5° Capítulo - Córmaco McLaggen

  Hermione acordara sem disposição, subitamente se lembrou da detenção. Passaria o dia todo no quarto, lendo e fazendo seus deveres.

  Alguém bateu a porta.

– Hermione? Sou eu, o Rony! Posso entrar? – a voz de Rony era triste e logo Hermione ficou desesperada.

– Claro que sim, Rony!

  Rony abriu a porta de cabeça baixa seus olhos indicavam que estava chorando a pouco. Ele levantou sua cabeça a encarando.

– Acharam que poderiam esconder de mim por quanto tempo? – agora Rony gritava, a expressão de triste se transformara em ódio.

  Hermione, com medo se encolheu contra a parede.

– D-do q-que vo-você est-tá falando?

– De você e Harry!

– Nós?

– É, porque não me contaram que eu estava segurando vela?

– Harry me ajudou!

– Desde quando?

– Desde nunca!

– Não achei que você ia falar mesmo... Talvez para descobrir alguma coisa sobre você eu tenha que me juntar ao McLaggen e te vigiar o dia todo!

– M-me vigiar?

  Mas Rony não respondeu e foi embora.

– Maldito McLaggen!

  Hermione se vestiu, estava triste com Rony. Desceu as escadas com raiva e lá encontrou a última pessoa que queria ver: McLaggen.

  Ao vê-lo ela disparou chorando para bater nele, mas ele a segurou.

– Eu te odeio! Vou falar com Dumbledore! Você vai ser expulso!

– Eu? Expulso pelo quê?

– Por me espionar!

– Não vamos fazer um escândalo aqui – ele sussurrou no ouvido dela, fazendo-a arrepiar-se.

  As pessoas no salão os olhavam.

  Ele a segurou firme, ela tentou se soltar, mas não conseguiu.

  Ele a puxou até uma passagem secreta e começou a beijá-la. Ela não correspondia e se debatia tentando escapar.

  Ele num movimento rápido desarmou Hermione, jogando a varinha dela no chão bem longe.

– Gosta quando é assim, né? – falou ele dando um sorriso que lembrava muito Draco.

  Ele conjurou um feitiço que a fez parar de se mexer.

  Ela estava assustada e começou a chorar.

– Não... Por favor... Não faça!

  Mas ele não a ouviu.

  Ele já estava tirando os primeiros botões da blusa de Hermione, quando eles ouviram um barulho.

  Rapidamente ele parou assustado, puxou Hermione para sua frente e tampou a boca dela com a mão.

  Os efeitos do feitiço já estavam quase passando e ela conseguiu escapar dele e gritar por socorro.

  Rapidamente ele a pegou de novo e a jogou contra a parede.

– Você não vai fugir...

– Hei, vocês! – um garoto apareceu, estava escuro e nenhum dos dois conseguiu ver quem era.

  Córmaco jogou Hermione no chão e saiu correndo.

  A figura do garoto foi se aproximando e Hermione ficou pensativa, não era ajuda, mas era melhor que Córmaco no momento.

  Ela se levantou e correu para Draco o abraçando, ela chorava.

– O que houve, Granger? Solte-se de mim. O que você está fazendo aqui? – o tom de Draco era arrogante.

  Ele a observou de novo e percebeu a blusa com uns botões desabotoados.

  Draco alargou o sorriso.

– Acho que cheguei em má hora, cadê o santo-nem-tão-santo-assim Potter?

– Ele não está aqui, não foi ele quem fez isso!

  Hermione andou na direção do escuro e se abaixou para pegar sua varinha.

– Então quem tentou te estuprar?

– Não é da sua conta!

– Então tá – Draco se virou e deu um passo para frente.

– Hei, Draco, você não vai me deixar aqui, vai?

  Draco se virou com um sorriso cínico, que foi embora após ele olhar para Hermione.

– O que é isso na sua varinha?

– Isso o quê?

  Hermione observara a varinha que continha um papel enrolado. Prefiriu abri-lo ali mesmo.

  Dizia:

                              Querida Hermione,

Preciso que saiba que ninguém deve ficar sabendo do que aconteceu hoje!

Não perdoarei ações impensadas!

– Era só o que me faltava – ela murmurou baixinho.

– O que está escrito, Granger?

– Nada.

– Tudo bem, acho que não se importaria de ficar aqui sozinha!

– Draco, por favor...

– Por favor? Estranho ouvir isso de você...

  Hermione estava com dor de cabeça e ainda teria uma detenção!

  A dor de cabeça aumentara e ela agora ficava tonta, a sua imagem se distorceu e ela desmaiou.