The Auror escrita por Heitor


Capítulo 17
Capítulo 17 - O Plano




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367703/chapter/17

– O que era aquilo? – Perguntou Zoey, espantada.

– Aquela penumbra negra. – Adam tentava se lembrar da cena em que fugiu de Plummore com Eleanor. – Os homens naquela noite em Plummore, eles nos cercaram em forma de penumbra!

– Que homens? – Jason estava assustado.

– Eles eram bruxos das trevas.

– Vocês têm certeza? – Perguntou Jason.

– Temos. – Concordou Adam. – E vamos avisar ao Sr. Braeden. Agora.

Os três correram para saída do bosque. Não hesitaram em passar pelos caipiras, andaram em passos rápidos ignorando eles à volta.

– Você acha que tem algum deles aqui? – Perguntou Zoey.

– Talvez. – Respondeu Adam. – O que você acha, Jason?

– Todos moradores daqui chegaram junto com a gente. – Explicou o garoto. – Não tem ninguém aqui de novo a não ser vocês.

– Eu pensava que havia barreiras aqui nessa cidade. – Disse Adam. – Que impedisse a entrada de forças das trevas.

– E tem. – Respondeu Jason. – Quem quer que seja aquela penumbra, já é daqui.

– Andem logo. – Chamava Zoey, que já ultrapassava os dois na caminhada.

– Você tem razão, vamos. – Adam e Jason apressaram os passos.

Poucos minutos depois, atravessavam a praça, que estava cheia de pessoas como sempre. Adam não avistou Beatrice com Antony.

Entraram na rua de entrada da cidade. Caminharam até o casarão Braeden. Zoey bateu na porta.

Não tardou a Kailene aparecer parada na porta.

– O que vocês querem? – Perguntou a mulher.

– Falar com você e com Oris. – Disse Adam.

– Ele não está. – Respondeu Kailene.

– Então falaremos com você. – Adam entrou, empurrando um pouco a porta. Zoey o seguiu. Jason ficou paralisado em frente a Kailene. Ela olhou-o nos olhos, e se virou para dentro. Jason acompanhou.

Os três ficaram em pé parados encarando a mulher.

– Primeiramente, – Disse Adam – onde está o seu marido?

– Eu já disse, saiu.

– Para onde? – Perguntou.

– Não lhe devo explicações, garoto insolente.

– Adam, diga logo a ela. – Sussurrou Jason, ao ouvido do garoto.

– Dizer o que? – Perguntou Kailene.

– Estávamos no bosque. Klaus ordenou. – A mulher lançou-lhe um olhar perigoso. – Vimos alguém se desmaterializar em penumbra negra próxima da gente em alta velocidade e sumir atrás das nuvens.

– Penumbra negra?

– Sim. Sombra, fumaça. Como preferir.

– Eu sei o que é uma penumbra! – A mulher o repreendeu.

– Então. Foi isso o que vimos.

Ela ficou parada no meio do hall por uns instantes, e de repente balançou as mãos na direção dos garotos, gritando:

– Saiam da minha casa! – Berrava ela. – Saiam!

Zoey se assustou. Caminhou até a porta do lado de Adam, enquanto Kailene ‘’espetava’’ com suas grandes unhas as costas de Adam e Jason.

Os três saíram, e pararam em frente à porta. Kailene fechou-a com um estrondo.

– O que deu nela? – Perguntou Jason, boquiaberto.

– Eu não sei. – Responderam Zoey e Adam em uníssono.

O sol estava se pondo. Os garotos continuaram parados em frente à porta do casarão Braeden pensando no que fazer.

– Vocês acham que ela sabe de alguma coisa? – Perguntou Adam.

– Pode ser. – Respondeu Zoey. – Foi muito estranha essa reação dela.

– Não, não pode ser. – Jason começou a andar de um lado para o outro no meio da rua. – Os Braeden nunca esconderiam algo de nós. Somos uma sociedade unida. Somos o povo deles.

– Vocês são o povo deles. – Disse Adam imediatamente. – Eu não pertenço a essa sociedade.

Zoey encarou Adam nos olhos.

– O que faremos? – Perguntou ela.

– Se preparar para o pior. – Respondeu ele, olhando o sol se por lentamente e o céu tomar uma tonalidade rosada.


+ + +



Adam, Jason e Zoey caminhavam pela praça central.

– Eu tenho que buscar minha irmã. – Disse Jason.

– E eu o meu irmão. – Adam deu um leve sorriso. – Com quem ela está?

– Beatrice.

Adam riu.

– Antony também. – Os três se dirigiram ao chafariz.

Beatrice estava sentada no banco de frente a ele, com Antony e a irmã de Jason sentados ao seu lado. A garota e as duas crianças jogavam pipoca dentro d’água para que as aves que estavam na beira do chafariz pegassem.

– Olá. – Cumprimentou ela, ao ver os três se aproximarem.

– Adam! Zoey! – Antony sorriu ao ver os dois.

A garotinha de cabelos castanhos se levantou e foi até Jason. Ela era mais nova que Antony. E era parecida com o irmão.

– Como foi o seu dia, Astrid? – Perguntou ele, acariciando os cabelos longos da criança.

– Foi legal. – Ela arreganhou um sorriso. Faltava um de seus dentes de baixo.

– Obrigado Beatrice. – Jason agradeceu. Segurou a mão da irmã. – Vou indo, até. – E saíram andando pela rua movimentada.

– Obrigado também. – Adam agradeceu à garota.

– Não foi nada. – Retribuiu Beatrice com um sorriso.

Antony ficou no meio de Adam e Zoey, segurando a mão do garoto com a direita e a da garota com a esquerda. Beatrice ficou ao lado de Adam, e andaram de volta para casa.

– Beatrice, - Chamou Adam, quando chegaram na rua das casas amarelas. – se importa se ficar com o Tony só mais um pouquinho em sua casa?

– Tudo bem. – Antony caminhou até ela. Beatrice abriu a porta de sua casa e os dois entraram.

– O que foi, Adam? – Perguntou Zoey, parada na calçada em frente à casa de Eleanor.

– Vamos ver se Eleanor já chegou. – Disse ele, sussurrando, como se alguém estivesse os ouvindo. – Precisamos falar com ela.

Adam bateu na porta. Logo, Eleanor abriu.

– Oi. – Cumprimentou ela. – Entrem.

O interior da casa era idêntico ao deles. Os três se sentaram no sofá próximo à lareira.

Adam contou tudo o que ele, Zoey e Jason viram no bosque. A loura ficou boquiaberta.

– Eu não acredito! – Exclamou ela. – O que você pretende fazer?

– Estive pensando nisso no caminho de volta pra cá. – Adam olhou pela janela para ver se havia alguém do lado de fora. Abaixou o tom de voz. – Vou tentar reunir o máximo de pessoas amanhã. Se realmente o mal está habitando aqui, teremos que nos preparar.

– O que quer dizer com isso? – Perguntou Zoey.

– Irei treinar feitiços com os outros. – Respondeu ele. – Pelo menos um pouco do conhecimento que tive no meu aprendizado de auror na França.

Eleanor fitou-o nos olhos.

– Quando?

– Amanhã. – Respondeu ele.

Seus olhos estavam em chamas. Era sua chance de provar ser um auror de verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Auror" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.