10° Capítulo - Teatro em Hogwarts?

  Draco abriu lentamente os olhos, estava mais uma vez com Hermione na ala hospitalar.

– Por que está aqui? – perguntou Draco se endireitando.

– Não é porque eu gosto de você! – ela disse determinada.

– Então?

– Dumbledore me pediu.

  Draco revirou os olhos.

– Só por isso?

– Sim. Perdi minhas duas primeiras aulas!

– Duas?

– é, já está no meio da segunda aula.

– Hum – Draco falou sem interesse.

– Estava pensando... Você me quer para machucar o Harry?

– Sim – ele fez uma cara de quem estava filosofando – e não.

– Não vai adiantar, Harry gosta da Ginny, somos só amigos.

– Pra isso que serve o não.

– E... – mas parou ao ver Draco falando consigo mesmo.

– Como pode ser tão bonita a sangue-ruim? Como ela pôde fazer isso comigo? – sussurrava e nem percebia que ela o ouvia.

– Bem, já que você está bem... – Hermione interrompeu – eu vou.

– Já? Fique mais um pouco.

– Não vou conseguir ficar parada aqui, Malfoy!

– Então deixe que eu vá com você – Hermione se surpreendeu com a voz de Draco, ela não era de superior, mas de esperança e de alegria.

– Claro – Hermione falou abobada.

  Eles andavam juntos pela escola, passaram por um corredor e ouviram Filch reclamar, coisa que eles já tinham se acostumado, então decidiram ver do que ele reclamava.

– Filch, o que houve? – perguntou Draco.

– Primeiro tenho que limpar a bagunça nas masmorras, depois colar cartazes pela escola! Eu estou cansado! – reclamou indo embora.

– Cartazes? – perguntou Hermione.

– Teatro do sexto ano de Hogwarts, os alunos vão fazer testes para um teatro com a finalidade de conhecer e explorar o lado artístico dos alunos. OBS:Todas as casas participarão – cada vez que lia um pedaço o rosto de Darco ficava cada vez mais enrugado – desde quando uma escola de bruxos tem testes para teatro? E desde quando somos obrigados?

– Desde quando Filch colocou aí, vai ser quando?

– Hoje de tarde... Perfeito!

– O que é perfeito?

– Eu posso mentir que não vi, por que eu estava passando mal!

– Não.

– Por que?

– Porque eu sei que é mentira!

– Qual é.

– Vou para minha sala comunal, tchau – ela falou.

– Não, não vá agora.

  Ele a puxou para si e roubou um beijo romântico, sobre o qual Hermione correspondeu.

  Ao se separarem Hermione arregalou os olhos e saiu correndo.

  “Como eu pude correspondê-lo?” pensava Hermione em sua cama.

  “Como ela fez isso comigo? O que eu estou sentindo por ela?” Draco pensava no sofá de seu salão Comunal.

  Ele adorava pensar nos sofás do Salão Comunal da Sonserina. Isso era relaxante.

  Aos poucos, os dois salões ficavam cheios de estudantes.

– Hermione? Você está ai? – perguntou Ginny do lado de fora do quarto da amiga.

– Estou sim, Ginny!

  Ginny abriu a porta com um grande sorriso no rosto.

– O que houve? – Hermione perguntou ansiosa.

– O Harry! Me pediu em namoro, foi tão fofo...

– Ai miga, que bom! Estou tão feliz por você!

  A conversa se prolongou por um bom tempo.

  Já em outro certo quarto, em um outro certo Salão...

– Draco, você já está melhor cara? – perguntou Blaise ao entrar no quarto onde o loiro estava.

– Bem melhor...

– Eu sei o que houve com a gente, Draco!

  Draco se assustou.

– O que houve, Blaise?

– Fomos enfeitiçados.

– Ah, Blaise essa não é a hora certa de surtar!

– Como explica você estar apaixonado pela Granger e eu pela Lovegood?

– Cheguei a uma conclusão melhor que a sua, fiquei pensando isso por horas...

– E...?

– Se lembra do ano passado? Quando perguntamos as pessoas o que achavam da turminha do Potter?

– Claro! Como ia me esquecer daqueles ordinários falando bem da Granger, Chang e Lovegood?

– Então! Ponto! Elas, por mais que digamos não, são legais, simpáticas e inteligentes! “Perfeitas”.

– Você acabou de falar que eu estou surtando?

– Cala a boca, Blaise!

  Os alunos do 6° ano, tanto da Corvinal, Lufa-lufa quanto da Grifinória e Sonserina rumavam para o local dos testes. Entre esbarrões de sono quanto os esbarrões de propósito e aqueles sem intenção.

  Por que aquele teste tinha que ser tão tarde? Eles teriam aula de manhã!

  Mas por fim todos se arrumaram na sala, ansiosos para ver que professor daria o teste.