14° Capítulo - Missão concluída

– Draco... Aqui... O Weasley – Blaise disse ofegante ainda um pouco longe de Draco.

– E cadê a Luna? – Draco já disse nervoso.

– Eu... – ele falou baixo – não pude.

– Não pode? Como? Você disse que não iria investir nisso.

– Mas não poderia entregá-la para Voldemort!

– E eu vou levar a culpa pela sua fraqueza!

– Fraqueza? Draco, depois de tudo você ainda me chama de fraco?

– Me desculpe, Blaise, estou com a cabeça fervendo.

– Ta cara, tchau.

– Tchau.

– E não ouse tentar levar a Luna! Terá que passar por cima de mim!

– Desde quando você admiti isso?

– Desde hoje, Draco. Tchau – nem esperou a resposta dele e se foi deixando Rony no chão.

  Draco tirou sua varinha do bolso. Iria fazer uma comunicação através da varinha com seu pai.

– Pai?

– Draco? Por que está se comunicando comigo agora?

– Pai, consegui o Weasley e a sangue-ruim.

– Ótimo. Agora pegue a Lovegood.

– Pai, eu não podia levar só eles?

– Por que? O que houve?

– Blaise.

– O que tem Blaise?

– É complicado, pai.

– Tudo bem, pode trazer só os dois, será de bom tamanho.

– Que bom, pai. Tchau.

  Ele desligou a conexão e olhou para Hermione, a única acordada.

– Hermione, Hermione, sabe o que você fez comigo hoje? Vai ter troco, e vai sair bem mais caro.

  Ele pensou numa lareira e a porta se abriu. Pegou Rony de um lado e Hermione de outro e os levou para a mansão Malfoy.

– Oras, vejam só quem chegou! – Lúcio Malfoy disse vendo o filho levar os dois, Hermione sentiu que já podia se mexer, mas naquele momento achou melhor não fazer nada.

  Lúcio estava acompanhado de Bellatrix e um garoto de cabelos negros.

– Mylord, posso torturar a sangue-ruim? – perguntou Bellatrix. Espera! Ela se referiu ao garoto de cabelos negros como Mylord?

– Não! Não por enquanto – ele falou.

– Mylord? – perguntou Draco tão surpreso quanto Hermione.

– Sim, filho, Mylord preferiu restaurar sua imagem de anos atrás.

– Oh, claro, Mylord – Draco falou fazendo reverencia.

– Levem a sangue-ruim para a masmorra 4, e o Weasley para a masmorra 5.

– Sim, Mylord – Draco falou – Pai, poderia me ajudar levando o Weasley para a masmorra 5?

  Lúcio olhou para Voldemort que fez um gesto de sim com a cabeça.

  Draco foi levando-a pelos corredores até perceber que ela se mexia um pouco.

– Então você já pode se mexer, Granger?

– Me larga! O que acha que está fazendo? – Hermione disse vendo Draco a amarrar com uma corda. Estavam num lugar realmente sujo.

– O que já devia ter feito a muito tempo.

– Eu não entendo! Como, se hoje de manhã você estava pedindo perdão?

– Eu cansei de me rastejar, Granger. Agora eu vejo que se eu quero você, eu tenho.

  E roubou um beijo ardente dela, que dessa vez não correspondeu. Ele a beijou com tanto fervor que chegou a machucá-la.

  Como num movimento rápido e por impulso ele tirou sua camisa branca da escola, deixando seu belo corpo a mostra. A segurou com força e a beijou de novo, mais forte do que da última vez.

– Me larga, Malfoy! Se não... – ela falou quando ele tinha acabado de a beijar.

– Se não o que, Granger? – disse ele provocante.

– Eu grito!

  Draco caiu na gargalhada.

– Sério? E quem vai te ajudar?

– Seu pai não gostaria disso!

– Estamos em uma masmorra, Granger! Ninguém vai te ouvir.

  Seus olhos começaram a ficar cheios de lágrimas.

– O que pretende fazer comigo e Rony?

– Trazer Potter para cá, eu acho, como um bom Comensal eu não faço perguntas.

– Desde quando é um Comensal?

– Desde as férias. Mas sabe, eu não estou a fim de conversar com você.

– Não se atreva!

  Draco deu um sorriso cínico e se aproximou dela, levando seus lábios ao ouvido dela.

– Imagine se eu vou parar agora que eu te tenho! Se não consegui por bem, agora te tenho por mau.

  E deu um beijo no pescoço dela. O que fez com que ela se arrepiasse.

  Em apenas uma puxada, Draco rasgou toda a blusa de Hermione, deixando a mostra sua barriga.

– Belo corpo, Granger!

– Psicopata! – Draco olhou-a novamente, ela estava chorando, ele sentiu um pequeno sentimento de culpa, mas Malfoys não têm esses sentimentos!

  Ele então, a empurrou de modo que a deitasse no chão, batendo as costas. Ele subiu em cima dela com velocidade.

– Deplorável, Draco – uma voz de mulher soou atrás dele. Bellatrix Lestrange estava lá. De pé ao lado da porta.