júlia? - José perguntou com o olhar assustado.
– Claro que não José - ela o olhou falando - Eu não sou maluca.
– Ah, não - falou ele a irônizando.
O professor passou por eles e lhe entregou o teste de matemática.
– Sabe alguma coisa? - perguntou José para ela sobre o teste mudando de assunto.
– É claro né José. - bufou ela para o garoto.
José a olhou com um ar de prepotência.
– Sabe alguma coisa? - agora Júlia perguntou lhe amostrando os cálculos.
– Esse bagulho é contigo! - sorriu ele - Viu! Eu seu falar gíria também - provocou ele para ela.
Ela mirou seus olhos para o garoto de topete.
– Falar em bagulho. Cadê a loira? - Júlia ergueu uma das sobrancelhas para José.
José balançou a cabeça se lamentando por ter a provocado.
– O nome dela é Vegas e ela está cuidando de um olho roxo - falou José batendo com os dedos na mesa.
Júlia não se aguentou e caiu na gargalhada chamando a atenção de todos.
– Meu deus! Que patricinha , por causa de um olhinho roxo ela precisa ficar em casa? - falou Júlia ainda rindo - Calma ae. Agora ela deve está como ... - falou ela pensativa - ... no SPA e depois vai para o cabelereiro? - ela perguntou tirando uma com a cara de José - Poupe-me, quero falar de coisas saudavéis como essa teste - falou ela balaçando o teste.


José e Júlia saíram da sala trinta minutos depois. Os dois foram os primeiros a terminarem o teste surpresa. Graças as habilidades e o QI elevado de Júlia.
O BlackBerry da garota toca.
– Alô! - falou ela atendendo ao telefone.
José a estava ao seu lado a observando usando seu presentinho.
– Não acredito! - falou Júlia estampando um sorriso no rosto enquanto falava ao telefone.
Júlia desligou o telefone.
– O que houve? - perguntou José ao seu lado pegando o óculos escuro no bolso e pondo.
– Você está olhando para nova balconista da doca.
– Calma ae! Você é menor de idade. Como eles te contrataram? - perguntou o garoto.
– E dai, eu preciso de um emprego. Não sou rica - falou ela - E quem precisa saber que eu apenas tenho dezessete anos? - Júlia o olhou.
– Eu só espero que isso não lhe atrapalhe na chapa porque esse mês está puxado. Temos milhões de coisas para fazer - José cerrou os dentes.
– Tipo o que? Porque até agora eu não vi vocês fazendo nada de importante na chapa - falou Júlia com razão.
O garoto a olhou e parou.
– A chapa esse ano abrirá seu primeiro clube. Temos uma festa a planejar tanto aqui no Beta como no Palace - José pois as mãos ao bolso e a encarava.
– Então quer dizer que a chapa é só isso, curtição? Festas? - perguntou a morena ajeitando a blusa.
– Não! Nós fazemos um multirão com os alunos em fins de lucrar e arrecadar dinheiro para doações - disse o garoto.
– Oh.. Quem diria a chapa faz algo que preste além de festas e ser um alavancador social - falou Júlia indo em direção as escadas.
– Garota, você se esqueceu que você agora é um Blanco? - disse José balançando a cabeça incrédulo.
– Não! - disse a garota parando o olhando - E não me faça se arrenpender disso - falou ela olhando o campo do Beta.
– Se arrenper? - ele olhou para Júlia arquiando uma das sobrancelhas.
– Aé! Esqueci, eu nunca me arrependo de nada - falou ela jogando meio que uma indireta para o garoto de topete.
José respirou fundo.
– Sabe qual é seu problema José? - falou ela sincera o olhando.
– Fala! Qual é? - ele mirou seus olhos por trás dos óculos para a garota.
– Eu não consigo te entender! - falou Júlia o olhando - Ontem você esteve lá em casa, subiu o morro aquela hora da noite. Para que? - Júlia o perguntou não conformada.
– Eu já te disse, foi para pegar a jaqueta e saber da briga com minha namo... com Vegas - falou José.
– Mentira! - Júlia disse batendo o pé no chão - Fala a verdade, porque eu sei que também não foi porque eu lhe ignorei lá - a garota respirou fundo o olhando.
José tirou o óculos e pois sobre os bolsos. Os olhos negros e sombríos do garoto miraram para os acizentados da morena.
– Porque eu fiquei pensando em você a noite toda - falou José a olhando misteriosamente.
Júlia respirou fundo surpresa.
– Sério? - falou a garota desviando o olhar envorganhada.
Ele balançou a cabeça positivamente.
– Você ama a loira? - perguntou Júlia em meio a respiração descontrolada.
– Por que você está me perguntando isso? - José a ollhou fitando em seus olhos.
– Porque você não há chama de minha namorada, e quando eu vejo vocês juntos eu sei que você não está nem um pouco feliz ao lado dela - Júlia disse olhando nos olhos do garoto.
– Está tão na cara assim? - perguntou ele seco.
– Muito! - disse Júlia sorrindo mais sem humor.
José respirou fundo e se virou para o campo do Beta vazio.
– O lance do beijo não se preocupa. Porque não vai rolar mais - falou Júlia descendo as escadas.
– Porque você está dizendo isso? - falou José parado a olhando descer - Parece que você se arrependeu! - meio que gritou José para ela.
Ela parou na escada e se virou para o garoto o olhando.
– Não me arrependi não. Você namora. E nós somos completamente diferentes, e isso nunca iria dar certo! - falou Júlia o olhando.
– E como você sabe se nós dois nunca tentamos? - falou ele.
– E precisa? - perguntou ela rindo - Olha para nós - ela disse levantando os braços se virando e indo em direção ao campo.

A noite caiu e Júlia estava apoiada de avental branco sobre o balcão do bar. A doca estava vazia por ser segunda-feira. Havia no mínimo umas quinze pessoas bebendo e se divertindo. Júlia ficava apoiada no balcão olhando o movimento e mechendo ao celular.
Seus olhos miraram para Hannah que entrou lindamente pelo bar indo em sua direção.
– Boa noite mulher - falou Hannah se apoiando no balcão e lhe dando um beijo no rosto - Como está sendo seu primeiro dia de trabalho? - perguntou a amiga sentando no banco.
– Normal! Até que está sendo fácil - falou Júlia sorrindo - Veio fazer o que aqui? - perguntou.
– Passei só para comprar um refri - falou Hannah.
– Saindo um refrigerante - sorriu Júlia pegando a bebida no freezer e lhe dando - Dois e cinquenta, mais eu faço para tu por dois - disse ela sorrindo.
– Toma! - Hannah lhe entregou cinco reais - Fique com o troco, é a sua primeira gorjeta - sorriu a amiga.
– Obrigada! Mudou minha vida - sorriu Júlia vendo Hannah ir embora rindo.

Um grupinho de jovens entram na doca. José e sua trupe da chapa. A menina se agaicha no balcão para não ser vista pelo grupinho.
Daniel, Vegas, Diva e os outros se aglomeraram em uma mesa.
– Levante-se dai e vai anotar os pedidos daquela mesa - falou a voz rouca do dono do bar.
– Aquela mesa não! - lamentou Júlia.
– Vai agora Júlia, estamos sem garçom hoje - falou o dono do bar lhe oferecendo a mão para ela se levantar.
Júlia prendeu o cabelo em um longo rabo de cavalo respirando fundo. Com cardápios na mão ela foi em direção a mesa dos jovens.
Os olhares foram logo direcionado para a Júlia. José a observava com seu olhar sombrio. Daniel sorriu a vendo.
– Boa noite! O que vocês vão querer! - Perguntou ela para o grupo.
– Dignidade! - falou Vegas rindo - Só que para você! - continuou a loira a irônizando.
José não parava de olhar para a morena.
– Para Vegas - Daniel deu-lhe uma bronca - Mande energético para todos! - disse o garoto sorrindo para ela.
– Algo mais? - perguntou ela pondo a mão no ombro de Daniel.
– Eu quero vodka! - falou José.
Júlia o olhou.
– Não servimos bebidas com grande teor alcoólico para menores! Então se contente com energético - falou ela se virando e indo em direção ao balcão.
Todos começaram a rir da cara de José.
Ele se levantou e foi atrás dela furioso. Vegas tentou o segurar mais sem sucesso.
– O que foi José? - perguntou Júlia atrás do balcão pondo as bebidas na bandeja.
– Eu estou com uma leve imprensão de que você adora me irritar - José estava apoiado sobre o balcão a olhando.
– Não podemos servir bebidas com alto teor alcoólico para menores! Você e surdo? - falou a garota irônizando José.
José passou mão no rosto respirando irregular.
– Bela jaqueta! - falou júlia sorrindo com a bandeja na mão e indo em direção a mesa dele, mais José continuava no balcão.
– Prontinho! Aqui está as bebidas - Júlia falou pondo os energéticos sobre a mesa.
– Júlia, como você está? Eu não te vi hoje no Beta - Daniel se levantou a abraçando.
Júlia sorria abraçando o garoto loiro.
– Ah meu amor, eu sair do Beta e vim direto para doca - falou ela o olhando - Eu tenho que ir trabalhar se divirta - falou ela largando Daniel e indo para o balcão.
– Manda meu namorado vir para cá! - gritou Vegas para Júlia que finjiu não escutar.
– Sua namoradinha de olho roxo está lhe chamando - Júlia disse se divertindo.
O garoto finjiu não escutar já que estava bebendo vodka.
– Quem lhe deu vodka José? - perguntou a garota.
– O dono do bar! - falou o garoto lhe olhando.
– Foda-se! - falou ela limpando o balcão.


A meia-noite Júlia estava exausta no balcão. Todas as garotas membros da chapa tinha indo embora e agora só estavam os garotos todos chapados. Júlia observara que José agia muito diferente quando estava com álcool no sangue. Ele sorria, brincava e zuava.
O dono do bar se aproxíma da garota que observava José.
– Manda esses caras embora porque temos que fechar o bar. Já passa da meia-noite - disse o dono para Júlia.
Júlia bufou para ele que sorriu levantando os ombros.
A garota caminhou em direção a mesa onde os garotos estavam em altos papos rindo e se divertindo.
– Acabou a farra garotos - falou júlia batendo palmas os alertando.
– Relaxa ae! - falou Daniel embreagado - Só estamos conversando.
– Daniel eu vou ligar pros seus país e dizer que você está doidão na doca - Júlia o ameaçou fazendo que o garoto liga-se para o seu motorista.
Todos os garotos riram.
– Eu vou ligar para os país de todo mundo! - ela gritou para todos.
Todos foram embora, não sei como, mais foram.


Júlia estavam saindo com o dono do bar quando ver José sentado na calçada apoiado sobre os joelhos olhando as carros passando na grande avenida. Ele estava bêbado.
O dono do bar fechou a doca enquanto Júlia fora em direção ao garoto.
Ela sentou ao seu lado.
– Não foi embora ainda José? - perguntou ele cruzando os braços.
– Você está me vendo aqui, não está? - falou ele com o hálito de bebida.
Júlia bufou. Até bêbado ele é chato.
– Me dá seu celular, vou ligar para alguém da sua casa - Júlia mechia agora no bolso da sua calça.
– Eiiiii! Tira a mão dai... garota - José deu um tapa na sua mão. Ele estava louco de bêbado.
– Me dê seu telefone! - ordenou Júlia.
– Eu vou embora sozinho no meu carro - falou ele tentando se levantar.
Júlia riu.
Ele pegou a chave do carro e apertou o botão que destravou as portas. Júlia foi tão rápida que pegou a chave do carro da mão do garoto.
Ele reclamou.
– Vamos! Eu te levo em casa - falou ela do seu lado segurandoo pela cintura.
– Você... não vai dirigir o meu carro - falou ele se atrapalhando com as palavras - Você nem dirigir sabe - continuou ele.
– Eu sei dirigir, minha mão tinha um fusquinha! - falou ela o guiando até o banco de passageiro.
Ela o colocou sentado no banco de passageiro. Ele não reclamou.
Júlia entrou no carro o ligando.
– Onde você mora? - perguntou ela para o garoto.
Ele estava dormindo e roncando.
– José acorda, não faz isso comigo! - falou ela batendo no garoto ao seu lado desmaiado de bêbado.
Ele resmungou e continuou dormindo.


Júlia parou a Mercedes em frente a sua casa. Ela desceu do carro arrastando José e o levou para o seu quarto. O garoto caminhava se envergando e se jogou na cama de Júlia.
– Não José, levanta - ela cutucava o garoto todo recolhido e sua cama - Você vai dormir no chão - falava Júlia o catucando.
O garoto estava em um sono profundo.
Júlia respirou fundo e tirou a bota do garoto, a blusa que estava toda molhada e a calça o deixando apenas de samba-canção preto.

A garota levou a roupa de José para área de serviço a lavando e pondo sobre o varal. Ela voltou para o quarto e viu o José, e sorriu. O garoto estava encolhindo sobre seu prórpio corpo para se aquecer. Júlia foi até o guarda-roupa e pegou uma coberta e se sentou ao lado do garoto o cobrindo. Ela passou a mão sobre o rosto do garoto que dormiu igual uma criança.
– Júlia... - o garoto sussurrava o nome dela - me vê uma vodka - falou ele dormindo.
Júlia sorriu.

Já estava quase amanhecendo quando Júlia pegou no sono ao lado do garoto. Ela não aguentou e desmaiou de cansaço ao lado dele que se agarrou nela e assim os dois dormiram agarradinhos


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Playboy E A Abusada..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.