Nancy Bobofit- Crônicas Da Esquecida escrita por H e Z


Capítulo 10
Faíscas De Um Coração Desolado


Notas iniciais do capítulo

Esse título do capítulo ficou profundo até para mim :P
Bem, mais um capítulo aí, espero que não me matem(se tiver alguém para fazê-lo).



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Apavorei-me quando a vi, meu coração estava a mil.

Quando Annabeth bateu na bolha como se ela fosse uma porta e estivesse pedindo permissão para entrar, ela usava óculos de natação, o que apenas me apavorava mais.

Aquela garota era realmente uma filha de Atena para ter nos encontrado no fundo do mar (não sabia se ela estava realmente nos procurando).

Percy abriu a boca em espanto, largando-me quase instantaneamente. Uma pequena gota de suor pingou de sua testa.

Foi naquele momento em que a bolha começou a fraquejar, em menos de cinco segundos eu percebi como acabaria aquilo.

A bolha estourou e meu corpo entrou em contato com a água bruscamente. Comecei a me apavorar tentando desesperadamente subir à superfície, mas nada adiantou, eu só afundava e afundava. Meu nível de desespero estava muito alto, qualquer um que passasse perto ia levar uma surra.

A água tinha começado a penetrar meus pulmões, fui fazendo minhas preces aos deuses quando fui puxada para a superfície.

Encarei meu salvador, o lindo filho de Poseidon que eu por acaso gosto.

Eu até pensaria em agradecer se Annabeth não começasse a nos bombardear com perguntas.

—O que vocês estavam fazendo ali?

—Nos escondendo do Leo... —respondeu Percy. Quase lhe dei um tapa por ter respondido essa burrice.

—Como é?! — ela perguntou com uma careta de confusão. —O que o Leo tem a ver c... ― Annabeth ia continuar, mas eu a interrompi.

—Nada! —exclamei. —O Leo não tem NADA a ver com essa história.

Annabeth franziu o cenho depois de me encarar com ódio, como se eu tivesse acabado de beijar o seu namorado. Ela cansou de me encarar e olhou para Percy, começando uma discussão de casal.

—Eu não acredito que você estava na água com essa piranha do mesmo jeito que fez comigo! —Ela apontou o dedo para mim quando disse piranha.

Essa Annabeth é uma vadia. Ela acha mesmo que pode falar assim de mim?

Eu até iria retrucar, mas Percy fez isso por mim.

—Não a chame dessa forma. —pediu, antes de formar sua explicação. —Não entendo do que você está falando, Annie!

—Do nosso beijo!—gritou. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. —Nosso beijo não significou nada?

Ai. Teve um beijo.

Annabeth e Percy.

Já.

Se beijaram.

Isso dói.

—Pare de dizer asneiras. —Ele segurou-a pelos ombros. —É claro que significou!

—Então por que estava com ela? —perguntou, entre soluços.

—Eu não estava com ela. —Percy enxugou as lágrimas dela com o polegar.

Ah não, ah não.

AH NÃO.

Eu não sabia onde enfiar a cara.

Percy e Annabeth estavam lá, tendo uma ceninha linda de casal enquanto ele quebrava meu coração.

Então a gota d’água aconteceu.

Eles se beijaram.

Saí dali para dá-los privacidade. Dirigi-me para qualquer lugar com o olhar meio perdido, olhos magoados e cheios de lágrimas. O que mais doía era imaginar Percabeth se beijando sem nem perceber que eu havia saído, ou que logo o toque de recolher tocaria e eles poderiam ser atacados por harpias.

O que eu faria? Derramaria aquelas lágrimas na floresta escura e assustadora? Ou eu o faria no chalé de Hermes, onde todos poderiam me ver?

Era uma questão meio difícil, mas optei por não fazer nenhuma das duas, eu iria colocar o boné de Annabeth e sentaria ao lado da fogueira. Como estaria invisível, ninguém me veria.

Bem, era o que eu pensava.

Coloquei o boné, indo em direção à fogueira, sentei-me lentamente em um tronco estendendo as mãos para aquecê-las no calor da fogueira, que estava quase apagada, seu fogo parecia triste, assim como meu coração.

Puxa vida, quando eu comecei a ter senso poético?

Eu nunca soube em que momento ou de onde chegou, mas uma garota ruiva surgiu ali. Deveria ter no máximo 12 anos, seus olhos eram da cor das labaredas da fogueira.

—Quem está aí?—perguntou ela. —Posso sentir sua presença, sei que está triste, por que não aparece?

Tirei, timidamente, o boné, ela me olhou e abriu um sorriso.

—Olá Nancy, o que se passa?

Levei um susto, como ela sabia meu nome?

—Não vou dizer como sei seu nome. Só me diga o que aflige seu coraçãozinho...

—Nada, não tem nada de errado—afirmei, apesar de eu mesma parecer meio incerta.

Ela me olhou, desconfiada, pois provavelmente sabia que havia algo de errado comigo, a única pergunta era: Quem era aquela garota?

—Quem é você?—perguntei, determinada. Não sairia contando meus assuntos pessoais para qualquer pessoa. ―Não é uma semideusa, é?

—Não, não sou.

—Uma deusa?

Ela assentiu com a cabeça.

—Menina esperta.

—Qual é o seu nome?—Eu realmente acreditava que ela iria me responder.

Mas ela só sorriu, e então, tão repentinamente como havia aparecido, sumiu, deixando apenas as lembranças dela, que foram dissipando-se até sobrarem apenas faíscas.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, pessoal!
Beijos, até o próximo.



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