Ektras X Novas escrita por JVAlmeida


Capítulo 3
Capítulo 3 - Limit Break


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu estou muito empolgado com a história, então me desculpem por estar muito grande os caps, enfim, espeo que gostem e se alguém quiser ser um Nova já pode falar.



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                Se eu soubesse que poderíamos usar os poderes de Ektra na briga eu teria usado, mas como eu não sabia o Mike tinha usado o dele pra criar um lobo e me arranhar no dia anterior (então ele era do tipo Criador). Eu estava com arranhões por todo o braço e alguns no rosto.

                Ainda me lembrava da briga, quando o lobo apareceu repentinamente eu havia ficado surpreso e por isso fui atacado e derrubado, Mike havia ficado parado me olhando, o que havia me deixado irritado e me fez dar uma descarga elétrica no lobo que o desfez e em seguida lancei um raio em Mike o que o jogou longe com uma explosão elétrica.

                Aquela maldita explosão chamou a atenção das pessoas da cidade subterrânea que apartou nossa briga. No dia depois da luta eu tinha ido para a Capital, estava andando pelas ruas com os curativos no braço e no rosto, as pessoas me olhavam como se perguntassem se eu era um delinqüente, o que eu realmente estava parecendo, ainda estava irritado com a briga e o maldito lobo, além do mais teria a apresentação dos novatos hoje, no qual eu não pretendia aparecer.

                Dei uma volta inteira na capital e acabei memorizando onde ficavam cada um dos lugares, não sabia bem o porquê, só tive a impressão de que eu precisaria saber. Chamei um táxi para ir até a passagem para a cidade subterrânea.

                Estava perto do local da passagem, quando vi que uma mulher de mais ou menos 30 anos de idade estava olhando fixamente para mim, a passagem ficava perto de um hotel, resolvi entrar nele, subi até a cobertura, a mulher já não estava mais lá, suspirei aliviado e me virei para ir embora e lá estava a mulher de novo, ela agora estava mais perto, parecia estar me estudando, usava roupas pretas e o cabelo castanho estava amarrado num rabo de cavalo, mas o que mais me assustou não foi o fato de ela ter me alcançado em menos de 3 segundos, o que me assustou foram os olhos verdes cintilantes, imagens passaram em um flash na minha cabeça. Meus pais, explosão, fogo e escuridão total.

                Estudei a mulher de cima a baixo e então percebi que na mão dela havia uma arma, era um pouco diferente, havia um scope de prata na parte superior e nele estava gravado SIGHT , percebi aos poucos quem era aquela mulher, ela pareceu perceber que eu havia descoberto quem ela era e acabou sorrindo, olhei ao redor apreensivo, procurei algum lugar pra poder fugir, mas não tinha, olhei pela cobertura do prédio e vi uma piscina, perto um pequeno bar.

                Concentrei um pouco a energia nas mãos, pequenas faíscas saíam de meus dedos, pouco depois as faíscas saíam aos montes e se tornaram fagulhas, e então chamas apareceram, chamas de uma cor meio roxa e oscilante, a mulher pareceu surpresa. Olhei para ela, agora eu estava sorrindo, e num piscar de olhos ela desapareceu e apareceu a alguns centímetros de mim, o que me assustou. Ela era uma Nova, agora de perto via no pulso dela, escondido pela roupa parte de um símbolo que eu não conhecia.

                Corri na direção do bar do hotel, estava um pouco tonto, era difícil manter as chamas por muito tempo, mas pelo menos as chamas eram mais destrutivas que a eletricidade. A mulher apareceu na minha frente de novo, afastei ela com a minha mão livre dando um choque nela que a fez largar a arma, ela apareceu dessa vez na frente do bar.

                -Não adianta tentar fugir garoto, nós iremos te caçar até a morte, não tem para onde ir. – disse ela.

                -Foda-se, eu não quero ouvir nada de você, fica calada ou eu te mato. – respondi

                -Você não vai conseguir nós conhecemos a habilidade de todos os Ektras que existem. – disse ela.

                Fiquei um pouco nervoso e apontei a mão em chamas para ela, lançando uma bola de fogo, ela pareceu não se importar com aquilo e a bola de fogo a atingiu em cheio. Ela parecia assustada, olhou para mim recuando por alguns momentos, as chamas haviam queimado parte da manga da camisa dela.

                -Você... Não é um Ilusionista? – perguntou ela.

                -Não – respondi.

                A mulher desapareceu e apareceu perto de mim, deu um chute na direção do meu rosto, eu o parei com o antebraço e senti a dor se espalhar pelo meu corpo, lembrei-me dos cortes que o lobo fizera em mim. Fiz um pequeno círculo de chamas em volta de mim, e desfiz as chamas na minha mão, eu estava exausto, fazer chamas era mais difícil que eletricidade, olhei na direção do bar e mandei um raio nele, ouvi o barulho de copos explodindo, da eletricidade passando pelas panelas e então ouvi a explosão, como eu havia pensado, tinha um tanque de gás lá dentro e ele agora estava colocando fogo em tudo.

                A mulher parecia procurar algum jeito de entrar no círculo sem ser queimada, enquanto isso eu estava me concentrando, fechei os olhos e tentei sentir qualquer lugar que tivesse energia elétrica no prédio, consegui sentir cada lugar, mas não tinha nenhum próximo o bastante.

                Levantei-me e olhei para a mulher entre o fogo roxo que estava em volta de mim.

                -Ainda acha que não posso te matar? – falei.

                Ela me ignorou e foi até o extintor de incêndio e tentou conter o fogo no hotel. Aproveitei a distração dela e absorvi as chamas que me rodeavam, fui até uma escada do outro lado da cobertura e encontrei uma escada, subi e ali em cima encontrei o que eu queria: a caixa de força. Abri ela rapidamente, vi vários fios e painéis, como eu estava sem paciência pra ser cuidadoso soquei o painel, ele cedeu e minha mão entrou, senti toda a energia do prédio vindo  de uma vez para mim, concentrei de novo e fiz as chamas reaparecerem, tinha sido mais fácil dessa vez.

                Concentrei toda a energia que eu havia conseguido na minha mão que agora parecia ser completamente fogo. Pulei da parte superior do prédio e fui até onde a mulher tentava conter o fogo, parecia estar conseguindo fazer com que ele não se alastrasse pelo prédio, lá embaixo vários hóspedes haviam saído para ver o que tinha acontecido. Voltei a atenção para a mulher, eu estava super agitado então resolvi descarregar um pouco da minha energia nela, lancei um raio no extintor de incêndio, mas deve ter ido demais pois o extintor explodiu eletrocutando a mulher e jogando-a longe. Ela bateu contra a parede da cobertura e ficou meio tonta, eu ainda estava sobrecarregado então resolvi lançar chamas ao redor o que fez com que toda a superfície do hotel pegasse fogo, como se fosse uma vela gigante de concreto.

                Fui até a borda do hotel, pensei em pular, mas hesitei por um momento, o suficiente pra fazer a mulher teleportar pra perto de mim e me acertar com o percursor da arma na cabeça, cambaleei  para o lado meio tonto, ela agora tentava me dar um chute no peito, fui pro lado e consegui desviar dela, tentei dar um soco nela com as mãos em chamas, mas ela desapareceu e apareceu em outro prédio. Ela disparou contra mim de lá, aquela maldita arma era melhor que a minha, portanto não conseguiria fazer o mesmo, resolvi ir para dentro do prédio em chamas, o chão estava frágil e havia fogo pra todo lado e, embora eu não me queimasse, eu não queria que minhas roupas queimassem. Fui até o elevador, estava marcado em Térreo, então ao invés de chamar eu simplesmente o abri e pulei ali dentro.

                Aquele elevador era diferente do que era a alguns anos atrás, esse era um elevador magnético, o que me ajudaria, ele não tinha cordas de aço, então eu só energizei meus braços e pernas com eletricidade e fui puxado para o ímã do elevador, fui descendo devagar.

                Ao chegar no fundo do elevador, quebrei o teto do elevador e saí às pressas, as pessoas me olhavam com medo, minha mão ainda estava em chamas e pequenos fios elétricos saiam de mim a toda hora, a mulher apareceu perto de mim novamente e tentou outro disparo, não me atingiu, mas acertou uma tubulação de gás ao meu lado que entrou em chamas rapidamente, colocando fogo na base do hotel.

                Estava cansado daquela maldita luta, então resolvi fazer algo impensável pra qualquer um, comecei a absorver as chamas que se alastravam pela base do hotel e a energia que já estava voltando aos poucos, a mulher começou a se afastar e as pessoas do lado de fora também. Não deve ter sido uma boa idéia me sobrecarregar completamente porque agora meus olhos brilhavam de uma cor azul escuro como a noite, meu cabelo bagunçado agora estava espetado parecendo que eu havia sido eletrocutado (o que é bem irônico) e minha mão esquerda já não estava mais em chamas, era o braço inteiro.

                Sentia a energia percorrer cada parte do meu corpo, o que me deixou um pouco tonto, já que era muita energia, queria pôr um nome para essa habilidade de sobrecarga então falei a primeira coisa que me veio à cabeça:

                -Limit Break.

                A mulher me olhou confusa, e então percebeu o que acontecia, eu ia descarregar toda a energia nela, meu braço em chamas já estava apontado para ela, ela disparou várias vezes contra mim, o que não funcionou já que as balas eram dizimadas pela eletricidade que saía de mim.

                As pessoas do lado de fora do prédio estavam assistindo ao combate sem nenhuma menção a ajudar nenhum dos dois.

                Vi a mulher tirar um pequeno pingente de prata do pescoço e o colocar no chão e então levar as mãos ao bolso e tirar uma foto, vi ela começar a chorar, mas tinha que ser rápido, ela podia estar me enganando para desaparecer e aparecer em outro lugar, então lancei as chamas contra ela.

                Uma enorme coluna de fogo foi contra ela transformando ela e várias outras pessoas que estavam assistindo ao combate antes em cinzas. Descarreguei toda a energia que eu tinha nela, as chamas ainda consumiam o hotel, fui até o pingente que estava no chão e o peguei, coloquei no bolso e corri para a entrada da cidade subterrânea, não havia mais ninguém ao redor do hotel, a viatura da polícia que estava do lado de fora antes agora era só uma forma deformada de aço e borracha, o asfalto borbulhava e outro prédio estava agora em chamas.

                -Eu disse que te mataria – falei como se a mulher que me atacara ainda estivesse viva, ou como se tivesse alguém com quem falar.

                Fechei a entrada para a cidade dos Ektras e desci, no meio do caminho tudo ficou escuro e eu demaiei.


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Notas finais do capítulo

ah, todos vão aprender um tipo de Limit Break, ok? então não se preocupem, se quiserem dar sugestões mandem, mas vai ficar mais ao meu critério, por favor comentem o que acharam do cap.