17° Capítulo - A Guerra pt1

  Draco arrumava suas malas o mais rápido que era possível, ele iria voltar para Hogwarts.

  Ele não sabia o que iria fazer se a guerra começasse e ele estivesse lá. Ele achava que essa ainda não era a hora certa para declarar que mudou de lado.

  Ao acabar, ele olhou para a mesa, lá estavam a varinha de Draco e a varinha de Hermione. Resolveu pegar as duas.

  Ele ia passando pelos corredores quando encontrou seu pai de novo.

– Para onde vai, Draco? – ele perguntou numa voz serena.

– Vou voltar para Hogwarts.

– A guerra está prestes a começar e você não precisa mais estudar em Hogwarts.

– Porém papai, se eu não for, eles podem desconfiar de alguma coisa.

– Está fugindo, Draco?

– Não pai. Quando a guerra começar eu virei ajudar. Tchau.

– Tchau.

   Draco estava praticamente na porta de casa quando ouviu um barulho alto. Os aurores e a turminha do Potter tinham chegado. Era tarde demais, ele estava condenado, fechou os olhos sem reação, mas rapidamente os abriu. “O meu lado vai vencer” pensou ele.

   Draco largou as malas no chão, e saiu correndo em direção as masmorras. Até encontrar seu pai.

– Draco? O que houve? Por que você não foi para Hogwarts ainda?

– Os aurores chegaram.

– Então vamos lutar, Draco.

– Eu esqueci minha varinha, vou buscá-la.

– Está fugindo, Draco!

  Draco ficou com raiva, sua mão tremendo. Ele apontou a varinha para seu pai e não deu chance para ele desviar.

– Estupefaça! – Draco gritou e seu pai caiu inconsciente no chão.

  Ele voltou a correr até chegar na porta da masmorra onde Hermione estava.

– Precisamos ir, Granger.

– O quê?

– Finite incantatem! – Draco cortou as cordas mágicas que prendiam-na.

– O que houve? – Hermione perguntou desesperada.

– Os aurores chegaram.

– Então eu vou lutar – ela disse se levantando.

– Não, você vai acabar se machucando. Eu não quero que isso aconteça. Você está fraca.

  Hermione olhou para baixo, então Draco finalizou:

– Me siga.

 Os dois corriam entre os corredores, mas pararam quando ouviram a voz de Bellatrix atrás deles.

  Bellatrix lançou um feitiço em Draco, fazendo-o cair.

  Hermione olhou assustada para Bellatrix, ela sentia um aperto no coração, como se aquele fosse o fim.

– Feliz, Draco? Você traiu Mylord, vou ter o prazer de acabar com você.

  Draco estava com dor, ele parecia não ouvir nada.

– Avada Kedavra! – O feitiço foi lançado.

  A partir daí parece que tudo se passava em câmera lenta para Hermione, por impulso ela se vê afastando Draco do feitiço, a cada segundo ela parecia mais assustada.

  O feitiço não iria atingir Draco, mas estava na sua reta.

  Ela pensou no que seus amigos falariam. “Hermione só podia estar doida, se sacrificar por causa do Malfoy, perder a vida! Sendo que ela poderia ajudar mais se tivesse o deixado morrer”. Eles não iriam poupar Draco.

  Hermione pensou também no que ela diria a uns anos atrás, “Eu fazer isso? Você só pode estar enganado, tenho certeza que quem você viu foi a Pansy, e eu que lancei o feitiço”.

  “Loucura Hermione! Por que você foi fazer isso?!” mas ela respondeu também mentalmente “Porque ele não é mais o Malfoy que eu conheci”. E agora? Quem contaria toda a verdade se Hermione estaria morta?

  Hermione fechou os olhos esperando o baque, lembrando-se da primeira vez que ela entrou no Expresso de Hogwarts.

  – Isso me parece tão lindo! Estou num sonho – Hermione dizia para si mesma.

  Hermione entrara no trem, vendo os alunos que eram da mesma idade que ela, sem saber as casas que eles ficariam ou da suas classes bruxas. A menos por Neville Longbottom (OBS:Me desculpem se eu escrevi errado) a única pessoa que ela conhecia. Ela ficara feliz com as pessoas que via, tudo parecia tão perfeito.

  Ela ia passando pelas cabines procurando Neville quando uma voz arrastada soou atrás dela.

  Ela se virou para ver quem era e deu de cara com um garoto loiro, magro de olhos cinzentos e dois outros garotos gordos atrás dele.

– Está procurando uma cabine vazia? – o garoto loiro disse.

– Na verdade estava procurando a cabine onde meu amigo está.

– As cabines estão ficando cheias, se por acaso a cabine do seu amigo for uma dessas, você pode se sentar comigo, estarei guardando um lugar para você. Aliás, meu nome é Draco Malfoy.

– Prazer, Draco. Meu nome é Hermione Granger.

– Se você não voltar, então, nos vemos em qualquer lugar desses em Hogwarts.

– Nos vemos sim.

  Hermione deu um sorriso e encarou docemente os olhos azuis cinzentos de Draco.

  Draco fez a mesma coisa, encarou abobadamente os olhos de mel de Hermione.

  Quando, por fim foi embora procurando Neville.

  Esse foi o primeiro encontro de Draco com Hermione. Sobre o qual, os dois preferiram esquecer, até aquele momento.

  Hermione olhou sorridente para o feitiço, estava perto demais, então esse era o fim.

  Hermione fechou os olhos mais uma vez esperando pela dor final.