Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 21
Bobagens.


Notas iniciais do capítulo

Voltas as aulas, logo na primeira semana, provas... Cansativo. Por isso o sumiço. Tive problemas comigo mesma pra completar esse capítulo, então espero a opinião de ocês ♥Estava dando uma voltinha no We ♥ it quando me deparei com essa foto aqui de baixo... Enfim, vejam se se enquadra na descrição de um certo personagem ai, não sei quem... haha bj.Boa leitura.



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Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Adam não sabia por que; não sabia se aquilo significava algo para ela, mas ele simplesmente fez. Mostrou á ela tudo que ainda tinha sobre a mesma na esperança de que visse como ainda a venerava da forma mais apaixonante possível. Depois do que ele disse, Violetta não respondeu o “entendo” de sempre. Ficaram em silêncio. Abraçaram-se em silêncio.

Doía pra ela pensar que talvez aquelas ações fossem somente de forma física, andava pensando muito nisso. Ele estaria com ela, ou melhor a queria de corpo, de amor ainda duvidava muito; se quisesse não estaria com outra mesmo que os irmãos estivessem distantes. Já ele se sentia absurdamente feliz por tê-la em sua vista; tinha tantos planos para aquela noite... Com seus braços envoltos daquela cintura fina, inalando o cheiro doce do perfume de Violetta, com pensamentos perversos á mente. Ficariam assim por mais um tempo, se ela não começasse a rir.

– Esse é seu problema Adam, acha que sempre me terá a seu dispor.

Adam afrouxou os braços e olhou-a em seus olhos indiferentes.

– Bobagem. Se você me ama, sempre estará aqui para mim.

– E você vai estar aqui para mim até quando? – Disse desprendendo-se com certa rudeza.

– Para com isso. Eu vivo por você.

– Não... Você vive por ela.

Ele suspirou impaciente.

– Não fale assim... Não fazia a menor idéia de quando nos veríamos novamente. Precisava de algo pra me prender.

– Algo. Você não tem o mínimo respeito comigo, ou com a Bárbara. Isso é injusto cara!

– Como se a vida fosse justa, principalmente com a gente.

Violetta apertou a ponte do nariz. Adam se aproximou de novo.

– Esqueça. Esqueça de como sou errado hoje. Nós não somos irmãos hoje. Eu não sou noivo e você não tem namorado hoje. – ele dizia tomando a menina pela cintura, passando os dedos dentre os cabelos dela – Vamos nos beijar sem medo hoje. Vamos nos amar intensamente hoje.

Viu o rosto de Violetta se tornar mais vermelho do que pimentão. Ao mesmo tempo em que ela escorregava as mãos desde sua nuca até seus ombros, apertando-os. Empurrou-a com o máximo de delicadeza contra as costas do sofá, chegando junto logo depois. Beijou-a sem muita cerimônia; Estavam tão desesperados. Deslizavam suas línguas na do outro com amor e intensidade; só queriam se sentir. Adam se sentia tão animado... Passava as mãos com força sobre o vestido de grife da menina que procurava fôlego para continuar.

Do nada se viu falando seus desejos mais promíscuos, á queria tanto ali mesmo.

– Vamos fazer amor hoje. – soprou em leve sussurro no ouvido de sua querida menina.

Violetta soltou um risinho envergonhado antes de beijá-lo novamente. Não o faria, não se sentia segura de si própria para isso sem contar que não agüentaria olhá-lo com outra, depois de tê-lo como seu primeiro homem. Mesmo o querendo muito, caída por Adam e sua beleza. O seu jeito oscilante entre as palavras doces, ou sua voz firme. Aquilo tudo a assustava á tal ponto que se via esvaecer... Questionando se deveria continuar com aquilo; lutava dentro de si para controlar o seu desejo de mulher, opaco ao seu receio de irmã.

Adam deslizou a língua uma ultima vez sobre os lábios da menina. Deu-lhe um selinho encerrando o beijo; olhou para ela antes da mesma sussurrar palavras que ele já sabia que receberia.

– Hoje não. – Ela disse, sussurrando. Alias, tudo que eles diziam saiam como um sopro.

Estavam tão próximos que qualquer fala resultava no toque de suas bocas. Suas respirações se fundiam; cheiro de chiclete: menta e morango. Sentou-a em cima do sofá. A agitação comia solta. Ele não continha mais seu sorriso perverso. O fato de Violetta estarrealmente crescida libertava seus sentidos de expressão; sentia-se tão solto. Uma faísca de coragem sempre o incendiava depois de beijá-la.

– Você sabe que eu te amo, certo?

– Não sei... Ama? – perguntou a modelo em um sorriso.

– Loucamente.

– Então diz.

– Eu te amo.




Adam pegou os copos enquanto Violetta servia a comida – comprada sem duvidas –. Macarrão ao molho branco, a salada ela quem fez. A noite já havia caído há algum tempo... Vinho, olhares apaixonados descontraiam os pensamentos ruins. Piadinhas ali, risadinhas perversas aqui... Pés e pernas alisando umas as outras por debaixo da mesa. Mãos de encontro por cima dela. Beijos roubados. Sabiam que aquilo acabaria uma hora, mas que fosse duraria para sempre.

Foram para a varanda ao final da refeição com propósito de por a conversa em dia. Ou as caricias. Violetta sentou-se nas pernas de Adam por puxão do próprio; nada muito próximo ao seu “pronto masculino”. O irmão estava em uma meiguice fora do normal, alisando o rosto da menina o tempo todo, obrigando- a olhá-lo nos olhos.

– Você gosta disso querida? Dessa sua profissão de modelo? Me lembro muito bem de como amava o ballet e sonhava com Bolshoi.

Respondeu-lhe com um sorriso tristonho.

– Eu já peguei o jeito sabe? Está sendo bom pra mim, me mantêm ocupada. Mas admito como amava ser bailarina... Mesmo você me chamando de sedentária eu era uma atleta ok? – balançava a cabeça positivamente á tudo que ela dizia. – Mas doía. A perfeição parecia muito longe Bolshoi mais ainda.

– Eu vou enxugar as suas dores caso queira... Então pare de pensar no que Agnes quer por que sei que parte de seu envolvimento nesse mundo midiático tem o dedo dela.

– Se eu for pra Bolshoi, me mudaria para a Rússia... Quer se livrar de mim?

– Quero se livrar de todo mundo. Escola Bolshoi em Santa Catarina... Vamos morar lá. Eu e você. Barizon será o nosso sobrenome de casados. – Adam disse não se agüentando e rindo.

Violetta riu também, pensando em como aquilo era praticamente impossível e ao mesmo tempo perfeito. Ah sim, ter Adam como marido seria espetacular.

– Não seria difícil arrumar emprego. A minha mulher seria uma bailarina... Hm...

– Professora de francês, gosto de francês. – disse ignorando o “minha mulher” que mais que adorou ter escutado. – Teríamos uma casa com três quartos.

– Faríamos amor toda noite. Tem coisa melhor? ­– concluiu em meio a risos espalhafatosos.

Violetta ria tanto com o rosto inflamado pelos vasos sanguíneos estourados pela vergonha. Adam adorava aquilo; sempre gostou de vê-la envergonhada, não para ver a menina sofrer por isso e sim por seus gestos contínuos. Só de imaginar a cena sentiam calafrios de prazer percorrer-lhe a espinha. Céus... O que estavam falando? Desejos de anos. Iria questioná-lo mais sobre o futuro, saber até onde a sua imaginação insaciável iria, mas o toque de Arctic Monkeys vindo do celular a impediu.

Levantou-se antes que Adam a impedisse e abriu a bolsa com pressa. Era Sam. Dr. Samuel estampava o visor... Sorriu por isso. Queria ouvir a sua voz, mas não queria se Adam soubesse da existência do doutor antes que ele chegasse. Preferia que caísse de costas, se mordesse de ciúmes, ah sim, e iria. Ela atendeu a ligação com certo hesito; ouviu a voz ansiosamente alegre de Samuel do outro lado da linha e sorriu. Podia escutar os resmungos de Adam na varanda. Sam falava do frio descomunal que assolava SP antes de dizer que já sentia saudades dela. “Eu também...” respondeu.

Adam levantou-se corriqueiramente da cadeira e olhou para ela, se deliciando com a voz de alguém encostada no mesmo lugar aonde haviam se beijado. Irritou-se com isso. O que poucos minutos atrás soou como brincadeira, mas foi o que fantasiou algumas vezes, em um pensamento ultrajante realmente pensou nela como sua mulher. Não havia, ou haveria outra. Por mais bobo que fosse, teve suas dificuldades para dizer aquilo com ela tão perto, sentada em suas pernas, batendo seus pés descalços em si. Inferno.

Já estava fazendo o máximo para segurar seus desejos, sua saudade ainda viva, e ela lá, em uma conversa cheia de: aham, risos, eu também, foi bom, aham... Levantou-se totalmente dali em um pulo. Empurrou a porta de vidro por onde a silhueta de Violetta tinha passado, mas a sua não se espreitaria. A brisa do lado de fora adentrou o lugar onde a menina estava. Olhou para ele e virou de costas como se preferisse privacidade. Ele por sua vez se sentia cada vez mais irritado, uma irritação de quem queria desculpas em beijos; tocou os ombros dela mandando que desligasse e fosse ficar com ele. Não obedeceu.

Apesar dos olhares irritadiços do irmão continuou a tagarelar no celular; somente quando Sam se despediu o fez também. O primogênito a olhava de um jeito sério; desejou perguntar quem era, mas deixou isso de canto. Tudo que menos queria era bancar o intruso, o ciumento possessivo que na realidade era; enquanto não decidisse o que faria de sua vida não poderia mandar na dela, nem ao menos opinar. Segurou no queixo da menina, que o olhou de um jeito cômico pelo ciúme antes de aceitar seu osculo novamente.

Não queria deixá-la ir. Se contentaria em dormir na mesma cama que ela, mas que fosse. A queria ali, com ele, só pra ele. Formou-se ali uma valsa de línguas... Ao mesmo tempo em que os toques se identificavam, ouviu barulho de salto do outro lado da porta. “Vizinhos...” disse a si mesmo, recusando-se a parar de prensá-la contra si mesmo. Seu coração pulou quando a maçaneta ameaçou abrir; Violetta o empurrou antes de passar as mãos sobre a boca com a respiração acelerada. Foram segundos de pura tensão. A situação só piorou quando Bárbara apareceu do outro lado.

Adam não podia estar mais decepcionado. Violetta envergonhada; nunca pensou que teria de passar por aquele tipo de situação, ela era a outra. Uma impura. Balançou a cabeça negativamente antes de aceitar a presença de sua perturbadora; perturbadora simpática. Que a abraçou enquanto o irmão contornava a situação apresentando uma à outra.

– Á conheço por revista, já vi umas fotos suas.

– Ah, sim. – Violetta disse sorrindo, tentando mascarar sua raiva.

Ela era bonita mesmo. Tinha uma voz doce.

Ouviu a noiva de seu querido dizer que foi ver como se encontrava, já que disse ter uma indisposição. Passou a mão em solta do corpo do mesmo, que lançou a Violetta um olhar de desculpa implícito. Ela sorriu, jurando a si mesma que ele pagaria por aquilo; infame...

– Preciso ir, Bárbara. Tenho uma sessão amanhã.

– Adam pode te acompanhar, não é querido?

Segurou o riso com isso. O querido era dela, e a vergonha era alheia.

– Claro, vamos Violetta.

– Eu posso pegar um táxi, não se preocupe.

– Não, vou te leva. – disse insistindo.

Em vez da tensão o que preencheu o elevador foi a raiva. No carro, Violetta mantinha-se tão cínica que chegava a assustar o irmão; comportou-se normalmente como se nada tivesse acontecido, deixando-o sem reação. Sentia-se um idiota. A deixou na frente do hotel e antes de saísse segurou no braço dela tentando beijá-la novamente; se esquivou. Saiu sem olhar para ele, mas antes que partisse fez um pedido que lhe surgiu na hora.

– Depois de amanhã apareça aqui. Quero lhe apresentar á uma pessoa, querido.


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Notas finais do capítulo

"A Academia Estatal de Coreografia de Moscou, é uma das mais antigas e prestigiosas escolas de balé do mundo; Localizada na capital russa, tem sede no imponente Teatro Bolshoi. Informalmente a instituição é conhecida como Academia de Balé Bolshoi, Companhia de Balé Bolshoi ou simplesmente Balé Bolshoi. A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é a única extensão estrangeira do Teatro Bolshoi de Moscou." Só para saberem o que é Bolshoi rsEnfim, é isso. Espero que tenham gostado. Beijos docinhos! :3